#NegrasRepresentam: Emanuelle Freitas Góes, enfermeira e candomblecista

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#NegrasRepresentam:  Emanuelle Freitas Góes, enfermeira e candomblecista
Foto: Divulgação

Por meio de perfis, a campanha #NegrasRepresentam tem o objetivo de apresentar os pensamentos de mulheres negras em diversas esferas sociais e como suas ações vem propondo mudanças na realidade racial do país.

Emanuelle Freitas Góes. Enfermeira,  candomblecista sempre soube que seria uma profissional da saúde. Se realizou enquanto enfermeira

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  1. Qual importância do sistema universal de saúde para a população negra no Brasil?

Os serviços do SUS atendem majoritariamente a população negra, no entanto o Sistema Único de Saude está longe de cumprir os seus princípios de equidade, universalidade e integralidade. Um sistema de saúde que abarca estes princípios precisa de nossa atuação para fortalecer a sua implantação, atualmente estamos vivendo o sucateamento do SUS que ainda está em processo de implementação e que apresenta profundas disparidades em saúde quando observamos os indicadores de gênero, raça, classe e região. O reconhecimento das desigualdades em saúde e do racismo institucional com estratégias de criação de uma Politica, por exemplo só fortalece os princípios do SUS, estou falando aqui especificamente da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da População Negra.

  1. A discriminação no sistema público de saúde é mais sentida por negros do que brancos. Como você ver a desigualdade racial na saúde?

A garantia do acesso livre de qualquer tipo de discriminação e do racismo institucional deveria ser visto pelo gestores do SUS (em todas as esferas: municipal, estadual e federal) como uma meta a ser alcançada, “eliminação da discriminação e do racismo institucional”. Porque as barreiras no serviço estão relacionadas a discriminação, o processo de adoecimento e morte que muitas vezes são preveniveis tem em conta isso, o tratamento é definido de acordo com o perfil do/a usuário/a, neste sentido a população negra apresenta desvantagens a todo tipo de acesso, seja em relação aos serviços de promoção e prevenção, aos cuidados das doenças crônicas ou as mortes violentas.

  1. Como a enfermeira que você se tornou, contribuir para atender às demandas da população?

Eu me tornei enfermeira para isso, cuidar das demandas da população negra, em especial as mulheres negras. Passei por várias instâncias de atuação (assistência, gestão, organismo internacional, docência, organização não governamental e pesquisa) e sei da importância de cada uma, fui enfermeira assistente (meu primeiro trabalho) na atenção ao planejamento reprodutivo e pré-natal e foi neste momento que descobrir o que tinha que fazer atuando como uma ativista pela saúde da população negra independente do lugar em que ocupo, pois, meu ativismo é a égide que me movimenta.

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