No dia 6 e 7 de março, o espetáculo “Invisíveis” retrata a história de três pessoas pretas que trabalham como auxiliar de serviços gerais num mesmo lugar e como se dá a manutenção da invisibilidade desses profissionais.
Esse recorte apresenta o resumo de suas vidas repletas de camadas e também mostra suas trajetórias até chegarem nesse momento.
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A peça é uma produção do coletivo “Pé na porta” e é apresentada através da lei Aldir Blanc, com tradução em libras. O ingresso pode ser comprado pelo site “Sympla” pela média de R$5,00 e assistido pelo mesmo.
O texto inédito, escrito por Renata Tavares, que também dirige o espetáculo, aborda como o racismo é fundamental para a base estrutural econômica-política-social no Brasil.
É através da perspectiva das histórias que os personagens contam que se percebe como qualquer outro fator como a conservação desenfreada do capitalismo, a exposição da pessoa como lgbtqi+ e a subjugação de alguém que cumpriu pena, se torna mais um recurso na utilização da depreciação da vida humana preta.
A cor evidencia essa complexa relação desses trabalhadores com os seus superiores que na grande maioria, nem percebem que eles existem, nem sabem seus nomes, e se aproveitam hierarquicamente por estarem acima para estereotipá-los.
A abordagem realizada pelos atores de forma descontraída e intensa, provoca uma reflexão sobre o racismo, desigualdade social, homofobia, humilhação e demais situações enfrentadas cotidianamente por esses profissionais invisibilizados pela sociedade.
O coletivo Pé na Porta surgiu em 2016 com o intuito de criar dramaturgias em que o lugar do artista preto pudesse ser acessado em todas as suas potencialidades.
A Cia traz uma percepção diaspórica dos fazeres artísticos pretos em seu lugar de protagonismo e conecta para além de suas plataformas, o acesso às subjetividades que somente podem ser contadas através de vivências do povo preto.
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