**Texto escrito por Calazans
A fase era pré-modernista e ele estava lá fazendo acontecer. Lima Barreto foi um dos nomes mais importantes da nossa história. Pouco se fala nele, mas para nós, da comunidade negra, ele sempre estará presente, sabemos de sua importância no contexto histórico e literário brasileiro.
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Seu pai era tipógrafo e sua mãe professora. Lima nasceu no Rio de Janeiro em 1881. Seus pais não tiveram uma vida fácil, pois o preconceito com sua condição financeira estava sempre presente.
Aos 7 anos de idade, ele presenciou a assinatura da Lei Áurea, junto ao seu pai e a uma multidão de pessoas escravizadas que aguardavam a tão esperada liberdade. (Liberdade que não foi liberdade, pois as pessoas deixaram de ser escravizadas, mas continuaram na mesma situação, jogadas ao mundo sem nenhuma perspectiva.)
A vida tomou rumos diferentes: ainda quando criança, ele perdeu sua mãe. Foi então que passou a estudar em colégios bons, já que era afilhado do Visconde de Ouro Preto.
O jornalismo entrou na vida do jovem rapaz em 1905, período em que ele ingressou no jornal Correio da Manhã. Lima Barreto sempre foi muito observador e crítico, e fazia severas críticas à burguesia carioca.
A literatura chegou em sua vida e lhe proporcionou muita coisa boa. Ele nos deixou um legado e tanto. Algumas de sua obras são os romances Triste fim de Policarpo Quaresma, de 1915, uma verdadeira obra de arte, e Clara dos anjos, publicado postumamente em 1948; o livro de crônicas Feiras e Mafuás, também póstumo, de 1956, entre tantas outras.
Infelizmente, no Brasil existe a cultura do apagamento. Isso ocorreu com Lima e vários outros negros e negras que foram importantes para a valorização de nossa história.
Uma vida curta para uma pessoa tão importante. Lima Barreto morreu aos 41 anos de idade, no ano de 1922. Não viveu a Semana de Arte Moderna. Mas nos deixou um legado e tanto.
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