A escritora franco-camaronesa, Léonora Miano, fica no Brasil até o dia 15 de junho para promover seu premiado romance “A Estação das Sombras“, editado pela Pallas Editora. Com o livro, Léonora tornou-se a primeira autora de origem africana a vencer o Prix Femina da França, em 2013.
Na segunda-feira (11) ela estará na Livraria da Travessa Botafogo para participar de um debate com a historiadora, professora da FGV/CPDOC, Ynaê Lopes dos Santos. Já na terça-feira (12) se encontra com alunos da Faculdade de Letras da UFRJ. A autora finaliza o ciclo de compromissos no dia 14 de junho, na Feira do Livro Joinville.
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A obra, que tem como base o relatório “A lembrança da Captura“, da Unesco (2010), resgata a memória do tráfico Transatlântico e se passa no coração de África, nas terras do clã Mulongo, onde durante um incêndio desaparecem misteriosamente doze homens da tribo.
“Com ‘A Estação das Sombras’ eu quis construir uma individualidade forte em um ambiente onde se tem medo da individualidade. Eu gostaria que nós, em nossas sociedades africanas onde acreditamos no grupo, permitíssemos que as pessoas fossem livres e se realizassem como indivíduos, considerando que elas conseguiriam uma riqueza também para o grupo. Por enquanto, quando alguém tenta tomar novos caminhos, quando alguém tenta se afirmar, geralmente o grupo o esmaga. E acho que isso também é uma perda, não permitir que as pessoas cresçam”, analisa Miano.
Dona de 14 obras literárias publicadas em diversos idiomas, Léonora é bem conhecida por sua representação dos afro-europeus que residem na França, local onde ela vive. Seu trabalho aborda questões de raça, o rescaldo do colonialismo e questões relacionadas com a invisibilidade das minorias na França de hoje.
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