Na última sexta-feira, 22, Jéssica Vitória Canedo, uma jovem de 22 anos, residente em Minas Gerais tirou a própria vida após ser vítimas de ataques nas redes sociais depois que supostas conversas entre Jéssica e o humorista Whindersson Nunes foram divulgadas nas redes sociais da página Choquei. Apesar das alegações do humorista negando que conhecia a jovem, a exposição pública gerou uma série de ataques virtuais contra ela.
Os prints dessas conversas surgiram online em 18 de dezembro, mas Whindersson Nunes negou qualquer contato com Jéssica, classificando os prints como “falsos”. A Choquei, página com milhões de seguidores no Instagram e antigo Twitter, gerida por Raphael Sousa, que chegou a debochar do pedido de remoção da publicação feito pela jovem.
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Após a comoção da morte de Jéssica, os perfis que originalmente compartilharam os supostos diálogos deletaram as publicações. Amigos e familiares da jovem lamentaram profundamente a perda e ressaltaram o impacto das fake news e dos ataques virtuais em sua saúde mental. A mão da jovem chegou a compartilhar um vídeo pedindo que a página retirasse o conteúdo do ar.
O Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, falou sobre sua preocupação diante do ocorrido. Em uma publicação, o ministro lamentou o trágico evento, e também fez um chamado à responsabilidade: “Em menos de um mês este é o segundo caso de suicídio de pessoa jovem – e que guarda relação com a propagação de mentiras e de ódio em redes sociais – de que tenho notícia”, começou ele na publicação.
“Tragédias como esta envolve questões de saúde mental, sem dúvida, mas também, e talvez em maior proporção, questões de natureza política. A irresponsabilidade das empresas que regem as redes sociais diante de conteúdos que outros irresponsáveis e mesmo criminosos (alguns envolvidos na politica institucional) nela propagam tem destruído famílias e impossibilitado uma vida social minimamente saudável”, continuou.
“A regulação das redes sociais torna-se um imperativo civilizatório, sem o qual não há falar-se em democracia ou mesmo em dignidade. O resto é aposta no caos, na morte e na monetização do sofrimento”, pontuou Silvio Almeida.
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