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É preciso reconstruir nosso olhar sobre a potência das mulheres negras, que até não muito tempo atrás eram vistas apenas como a mulher cujo único papel era servir. Não é raro, ainda hoje, ouvirmos histórias de mulheres executivas sendo confundidas com profissionais em funções limitadas ao aspecto do cuidado e serviência.

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Essa resistência em reconhecer essas novas narrativas, que não são nem tão raras assim, torna a questão da representatividade fundamental. Essas mulheres existem e precisam ser vistas. 

As mulheres negras reais e diversas são representadas na publicidade brasileira? As narrativas que vemos nos representa enquanto um grupo que também é heterogêneo? 

Durante o mês da mulher e mais especificamente no dia 8 de março, o que vemos são campanhas que ainda não reconhecem mulheres negras como consumidoras,  agentes de mudança e protagonistas das suas próprias histórias. 

R$ 704 bi é o valor que as mulheres negras movimentam por ano no Brasil. É esse grupo negro e feminino que representa a maior parte dos brasileiros, ou seja, se esse país fosse uma pessoa, seria uma mulher negra.

Marcas e agências falham em  manter um distanciamento em relação a esse público. É preciso investir em uma comunicação que atue de forma efetiva e permanente com essas consumidoras, ao contrário de campanhas sazonais que variam muito pouco em relação ao conteúdo e forma. Até os rostos e histórias selecionadas parecem ser os mesmos todos os anos. Quem faz a curadoria para essas agências, precisa ir além dos perfis mais seguidos nas redes sociais  e adentrar na comunidade, nos lugares que essas mulheres frequentam que são múltiplos. 

Pesquisas de mercado sobre esse público ainda são poucas, superficiais e bem focadas nas carências e não nas necessidades e desejos, inclusive em termos de hábitos de consumo. A insatisfação delas pela forma que são retratadas na publicidade só confirma que ainda não há investimentos nesse sentido. 

Creators negros, publishers negros são fontes poderosas de observação e entendimento da complexidade das mulheres negras e no caso da imprensa negra, ainda há um receio das marcas em estar presentes nesses espaços. 

Precisamos exaltar nossa diversidade, representatividade e potência  e mostrar que outras narrativas existem e merecem ser celebradas. Por isso, selecionamos cinco mulheres negras atuando em áreas que muita gente pensa que elas não existem.

Suelen Marcolino traz soluções de inovação para LinkedIn

Presente na lista da Forbes como uma das 10 profissionais negras em destaque em empresas de tecnologia,  Suelen Marcolino é gerente de relacionamento da divisão de soluções de talento no LinkedIn e como mulher negra ela é vocal nas questões raciais na empresa. “Este é o mundo que eu quero, um SIM para todos(as) nós que juntos(as) somamos 55% da população brasileira. Há muito o que ser feito e muita gente boa pra fazer. As oportunidades precisam estar ao alcance de todos(as)”, disse a executiva ao celebrar sua presença na lista. Ela foi uma das responsáveis pela criação do comitê de inclusão racial no LinkedIn, o BIG (Black Inclusion Group).


Além da parte de inteligência e inovação, sua atuação na empresa é sempre atenta a questões sociais, o que inclui a realização de projetos para estimular pessoas fora da bolha do Linkedin a estarem presentes na plataforma através de benefícios, capacitações e palestras voltadas aos integrantes das ONGs.

Suelen Marcolino – Foto: Reprodução / Acervo Pessoal.

Ativista PCD e ninja das finanças 

Ana K Melo é Sócia e Head de Diversidade e Inclusão na XP Inc., líder do grupo Incluir, coletivo de pessoas PCDs da companhia. É formada em marketing, palestrante e criadora de conteúdo nas redes sociais. A partir de sua experiência como mulher negra e pessoa com deficiência (PCD) no mercado de trabalho, reforça a importância da diversidade no mundo corporativo, trazendo também para a discussão pautas de equidade racial, de gênero e LGBTQIA+.

“Mesmo depois de 12 anos de amputação ainda tenho momentos difíceis. Não é um mar de rosas não turma, nunca gostei de romantizar a minha deficiência por isso, estou compartilhando a realidade aqui com vocês”, explica a creator em uma das suas postagens. 

Ana K Mello – Foto: Reprodução / Acervo Pessoal.

Publicitária e ativista em prol das crianças pretas 

A publicitária Deh Bastos ficou nacionalmente conhecida por seu trabalho no Criando Crianças Pretas.  O novo desafio da mãe do José, de 3 anos, é a cadeira de Diretora de Criação da Publicis, uma das maiores agências de publicidade do Brasil vencedora do prêmio Caboré de agência do ano. “Na minha apresentação para o time, a primeira coisa que eu falei é que sou uma mulher, mãe, preta e gorda e que isso diz muito sobre como eu vejo o mundo”, explica Deh. 

Deh Bastos já trabalhou como produtora de conteúdo criativo para grandes marcas, além de conquistar o Prêmio Monet na categoria Melhor Programa Feminino com a equipe de produção do programa “Boas-Vindas”, do canal GNT. Também é professora de criatividade no MBA da FIAP e no mestrado do Instituto de Ciências Ecológicas IPÊ e coautora do livro Maternidades Plurais — Cia das Letras. 

Deh Bastos – Foto: Reprodução / Acervo Pessoal.

Mãe preta mudando a comunicação corporativa

Juliana Oliveira, CEO da Oliver Press sempre foi muito determinada em suas conquistas, desde sua graduação e o intercâmbio para a África do Sul, até chegar na sua trajetória com a assessoria de imprensa.

“Eu uni cada desses nãos que recebi e transformei eles em força para fazer acontecer da forma que eu acreditava ser justa e equitativa”, comenta.

Formada em Jornalismo na faculdade Unifieo, Juliana atua há mais de 15 anos no mercado de tecnologia e inovação. Com uma extensa trajetória em assessoria de imprensa, acompanhando mais de 400 empresas na sua carreira, Juliana ganhou espaço e realizou o sonho de montar a Oliver Press, sua própria assessoria de Comunicação, Inovação e Diversidade.

Juliana Oliveira – Foto: Reprodução / Acervo Pessoal.

Nohoa Arcanjo do mercado de moda ao mundo do marketing com foco na tecnologia

Nohoa Arcanjo trocou a Assessoria de Imprensa na área de moda pelo Marketing.  Por trabalhar como produtora de moda, sua boa rede de contatos foi um facilitador nessa migração de carreira e um dos seus primeiros trabalhos nessa virada, foi na joalheria Pandora, onde ficou por 5 anos. 

Hoje ela é cofundadora da Creators, uma HRTech que conecta profissionais criativos, de comunicação e tecnologia a empresas inovadoras, no formato plug and play. 

Ela é responsável pelas áreas de Growth, Sales e PR na startup. “Eu sendo uma ótima pessoa de PR e muito comunicativa, sou responsável pela área de números, insights e dados da empresa e vejo o quanto isso faz diferença, o quanto é mais fácil tomar decisões baseada em dados. E o meu maior conselho hoje é não tenha medo dos números, eles são nossos aliados. Daqui para frente não existe mais viver em um mundo sem análise de dados”, disse a executiva em uma entrevista ao site Distritos.Que tal abrir mão da narrativa de um feminino universal e reconhecer a diversidade e pluralidade das mulheres brasileiras na sua campanha? #MudeANarrativa com a gente!

Nohoa Arcanjo – Foto: Reprodução / Acervo Pessoal.

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