Quase meio milhão de negros chegam às classes A e B

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Quase meio milhão de negros chegam às classes A e B
Foto: Pexel

Ações afirmativas da era Lula ou programa de diversidade nas grandes empresas? Não há resposta precisa, mas o fato é que negros e pardos avançaram 5,4% na pirâmide social. Ainda  estamos muito atrás dos brancos em termos quantitativos, mas é um progresso a ser comemorado.

Essa novidade foi matéria do jornal A Folha de S. Paulo  que entrevistou pessoas negras que fazem parte desse grupo que avançou economicamente. Uma das fontes foi Rachel Maia, ex- Pandora que pertence a classe AA, o grupo minoritário composto pelos brasileiros mais ricos.

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Os números da pesquisa são do Pnad Contínua Anual, uma pesquisa feito pelo IBGE. Famílias de classe A são aquelas que ganham acima de R$ 14.200 e as classes B, ganham R$4.000 em média mensalmente.

Uma terceira hipótese além da era PT ou ações afirmativas, de acordo com a reportagem, é  auto-declaração. Não teríamos mais negros e sim mais pessoas que se identificam como negras.

A verdade é, vemos mais pessoas negras em carros caros, em bons hotéis, restaurantes, com produtos da Apple (um símbolo de ascensão social para muitos), além claro, de mais rostos negros ocupando, mesmo que lentamente, espaços em grandes  empresas.

A Rede de Profissionais Negros de São Paulo é um exemplo desse avanço profissional da comunidade negra. Mensalmente eles se encontram para fazer network em espaços sofisticados da capital paulistana. Entre os membros do coletivo, estão homens e mulheres negras em cargos de liderança em multinacionais.

A imagem pode conter: 29 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé e área interna
Encontro da Rede de Profissionais Negros (Reprodução Facebook)

O acesso a educação é fator fundamental nessa cenário que tem tudo para crescer ainda mais, ao passo que grandes empresas reconheçam o racismo institucional e ofereçam oportunidades  para que profissionais negros capacitados ocupem cargo de lideranças e portanto ganhem melhores salários.

O futuro ainda é mais promissor se pensarmos nos descendentes desse grupo. Se hoje muitos negros de classe A e B ainda têm usar parte da sua renda para ajudar a família, esse provavelmente não será um problema para os seus filhos, que já nascerão em um lar mais próspero. Temos números para sermos otimistas. Sejamos então.

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