Brasil tem Filó Filho como representante no conselho curador do Museu.
Está em construção na cidade de Acra, em Gana, o Museu do Patrimônio Pan-Africano. O museu será o primeiro inteiramente dedicado à origem e às civilizações da África e vai mostrar a história, as artes, a cultura, as ciências, as religiões e as tecnologias da África antiga, desde as primeiras civilizações até a Pan-África contemporânea. O Brasil tem assento no conselho curador do Museu.
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A construção do complexo de US$ 50 milhões projetado pelo arquiteto nigeriano James Inedu-George começou em fevereiro deste ano em um terreno de 10 acres, em Pomadze Hills.
A Fundação do Museu do Patrimônio Pan-Africano, que está construindo o museu, é uma organização internacional, sem fins lucrativos, não política e não governamental, registrada em Gana, com filiais em todo o mundo, inclusive no Brasil. Filó Filho, criador do Cultne, o maior acervo digital de cultura negra da América Latina e representante brasileiro do conselho curador do Museu, explica que a ideia é “buscar todo o tesouro africano que foi roubado no tempo colonial e está espalhado pelo mundo. A ideia é que esse material seja repatriado e reunido neste museu”.
O fundador e presidente do Pan African Heritage Museum, Kojo Yankah, disse ao The EastAfrican que “A mensagem é alta e clara de que eles não têm nada a ver com objetos roubados que não lhes pertencem. É apenas uma questão de tempo. Costumavam dizer que os africanos não têm espaço para mantê-los. Agora estamos criando espaços para todos eles. Eles nos pertencem e não precisamos de desculpas de ninguém para solicitá-los.”
O complexo consistirá em um museu de um hectare e cinco andares; um Herbal Plants Village, com chalés, uma sala de conferências, loja de comida completa e restaurante; Palácio dos Reinos Africanos, uma praça de alimentação de culinária africana; Parque Pan-Africano de Heróis e Heroínas; Biblioteca Pan-Africana; uma biblioteca infantil e um centro de inovação, um centro de convenções e um hall da fama.
Também haverá espaço para receber itens que não eram originalmente do continente africano, mas que constituem pratimônio cultural da diáspora africana, ou seja, de países para onde pessoas negras foram levadas no período da escravidão, e onde constituiram também a cultura local, como é o caso do Brasil.
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