Nascido e criado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Rômulo Neris voltou no final de maio da Califórnia, nos Estados Unidos. Doutorando em imunologia e inflamação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele estava desde agosto de 2019 fazendo um doutorado na University of California Davis, estudando o arbovírus chikungunya, tema da sua tese.
Além de terminar de escrever sua tese sobre o chikungunya para defesa neste ano, Neris está apenas esperando acabar seu isolamento para pesquisar também o novo coronavírus.
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Em entrevista à BBC News, Rômulo contou que conquistou uma bolsa de três meses para atuar em duas frentes. Uma, a mais imediata, ajudando a processar testes moleculares que estão sendo feitos no Centro de Triagem Diagnóstica para covid-19 criado pela UFRJ.
Na outra frente, o pesquisador, graduado em ciências biológicas e mestre em microbiologia pela UFRJ, vai se debruçar sobre o coronavírus em laboratório. “Vou estudar a genética do vírus e suas mutações, mas também alterações observadas no indivíduo durante a infecção, como metabólicas e pulmonares. A ideia é entender como o vírus infecta células de diferentes tecidos e por que há quadros tão diversos e às vezes tão graves em alguns, sem nenhum tipo de comorbidade”, contou Rômulo durante a entrevista.
No início do doutorado, o pesquisador conta ter recebido por um período uma bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação. Mas, tendo sido contemplado com a bolsa nos Estados Unidos, a bolsa do Brasil foi remanejada dentro de seu programa.
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