O novembro negro está chegando mas parece que as grandes marcas não estão dispostas a investir em grandes eventos voltados para a comunidade negra. O projeto Salvador Capital Afro, que vai reunir ao longo do próximo mês mais de 20 eventos com celebrações de negritude, não conseguiu encontrar patrocinadores. Nenhuma marca brasileira fechou contrato com o evento. O Secretário Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, fez um desabafo nas redes sociais sobre a falta de apoio.
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“Salvo uma ou outra ação pontual, a prefeitura está apoiando tudo sozinha, pois nenhuma marca do país chegou junto dessa programação”, destacou Tourinho. “Precisamos falar mais uma vez da concentração de recursos no eixo Rio São Paulo, do verdadeiro ralo de patrocínios que os grandes festivais se tornaram, com as marcas gastando mais em ativações em Interlagos do que em todo resto do país e também, e principalmente, no cinismo e na miopia cultural e social dos gestores de verbas e de suas agências”.
Com eventos nacionais e internacionais, entre os dias 18 a 26, Salvador vai sediar eventos de música e cinema, como o AFROPUNK Bahia e o Festival Internacional do Audiovisual Negro do Brasil (FIANB), o Festival Salvador Capital Afro, com foco na economia criativa negra e o Afro Fashion Day, com a participação dos blocos Afro e afoxés, numa prévia do Carnaval.
“Vamos receber artistas internacionais do nível de Viola Davis, Ângela Basset, Victoria Monét, artistas nacionais como Alcione, Iza, Baco, Luedji Luna, teremos rodadas de aceleração, negócios e tecnologia para criativos e empreendedores negros“, continuou o secretário. “Ainda há tempo: se não dá pra investir esse ano, convido os gestores de grandes verbas, de marcas que podem ter um impacto gigantesco na vida do povo desse país, a passar uns dias em Salvador e entender, sentir, ver com os próprios olhos a potência do que está acontecendo aqui. Meus amigos, potencializar a diversidade é a única saída para nosso país”.
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