Na última terça-feira, 13 de outubro, o rapper Djonga foi destaque no Jornal Nacional, o telejornal de maior alcance do país. A participação do artista na programação se deu pela indicação à premiação internacional BET Hip Hop Awards, sendo o primeiro brasileiro a ser indicado na categoria “melhor flow internacional”, e também o único representante do país para esta edição. A premiação, que ocorrerá em 27 de outubro, é a mais importante do segmento Hip Hop nos Estados Unidos, e Djonga concorre ao lado de rappers da França, Reino Unido, África do Sul e Quênia.
A aparição do rapper no jornal causou grande comoção por parte de seus fãs nas redes sociais, uma vez que figura entre os principais nomes do Rap Nacional, estilo pouco presente em grandes mídias televisivas. Com cinco anos de carreira e com o lançamento de álbuns consecutivos nos últimos quatro anos, todo dia 13 de Março, foi a partir de sua quarta obra “Histórias da Minha Área” que ele colhe o fruto da indicação ao prêmio.
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Na reportagem, Djonga fala sobre a relação da música com sua família, por ter crescido em meio à festas que proporcionaram o contato com artistas que inspiram sua trajetória, como Elza Soares, Milton Nascimento e Racionais. E é no estúdio localizado na casa de sua avó, em Belo Horizonte, que o rapper grava suas músicas até os dias atuais.
“O papel da arte de incomodar, de causar reflexão para mim é mais do que fundamental.” Djonga
Citado como um artista que fala sobre o racismo, as violências e as desigualdades sociais “ tocando o dedo na ferida”, o rapper comenta os efeitos destas discriminações e a importância da luta consciente como embate. “Tem situações que você pensaria ser impossível ser discriminado e você é. E aí diante disso, que você começa a ver o tamanho da estrutura e como que a gente tem que lutar de fato, e como que a luta é muito mais pesada e mais séria do que parece, não é uma coisa só de boca pra fora. Ainda assim o lance era bater no peito e falar “Vamo longe”.
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