Contém spoiler!
“É a mesma coisa do que acontece lá fora, que a gente vive nossa vida inteira!” Essa foi uma das frases que marcou os últimos episódios do reality show “Ilhados com a Sogra” da Netflix, que chegou nesta semana. Muitas pessoas negras se identificaram com o momento em que Thyago Cesar desabafa com a esposa Mayara sobre como tem sido o confinamento com o resto da equipe e a perseguição contra a família Tenório.
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A única família inteiramente negra foi alvo de muitas acusações absurdas, por conta de algumas desavenças plausíveis para uma disputa pelo prêmio de R$ 500 mil. Afinal, qual a melhor tática para vencer um reality? Para Severina e Thyago, por algum momento, era fingir que não tinham conseguido se acertar para dispersar os rivais. E ao assumir essa estratégia, foi motivo suficiente para rotular a família de todos os adjetivos ruins possíveis nas dinâmicas. Inclusive, a Mayara, que mesmo no bunker sem entender nada, também foi alvo de difamações.
Ninguém questionou o genro que humilhava a sogra quando perdia uma prova, ninguém questionou a nora que tinha ciúmes da sogra a ponto de reclamar que o marido classificou a mãe como a mais importante da vida dele, mas questionaram a índole do Thyago e da Severina o programa inteiro.
Esse não é um texto para apontar um dedo para ninguém em específico, acredito que todos falharam em não enxergar o que estava acontecendo. Por mais que tenha acontecido esforços por parte de alguns participantes para que eles não se sentissem excluídos, o dano já estava feito.
De todo modo, esse é mais um reality em que pessoas negras se tornam campeãs morais. Há sempre quem vai julgar os negros de vitimismo, mas também há pessoas, que assim como eu, se identificaram com essa dor da exclusão e julgamento.
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