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BNDES cria Grupo de Trabalho Negro para promover a equidade racial e transformação da economia

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Foto: Rossana Fraga/Divulgação BNDES

Na última terça-feira (23), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, com apoio da Open Society Foundations, realizou o Seminário Empoderamento Negro para Transformação da Economia, onde o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, assinou uma portaria que instituiu um Grupo de Trabalho Negro para a Transformação da Economia. 

A formação do grupo tem como objetivo propor medidas que fortaleçam a equidade racial no BNDES. O grupo de trabalho é formado por 14 empregados do órgão público e terá entre suas atribuições acompanhar a elaboração e execução de um novo censo para identificar a composição étnico racial dos empregados do BNDES, além de propor medidas que tenham como objetivo impulsionar a diversidade, equidade e inclusão de pessoas negras no ecossistema do banco.

Outro ponto a ser trabalhado pelo grupo será a apresentação de propostas que adequem a atuação do BNDES a legislações ligadas à Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância e o Estatuto da Igualdade Racial. 

Ao abrir o evento, Mercadante destacou que: “Essa é a primeira iniciativa para tratar o tema da igualdade racial, do empoderamento dos negros, do combate ao racismo, da diversidade e da inclusão racial na história de 71 anos do BNDES”, disse ele, se desculpando pelo que chamou de “silêncio histórico”.

O evento também discutiu a Lei de Cotas e as ações de equidade racial encabeçadas por empresas de modo voluntário no Brasil. Com a presença do embaixador da África do Sul, Vusumuzi W. Mavimbela, o seminário também destacou a Política de Black Economic Empowerment do país como uma referência para o Brasil ao avaliar a evolução das empresas em relação à equidade racial em cargos de chefia e no quadro de funcionários das empresas em território sul-africano.

“Seguramente serei bastante criticado, nós seremos a partir de hoje, mas faço questão de ter essas críticas no meu currículo. Nós precisamos abrir essa porta, acabar com o silêncio sobre a questão racial no Brasil e hoje é um dia para esse banco liderar pelo exemplo. Nós temos que fazer na casa o que nós queremos que os outros façam”, pontuou Mercadante. 

“Próximo dia 20 de novembro, data de Zumbi, vamos lançar um documento para incluir nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs) a questão do racismo. Queremos colocar essa agenda em discussão na ONU”, adiantou o presidente do BNDES, afirmando que a agenda precisa estar em discussão na Organização das Nações Unidas.

O Presidente dos Conselhos Deliberativos (CEDRA) e da Oxfam Brasil, Hélio Santos comentou sobre o papel do capital frente à equidade racial. Ao iniciar sua fala, ele lembrou a medida de Deodoro da Fonseca, primeiro presidente do Brasil, que em 1891 decidiu trazer imigrantes europeus e determinou que estes deveriam ser bem tratados. O que não aconteceu com os negros e fundamenta as desigualdades raciais e sociais no Brasil. “Temos que customizar as coisas para o Brasil”, destacou ele chamando a atenção de Mercadante para a necessidade de olhar para os problemas sociais do país considerando os mecanismos de desigualdade que foram estabelecidos ao longo da história. “Não adianta, presidente Mercadante, a vestimenta da Noruega ou da Bélgica para o Brasil porque eles não tiveram três séculos e meio de escravismo e nenhum Fonseca, imagine dois. Essa é a diferença desses lugares”.

Ele também pontuou que “o empreendedorismo negro não pode ser visto como uma iniciativa liberal atrasada, como alguns setores do próprio movimento negro vê. Aqui, o empreendedorismo deve ser visto como um forte fator democrático”. E ressaltou que o BNDES deve investir no desenvolvimento tecnológico avançado em concomitância com o investimento na equidade racial.

O evento também realizou o lançamento da Iniciativa Valongo, que terá coordenação executiva do BNDES. O Cais do Valongo foi o maior porto receptor de escravizados do mundo. O Cais foi encontrado em 2011 durante escavações feitas para a reforma da zona portuária do Rio de Janeiro e recebeu o título de Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO em 9 de julho de 2017 por ser o único vestígio material da chegada dos africanos escravizados nas Américas. 

Mercadante afirmou que o BNDES vai destinar um aporte de R$ 10 milhões para fortalecer o Museu do Valongo e o movimento que luta para preservação do local. “Nosso desafio é organizar a resistência da memória que está lá para fazer coisas que agreguem, que acrescentem e ampliem”, destacou ele. 

O presidente da Fundação Palmares, João Jorge Rodrigues, a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco e a Ministra da Cultura, Margareth Menezes estiveram no evento e participaram da cerimônia de encerramento.

Live-action de ‘A Pequena Sereia’ é um conforto para a criança interior das mulheres negras 

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Foto: Divulgação/Disney

Contém spoilers*

Halle Bailey, a vida de todas as mulheres negras seria diferente se víssemos uma sereia negra durante a infância. Mas como não podemos mudar o passado, a gente conforta a nossa criança interior com o live-action de ‘A Pequena Sereia’ e tem a oportunidade de, enfim, apresentar para outras crianças negras, para que cresçam com mais autoestima e confiança.

A atuação e o vocal da Halle como princesa Ariel é marcante e incomparável. Ela nasceu para este papel e só discorda quem realmente é racista. Mas a presença de outras sereias negras, suas irmãs, e da rainha negra Selina (Noma Dumezweni), mãe do príncipe Eric, fortalecem ainda mais a naturalização o que significa beleza, poder, e ressignifica o imaginário de sermos o que quisermos, pois não nos sentimos fora do padrão estipulado por décadas pelos contos de fadas clássicos da Disney. 

Apesar de algumas adaptações nas músicas e nos personagens, a trama sobre a Ariel continua a mesma. Uma jovem que deseja desbravar o mundo fora do oceano e acaba se apaixonando por um humano, a ponto de desafiar o Rei Tritão, seu pai, e fazer um acordo com a vilã Úrsula, sua tia. Ela aceita ficar sem voz para ir atrás do seu amor e está disposta a viver como humana, ao lado dele. 

Foto: Disney/Entertainment Weekly

Mas diferente do clássico de 1989, Ariel encontra no Eric a verdadeira razão para se apaixonar por ele: ambos têm o mesmo desejo de conhecer o mundo e percebem que ainda possuem muito o que viver para além do que lhes foi imposto pelos pais. 

A ingenuidade, o otimismo e a coragem de Ariel, é magia mais potente para meninas negras que assistirem ao filme. Pois, por muito tempo, esse papel nos foi negado no cinema, nos colocando apenas como coadjuvantes, preteridas ou agressivas – quando aparecíamos. 

Foto: Disney/Divulgação

Mas para além da representatividade negra, o live-action também é marcante com os efeitos visuais e muito mais colorido do que demonstra nas fotos divulgadas. A experiência de assistir em 3D vale muito a pena para as cenas que se passam no oceano. No início, com os movimentos mais rápidos, nos traz uma leve sensação de estar debaixo d’água, entre os peixes. 

Os musicais apresentados são espetaculares, até para quem possa não curtir muito esse estilo de filme. A performance de Halle ao cantar ‘Part of Your World’ é encantadora, e o som se repete por diversas vezes ao longo do filme, marcando o desejo incansável da princesa para morar fora do mar, que ela já tinha antes de se apaixonar. 

Você sabe o que é Bornout Racial?

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Foto: Freepik

Texto: Shenia Karlsson

Ultimamente, uma quantidade considerável de pessoas negras têm procurado os serviços de psicologia clínica com uma queixa frequente: o esgotamento oriundo do trabalho. Todos os sintomas do Burnout são evidenciados como: cansaço excessivo, alterações de apetite, insônia, problemas com a memória, estados de ansiedade, depressão e em casos mais graves, a depressão grave e estados de catatonia. O resultado é a hipermedicalização da vida e o torpor para aguentar a lógica capitalista. O Burnout  está classificado no CID 11 como uma doença resultante da atividade laboral e pode acarretar depressão grave sendo necessário o afastamento imediato e tratamento com equipe multidisciplinar.

No entanto, quando se trata da pessoa negra em ambiente de trabalho, existe um componente central que deve ser levado em conta: o racismo. Este artigo tem o objetivo de levantar uma questão extremamente séria, o racismo no ambiente de trabalho como principal causador do que vou nomear de Burnout Racial. Segundo os relatos, as experiências se repetem e montam quase que uma colcha de retalhos de episódios desagradáveis e adoecedores. O Burnout tradicional é resultante de um acúmulo de funções laborais e de um ambiente tóxico com condições questionáveis para o trabalhador, já o Burnout Racial é um adoecimento que pessoas negras enfrentam e tem como base o racismo nas experiências laborais.

Essa semana o caso do jogador brasileiro Vini Jr. radicado na Espanha e integrante do time do Real Madrid, veio à tona e tornou-se um escândalo internacional. Ele tem enfrentado desafios inimagináveis em sua atividade laboral e já possui um acúmulo de vários episódios de Burnout devido às tensões que é submetido em seu dia a dia. Este caso ilustra muito bem como as instituições/empresas promovem o adoecimento de pessoas negras por serem ambientes que permitem a desumanização, tratam negros ainda como corpo trabalho e submetem essas pessoas a um profundo sofrimento e experiência de desamparo. Sim, é no DESAMPARO vivido pelo negro a maior fonte do adoecimento e a principal causa do Burnout Racial. Em todos os relatos, pessoas negras se veem sozinhas em seus enfrentamentos.

Esses ambientes tóxicos, perversos, possuem a lógica do abandono, da responsabilização da vítima e a total negligência quando se trata de pessoas negras. É na experiência do desamparo que o negro se vê numa situação impraticável, visto que a todo momento as soluções paliativas são sempre baseadas na idéia de que aguentamos sofrer mais violência. O desamparo neste caso foi evidenciado através das atitudes de toda a equipe e das autoridades do clube. Em nenhum momento o sofrimento do Vini foi considerado. Ele estava desamparado.

A exposição à humilhação pública e as demonstrações de ódio não foram suficientes para a equipe solidarizar-se com ele naquele momento, e ao contrário disso, ele ainda foi punido. Os conselhos de seus colegas de equipe foram: “deixa isso pra lá”. Pessoas negras são frequentemente desestimuladas a se posicionarem, são incentivadas ao silenciamento e quando denunciam as violências costumam sofrer retaliações e são abandonadas, jogadas ao total desamparo em seus ambientes de trabalho.

Pois é, o Vini estava trabalhando e é no trabalho que ele vê a cada dia o racismo tomar contornos significativos, e a estrutura racista ao qual ele está submetido pactua deslavadamente a fim de garantir a superioridade branca. Um elemento-chave nessa trama é a animalização do negro, ser chamado de macaco é um resgate da tecnologia colonial que implementou o esvaziamento da humanidade do negro para assim justificar qualquer violência direcionada aos nossos corpos. Quando todo negro é desumanizado e desamparado em seu ambiente de trabalho, o que está por trás é a naturalização da idéia de animalização do corpo trabalho. 

O Burnout Racial tem algumas características diferentes do Burnout tradicional. Pessoas negras geralmente apresentam não só uma exaustão oriunda do trabalho e sim, uma exaustão oriunda do racismo. A interdição, a situação de duplo vínculo, o silenciamento e a pressão que o sistema faz para que essa pessoa negra desista de estar naquele ambiente causam, além dos sintomas tradicionais do Burnout, alguns outros sintomas tais como sentimento de desesperança e não pertencimento, vergonha, baixa autoestima, incertezas, sensação de fracasso e não merecedor de seu lugar no mercado de trabalho. Pessoas negras costumam chegar no consultório com uma grande tristeza e um vazio existencial. 

Esse desastre digno de tempos coloniais, demonstra o quão os brancos estão despreparados para acolherem pessoas negras visto que são racistas por excelência e nem se dão conta disso. As pioneiras Virgínia Bicudo e Neusa Santos já alertavam que a mobilidade social não é uma garantia, um negro, independente da posição social que ocupa, como diz Fanon, é e sempre será um negro. 

E como podemos nos proteger para não sucumbir? Como não adoecer? Jovens negros no Brasil encabeçam o ranking dos casos de suicídios e sabemos bem o porquê. A consciência crítica, a denúncia, atuar em rede e o cuidado com a saúde mental são componentes que ajudam a enfrentar os sofrimentos oriundos do racismo. De qualquer forma, nossa saúde mental é inegociável, devemos sempre pleitear nossos direitos às pausas e aos descansos sempre que for necessário. A nossa responsabilidade é garantir nossa humanidade mesmo que os opressores pensem ao contrário.

Toda solidariedade ao nosso irmão Vini Jr., jovem, negro, periférico, talentoso. Acredito que coletivamente sentimos em seu rosto a dor de não poder protegê-lo naquele momento. A dor dele e seu possível adoecimento é mais uma história de um jovem negro brasileiro, que sofre racismo em seu próprio país e é hostilizado em sua condição de imigrante nas terras coloniais. 

Que comecem os protestos!

Shenia Karlsson é Psicóloga Clínica, Especialista em Diversidade, Escritora, Colunista, Palestrante, Consultora em D&I e Mediadora de Conflitos em Instituições e Empresas em casos de racismo e discriminação, é Diretora no Instituto da Mulher Negra de Portugal e Ativista da Saúde Mental.

A música mais escutada do Brasil é negra: MC Caverinha e Kayblack assumem o topo das paradas com ‘Cartão Black’

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Foto: Reprodução / Redes Sociais.

Nesta terça-feira (23), os rappers MC Caverinha e Kayblack assumiram o topo do Spotify Brasil, principal parada de sucessos do país, com a música ‘Cartão Black’. Ao todo, o hit já acumula mais de 12 milhões de reproduções na plataforma de streaming. O feito marca uma importante conquista para o cenário do Hip-Hop e do Trap no Brasil.

MC Caverinha é um verdadeiro fenômeno. Com apenas 15 anos, o jovem trapper, nascido Kauê de Queiroz Benevides Menezes, é um dos principais nomes em ascensão da cena urbana nacional. O artista, que estourou aos 11 anos com a track “Só Não Pisa No Meu Boot”, atualmente mora em uma casa que comprou para a família aos 12 anos de idade, com o dinheiro do próprio trabalho na música – um feito e tanto para quem, além da pouca idade, viu a família ser despejada quando tinha nove anos.

A música mais escutada do Brasil, ‘Cartão Black’ é uma parceria de MC Caverinha com seu irmão, Kayblack, que já possui uma trajetória consagrada no cenário brasileiro. O clipe do sucesso foi gravado apresentando uma estética em família, com destaque para a força negra e as novas conquistas dos artistas. No Youtube, o registro visual também assumiu o topo, com mais de 12 milhões de visualizações.

Série ‘The Idol’, produzida e estrelada por The Weeknd, é detonada pela crítica: “superficial e decepcionante”

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Foto: Eddy Chen/HBO.

A nova série de drama ‘The Idol’, cocriada por The Weeknd em conjunto com Sam Levinson, não agradou a crítica especializada. Com certificado de ‘tomate podre’, a obra da HBO Max recebeu apenas 14% de aprovação no Rotten Tomatoes, site que traça uma média geral de análises entre a comunidade global da televisão. Jornalistas definiram a produção como “superficial, previsível, decepcionante e sem graça”.

The Weeknd em ‘The Idol’. Foto: Eddy Chen/HBO.

De acordo com a sinopse, em ‘The Idol’, a estrela pop Jocelyn (Lily-Rose Depp) está disposta a tudo para alcançar um patamar nunca antes visto em uma celebridade. Após sofrer um colapso nervoso em sua última turnê ela conhece Tesdros (Abel “The Weeknd” Tesfaye), um dono de boate com um passado sórdido que se torna seu guru e agente. A produção é banhada com cenas de nudez e sexo, características que também foram amplamente reprovadas pela crítica. “O que a série como provocativo e subversivo é bastante decepcionante. Como pode um programa com tanta nudez, sexo e erotismo ser tão sem graça? Não há substância”, disparou a revista Collider.

Para o site Hollywood Reporter, ‘The Idol’ não cumpre com sua promessa de inovar e se torna apenas mais um clichê. “No final, o que deveria parecer chocante e revestido de apelo sexual é apenas uma velha história sobre fama”, destacou a revista. Com uma das piores avaliações de 2023, ‘The Idol’ estreia mundialmente no dia 4 de junho.

Virada Cultural 2023: confira os artistas negros mais aguardados na programação

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Fotos: Isabelle India e Renata Monteiro

O próximo final de semana em São Paulo, está repleto de artistas negros na programação da Virada Cultural 2023. Nos dias 27 e 28 de maio, haverá 12 palcos espalhados pela capital paulista e contará com um total de 500 apresentações gratuitas, de diversos gêneros.

Entre os artistas negros mais aguardados, estão confirmados: Tasha e Tracie, Gaby Amarantos, Salgadinho, Liniker, Fundo de Quintal, Baiana System, Paula Lima, Mc Soffia, Carlinhos Brown, Tássia Reis, ÀTTOXXÁ e Larissa Luz.

As atrações serão divididas pelas seguintes regiões: Brasilândia (Zona Norte), Butantã (Zona Oeste), Campo Limpo (Zona Sul), Cidade Tiradentes (Zona Leste), Itaquera (Zona Leste), M’Boi Mirim (Zona Sul), Parada Inglesa (Zona Norte), São Miguel Paulista (Zona Leste), a região do Vale do Anhangabaú (Centro), além de Parelheiros, Heliópolis e Capela do Socorro, os três na Zona Sul.

O palco do centro terá apresentações durante 24 horas, enquanto os palcos das outras regiões irão terminar às 22h no sábado e retornam às 10h no domingo. As atrações também serão espalhadas em unidades do Sesc e Casas de Cultura.

Entre as demais atrações negras, o público também poderá acompanhar os shows de: Jonathan Ferr, Edson Gomes, Black Pantera, Jup do Bairro, Psirico, Raça Negra, Pixote, Mart’nália, Bia Doxum, Toni Garrido, DJ Bia Sankofa, Olodum, Luccas Carlos, Marcelo Falcão, Thaíde, Mc Luanna, Rico Dalasam, Araketu, Quintal dos Prettos, Ellen Oléria canta Beyoncé, Xanddy Harmonia, Quebrada Queer, entre outros.

A programação também conta com diversos bailes e atividades em referência a cultura africana e afro-brasileira, incluindo atividades para crianças. Veja os detalhes completos da programação aqui!

Fim de uma era? LeBron James comenta possibilidade de se aposentar: “Tenho muito em que pensar”

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Foto: AP Photo/Ashley Landis

A era LeBron está chegando ao fim? Na noite de ontem (22), o Los Angeles Lakers perdeu para o Denver Nuggets e foi desclassificado das finais da NBA. Após a derrota, o astro LeBron James, 38, disse estar pensando em se aposentar.

“Não posso dizer que tive algum sucesso esse ano porque a essa altura da minha carreira eu jogo por títulos”, disse LeBron após o jogo, onde anotou 40 pontos, 10 rebotes e 9 assistências. “Tenho muito em que pensar. Pessoalmente, comigo avançando mais um ano no jogo de basquete, tenho muito em que pensar. Apesar de tudo, foi uma jornada legal”, complementou o astro.

Um dos motivos que podem levar James a antecipar seus planos é sua lesão no pé direito. Ele jogou os jogos do Playoffs lesionado. “Vou fazer uma ressonância magnética e ver como o tendão cicatrizou ou não e partir daí. Veremos o que acontece. Obviamente, eu sabia que tinha que lidar com isso e lidar com a dor ou lidar com não poder ser o eu mesmo de antes da lesão, mas não havia nada que me fizesse sentir que não conseguiria alcançar à linha de chegada”, contou o jogador do Lakers.

LeBron é considerado o maior jogador da NBA, junto com Michael Jordan. Em 20 temporadas, ele foi campeão duas vezes pelo Miami Heat, uma pelo Cleveland Cavaliers e mais uma pelo Los Angeles Lakers. 

Além dos anéis de campeão, ele possui inúmeras conquistas. No ano passado ele se tornou o maior pontuador da história da NBA. Ele também é um dos atletas mais bem pagos, segundo a Forbes.

Ele ainda possui dois anos de contrato pelo Lakers e já disse em inúmeras entrevistas que pretende jogar com seu filho Bronny James. Atualmente ele está no basquete universitário e pode ser draftado, quando os atletas universitários são convocados para times da NBA, em 2024. King James já antecipou que o time que contratar seu filho leva ele junto.

Já na comunidade da NBA, os fãs de LeBron não gostaram muito da possível aposentadoria do astro, que também rendeu alguns memes.

https://twitter.com/kizodog/status/1661010882980364289

‘Homem-Aranha no Aranhaverso’ será exibido na TV Globo, nesta semana

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Foto: Divulgação

O filme ‘Homem-Aranha no Aranhaverso‘, vencedor do Oscar de ‘Melhor Animação’ em 2019, será exibido na ‘Sessão da Tarde‘, desta sexta-feira (26), a partir das 15h40, na TV Globo.

Dirigido por Peter Herseym, a trama acompanha o adolescente negro do Brooklyn, Miles Morales, se torna o grande herói da Marvel, depois de ser atingido por uma teia radioativa. Inspirado no Peter Parker, o jovem visita o túmulo de seu ídolo, mas é surpreendido com a presença do próprio Peter. Ele ainda descobre que veio uma dimensão paralela, assim como outras versões do Homem-Aranha.

A exibição na TV aberta acontecerá em um momento oportuno, já que a sequência, ‘Homem-Aranha: Através do Aranhaverso’, estreia nos cinemas brasileiros em 1º de junho.

Sendo o único dos filmes sobre o Homem-Aranha a ganhar um Oscar e super aclamado pela crítica, a sequência é um dos filmes mais aguardados deste ano.

Veja o trailer do primeiro filme:

Rio de Janeiro recebe 11º Festival Black2Black; evento celebra a cultura negra e promove intercâmbio cultural África-Brasil

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Foto: Divulgação

Na próxima quinta-feira (25), começa o Festival Black2Black, que acontece no Armazém da Utopia e Parque Madureira, na Zona Portuária, no Rio de Janeiro. Celebrando sua 11º edição, o evento terá início na data em que se comemora os 60 anos do Dia da África.

Com uma extensa programação que exalta a cultura negra na diáspora, o festival vai até o dia 28 de maio e pretende trazer ao público sonoridades que influenciam a música pop contemporânea, como os afrobeats e o amapiano, um ritmo eletrônico surgido na África do Sul e que hoje é considerado o “novo deep house”. 

O Black2Black terá como apresentadores oficiais o escritor, roteirista e dramaturgo Jonathan Raymundo e do rapper, produtor e diretor criativo Marcello Dughettu.

Outra novidade que acontecerá durante o festival é o lançamento do Instituto Back2Black, que deve promover residências entre artistas africanos e afrobrasileiros, além de desenvolver trabalhos com refugiados e ampliar vozes das comunidades quilombolas.

O músico Mateus Aleluia deve se apresentar no primeiro dia do Black2Black, no Armazém Madureira. Além disso, durante a abertura do evento, devem acontecer as Conferências Pret’utopias, que tem curadoria dos escritores angolanos José Eduardo Agualusa e Kalaf Epalanga.

O evento também terá participação do rapper Emicida, do multi-instrumentista, cantor e compositor Chico Brown convidando o também multi-instrumentista e compositor Mádé Kuti (Nigéria), neto de Féla Kuti. O músico Salif Keita, do Mali, também está entre os artistas que pisarão no palco Orun.  

O festival Black2Black busca incentivar o intercâmbio cultural África-Brasil, honrar as raízes da humanidade e dar orgulho ao jovem brasileiro e, neste ano, acontece em uma data emblemática para a população negra dispórica, no Dia da África, que representa a libertação das nações africanas frente à colonização, assim como a união entre os diferentes povos africanos e povos filhos da diáspora africana.

Confira a programação de shows

25 de maio (quinta-feira) – Armazém da Utopia

·         Conferências Pret’utopias 

·         Show de Mateus Aleluia

26 de maio (sexta-feira) – Armazém da Utopia

Palco Orun

·         Emicida com Dino Santiago

·         Chico Brown convida Mádé Kuti

·         James BKS

·         DJ DBN Gogo

Palco Aiye

·         DJ DBN Gogo

·         Okupiluka Sound System

27 de maio (sábado) – Armazém da Utopia

Palco Orun

·         Salif Keïta

·         Tiwa Savage

·         Iza

·         Agnes Nunes

Palco Aiye

·         Hodari

·         DJ Tamy

·         Sued Nunes

28 de maio (domingo) – Parque Madureira (Concha Acústica)

Encontro África – Brasil

Durante o Festival:

· Exposição fotográfica 

· Contação de histórias com participação de líderes quilombolas e atores

· Peça teatral “A chegança do Almirante Negro”, sobre o líder da Revolta da Chibata, João Cândido, feita pela Cia de Mystérios e Novidades

· Talks sobre empreendedorismo negro

· Rodas de conversa com líderes de comunidades quilombolas

· Rodas de conversa com refugiados de países africanos 

Serviço:

Data e local: 25, 26 e 27 de maio (quinta, sexta e sábado) noArmazém da Utopia. Boulevard Olímpico. Av. Rodrigues Alves 1.794 (Armazém 6), Gamboa. 

Data e local: 28 de maio (domingo) no Parque Madureira. Rua Soares Caldeira 115, Concha Acústica, Madureira.

Polícia da Espanha prende sete suspeitos por ataques racistas contra Vini Jr.

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Foto: AFP

Após os últimos atos racistas sofridos pelo jogador brasileiro Vinicius Junior no último domingo (21), a polícia espanhola prendeu, na manhã de hoje (23), sete suspeitos. Três deles são acusados chamar o jogador de “macaco” no jogo entre Real Madrid e Valencia, enquanto os outros quatro estão envolvidos no caso do boneco enforcado, que aconteceu em janeiro.

Os quatro acusados de envolvimento no caso do boneco têm entre 21 e 24 anos e foram identificados como membros da torcida organizada do Atlético de Madrid, a Frente Atlética. Um deles tem passagem por lesão corporal. Em janeiro de 2023, a torcida organizada do Atlético de Madrid colocou um boneco enforcado em uma ponte da capital espanhola com a camisa de Vini Jr e a frase “Madrid odeia o Real”.

Horas depois de prender os quatro torcedores, a polícia anunciou a prisão de mais três pessoas, mas dessa vez envolvidas nos ataques racistas feitos contra Vini Jr. no último domingo. “A polícia deteve três jovens em Valência por comportamentos racistas ocorridos no domingo passado no jogo entre Valencia CF e Real Madrid”, informaram as autoridades.

Na última partida pela La Liga entre Real Madrid e Valencia, a torcida adversária começou a chamar o atacante do Real de “macaco”. Ele levou um mata-leão ao reclamar de racismo e foi expulso do jogo. O time do Valencia disse em nota que está colaborando com a polícia para identificar todos os culpados e que é totalmente contra qualquer forma de racismo.

“O clube reitera sua condenação mais enérgica e sua posição enfática contra o racismo e a violência em todas as suas formas e atuará com a mesma contundência com todas as pessoas identificadas, aplicando sua medida mais severa: os expulsando do estádio pelo resto da vida”, disse Valencia em nota.

A ação da polícia acontece após um dia cheio de protestos e cobranças sobre os casos de racismo contra o atacante Vinicius Junior, que já sofreu dez casos escancarados de racismo desde 2021. 

Na segunda-feira (22) o Real Madrid apresentou uma queixa formal por crimes de ódio e discriminação ao Ministério Público da Espanha. Vini Jr. também recebeu apoio de diversos jogadores do mundo dos esportes e de outras áreas.

O governo brasileiro também se pronunciou a favor do brasileiro. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou que a La Liga será investigada pelos casos de racismo. O presidente Lula também se solidarizou com o jogador e o Cristo Redentor teve suas luzes apagadas como protesto.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, também saiu em defesa de Vinicius, diferente do presidente da La Liga que discutiu com o jogador pelo Twitter. “Total solidariedade a Vinícius. Não há lugar para racismo no futebol ou na sociedade e a Fifa apoia todos os jogadores que se encontram em tal situação”, disse Infantino.

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