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Circuito Gourmet da Gastronomia Afro abre inscrições para concurso que busca valorizar a culinária afro-brasileira

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Foto: Divulgação

Entre os dias 07 e 09 de novembro acontece o Circuito Gourmet da Gastronomia Afro, no Campus de Nova Iguaçu da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, que busca valorizar a culinária afro-brasileira e também a comida com raízes africanas ao redor de todo o mundo. Até o dia 23 de outubro, o Circuito está com inscrições abertas para o concurso que vai premiar chefs em diferentes categorias.

O concurso vai contar com sete categorias destinadas a profissionais e entusiastas da profissão: Confeitaria, Panificação, Bolos Artísticos, Comida de Boteco, Comida de Rua, Chef Profissional e Comida afetiva.

O Circuito também conta com palestras, oficinas, degustações e diversas atrações culturais, como dança, música e uma exposição do fotojornalista iguaçuano Paulo Santo.

O evento é idealizado pelo chef Pedro Alex, presidente da ABRACHEFS (Associação Brasileira de Chefs de Cozinha e Bartenders), que também assina a curadoria do projeto. Para ele, fazer o circuito em uma universidade da Baixada Fluminense tem uma grande importância para a gastronomia negra do Rio. ”Além de ser uma região com uma população negra significativa, é um espaço onde se reconhece e celebra a diversidade cultural destacando a influência da cultura africana na identidade local. A meu ver, como verdadeiro celeiro da educação, a universidade possibilita não somente campos distintos de pesquisa no setor acadêmico, mas também o reconhecimento e a divulgação da história, cultura e culinária afro-brasileiras. Isso enriquece a experiência dos estudantes e da comunidade de maneira geral”; aponta Alex.

O evento pretende reunir o melhor dos novos talentos do Estado do Rio de Janeiro e nomes já reconhecidos no meio gastronômico. Entre os confirmados estão os chefs Rodrigo Barros (MasterChef e Embaixador da Gastronomia do Rio de Janeiro) e Márcia Baiana (Bicampeã do Enchefs RJ e Embaixadora da Gastronomia de Nova Iguaçu), o cubano Fernando Calderón, da Chef Confeiteira Diva Oliveira (Que Seja Doce), Cadu Freitas (vencedor do prêmio Dolmã 2021) e a mineira Vanessa Vacaro. O Circuito também fechou uma parceria com a Feira da Agricultura Familiar, que acontece todas as terças-feiras no Campus.

Para se inscrever é preciso ser maior de 18 anos e serão priorizadas pessoas pretas, pardas, indígenas e/ou que apresentarem receitas afrocentradas. O formulário e o regulamento estão no site e na bio do Instagram do @circuitogourmetafro, as inscrições vão até o dia 23/10 e as seletivas acontecem até o dia 04/11. O resultado será divulgado no dia 05/11.

O projeto foi contemplado pelo edital da FAPERJ (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) 2023 em parceria com o corpo acadêmico da UFRRJ.

Confira a programação completa: 

Dia 7/11/2023

° 10h – abertura do evento | local: auditório 

Palavra do Reitor e do Diretor Acadêmico Paulo Cosme, corpo docente e autoridades convidadas 

° 10h – início da oficina de qualificação em confeitaria Segi

Término da oficina às 12h

Local :laboratório de Turismo 

° 10h30 – início do fórum:

“ Cozinha de terreiros – Para além da boca: Saberes e sabores ancestrais“

° 12h – Concurso de Confeitaria/local: laboratório de turismo 

° 13h – Concurso de Panificação /local: laboratório de turismo 

° 13h – Aula Show /local cozinha show 

Tema: Tabuleiro da Baiana 

* Embaixadora da gastronomia de Nova Iguaçu — Chef Márcia Baiana

Prato: Acarajé, caruru e bolinho de estudante

° 14h – Concurso de Bolos Artísticos /local laboratório de turismo 

° 14h Aula Show /local cozinha show 

Tema: Mineirice Carioca

* MasterChef e Embaixador da gastronomia do Estado do Rio De Janeiro — Chef Rodrigo Barros 

Prato: Galinha com Quiabo e Angu 

° 15h Aula Show /local cozinha show 

Tema: Comida de Boteco – Chef Gerson 

Prato: bolinho de feijoada 

° 16h Aula Show /local cozinha show 

Tema: Xixim 

* Chef Vanessa Vacaro 

Prato: Xixim de galinha

° 17h Aula Show /local cozinha show 

Tema: sabores de minha infância 

* Chef Marisa Leonardo

Prato: Arroz doce com água de flor de laranjeira 

Dia 8/11/2023

° 10h Oficina de qualificação /local laboratório de turismo 

Fast Food Segi

° 11h Concurso Gastronômico /local laboratório de turismo 

Comida de Boteco 

° 12h Concurso Gastronômico /local laboratório de turismo 

Comida de Rua 

° 13h concurso gastronômico Chef Profissional /local laboratório de turismo 

° 13h Aula Show 

Tema: o doce que conta história 

* Chef Elaine Feliciano

Prato: Qumbe doce de tradição natalina na Somália 

° 14h Concurso gastronômico comida afetiva 

° 14h Aula Show/ local cozinha show 

Tema: IBejada

* Chef Silvia Chagas

Prato: quindim e cocada

° 15h Aula Show /local cozinha show 

Tema: Bahia de todos os Santos 

* Chef Otávio Pestana

Prato: angu à Baiana 

° 16h Aula Show /local cozinha show 

Tema: Aipim de Tinguá sabores de nossa terra

* Chef Jorge Machado 

Prato: Vaca atolada

° 17h Aula Show /local cozinha show 

Tema: terras de Angola 

* Embaixador da gastronomia do Estado do Rio de Janeiro – Chef Cadu 

Prato: Muamba de galinha de Angola

Dia 9/11/2023 

° 12h Aula Show/cozinha show 

Tema: Sabores de Cuba

* Embaixador do Sistema de Ensino Gastronômico Internacional – Chef Fernando Calderón

° 13h Aula Show /local cozinha show 

Tema :cozinha raiz 

* Embaixadora da gastronomia de Tocantins – Chef Rosa de Fogo

Prato: Galinha ao molho pardo

° 14h Aula Show /local cozinha show 

Tema: Brasilidades

* Chef Adérito

Prato: Cozido à Brasileira 

° 15h Aula Show /local cozinha show 

Tema: Memórias da cozinha ancestral

* Embaixador da Gastronomia do Estado do Rio de Janeiro e vencedor do Prêmio Dolmã 2018 e 2022 – Chef Pedro Alex

Prato: Arroz de Hauçá

° 16h Aula Show /local cozinha show 

Tema: cozinha Afro brasileira 

* Chef Antônio Filho

Prato: Vatapá 

° 17h Aula Show /local cozinha show 

Tema: bolos artísticos 

* Chef Diva Oliveira (Que Seja Doce)

Prato: Todo sabor que tudo que é preto tem de gostoso 

“A professora sempre me machuca, mãe”: Gabi Oliveira retira filha da escola após descobrir episódio de agressão

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Foto: Reprodução

Nesta tarde de quarta-feira (18), Gabi Oliveira revelou que decidiu mudar a sua filha, Clara Lua, de escola após descobrir que uma das professoras estava machucando a pequena. “Eu nunca tinha visto ela daquele jeito”, comentou Gabi. “Eu não sei o que aconteceu, eu não tenho como afirmar nada, a escola não tem câmera. Só sei que ela de alguma forma estava se sentindo rejeitada.

Lua estudava em uma escola de período integral do Rio de Janeiro. Gabi não deu detalhes sobre a instituição, mas descreveu como um local bem conceituado. A influencer contou que começou a estranhar no começo do ano que Lua estava demonstrando um comportamento incomum em relação a escola, não querendo mais ir e mudando de humor. Até que em maio, uma mãe de uma colega de classe ligou para Gabi dizendo que sua filha relatou que uma das professoras colocou Clara de castigo virada para parede por causa de um episódio de uma tesoura que machucou outra aluna sem querer.

Foi então que Gabi decidiu conversar com sua filha e descobriu que a professora regente, a machucou além de deixar de castigo. “Tentei ficar com cara de paisagem e falei ‘a professora te machucou?’ ai ela [disse] ‘é, a professora sempre me machuca, mãe’”, contou.

Em um determinado momento, a influenciadora teve uma reunião com a coordenação. A professora regente não participou do encontro, e a escola acabou pedindo desculpas pelo ocorrido e disseram que a professora chorou na sala de aula depois de ler o recado na agenda e acabou contando para os alunos.

Logo depois, a situação pareceu estar resolvida e que aparentemente a professora teria sido afastada, mas alguns dias depois a Clara começou a chorar desesperada voltando da escola dizendo “ela não gosta de mim, mãe”.

“Eu nunca tinha visto ela daquele jeito, foi o mais próximo que ela ficou de quando ela chegou aqui. Quando ela chegou, às vezes ela deitava no chão e ela não falava nada só ficava se debatendo, chorando por mais de uma hora, só que tem muito tempo que ela não tinha isso”, desabafou.

Gabi resolveu então procurar outra escola durante as férias de julho e logo no início da volta as aulas ela conseguiu fazer a transferência. Durante esse processo, outras mães de alunos negros da mesma escola relataram que seus filhos passaram por isso e também tiveram que se transferir da escola.

Ela também relatou que em 40 dias na nova escola sua filha teve uma melhora significativa. Voltou a querer ir para a escola e também está mais animada. “É uma outra criança”

“Eu acho que nós pessoas que somos mães de ou crianças negras ou crianças que apresentam algum comportamento que as pessoas colocam como a criança na questão do LGBTQIA+ tem uma grande luta para estabelecer com a comunidade da escola, estar ali presente para garantir o direito dos nossos filhos de serem respeitados”, finalizou.

Juliette e Duda Beat são acusadas de plagiar “AmarElo”, do Emicida, em single “Magia Amarela”

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Foto: Reprodução

Na noite de terça-feira (17) a artista e influencer Juliette lançou o single “Magia Amarela”, em colaboração com a cantora Duda Beat, mas seu trabalho vem sendo acusado de plagiar o projeto “AmarElo”, do Emicida. Co-fundador e CEO da LabFantasma, Evandro Fióti, veio a público falar sobre e revelou informações sobre o projeto das artistas que conta com parceria da Bauducco.

“Sabe apropriação e tudo aquilo que a gente discursa sobre ética? Então, esse mercado tem bem pouco. Sem criticar as artistas, que inclusive admiro. Mas nosso jurídico vai trabalhar!”, declarou Fióti em seu X (Twitter).

O CEO da LabFantasma também abriu uma live para dar mais detalhes sobre o plágio e revelou que o single faz parte de uma campanha de reposicionamento de uma marca – que logo depois foi revelado ser a Bauducco – e que eles entraram em contato com Emicida e Fióti antes, mas não fecharam negócio por questões de cronograma e verba. “A verba que eles tinham não justificava a entrega que a gente tinha que fazer”, contou.

Além do nome remeter ao álbum lançado em 2019, a capa se assemelha com a capa do “Emicida: AmarElo – É Tudo Pra Ontem”, que foi lançado na Netflix, e a tipografia do título e a cor também. Em mais uma das comparações, em um trecho do single Duda Beat canta “A cor da vida é amar elos reais”. “A gente levou 12 anos para ganhar um Grammy e esse trabalho acabou de ser roubado conceitualmente”, comentou Fióti.

Na semana passada, o canal Marcas pelo Mundo, no Youtube, divulgou um vídeo da festa de lançamento do novo posicionamento de marca da Bauducco, que se chamou “Magia Amarela” e contou com a participação das cantoras. “É um momento histórico para a marca, um momento muito especial, que se evidencia a partir desta noite, onde apresentamos no evento ‘Magia Amarela’, nosso novo amarelo e nossa nova identidade visual”, comentou André Kieling, Gerente Executivo de Marca da Bauducco, a Marcas pelo Mundo. 

Até o momento, nem a Bauducco e nem as cantoras Juliette e Duda Beat se pronunciaram sobre o caso.

“O que mais levo do axé para o consultório é a capacidade de acolher meus pacientes”, diz a iyalorixá e médica Kemi Salami

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Fotos: Reprodução/Instagram

Kemi Salami, 39, médica oftalmologista e iyalorixá na religião tradicional iorubá no Brasil, dedicada ao culto de Ifá, nasceu destinada a cuidar e curar as pessoas. Com duas funções que necessitam de muita responsabilidade, ela sente que está cumprindo a sua missão e consegue unir o trabalho de saúde e de resgate ancestral para melhorar os atendimentos.

“Acredito que o que mais levo do axé para o consultório é a capacidade de efetivamente ver, escutar, acolher e entender meus pacientes. Isso pode mudar tudo quando um paciente vai receber uma notícia ruim, como um diagnóstico de cegueira irreversível, por exemplo”, disse Dra. Kemi, propritária da clínica A Beleza do Olhar, em entrevista ao Site Mundo Negro, em especial ao Dia do Médico, celebrado hoje, 18 de outubro.

A iyalorixá do Oduduwa Templo dos Orixás, em Mongaguá (SP), assim como outros profissionais negros na área da saúde, se aprimoraram na etnomedicina para enriquecer os conhecimentos da medicina ocidental. “O resgate do saber ancestral nos possibilita ampliar a visão sobre nossos pacientes, vendo cada um como um ser único, aprimorando a relação, criando afeto, e muitas vezes, espaço para orientação de que existem tratamentos adjuvantes fora do consultório que podem ser de grande auxílio (a ideia não é substituir o convencional, mas sim acrescentar, enriquecer e até proporcionar conforto e acolhimento emocional)”, explica.

Dra. Kemi no programa Mulheres na Gazeta (Foto: Reprodução/Instagram)

Leia a entrevista completa abaixo:

Qual o conceito de Etnomedicina e como se aplica na prática por profissionais de saúde negros?

Etnomedicina pode ser definida como a disciplina que se dedica ao estudo das formas tradicionais de cura adotadas por determinada(s) comunidade(s) ou conjunto de conhecimentos terapêuticos e de práticas de cura tradicionais de determinada comunidade ou grupo étnico. Na prática, aqui no Brasil, profissionais de saúde negros estão, como todos os profissionais de saúde, sujeitos às regulamentações de seus respectivos conselhos (no meu caso, os conselhos regional e federal de medicina) e sendo assim, em ambiente terapêutico devemos seguir as diretrizes estabelecidas principalmente pela medicina ocidental contemporânea e os princípios da medicina baseada em evidências, que reúne fundamentação que a ciência traz para eleger para cada paciente estratégia diagnóstica e de tratamento. A questão é que o resgate do saber ancestral nos possibilita ampliar a visão sobre nossos pacientes, vendo cada um como um ser único, aprimorando a relação, criando afeto e muitas vezes espaço para orientação de que existem tratamentos adjuvantes fora do consultório que podem ser de grande auxílio (a ideia não é substituir o convencional, mas sim acrescentar, enriquecer e até proporcionar conforto e acolhimento emocional).

Dra. Kemi realiza consultas, exames e cirurgias oculares (Foto: Reprodução/Instagram)

É possível aplicar e/ou adaptar os saberes religiosos de uma Iyaloriṣa com os pacientes do consultório?

A filosofia dos orixás apresenta valores civilizatórios, tem como pilares o respeito, a solidariedade, a paciência. Fala principalmente sobre como podemos e devemos exercer virtudes para que nossa vida seja próspera em todos os sentidos (saúde, alegria, amor, questões financeiras, etc). Através da prática desses valores e virtudes e aplicando os saberes filosóficos que adquiri dentro da tradição diariamente, acredito que o que mais levo do axé para o consultório é a capacidade de efetivamente ver, escutar, acolher e entender meus pacientes. Isso pode mudar tudo quando um paciente vai receber uma notícia ruim, como um diagnóstico de cegueira irreversível, por exemplo.

Iyaloriṣa é iniciada no Culto Ifá há 36 anos (Foto: Reprodução/Instagram)

Como as experiências que você teve em países africanos lhe ajudaram a enriquecer ainda mais o seu trabalho?

Na África, eu aprendi o que é o axé, a energia vital, a força que flui em todos os planos e possibilita realizações. Aprendi o que é felicidade verdadeira, desprovida de apego a pessoas ou objetos. Aprendi que sou porque somos. Que sem benevolência, solidariedade, empatia não se pode ser feliz e viver em paz como sociedade. Eles sim são ricos, ricos de algo que a maioria aqui, infelizmente não tem. Lá eu me enriqueço como ser humano, e isso transborda por todos os lados, pois tento viver aqui desta forma em todas as minhas funções.

Há doenças oculares que são mais comuns para a população negra?

Sim, a principal é o glaucoma primário de ângulo aberto, maior causa de cegueira irreversível no Mundo. Uma doença grave e assintomática até estágios avançados. Todos devem fazer exame oftalmológico completo 1 vez ao ano, principalmente após os 40 anos.

Dra. Kemi atua há 12 anos no mercado oftalmológico (Foto: Reprodução/Instagram)

Como é a experiência de conciliar todos os seus deveres de uma Iyaloriṣa com o atendimento aos pacientes?

É trabalhoso, pois as duas funções acarretam muita responsabilidade, tempo e dedicação, mas é muito satisfatório, nada me faz mais feliz. Quando pequena, através da iniciação em Ifá-Orunmila (a divindade que conhece o destino de todos os seres) foi dito à minha família que meu destino era cuidar das pessoas e curar as pessoas. Sendo médica e Iya eu posso fazer isso de forma completa. Sinto que estou cumprindo meu destino, fazendo o que deveria fazer nesta vida. E sou grata ao meu Ori, aos orixás, aos meus ancestrais por essa possibilidade.

Entregador é vítima de racismo em São Paulo e Stephanie Ribeiro colabora para registrar boletim de ocorrência

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Foto: Pedro Borges/Alma Preta e Divugação/Instagram

Mais um entregador de aplicativo foi vítima de racismo, na tarde desta terça-feira (17), na região de Pinheiros, em São Paulo. Segundo reportagem do Alma Preta, Renato da Silva, 31, estava trabalhando quando ouviu de Frederico Florentino Bischof, em uma roda de amigos, que “pretos podem ter tudo e até iPhone, mas continuam pulando que nem macaco e se vitimizando na internet”. Uma confusão começou no local, onde a vítima tentou confrontá-los para apontar o racismo e ouviu deste grupo que ele “estava drogado”.

A arquiteta e apresentadora do GNT, Stephanie Ribeiro, 30, estava indo ao salão de beleza quando se deparou com os gritos “racista” e publicou nas redes sociais o momento em que outros entregadores estavam com a vítima. Ela pediu ajuda para conseguir advogados e a imprensa no local, pois Renato estava sendo enquadrado. “A polícia [militar] foi acionada para conter a confusão e não pelo crime de racismo”, afirma.

Entretanto, com o apoio da Stephanie, o entregador conseguiu registrar o boletim de ocorrêcia como Injúria Racial, com o testemunho de um grupo mulheres negras e entregadores, que confirmaram a agressão.

“Qualquer pessoa preta que ouvisse aquilo se sentiria ofendido. Eu virei e falei que aquilo era errado, que ele não poderia falar coisas daquele jeito. Eu moro no extremo sul, saio de casa todo dia às 8h da manhã para trabalhar em Pinheiros, que é onde consigo fazer meu dinheiro. Não saio de casa para ser ofendido, saio para trabalhar”, disse Renato em entrevista à Alma Preta.

Em live feita nesta noite, Stephanie relatou que o Renato pediu a sua ajuda. Em contato com outras pessoas, ela conseguiu dois advogados e juntar as testemunhas para irem juntas à delegacia. Apesar do susto, ela considera uma vitória conseguir registar o boletim, após o desdém do grupo de amigos que tiravam sarro do entregador.

Lázaro Ramos anuncia data de estreia do filme ‘Ó Paí, Ó 2’: “Estou numa ansiedade que só”

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Foto: Reprodução / Globo Filmes.

Nesta terça-feira (17), Lázaro Ramos anunciou oficialmente a data de estreia do filme ‘Ó Paí, Ó 2’. A obra vai ser lançada nos cinemas brasileiros dia 23 de novembro. “Baseado na obra do meu amado Bando de Teatro Olodum, nosso filme tem data de estreia, minha gente”, celebrou o ator. “Estou numa ansiedade que só e imagino que vocês também”.

Junto com a data de estreia, um super pôster também foi anunciado. “A gente vai lutar e ainda vai sonhar”, diz o título na imagem de divulgação. O primeiro ‘Ó Paí Ó’ foi lançado em 2007. A história se passa durante o carnaval de Salvador, na Bahia, e apresenta um retrato autêntico e caloroso da cultura e da comunidade local. A trama se desenrola em um animado cortiço, onde diversos personagens compartilham suas histórias e conflitos enquanto se preparam para as festividades carnavalescas.

Primeira brasileira a ganhar um prêmio no Festival de Sundance, Lílis Soares assina a direção de fotografia de ‘Ó Paí, Ó 2’. O longa dirigido por Viviane Ferreira marca o retorno de Lázaro Ramos como “Roque”, ao lado de uma nova geração de personagens. “Acompanhamos a rotina de Roque anos depois do primeiro filme. O cortiço de Joana continua carregado de festas, fofocas e confusões. O bairro se prepara para a festa de Iemanjá, enquanto lida com as polêmicas dos vizinhos“, diz a descrição do novo filme.

Mulher aponta racismo estrutural em vitrine de loja que usou manequins brancos segurando bonecos negros: “corpo negro como objeto”

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Foto: Reprodução

Qual a importância de fazer uma leitura social voltada para raça no nosso cotidiano? Para a cientista social, Vânia Rosa, essa é uma tarefa fundamental. Ela fez uma publicação em seu Linkedin para expor uma loja que usou manequins que representavam crianças brancas segurando bonecos negros em sua vitrine no Dia das Crianças. De acordo com Rosa, ela caminhava com o filho de nove anos por um shopping no Rio de Janeiro, quando passou pela loja Alphabeto, de classe média alta, que vende roupas infantis e se deparou com a cena que a fez refletir sobre “o pensamento social Brasileiro e o racismo”. 

No texto publicado pela pesquisadora, ela descreve a cena que viu. “Nessa imagem é possível compreender que os “manequins” brancos representam as crianças ou melhor, os indivíduos que tem direito à infância no Brasil e são considerados crianças. Os “manequins” que podem ser lidos como crianças negras, estão em tamanho menor e representam objetos- bonecos, “brinquedos” das então crianças brancas. Há um manequim negro sem roupa e descalço, a menina estilizada com um óculos bem grande e colorido, tipo exótica pois a lente não permitirá que ela enxergue, o outro está se equilibrando, sendo segurado pelo branco, meio que nas mãos da “criança” branca”.

Ela explica que a imagem foi uma espécie de “gatilho” para ela, que ficou paralisada por alguns instantes ao se deparar com a cena montada na loja. “Meu filho, uma criança negra de 9 anos olhou rapidamente pra mim, sem entender ainda a perversidade do pensamento social brasileiro. As hierarquias impostas e que estão consolidadas na nossa sociedade”.

Ao falar sobre como o racismo se apresenta de muitas maneiras em nossa sociedade, ela lembrou: “O racismo estrutural e institucional está dado… se você se diz antirracista e não entendeu que não é apenas no ato de ser xingado, agredido fisicamente ou verbalmente que sofremos o racismo. Os silêncios, ausências e negação existência é racismo”.

“Não aceitamos mais ficar fixados no lugar de objeto, Lélia González em 1983 já falava sobre corpos negros objetivados. Respeitem a nossa história e memória. Respeitem as nossas crianças e seus direitos à vida e à sua existência”, reforçou.

Publicação da loja com a vitrine que foi alvo de críticas – Foto: Reprodução

Para o Mundo Negro, Vânia pontuou que ainda que a loja tenha feito uma tentativa de ser inclusiva, é importante fazer leituras como a que ela nos trouxe: “Ao olhar para aquela vitrine do shopping, minha cabeça traz a memória do passado, das leituras de Grada Kilomba, de Lélia Gonzalez, Frantz Fanon, em que podemos conhecer como na história do mundo, o corpo negro foi violado, posto no campo da ciência por séculos como objeto de estudo, sem direito a identificação, mulheres negras como objeto de desejo sexual, pessoas negras descalças e sem roupas no mercado de escravizados. Isso foi um gatilho pra mim pois, apesar de ver que houve uma tentativa de uma comunicação inclusiva, se os “manequins” ali postos, representam crianças brancas eles tem um brinquedo na mão que na minha leitura eram crianças pretas, pois o tamanho era muito próximo ao tamanho de uma criança. O objeto, ou brinquedo que representa uma menina preta, está sem roupa e descalça…. isso foi pra mim, a desumanização de corpos negros. Uma construção do pensamento social brasileiro que perpassa o racismo estrutural e institucional”, destacou.

“A loja quis fazer uma comunicação inclusiva, mas quem adesivou as lojas, foi péssimo. Não basta ter uma boa intenção. Precisa ter letramento racial para compreender o lugar do negro na nossa sociedade e o lugar que não queremos ficar, de objetos, seja de desejos sexuais (a hipersexualização do negro) seja de uso, descarte desalmado, desumanizado.

O que diz a loja

Na tarde da última segunda-feira, 16, o Mundo Negro entrou em contato com a loja Alphabeto, que ainda não enviou uma resposta oficial. No Instagram, eles excluíram as publicação que mostra a vitrine apontada por Vânia.

Loja mudou a disposição dos bonecos na vitrine após a publicação de Vânia – Foto: Reprodução/Instagram

‘Numanice’: Ludmilla vende 20 mil ingressos em apenas 20 minutos com show em São Paulo

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Foto: Ygor Marques.

Ludmilla continua arrastando multidões com seu show ‘Numanice’. Nesta segunda-feira (17), a artista conseguiu quebrar seu próprio recorde pessoal de vendas ao esgotar 20 mil ingressos em apenas 20 minutos para a nova edição do espetáculo em São Paulo. O show vai acontecer dia 2 de dezembro, no Centro Esportivo Tietê.

“Não deu tempo nem de avisar sobre o lote extra, esgotou“, disse Ludmilla através do Instagram. “São Paulo, o que foi isso?!?! O recorde de vendas da história da ‘Numanice Tour’ foi batido. A gente não vê a hora de chegar aí e fazer jus a esse dia. Obrigada“. Em junho, também em São Paulo, a cantora esgotou 20 mil ingressos em 30 minutos.

Nas redes, a demanda foi tão grande que os fãs pediram por uma data extra do show. “Abre data extra pro Numanice SP. A gente tá implorando“, escreveu uma usuária. “Ludmilla, anuncia a data extra do Numanice São Paulo logo, porque eu não cheguei nem perto de conseguir comprar o ingresso pro dia 02“, publicou outro internauta.

Alicia Keys é acusada de antissemitismo e de apoiar bombardeio do Hamas após fazer publicação onde cita ‘parapente’ no Instagram

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Foto: Reprodução

A cantora Alicia Keys foi recentemente acusada de antissemitismo e de apoiar o bombardeio de Hamas contra Israel por conta de uma postagem no Instagram. Na última segunda-feira (16), ela publicou um post, que já foi apagado, onde citou “parapente”, o que muitos entenderam como apoio ao grupo Palestino.

Com uma jaqueta verde na foto, ela escreveu a seguinte legenda: “Pergunta: ‘O que você faria se não tivesse medo de nada??? Diga-me a verdade… estou de olho no parapente 👀👀”. 

Muitos entenderam que ela estava apoiando o bombardeio de Hamas ao povo israelense no dia 07 de outubro, onde foram utilizados parapentes para um ataque surpresa. Os internautas também relacionaram a cor da jaqueta com a bandeira do grupo palestino.

Print do TMZ

Alicia Keys deletou o post e foi ao story se desculpar pelo mal entendido. “A postagem que compartilhei anteriormente não tinha nenhuma relação COMPLETA com a recente perda devastadora de vidas inocentes. Meu coração está partido… Rezo e defendo a paz”, escreveu a cantora.

Muitos fãs e amigos de Keys  também relembraram que ela já disse em uma entrevista em 2021 que tem vontade de praticar o esporte parapente. O TMZ também mencionou que ela e o marido, Swizz Beatz, moram próximo de San Diego, que possui um local de parapente bem conhecido.

Preta Gil revela que término do casamento foi antes de descobrir traição: “me abandonou com câncer”

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Foto: Reprodução/De Frente com Blogueirinha

Durante a entrevista no programa ‘De Frente com Blogueirinha‘, na noite desta segunda-feira (16), a cantora e empresária Preta Gil falou abertamente pela primeira vez sobre a traição do ex-marido Rodrigo Godoy com a stylist e ex-amiga Ingrid Lima, que estavam juntos por cerca de sete meses.

A cantora revelou que o casal se separou antes de descobrir a traição porque ele a abandonou com o câncer: “Não cuidou [de mim]. Faço questão de falar isso. Essa é a realidade de várias mulheres”, conta.

“Eu descobri o meu diagnóstico em janeiro, eu me separei dele primeiro antes de descobrir a traição porque ele me abandonou com câncer. Ele saía, eu ficava em casa largada, meus amigos começaram a perceber”, desabafa Preta.

Na época, ela não desconfiava da traição. “Eu falava pra ele: ‘vamos buscar um terapeuta, eu tô achando que está muito pesado pra você o meu diagnóstico. Esse clima aqui em casa está tenso, vai pro pagode com seus amigos, pode ir tomar uma cerveja'”, relembra no programa.

https://www.instagram.com/p/CygYvLDtzgK/

Antes, a cantora acreditava que o casamento estava passava apenas por uma crise. “Óbvio que agora, quando a gente descobre, tudo passa a fazer sentido: aquela atitude, aquele jeito, aquele dia. Mas o que mais me choca nessa história não é a traição. A traição acontece, a gente é humano, é hipócrita ficar falando ‘ai, meu Deus, me traiu’. A traição acontece, a coisa carnal, o que para mim é mais grave é você optar por trair várias vezes, que é o enganar, manipular, esconder”, destaca.

Preta Gil também se defendeu dos comentário que lê nas redes sociais. “Agora na internet tem um povo aí falando: ‘Ai, mulher, supera. Cansou, capítulo de novela repetida’. F*da-se vocês, vocês não passaram pelo que eu passei, não estão aqui na minha pele. Então, assim, vou superar? Vou. Vai chegar esse dia? Vai. Mas é um processo, isso aconteceu tem 7 meses. Na verdade, é isso que você falou. Livramento, essa parte já entendi”.

Veja a entrevista completa:

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