Intolerância religiosa: MP de Minas Gerais denuncia influenciadora por associar tragédia no RS a religiões de matriz africana

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Intolerância religiosa: MP de Minas Gerais denuncia influenciadora por associar tragédia no RS a religiões de matriz africana
Foto: Reprodução

Após a influenciadora Michele Abreu fazer declarações associando a tragédia climática causada pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul a religiões de matriz africana, o Ministério Público de Minas Gerais fez uma denúncia contra Abreu por intolerância religiosa.

Michele Abreu também está proibida de deixar o país e de fazer novas publicações semelhantes em suas redes sociais. Em um comunicado público, a promotora de justiça Ana Bárbara Canedo Oliveira enfatizou que as declarações de Abreu não só constituíram um ato de intolerância religiosa, mas também incitaram a discriminação e o preconceito contra as religiões de matriz africana. A denúncia se baseou no artigo 20 da lei 7.716/1989, que prevê pena de um a três anos de reclusão, além de multa, para casos de prática ou incitação de discriminação ou preconceito religioso.

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No dia 5 de maio, a influenciadora publicou um vídeo em suas redes sociais onde insinuou uma relação entre a presença de terreiros de religiões de matriz africana e a tragédia que assolou o estado gaúcho. “Eu não sei se vocês sabem, mas o estado do Rio Grande do Sul é um dos estados com maior número de terreiros de macumba”, afirmou. Tais afirmações geraram uma onda de indignação e críticas por parte da comunidade, levando o Ministério Público a agir.

Após a repercussão negativa do caso, Michele Abreu publicou um pedido de desculpas em suas redes sociais, alegando ter “expressado mal as palavras” e afirmando não ter tido a intenção de ofender qualquer religião. No entanto, a denúncia do Ministério Público destaca que as consequências de suas declarações foram ampliadas devido à sua influência digital, que alcança quase 32 mil seguidores.

Como medida cautelar, o Ministério Público solicitou que Abreu seja proibida de deixar o país e de fazer novas publicações relacionadas a religiões de matriz africana ou conteúdos falsos sobre a tragédia no Rio Grande do Sul. A promotora Ana Bárbara Canedo Oliveira ressaltou que tais medidas visam não apenas responsabilizar Abreu por suas ações, mas também evitar a propagação de discursos que possam incitar ódio e intolerância.

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