Negros e mais pobres serão afetados: “Temos que discutir o afastamento imediato de Jair Bolsonaro”

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Negros e mais pobres serão afetados: “Temos que discutir o afastamento imediato de Jair Bolsonaro”
O ativista Douglas Belchior: Crédito: Zalika Produções

O professor de história e ativista político Douglas Belchior  usou suas redes sociais para demonstrar sua indignação com o pronunciamento do Presidente da República Jair Bolsonaro na noite de terça-feira, 24,  a respeito das medidas de combate Covid-19 no Brasil.

Governadores, imprensa, formadores de opinião e artistas se revoltaram com o teor da fala de Bolsonaro que declarou ser contra o isolamento, o fechamento das escolas e se referiu mais uma vez ao vírus que parou o mundo, como uma “gripezinha” e “resfriadinho”.

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“Vocês acham mesmo que as grandes empresas do planeta parariam suas atividades e acumulariam bilhões em prejuízo se a crise do coronavírus não fosse algo real e verdadeiro? Vocês acham que países desenvolvidos economicamente como Alemanha, Espanha e Itália, parariam suas produções em todas as escalas e isolariam sua população nas casas se isso não fosse algo extremamente grave?”, indaga o professor.

Belchior destaca a importância do isolamento social, como a principal forma de combater a pandemia que já matou milhares de pessoas em países com sistemas de saúde mais eficientes que o  Brasil.

“Nós não podemos abrir mão dos cuidados, sabemos que é difícil , sabemos que o isolamento é um privilégio de classe e de raça. Nós estamos fazendo a nossa parte levando mantimentos, fazendo campanhas de apoio as famílias mais pobres”, esclareceu o ativista da Uneafro reforçando que Estado e Prefeitura também estão sendo cobrados  para oferecer renda básica emergencial.

“Se o Congresso Nacional e o STF cumprirem sua missão institucional, a gente tem que discutir o impedimento, o impeachment , o afastamento do Jair Bolsonaro imediatamente com seriedade. Não é possível suportar um irresponsável, genocida que pratica crime de responsabilidade, crime que lesa a humanidade quando pede para sociedade voltar ao normal diante de uma doença fatal, que vai matar os mais pobres e que vai gerar genocídio na nossa sociedade” finalizou Douglas.

A UNEAFRO está pedindo doações a partir de 10 reais para ajudar famílias negras e periféricas. Pessoas carentes que optaram pelo isolamento estão perdendo o emprego e que está empregado está enfrentando a escassez.

Quem puder ajudar esse é o momento. Acesse http://vaka.me/949425

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