A mãe do menino Miguel e ex-empregada doméstica, Mirtes Souza, se preparam para começar a graduação no primeiro semestre de 2021. “Acabei escolhendo o direito porque senti na pele as injustiças e a morosidade do sistema”, disse ela.
Miguel tinha 5 anos quando faleceu ao cair do 9º andar do prédio de luxo em que Mirtes trabalhava como empregada doméstica, no Cais de Santa Rita, Centro do Recife/Pernambuco. O luto pela morte do filho a deu determinação para começar uma nova carreira, além da força para enfrentar os preconceitos diários e ameaças que recebeu na internet.
Notícias Relacionadas
"Seguimos também batalhando por reparação", diz Anielle sobre desculpas à escravidão do Governo
Cia. Os Crespos celebra 10 anos da revista Legítima Defesa e homenageia 80 anos do Teatro Experimental do Negro em SP
Para Mirtes, a violência vai ainda além da morte do filho – é uma experiência diária de injustiças. “Hoje mesmo fui atacada no Instagram. Uma pessoa criou uma conta fake e saiu comentando em todas as minhas postagens, ofendeu até as pessoas que estão me seguindo”, contou ela.
A mãe de Miguel é uma das homenageadas do Prêmio Viva, que tem o objetivo de reconhecer aqueles que tentam mudar o cenário da violência que atinge meninas e mulheres no Brasil.
A ex-empregada doméstica, falou, ainda, que tenta buscar alegrias após a morte de seu filho. Mirtes relatou que em alguns dias está bem e outros está mal, mas em todos os dias, continuará com sua luta pensando sempre em seu filho.
A graduação de Mirtes vai ser feita de forma presencial, a partir do primeiro semestre de 2021. Além da torcida de seus familiares e amigos, Mirtes, falou que sente, no coração de mãe, o orgulho do filho pela decisão de se tornar advogada.
Notícias Recentes
OMS mantém status de emergência global para mpox
"Seguimos também batalhando por reparação", diz Anielle sobre desculpas à escravidão do Governo