O Ministério Público Federal do Pará abriu uma ação civil pública contra o Edward Luz, conhecido como o ‘antropólogo dos ruralistas‘, nesta segunda-feira (19), por ofensas racistas contra o cacique Raoni Metuktire, líder do povo Kayapó, de 92 anos, em 2020. O órgão pede uma indenização de R$ 100 mil por danos morais. O valor será revertido a para comunidade.

A ação foi assinada por 23 procuradores da República. Além da indenização, o MPF também pede que Edward seja obrigado a retirar todas as publicações falsas e ofensivas sobre o cacique nos perfis das redes sociais e no blog em 48 horas. Além disso, o documento também pede que ele utilize as redes sociais para pedir desculpas a Raoni.

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Para os procuradores, o pedido de desculpas e a indenização são necessários “no atual contexto brasileiro, em que se constata um significativo aumento da violência contra os povos indígenas e de violações dos seus direitos individuais e coletivos”.

O antropólogo já foi preso três vezes por invasão a terra indígena e por tentar impedir o trabalho do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA).

Entenda o caso

O antropólogo liderou um grupo de 15 pessoas e causou tumulto durante o evento Amazônia Centro do Mundo, realizado por movimentos sociais e lideranças indígenas, em Altamira, na Universidade Federal do Pará, em 2020.

Edward assediou e divulgou informações falsas sobre o cacique, gritou para que tocasse o hino nacional e empurrou as pessoas que protestavam contra a presença de fazendeiros envolvidos em conflitos de terra e um professor da IFPA foi agredido por um grupo de fazendeiros. A Polícia Federal precisou intervir.

Depois do evento, Edward passou a perseguir Raoni e outras lideranças que estavam no evento, com diversas postagens ofensivas e falsas.

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