O cantor Djavan celebrou, em uma entrevista para a coluna da jornalista Mônica Bérgamo no jornal Folha de S. Paulo, o fato de ver mais atores negros na televisão. Djavan também relembrou do momento em que foi questionado sobre o que achava de ser chamado para assumir o Ministério da Cultura do governo de Jair Bolsonaro: “acho péssimo”, revela o cantor sobre sua resposta.
Djavan, que estreou recentemente a turnê “D”, afirmou durante a entrevista que está otimista com os ‘avanços em relação à pauta racial’ no Brasil. Ao abordar a questão da representatividade na televisão, ele disse: “Hoje, quando eu vejo a televisão coberta de atores negros, sinto uma alegria tão grande. Isso é a refundação de valores”, celebrou. “A televisão descobriu o negro. Quando isso começou, uns cinco anos atrás, eu ficava torcendo para que não fosse um modismo. Pelo quanto isso se manteve, estou vendo que não. Descobriram agora que o negro é capaz, é talentoso e é bonito”, disse.
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O músico relembrou ainda que estava sentado na porta de sua casa, em São Miguel dos Milagres, no litoral de Alagoas, quando o sanfoneiro Gilson Machado, que comandou o Ministério do Turismo no último governo, perguntou o que ele achava da ideia de ser chamado para assumir o Ministério da Cultura: “Eu acho péssimo. Eu não quero ser ministro de nada”, afirmou ao lembrar da resposta que deu ao aliado do ex-presidente. Ele também revelou durante a entrevista que teve medo de o país viver um “retrocesso antidemocrático” naquele período.
Ao falar sobre seu atual momento musical, Djavan lembrou dos rappers Emicida e Djonga: “Eu tenho muito o que aprender com essa turma que está vindo, seja do rap e até da MPB. Escuto tudo porque preciso, antes de mais nada. Preciso saber o que está acontecendo, por que está acontecendo, como é que eles fazem isso. Ao mesmo tempo, sou um homem de muita sorte por poder desfrutar da benesse que é ser buscado por essa nova geração.”
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