MPF reabre investigações da morte de João Pedro e mãe cobra mais rapidez

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MPF reabre investigações da morte de João Pedro e mãe cobra mais rapidez
Imagem: Globo/Reprodução

O assassinato de João Pedro Mattos Pinto completa um ano nessa terça-feira (18). O Ministério Público Federal anunciou hoje (17) que está reaberta a investigação do caso. A mãe de João Pedro, Rafaela Mattos ressaltou em entrevista ao Jornal Extra (RJ), em 19 de abril deste ano: “Estou muito apreensiva com essa lentidão. No caso Henry, por exemplo, tudo andou muito mais rápido. Por que o caso em que a polícia é envolvida, em que um menino negro é vítima, é mais difícil ser solucionado?”

João Pedro foi vítima de ação conjunta, numa operação das polícias Federal e Civil, no Complexo do Salgueiro, comunidade de São Gonçalo/RJ. Ele completaria 16 anos no dia 23 de junho de 2021 e, pelo lento ou nenhum caminhar das investigações, até lá não serão concluídas.

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Se passará mais um ano em que, no dia de seu nascimento, a família de João Pedro ainda não pode contar com justiça. Nenhuma das pessoas envolvidas nessa morte está presa, por exemplo. Vale ressaltar que o laudo cadavérico revelou que o menino foi atingido por um único disparo nas costas.

João Pedro; Imagem/Arquivo Pessoal

REABERTURA – O retorno do Ministério Público Federal ao caso, após ter saído devido aos indícios de que a morte tenha sido responsabilidade de policiais civis e não federais é uma retomada que pode acelerar as ações necessária, pois, a investigação estadual segue estagnada, segundo a Defensoria Pública.

Ao G1, o defensor público Daniel Lozoya afirmou que desde a reconstituição, em outubro, o caso está praticamente paralisado, a Defensoria não recebeu o laudo do procedimento. ” A gente tem uma série de irregularidades gravíssimas, como a não preservação da cena do crime, destruição de provas, manipulação da cena. A gente tem tido dificuldade de promover o andamento da investigação”, completa ele.

Ainda no mês de maio de 2020, o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do Ministério Público abriu um Procedimento Investigatório Criminal — uma investigação em paralelo. No entanto, esse grupo foi extinto, mais um fator para a investigação não caminhar.

Finalmente, vale lembrar que em 18 de maio de 2020, ainda nos primeiros meses de pandemia, as recomendações de todas as autoridades sanitárias era para que se evitasse a circulação de pessoas em áreas públicas. João Pedro estava em casa, como estavam todas as pessoas que podiam estar naquele momento. O menino brincava com amigos, sua residência foi invadida, metralhada e ali ele recebeu o disparo fatal para o qual ainda não há investigação, satisfatória, nenhuma pessoa presa, muito menos justiça.

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