A Marcha das Mulheres Negras de São Paulo já está em organização para a passeata deste ano, para celebrar o 25 de julho, o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha e lutar pelos direitos ainda negligenciados.
Em razão do 25 de julho, é criada uma agenda para o Julho das Pretas. “Diversas organizações e movimentos de mulheres negras brasileiras propõem uma agenda conjunta de atividades diversas a serem realizadas no mês de julho, com o objetivo dar luz às pautas, discussões, demandas e reivindicações políticas dessas organizações nas lutas antirracista, contra o machismo e pelo bem viver”, diz Olivia de Lucas, ativista cultural e integrante da Marcha desde 2020, em entrevista ao MUNDO NEGRO.
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“Nesse ano resistimos ainda ao agravamento da insegurança alimentar que 33 milhões de famílias brasileiras estão sofrendo devido uma política econômica desastrosa. A crise sanitária que ainda está presente, com menos letalidade, mas ainda impactando a vida das pessoas mais vulneráveis, em sua maioria negras. Sem falar nas ameaças diárias de golpe e os retrocessos promovidos pelo governo federal, que vem atacando diretamente muitas das conquistas históricas que os movimentos negros tanto lutaram para alcançar”, explica Olivia sobre as demandas das pautas reivindicadas neste ano.
A integrante da Marcha ainda completa: “Temos mencionado que todos os problemas apontados desde 2015 se aprofundaram”.
Segundo Olivia, a 7ª Marcha das Mulheres Negras de São Paulo está confirmada para o dia 25, mas o plano mudar caso “a quarta onda da pandemia inviabilize a presença nas ruas em segurança para nossas mulheres”, ressalta. No ano passado, a Marcha saiu para as ruas com o lema “Nem fome, nem tiro, nem Covid: parem de nos matar!”
A Marcha das Mulheres Negras de SP irão lançar o manifesto de 2022 no dia 8 de julho e divulgar a agenda de outras ativistas e coletivas negras que lutam junto a Marcha. Para participar de reuniões, debates e rodas de conversas, basta preencher o formulário da organização.
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