Presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos, o Juiz Clarence Thomas votou pelo fim programa de cotas raciais em universidades. A decisão anula o direito de estudantes negros e latinos a ingressarem no ensino superior, levando a raça em consideração como um fator de importância.
Com uma maioria conservadora, seis juízes se opuseram às cotas raciais, enquanto três foram a favor. O voto contrário de Clarence Thomas chamou atenção nas redes sociais, devido ao fato de que, em 1971, ele foi admitido na Faculdade de Direito de Yale, uma das instituições mais renomadas do mundo, como resultado da política de ação afirmativa.
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“Mesmo no sul segregado onde cresci, os indivíduos não eram a soma de sua cor de pele”, defendeu Thomas em sua decisão. “Embora esteja dolorosamente ciente da devastação social e econômica que se abateu sobre minha raça e sobre todos os que sofrem discriminação, mantenho a esperança duradoura de que este país viverá de acordo com seus princípios tão claramente enunciados na Declaração de Independência: que todos os homens são criados iguais, são cidadãos iguais e devem ser tratados igualmente perante a lei“.
No final dos anos 1960, diversas universidades adotaram o critério de raça e etnia para corrigir as desigualdades no país, motivadas pela escravidão e posteriormente, a segregação racial.
As universidades norte-americanas estavam sendo acusadas de discriminar alunos que têm ascendência asiáticos e os alunos brancos, favorecendo negros, hispânicos e indígenas. Apesar de cotas raciais serem proibidas nos EUA, as instituições podiam desenvolver métodos para o ingresso de estudantes negros, indígenas e hispânicos.
De acordo com levantamento realizado pela Associação Nacional de Aconselhamento para Admissão em Faculdades em 2019, apenas 24,6% das universidades afirmaram que a raça influenciava considerável ou moderamente nos processos de admissão.
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