Nesta semana, a influenciadora Camilla de Lucas, 28, revelou o resultado de sua transformação após o período de transição capilar. A artista apareceu com um belíssimo black power, reafirmando a beleza de seus fios crespos. Assim como Camilla, a cantora IZA, 32, também faz questão de mostrar a importância e a beleza seu cabelo natural afro.
“Eu fazia relaxamento, usava aquelas coisas que todas as meninas crespas e cacheadas já usaram. Fazia isso e escova. Depois de um tempo, comecei a fazer só isso porque comecei a gostar dos cachos. E aí percebi que eu ficava me enganando”, disse IZA em entrevista ao Gshow ainda em 2019. A artista conta que durante muitos anos utilizou produtos químicos no cabelo, mas que com o passar dos anos encontrou a beleza em seus fios. “A gente escuta muita coisa, dá muito ouvido para a opinião dos outros. Quando você se ama e alguém vier dizer que o seu cabelo é ‘feio, ruim ou esquisito’, você vai falar: ‘Está louco, né, meu amor? Eu sou maravilhosa’. A gente acaba aprendendo a rebater essas coisas porque você sabe quem você é, sabe o valor que você merece, sabe que sua cotação é dólar, meu amor!”, completa a cantora.
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A própria IZA defende seu cabelo crespo como um ato político. “Foi o primeiro momento de resistência e ele foi muito necessário”, ela diz. Outra celebridade que reafirma a importância do cabelo natural é Taís Araujo, 44. A atriz faz questão de classificar seus fios como um ato de orgulho. “Vivo de orgulho do meu cabelo crespo, afinal compreendi, já não retrocedo’. Cabeça erguida, queixo pra cima e nenhum passo pra atrás. Quem vem?!”, escreveu Taís numa publicação através das redes.
A falta de representatividade de cabelos naturais, em especial cabelos crespos, na TV, no cinema e na mídia, construiu uma imagem prejudicial para a auto estima de mulheres negras no Brasil. Inúmeras são as campanhas publicitárias que ainda hoje não exploram a beleza dos fios naturais. Essa falta de representatividade foi o que fez a cantora Marvvila não se sentir atraente. “Levei anos para entender que o meu cabelo era bonito. Porque, até então, desde criança até adolescente, eu fazia ‘relaxamento’ no cabelo. Ninguém achava bonito o ‘black’. Não existia isso. Eu, realmente, não me achava bonita. Quando crescia um pouquinho da minha raiz, eu ficava desesperada. ‘Preciso relaxar, preciso relaxar [o cabelo]’. Aí eu falei: ‘Cara, quero conhecer o meu cabelo'”, disse Marvvila em sua passagem pelo Big Brother Brasil.
A construção imagética de personalidades como IZA, Taís Araujo e Camila de Lucas é importante porque causa um impacto construtivo nas gerações mais jovens. Ao verem representações de beleza e aceitação de seus cabelos na mídia e nas redes sociais, as crianças e adolescentes negras podem desenvolver uma autoestima mais saudável e sentir-se orgulhosas de sua aparência natural. Isso pode ter um efeito poderoso e positivo na construção de identidade e na formação de uma imagem positiva.
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