O futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou as deputadas eleitas Marina Silva (Rede), 64, como a nova Ministra do Meio Ambiente e a Sônia Guajajara (PSOL), 48, como a primeira Ministra dos Povos Originários.

Lula realizou o anúncio de 16 novos ministros na tarde desta quinta-feira (29), no CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil) em Brasília, a três dias para posse.

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Marina Silva volta a assumir o cargo após 14 anos, quando também foi convidada para comandar a pasta nos dois governos de Lula, entre 2003 e 2008. O nome dela já era esperado depois que fontes da articulação do governo confirmaram que a Simone Tebet (MDB), 52, interessada na disputa pelo Meio Ambiente, seria Ministra do Planejamento e Orçamento, também confirmada hoje.

Lula havia oferecido a Marina, o cargo de chefe de Autoridade Climático, que segundo ela, seria um “cargo técnico” e travou a disputa com Simone Tebet, sem abrir mão do ministério. Mas a emedebista afirmou que só aceitaria assumir a pasta, se entrasse em acordo com a ex-senadora.

Nas redes sociais, Marina comemorou o cargo: “Agradeço a confiança depositada pelo @LulaOficial para, juntos com a nossa mobilizada sociedade, enfrentarmos o grande desafio de resgatar e atualizar a agenda socioambiental perdida”.

https://twitter.com/MarinaSilva/status/1608492287788449792

Sônia Guajajara fez uma publicação antes do anúncio oficial: “Sinto muito honrada e feliz com a nomeação de Ministra. Mais do que uma conquista pessoal, esta é uma conquista coletiva dos povos indígenas, um momento histórico de princípio de reparação no Brasil. A criação do Ministério é a confirmação do compromisso que Lula assume com nós”.

A futura ministra foi um dos três nomes enviados pela Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), junto com Joenia Wapichana, deputada federal por Roraima que não conquistou a reeleição; e Weibe Tapeba, vereador de Caucaia (CE), como sugestões para o cargo mais alto do Ministério dos Povos Originários, criado pelo novo governo de Lula que será implementado em 2023.

Depois de eleito, Lula chegou a considerar que a Ministério dos Povos Originários virasse um pasta, mas os ativistas indígenas lutaram para que a promessa feita durante a campanha fosse cumprida. Segundo Lula, o futuro presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio) ainda não foi decidido, mas afirmou que será uma pessoa indígena.

De 37 ministérios, cinco são pessoas negras e uma indígena: Marina Silva para o Ministério do Meio Ambiente, Silvio Almeida para Ministério dos Direitos Humanos, Anielle Franco para Ministério da Igualdade, Margareth Menezes para Ministério da Cultura, Luciana Santos para Ciência e Tecnologia e a Sônia Guajajara para o Ministério dos Povos Orginários.

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