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Sephora lança primeiro documentário global sobre diversidade na beleza com histórias de 8 países

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Foto: Nathália Lopes

A Sephora acaba de lançar seu primeiro documentário global, “Beleza e Pertencimento”, dirigido pela cineasta Anastasia Mikova, conhecida por obras que abordam questões sociais. O curta, com cerca de 40 minutos, aborda o papel da beleza na sociedade e como pessoas de diferentes culturas definem o conceito para si mesmas.

Com gravações em oito países — incluindo Brasil, EUA, França e China —, o documentário apresenta mais de 75 depoimentos de colaboradores da Sephora e fundadores de marcas parceiras, como Glow Recipe, Danessa Myricks Beauty e Caudalie. Entre os temas discutidos estão a importância da inclusão, o uso da maquiagem como forma de proteção e a liberdade de se expressar além dos padrões.

A marca concedeu total liberdade artística a Mikova, que filmou por seis meses em estúdios e cenários reais. A parceria surgiu após a marca apoiar a exposição WOMAN, baseada no documentário homônimo da diretora. “Sempre fui apaixonada por conhecer pessoas e descobrir suas histórias — o que as torna únicas, suas trajetórias e perspectivas sobre a vida. Ao mesmo tempo, gosto de encontrar os laços que nos conectam como seres humanos, e o significado da beleza em diferentes culturas é um deles. Durante as filmagens, pude sentir o quão rica, diversa e sensível é a comunidade Sephora, mas acima de tudo, percebi que essas pessoas fazem parte de uma grande família”, contou a cineasta.

“Infelizmente, a inclusão ainda é um tema cercado de desafios no mercado, o que torna nosso papel ainda mais essencial. Na Sephora, acreditamos que a beleza deve ser celebrada por todos, e não poderíamos estar mais orgulhosos de reafirmar nosso propósito de inspirar e acolher cada pessoa como ela é”, afirma Marcele Gianmarino, gerente de Diversidade, Equidade e Inclusão da Sephora Brasil.

Andrea Orcioli, Presidente da Sephora Brasil, destacou que o documentário traduz o compromisso firmado pela marca com a diversidade, equidade e inclusão: “O projeto Beauty & Belonging traduz, acima de tudo, o compromisso genuíno da Sephora em criar um espaço onde a diversidade, equidade e inclusão sejam pilares essenciais da indústria. Assim como nosso posicionamento global, ‘A beleza daquilo que nos une’, traduzido em tudo o que a Sephora faz e acredita, este documentário reforça que a beleza é sobre pertencimento, expressão e conexão. É um orgulho imenso reafirmar nossa missão de construir uma comunidade acolhedora para todos”.

Você pode assistir ao documentário no link: CLIQUE AQUI

“Santo de Casa”: novo romance de Stefano Volp sobre a violência patriarcal terá lançamento em São Paulo

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Foto: Victor Vieira

O novo romance do autor Stefano Volp, “Santo de Casa”, será lançado em São Paulo nesta quinta-feira (27), às 19h, na Livraria da Tarde, com um bate-papo ao lado da escritora Bianca Santana e sessão de autógrafos. A obra, publicada pela Editora Record, acompanha três irmãos que se reúnem para organizar o velório do pai, Zé Maria, cuja morte trágica mobiliza a cidade em uma grande procissão. Para a família, no entanto, o luto vem carregado de marcas deixadas por anos de violência e opressão dentro de casa.

O autor explora as diversas camadas da violência familiar e suas consequências para pessoas de diferentes gêneros, ancorando-se na escuta de histórias da Baixada Fluminense, onde cresceu. “Histórias vividas entre quatro paredes por lares que lutaram para sobreviver contra o feminicídio, os horrores do machismo e as violências do patriarcado. Em contraste com o peso da narrativa, ‘Santo de casa’ se passa no Arraial do Sana, uma região de serra e Mata Atlântica, na cidade de Macaé/RJ. Me abriguei neste lugar por muitos dias para reconstruí-lo da maneira mais fiel possível”, diz Volp.

Conhecido por abordar temas como a crítica ao patriarcado e a violência de gênero, o escritor já lançou títulos como “O Segredo das Larvas”, “Nunca Vi a Chuva” e “O Beijo do Rio”, este último com mais de 30 mil exemplares vendidos.

Em “Santo de Casa”, ele aprofunda o olhar sobre a masculinidade e suas contradições. “Neste livro abraço um gênero novo, experimento uma linguagem estranha e toco em feridas que nunca toquei. Construí uma família majoritariamente masculina para exemplificar o quanto o sistema patriarcal, além de rebaixar qualquer outro gênero que não o masculino, precariza a subjetividade dos próprios homens. Sinto que, sobretudo, minha conversa com os homens que me leem agora mergulha em águas ainda mais profundas”, afirma.

O lançamento do livro ocorre em um cenário desafiador para o mercado editorial brasileiro. Segundo a pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, do Instituto Pró-Livro, o país tem, pela primeira vez desde 2007, mais não leitores do que leitores. Volp reconhece os desafios, mas segue comprometido com uma literatura que provoca reflexão.

“Talvez o maior desafio seja não reproduzir as ideias propagadas pela dominação masculina. Sou um homem negro que, apesar de tudo, ainda prova dos supostos privilégios do sistema de dominação patriarcal. O problema é estrutura e o patriarcado pressupõe uma corrente ideológica estrategicamente inculcada na sociedade e sustentada por instituições como o Estado, a escola, a igreja e a família. Desconstruir uma estrutura muitas vezes imperceptível exige coragem para cometer erros”, enfatiza.

“Santo de Casa” já está disponível para compra online e terá eventos de lançamento em diversas cidades. Já houve o lançamento no Rio de Janeiro, e será apresentada em São Paulo no dia 27 de março. No dia 8 de abril, o evento será em Salvador, na Livraria LDM Shopping Bela Vista, e no dia 12, em Recife, na Livraria Jaqueira.

Homem negro é falsamente acusado de furtar celular e espancado por quatro pessoas

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Foto: Reprodução

O publicitário Yuri Cavalcanti Santana, 24, foi espancado por quatro pessoas após ser acusado falsamente de furtar um celular no bairro de Santana, na zona norte de São Paulo. O caso ocorreu na noite de sábado (23) e foi registrado por uma câmera de segurança.

Segundo o boletim de ocorrência, Yuri, um homem negro, foi acusado de ter levado o telefone de uma mulher que estava em um bar na região. Enquanto caminhava pela avenida General Ataliba Leonel, foi abordado por um carro. Um homem dentro do veículo apontou uma arma e perguntou sobre o aparelho. O jovem, acreditando se tratar de um assalto, correu.

Alcançado por um ambulante, que o derrubou com um golpe nas costas, Yuri foi agredido a socos. Outro homem se juntou à agressão, que continuou com a chegada do veículo que o havia abordado. De dentro do carro desceram um segurança do bar e a mulher que teve o celular furtado. Ambos também passaram a espancá-lo com socos e chutes.

A vítima foi socorrida e levada ao Hospital San Paolo. Relatório médico indicou edema na região nasal e hematomas no crânio, além de múltiplas lesões traumáticas. Yuri recebeu alta e se recupera em casa.

Jovem denuncia racismo

Em entrevista ao SBT, Yuri disse ter gritado por socorro durante a agressão. Ele relatou que a mulher, ao perceber o furto, não viu quem era o autor e o perseguiu por considerar que seu celular estava próximo a ele.

“Acredito que tenha sido por conta das minhas características físicas. Por ser um jovem negro de 24 anos, isso foi decisivo para que eles viessem de forma preconceituosa e vil para cima de mim. Eu tinha certeza de que iria morrer”, afirmou.

O segurança negou ter apontado uma arma para o publicitário e disse ter apenas perguntado sobre o paradeiro do celular. Após as agressões, os envolvidos perceberam que Yuri não havia cometido o furto.

O caso foi registrado como lesão corporal e está sendo investigado pelo 9º Distrito Policial (Carandiru). A polícia solicitou exame ao IML para avaliar a gravidade das lesões, o que pode alterar a classificação do boletim e contribuir para as investigações.

Conferência Enegrecer: Brasil sedia evento internacional de teologia negra para debater justiça racial no cristianismo

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Foto: Reprodução/Instagram

Depois de 20 anos, o Brasil volta a receber a Conferência Enegrecer, evento internacional de teologia negra, que reunirá pensadores, teólogos e lideranças negras do país, das Américas e de África. Com inscrições abertas desde o dia 24 de março, o evento gratuito ocorrerá entre 18 e 21 de junho na Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo, e promete fortalecer o diálogo sobre justiça racial e social no meio cristão.

Promovida pelo Movimento Negro Evangélico do Brasil, a conferência tem como tema: “Negritudes para a igreja do amanhã” e abordará temas como a resistência negra na tradição protestante e os desafios do cristianismo diante das desigualdades raciais. A programação inclui painéis, oficinas e mesas redondas com participantes de países como Angola, Estados Unidos, Colômbia, África do Sul e Cuba.

Entre os destaques estão Bronson Eliott e Tiffany Roberts, líderes da Igreja Batista Ebenezer (a mesma de Martin Luther King); René August, reverenda sul-africana da Igreja Anglicana que atuou com o arcebispo Desmond Tutu; e Maricel Mena Lopez, primeira mulher negra doutora em teologia na América Latina.

Para Jackson Augusto, coordenador nacional do Movimento Negro Evangélico, o evento é um marco: “Este encontro é fundamental para que a comunidade negra evangélica compreenda que a negritude também é um direito nosso. Falar contra o racismo deve ser um compromisso radical do evangelho.”

A iniciativa busca fortalecer redes de colaboração e impulsionar produções acadêmicas e pastorais a partir de uma perspectiva negra e periférica. As vagas são limitadas, e as inscrições podem ser feitas no site oficial: Sympla/Conferência Enegrecer.

Clareadores de pele causam danos irreversíveis e crescimento do mercado no continente africano preocupa

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Foto: Reprodução/Freepik

Mesmo apresentando graves riscos à saúde e reforçando padrões de beleza discriminatórios que exaltam peles mais claras e brancas, o mercado de clareadores de pele avança em países africanos, especialmente na Nigéria, onde 77% das mulheres usam esses produtos regularmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O setor prevê uma crescimento econômico que deve atingir US$ 15,7 bilhões até 2030, o que preocupa especialistas.

A Agência Nacional de Administração e Controle de Alimentos e Medicamentos da Nigéria (Nafdac) declarou emergência sanitária em 2023. O país lidera o consumo de clareadores no continente seguida por Congo-Brazzaville (66%), Senegal (50%) e Gana (39%), África do Sul (32%), Zimbábue (31,15%) e Mali (25%). A demanda é alimentada pela crença de que a pele clara traz vantagens sociais e profissionais, uma herança de padrões coloniais. No entanto, os danos causados por esses produtos são cada vez mais evidentes. Muitos cremes contêm hidroquinona, corticosteroides ou mercúrio — substâncias que, em excesso, causam dermatite, danos renais e até envenenamento. A pele clareada também fica mais fina, dificultando a cicatrização, alerta a OMS.

Com a intenção de proteger seus filhos de discriminação, inclusive de familiares, muitas mães estão clareando a pele dos filhos ainda bebês. “Muitas pessoas não percebem o quão perigosa essa prática tem sido. Tivemos vários casos de recém-nascidos sendo clareados pelos pais porque eles não queriam que as crianças fossem escuras”, explicou a dermatologista estética Dra. Vivian Oputa, em entrevista para o NPR.

Dados da OMS revelam que 77% das mulheres nigerianas já usaram clareadores de pele – o maior índice da África, onde a média é de 27,1%. Embora menos comum entre homens, a indústria registra aumento progressivo desse público. Na cidade nigeriana de Kano, vendedores misturam ingredientes sem controle, oferecendo fórmulas “potentes” com doses altas de ácido kójico e outros componentes proibidos para menores.

Torcedor argentino imita macaco em jogo contra Brasil pelas Eliminatórias da Copa

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Imagem: Reprodução

A goleada da Argentina por 4 a 1 sobre o Brasil, na última terça-feira (25), pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, foi marcada por mais um caso de racismo no futebol sul-americano. Em vídeo publicado pelo jornalista Tomer Savoia no Instagram, um torcedor da seleção argentina aparece imitando um macaco em direção ao setor da torcida brasileira no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires.

Um dia antes do clássico, a Associação do Futebol Argentino (AFA) havia divulgado uma mensagem contra o racismo em suas redes sociais, direcionada “a todos os torcedores de futebol e a toda a sociedade em seu conjunto”. O alerta tinha como objetivo conscientizar, principalmente os presentes no jogo, para evitar ataques preconceituosos contra brasileiros, sejam jogadores ou torcedores.

A Conmebol convocou embaixadores e representantes das federações dos dez países sul-americanos para uma reunião nesta quinta-feira (27). O objetivo é debater medidas contra manifestações de racismo, discriminação e violência no futebol continental. O encontro ocorre após a declaração polêmica do presidente da entidade, Alejandro Domínguez, que gerou revolta no Brasil. Durante o sorteio da Libertadores e da Sul-Americana, Domínguez fez um discurso em português condenando o racismo, mas, em seguida, usou uma analogia infeliz ao ser questionado sobre como seria uma Libertadores sem clubes brasileiros – após a sugestão de boicote feita pela presidente do Palmeiras, Leila Pereira: “Isso seria como Tarzan sem Chita. Impossível”, disse, referindo-se ao macaco que acompanhava o personagem nas telas. A fala foi criticada por reforçar estereótipos racistas.

Em Salvador, Terreiro do Bogum recebe rodas de conversas sobre saúde mental no candomblé e acolhimento

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Fotos: Divulgação

O Zoogodò Bogum Malè Rundò, um dos terreiros de Candomblé mais tradicionais de Salvador, abre suas portas no próximo sábado (29), a partir das 10h, para mais uma etapa do ciclo educativo do Projeto Okàn Dúdù. O encontro contará com duas rodas de conversa, abordando temas essenciais: saúde mental no Candomblé e o acolhimento aos yawò.

Idealizado por Laísa Gabriela de Sousa, o projeto nasce do compromisso de fortalecer os laços dentro da comunidade de axé, criando um espaço de escuta, troca de saberes e valorização das tradições afro-brasileiras.

Com raízes no século XIX, o Terreiro Bogum, liderado por Naadoji Índia Mello, é um dos principais pilares da nação Jeje-Mahi e um bastião da preservação da cultura e espiritualidade negra.

“O Okàn Dúdù tem criado caminhos para discussões sobre temas essenciais para a nossa comunidade, como acolhimento, combate ao racismo religioso, coletividade e pertencimento”, destaca Laísa Gabriela.

Ao longo de seu ciclo educativo, o Okàn Dúdù promoveu sete rodas de conversa, conectando diferentes gerações em um intercâmbio vivo de experiências e conhecimentos. Agora, o projeto se prepara para ampliar seu impacto, com a produção de um documentário e palestras em escolas, levando essas reflexões para outros espaços da sociedade.

“Nossa história é marcada pela resistência e pela força dos nossos ancestrais. O Okàn Dúdù vem para fortalecer essa caminhada, trazendo reflexões e conexões fundamentais para a nossa existência e continuidade”, ressalta a idealizadora.

O encerramento da programação será ao som do Grupo Porrada de Couro, a partir das 16h. O evento está sujeito à lotação, respeitando a capacidade do terreiro.

SERVIÇO
O quê:
Roda de conversa do projeto Okàn Dúdú
Quando: 29 de Março de 2025 às 10h
Onde: Zoogodò Bogum Malè Rundò (Engenho Velho da Federação)
Entrada: Gratuita

Processo contra torcedores por insultos racistas a Vini Jr. é arquivado na Espanha

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Foto: Reprodução/Instagram

O Ministério Público da Espanha solicitou o arquivamento do processo contra dois torcedores que proferiram insultos racistas a Vini Jr. durante uma partida entre Real Madrid e Barcelona, no Estádio Olímpico Lluís Companys, em Barcelona, em de outubro de 2023. A informação foi divulgada pelo jornal Marca nesta segunda-feira, 25 de março.

A Promotoria de Crimes e Ódio de Barcelona concluiu que não havia provas suficientes para comprovar que as expressões direcionadas ao atacante brasileiro tinham caráter racial.

Durante a investigação, foram utilizadas imagens do estádio para identificar os responsáveis pelos cânticos. Um dos suspeitos era menor de 18 anos e teve o caso tratado separadamente. Todos os envolvidos negaram as acusações. O processo também se baseou em testemunhos e no depoimento de Vini Jr. à Justiça, ocorrido em 23 de janeiro deste ano.

Embora o Ministério Público tenha arquivado o caso, o episódio foi encaminhado ao Gabinete para a Igualdade de Tratamento e Não Discriminação, que pode iniciar procedimentos disciplinares, resultando em possíveis sanções administrativas.

Nath Finanças celebra formatura da mãe na faculdade: “Pausou seus estudos pra eu poder seguir os meus”

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Fotos: Reprodução/Instagram

A influenciadora Nath Finanças emocionou seus seguidores ao compartilhar no Instagram, nesta segunda-feira (25), a alegria de ver sua mãe, Ana, concluir a graduação em Sistemas de Informação aos 52 anos. Na publicação, Nath relembrou a trajetória de apoio e dedicação da mãe, que chegou a pausar os próprios estudos para priorizar a educação dos filhos.

“Há uns 5 anos, minha mãe tava nesse mesmo lugar comigo, comemorando mais uma etapa concluída: minha formatura em Administração de Empresas. Agora, 5 anos depois, tô aqui vendo ela se formar aos 52 anos em Sistemas de Informação”, iniciou o texto acompanhado das fotos de formatura de cada uma.

Nath também destacou que a o papel fundamental da mãe em sua trajetória profissional, quando ela gravava os vídeos na casa dela, e foi a primeira pessoa a acreditar no seu trabalho. “Você me emprestava o celular, assistia tudo antes de eu postar, dava palpite, torcia, vibrava. Abriu mão dos seus sonhos pra realizar os meus e os do meu irmão. Pausou seus estudos pra eu poder seguir os meus e me formar”, contou.

Com uma relação marcada por apoio e amor, Nath ressaltou também a conexão espiritual entre as duas. “Te ver realizando esse sonho hoje é o mínimo que eu poderia retribuir diante de tudo o que você fez e faz por mim. Você sempre foi meu colo nos momentos mais difíceis… e isso é muito coisa de filha de Oxum mesmo: acolher, abraçar, proteger e amar quem ama. Não é por acaso que eu sou sua filha e também sou filha de Oxóssi“.

“Vem aí mais uma mulher incrível mandando ver na área de tecnologia!”, concluiu Nath, brincando com um possível novo nome para a mãe: “EU TE AMO, Ana Finanças ou Ana Informanças”.

“O Bixiga é Nosso!”: Documentário retrata luta para preservar história negra em SP

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Foto: Olé Produções

Em 2022, durante as escavações para a expansão do metrô na Praça 14 Bis, arqueólogos descobriram vestígios do Quilombo Saracura, o primeiro quilombo urbano reconhecido no estado. Mas a descoberta logo se viu ameaçada pelo esquecimento e a comunidade negra entrou em cena para impedir mais um apagamento da história negra na cidade. Essa luta será exibida no documentário “O Bixiga é Nosso!”, dirigido por Rubens Crispim Jr.

O filme chega às telas de São Paulo entre os dias 3 e 9 de abril de 2025, com exibição no Espaço Petrobras de Cinema (Rua Augusta, 1.475). Antes disso, acontecerá uma pré-estreia especial no dia 31 de março, às 19h, com ingressos gratuitos.

Desde os anos 1980, o bem-sucedido processo de tombamento patrimonial que preserva a história arquitetônica do bairro do Bixiga, encontra-se em risco constante, mas segue defendido por sua comunidade. A região abriga marcos históricos como o Teatro Oficina, a mais antiga companhia de teatro em atividade no Brasil, que há quatro décadas luta pela preservação de sua sede e de um terreno vizinho onde um rio subterrâneo de água potável corre a menos de quatro metros da superfície.

Foto: Olé Produções

Mas em 2022, quando as obras do metrô revelaram vestígios do Quilombo Saracura, a população negra do bairro e seus aliados, se mobilizou para garantir que essa memória não fosse apagada.

“‘O Bixiga é nosso!’ joga luz em diversos grupos de resistência articulada no território do Bixiga. Acredito que esses movimentos sirvam como estímulo e ensinamento para diversos outros grupos espalhados pela cidade e pelo país. O Bixiga precisa ser estudado!”, diz o diretor.

A produção teve sua première no 13ª Mostra Ecofalante de Cinema, de onde saiu com prêmio concedido pelo público, e traz depoimentos de ativistas, historiadores e moradores da região. A obra inclui a participação de integrantes de movimentos populares como o Teatro Oficina, Mobiliza Saracura Vai Vai, Bloco Afro Ilu Oba de Min, GRCSES Vai Vai, CCBIX, Casa Mestre Ananias, Portal do Bixiga e Museu do Bixiga.

Serviço

“O Bixiga é Nosso!” | 2024 | 73 min | Documentário | Livre

Estreia em São Paulo (SP): de 3 a 9 de abril de 2025

Onde: Espaço Petrobras de Cinema (Rua Augusta, 1.475 – Consolação)

Pré-estreia: 31 de março (seg), às 19h, no Espaço Petrobras de Cinema | entrada franca

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