A feminista negra, intelectual, assistente social e doutoranda em estudos de gênero Carla Akotirene estreia nesta sexta-feira (24), como colunista da Vogue. E sua chegada se dá justamente no mês de Julho, em que se comemora, no dia 25, a data marco da Mulher Afro-Latino Americana e Caribenha. Todos os meses, ela comandará lives com convidados especiais e produzirá textos discutindo gênero, mulheres e pautas interseccionais como racismo policial, Lgtbfobia, afetividade, intelectualidade negra e autocuidado.
Notícias Relacionadas
Zezé Motta lidera a quarta temporada do Especial Mulher Negra no E! Entertainment
Julho das Pretas: Capital baiana recebe atividades culturais e formativas para empreendedoras negras no próximo domingo
A sua live de estreia chama-se “A Mulher Negra na América Latina – Desafios e Possibilidades” e será ao lado da editora de Atualidades, Claudia Lima. Carla Akotirene é autora dos livros “Ó Paí Prezada: Racismo e Sexismo Institucionais Tomando Bonde nas Penitenciárias Femininas”, da editora Pólen e “O que é interseccionalidade?”, lançado pela coleção Feminismos Plurais, coordenada pela filósofa Djamila Ribeiro. Este último aliás, ganhará tradução para o italiano com lançamento previsto para dezembro.
Em depoimento em suas mídias sociais, Carla destacou que está muito feliz. “Minhas irmãs, amigos, pessoas que gostam de mim, admiram minha existência e torcem pelo nosso progresso, venho agradecer imensamente pelas oferendas em forma de palavras. Estou feliz por cada ebó de prosperidade arriado na minha página. Com emoção nos olhos eu li todos”. A intelectual negra disse que chegou a hesitar o convite, mas depois lembrou “que não existe na modernidade nenhum aparato público ou privado ausentes do racismo” e que ela mesma está tentando “escrever uma tese pra Universidade, local de epistemicídio, assédio e violência racial”.
Ela disse ainda que a população negra precisa reconhecer a importância de “aprender a gostar de dinheiro”. “Eu tenho sérios problemas com hipossuficiência, com certeza um aprendizado colonialista, já que fomos sequestradas e sequestrados de nossa abundância”, conta a intelectual que teve sua conquista celebrada por diversas pessoas negras de referências, tais como: Taís Araújo, Djamila Ribeiro, entre outras.
Notícias Recentes
Grace Jabbari retira processo federal por agressão e difamação contra o ex-namorado, Jonathan Majors
Agência Pública aponta 33 políticos com antepassados relacionados com a escravidão no Brasil