Não é surpresa para ninguém o incômodo causado em pessoas racistas cada vez que é anunciado pessoas negras para interpretarem determinados personagens. Logo, não foi diferente com Leah Jeffries, protagonista da série ‘Percy Jackson e os Olimpianos’, que estreou hoje na Disney+, 20 de dezembro, com os dois primeiros episódios.
Em entrevista recente à revista Essence, a adolescente de 14 anos – que foi alvo de muitos ataques racistas quando anunciada na escalação do elenco para interpretar Annabeth Chase, já revelava muita autoconfiança durante os testes.
Foto: Disney/David Bukach
Jeffries já sabia que a personagem das obras literárias, do autor Rick Riordan, era branca e loira, mas não a impediu de comparecer à chamada de elenco e de forma autêntica. “Minhas primeiras duas auto-fitas foram tranças, e minha terceira audição e leitura de química, eu estava com meu cabelo natural solto. Eu me sinto muito bem quando filmei com meu cabelo natural. Isso me faz sentir que posso interpretar mais qualquer personagem, especialmente personagens fortes”, contou.
Na entrevista, a jovem disse que o importante é não internalizar as opiniões dos outros. “Eu ouço as pessoas dizerem coisas e tentarem me derrubar. Eles dizem que você não é ela [Annabeth]. Você não pode interpretá-la como Alexandra Daddario. Mas você sabe o que? Eles estão certos. Eu não sou ela e não posso jogar como ela. Mas vou mostrar quem eu sou e como vou jogar. Não estou tentando ser como ninguém. Quero ser eu mesma e quero ter certeza de que outras garotas também entendam isso”.
Foto: Disney+
Em declaração à Essence, o co-criador da série Jon Steinberg e o produtor executivo Dan Shotz destacaram o talento da jovem atriz para o papel. “Não tínhamos ideia do que estávamos procurando, mas quando Leah entrou e fez suas leituras, sabíamos. O talento deles fala por si e você o reconhecerá quando o vir na tela. Todas as crianças foram excepcionais”, disse.
Na trama da série, Percy Jackson (Walker Scobell) em uma missão perigosa com a ajuda dos companheiros de missão Annabeth (Jeffries) e Grover (Aryam Simhadri). Annabeth Chase é uma jovem, filha de Atena, a deusa grega da guerra. Assim como sua mãe, ela é destemida e a lutadora mais habilidosa do acampamento.
Na última terça-feira (19) ocorreu a primeira reunião do Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), promovida pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR) e pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).
O objetivo principal do GTI é desenvolver o Plano Nacional de Comunicação Antirracista, uma iniciativa importante para a implementação de políticas públicas destinadas a combater as desigualdades étnico-raciais no contexto da comunicação pública e governamental. O plano busca abordar, em diversas dimensões, estratégias eficazes no enfrentamento ao racismo.
A sociedade civil será ouvida na construção do documento para que ele englobe ao máximo as demandas dos movimentos sociais. A consulta segue aberta até 20 de janeiro (CLIQUE AQUI). A Coordenadora do GTI, Raio Gomes, destacou que a existência do grupo atende a uma reivindicação antiga de movimentos sociais. “O Plano que vamos começar a desenvolver a partir deste grupo é uma demanda histórica dos movimentos negros e também dos movimentos pelo direito à comunicação”, disse.
Confira abaixo algumas perguntas que vão nortear o Plano Nacional de Comunicação Antirracista:
Como combater o racismo na comunicação governamental e pública?
Quais podem ser as estratégias eficazes de diálogo entre Ministérios para a promoção da igualdade racial e combate ao racismo na comunicação?
Quais podem ser as estratégias eficazes com atores da sociedade civil e veículos de mídia para a promoção da igualdade racial e combate ao racismo na comunicação?
Quais são os tipos subsídios técnicos nesta temática que devem ser elaborados para formular políticas públicas de combate ao racismo e de promoção da diversidade racial na comunicação da administração pública federal?
Quais podem ser estratégias e iniciativas de promoção da diversidade racial na publicidade dos órgãos e entidades da administração pública federal devem?
A consagrada atriz Taraji P. Henson revelou, em entrevista para o podcast Sirius XM, que está pensando em se aposentar. A estrela do novo filme ‘A Cor Púrpura’ se emocionou ao dizer que não suporta mais ser desvalorizada quando o assunto é remuneração pelo seu trabalho. “Estou cansada de trabalhar tanto, de ser gentil com o que faço e de receber uma pequena fração“, disse ela. “Estou cansada de ouvir minhas irmãs dizerem a mesma coisa repetidamente. Você fica cansada”.
Aos 53 anos, Henson contou ainda que ainda trabalha com muitas produções ao longo do ano porque precisa e não porque ela faz apenas o que deseja. “Ouço as pessoas dizerem: ‘Você trabalha muito’. Mas eu preciso“, destacou. “A matemática precisa fechar. E quando você começa a trabalhar muito, você precisa de uma equipe. Grandes contas vêm com o que fazemos; não fazemos isso sozinhos. O fato de estarmos aqui, tem toda uma equipe atrás de nós. Eles têm que ser pagos.”
A estrela, que também é destaque da série ‘Empire’, conta que mesmo com grandes conquistas na carreira, na hora de negociar valores, tentam diminuir toda sua carreira. “Parece que toda vez que tento fazer algo e quebro outro teto de vidro, quando é hora de renegociar, estou no fundo do poço novamente, como se nunca tivesse feito o que fiz. Estou cansada. E se eu não posso lutar pela [geração mais jovem] que vem atrás de mim, então o que diabos estou fazendo?“, disse Taraji.
“Se você deixar, essa indústria tira sua alma. Eu me recuso a deixar isso acontecer“, finalizou a atriz, que chorou e se emocionou muito através do relato.
‘Casamento às Cegas: Depois do Altar’, um episódio especial do reality show da Netflix, estreou nesta quarta-feira (20) na plataforma, com a presença dos participantes das três temporadas, para falarem sobre suas após o experimento, além de reviverem momentos emblemáticos durante e posterior ao programa.
Entre os participantes confirmados, estão Ágata Moura e Renan Justino, que se casaram novamente após completar um ano do casamento pelo reality show; Amanda Souza, que foi vítima de gordofobia ao conhecer o parceiro; e Will Domiêncio, que desistiu de casar com Verônica Brito, após pedido de sua mãe.
No trailer, o reality também revela o reencontro dos ex-casais Thamara e Alisson, que tiveram um divórcio polêmico após suposta traição por parte do gaúcho, e Carol Novaes, com uma separação polêmica com Hudson Mendes, com acusações de ambos os lados.
A Netflix já confirmou a quarta temporada para 2024. Desta vez, o elenco será formado por um grupo de pessoas divorciadas, separadas ou que viveram um noivado que não se oficializou. Será uma segunda chance para os participantes de edições anteriores.
Em cerimônia solene realizada na última segunda-feira, 18, na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo, Emicida foi homenageado com a maior honraria do legislativo paulista. Ao receber o Colar de Honra ao Mérito Legislativo, o rapper fez um discurso agradecendo a cultura Hip Hop e destacou a importância de manter nossa humanidade: “A gente precisa criar não só uma cidade, mas um Estado onde as pessoas sintam que elas são gente e parte dessa grandiosidade”, disse.
Durante a sessão solene realizada na segunda-feira, Emicida recebeu o Colar de Honra ao Mérito Legislativo pelo trabalho cultural e social desenvolvido em prol do Estado ao longo de quase 20 anos de carreira. A homenagem foi proposta pela deputada Paula da Bancada Feminista (Psol), que junto às outras quatro deputadas que formam a bancada.
Foto: Larissa Navarro
No discurso de agradecimento, o rapper detalhou como a cultura Hip Hop foi importante em sua vida: “A cultura Hip Hop é uma cultura maravilhosa. Eu devo a ela tudo o que eu tenho. Eu devo a ela minha capacidade de sonhar, porque eu sempre fui um jovem muito tímido e descrente da minha capacidade. Mas foi no momento que eu escutei disco de rap que eu senti que eu tinha um lugar no mundo, foi o momento que eu, depois de viver várias das coisas desagradáveis que eu tinha vivido, senti que minha pele era bonita, que meu cabelo era bonito, que eu descendia de um povo importante, que pessoas parecidas comigo tinham construído a grandiosidade desse país, embora apagadas. No momento em que eu percebi isso, eu me senti gigante. Quando eu pego minha caneta, quando eu pego o microfone, quando eu subo no palco é só uma tentativa de agradecer tudo que essa cultura fez comigo”, disse ele.
O rapper pontuou a necessidade de São Paulo priorizar o cuidado com as pessoas: “São Paulo não pode ser sequestrada por essa noção equivocada de progresso. Muito Pelo contrário, nossa capacidade de fazer coisas grandiosas precisa abrir espaço para que nossa humanidade seja sempre maior do que as pontes que a gente tem, do que os viadutos que a gente tem, do que os prédios que a gente tem e do que os bancos que esse estado ostentam. A gente precisa criar não só uma cidade, mas um Estado onde as pessoas sintam que elas são gente e são parte dessa grandiosidade”.
Nascido em São Paulo, Leandro Roque de Oliveira, mais conhecido como Emicida, é uma das maiores referências do hip-hop nacional e internacional. O rapper começou nas batalhas de MCs paulistas e em 2009, lançou mixtape “Pra quem já Mordeu um Cachorro por Comida, até que eu Cheguei Longe…”.
“Às vezes nosso trabalho é muito solitário e a gente não tem a percepção do quão grande são as coisas que nós estamos fazendo, mas isso muda a vida das pessoas de uma maneira muito poderosa”, lembrou Emicida.
Rashid, amigo de Emicida, lembrou a origem humilde e as dificuldades enfrentadas pelo rapper no início da carreira: “Conheci o Emicida há 20 anos atrás e da forma mais hip-hop possível, na Batalha do Santa Cruz. Eu vi de onde esse cara veio […] e se tornou uma das maiores figuras da nossa cultura”.
Como homenagem à cultura das batalhas de rima, a Batalha da Matrix, de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, esteve presente no evento.
Nos dias 20 e 21 de janeiro de 2024, será realizado um evento especial voltado para mulheres negras em busca de reconexão com suas raízes ancestrais. Idealizado pela Paula Batista, criadora do perfil @pretaancestralidade, em parceria com a agência de turismo responsável, Plana Vivências, a “Vivência de Conexão Ancestral” promete dois dias imersos em saberes afrocentrados no Quilombo da Fazenda, localizado em Ubatuba, litoral de São Paulo. As pessoas interessadas em participar desta imersão devem entrar no grupo do WhatsApp para saber mais informações: (CLIQUE AQUI).
Durante dois dias, as participantes terão a oportunidade de vivenciar os saberes ancestrais preservados pela comunidade quilombola. A programação inclui hospedagem coletiva na própria comunidade, refeições completas, atividades orientadas por monitores locais, suporte da equipe da Plana Vivências, e vivências conduzidas por Paula Batista, proporcionando um mergulho profundo na riqueza cultural e histórica desse espaço.
A proposta nasceu das experiências vividas por Paula Batista durante a elaboração de sua dissertação de mestrado, intitulada “Comunicar para (r)existir a voz que vem dos quilombos”. Ao explorar os territórios de afeto, espaços onde pessoas negras encontram liberdade para se conectar com suas raízes culturais, Paula teve um encontro transformador ao visitar uma comunidade quilombola. Esse momento foi crucial para despertar o desejo de compartilhar essa jornada de reconexão com outras mulheres negras desde 2020.
“Serão dois dias aquilombadas, vivendo em uma comunidade que preserva até hoje saberes ancestrais negros. Não é um retiro religioso ou espiritual, mas sim de profunda conexão com saberes que são nossos e que, por conta do racismo, nos foram tirados, mas lá, nos reconectaremos a eles para que cada mulher que participe retorne para a sua realidade fortalecida e munida desses saberes para trilhar o ano de 2024 com mais potência, prosperidade e felicidade”, afirma Paula Batista.
A parceria entre a Plana Vivências, que trabalha com turismo responsável em parceria com comunidades tradicionais para impulsionar o desenvolvimento do turismo de base comunitária desde 2017, e Paula Batista surge como um convite para uma experiência única. O Quilombo da Fazenda, reconhecido pela Fundação Palmares desde 2005 e localizado no Parque Estadual da Serra do Mar, será o cenário desse encontro de resgate e celebração da cultura afro-brasileira.
Um estudo realizado pelo Google mostrou que o Brasil terá um déficit de 530 mil profissionais de tecnologia da informação (TI) até 2025. A escassez vem em meio à crescente demanda e à ausência de perfis com mais experiência, entre outros fatores.
O relatório do Google foi produzido em parceria com a Associação Brasileira de Startup (Abstartups) e indicou que, todos os anos, cerca de 53 mil profissionais de áreas de tecnologia da informação se formarão entre 2021 e 2025.
O mercado de tecnologia segue aquecido. Só em 2022, o setor de TI cresceu 22,9% no Brasil comparado a 2021, que já vinha de um crescimento de 23% sobre 2020. Pesquisa trimestral feita pela Advance Consulting mostrou que o mercado de TI fechou o primeiro trimestre de 2023 com 20% de crescimento, bem acima das expectativas para o período. A previsão é fechar o ano com 23,8% de crescimento sobre 2022.
Embora representem quase 30% da população, as mulheres pretas ainda são minoria nas empresas de tecnologia do Brasil e ocupam apenas 11% dos cargos no setor. Os dados estão compilados em pesquisa divulgada pela Iniciativa PretaLab, que aponta questões estruturais na base do problema.
UX para Minas Pretas, uma Edtech pioneira dedicada a fortalecer a presença de mulheres negras no mercado digital, anuncia com entusiasmo o lançamento do curso PretaON 2024. Com o objetivo de se tornar uma referência em Edtech, oferece um programa gratuito e inclusivo em UX Design exclusivamente para mulheres negras das periferias de São Paulo.
O PretaON é um curso revolucionário destinado a capacitar mulheres negras na área de UX Design. O programa fornece habilidades essenciais para navegar e se destacar no cenário digital contemporâneo. Reconhecendo a demanda do mercado por talentos em UX, a UXMP se compromete a enriquecer o setor com perspectivas únicas e diversificadas, valorizando as vozes e visões das mulheres negras no desenvolvimento de produtos inclusivos.
Com a crescente procura por especialistas em UX, as participantes do curso estarão não só qualificadas, mas também possuirão um diferencial valioso: a representatividade e diversidade. O curso oferece uma base robusta para carreiras com posições de destaque e salários competitivos, em linha com a remuneração média dos designers de UX no Brasil.
O PretaON, dedicado a mulheres negras das periferias de São Paulo, oferece uma oportunidade única de formação em UX Design, sob a orientação de profissionais notáveis na área. O PretaON promete não só educar, mas também inspirar suas alunas, com participações especiais e conteúdos exclusivos ao longo do curso.
Fomento e Apoio:
A UX para Minas Pretas, com o suporte crucial do Fundo Baobá e da Mover no Programa Presente e Futuro em Movimento, está transformando vidas e carreiras. Com um aporte de 475 mil reais, a EdTech se propõe a capacitar 270 mulheres ao longo de 2024. O ápice do programa será um Ideathon, reunindo alunas e empresas interessadas, marcando um encontro de talento emergente com o mundo corporativo.
Oportunidade de Patrocínio:
A EdTech abre agora uma chamada exclusiva para empresas que desejam patrocinar esta iniciativa transformadora. As empresas patrocinadoras terão benefícios exclusivos:
Acesso a Relatórios Detalhados: Receberão informações atualizadas sobre o progresso acadêmico e engajamento das alunas, incluindo detalhes sobre atividades e projetos desenvolvidos.
Interação Direta: Poderão participar de eventos e atividades da comunidade, proporcionando um contato mais íntimo com as alunas. Esta interação facilita um entendimento profundo das necessidades e expectativas das futuras profissionais de UX.
Promoção da Diversidade: As empresas colaboradoras estarão na vanguarda da inclusão e diversidade, abrindo caminhos valiosos para as alunas no mercado de trabalho e enriquecendo seus próprios ambientes com novos talentos e perspectivas.
Modelo de Impacto Compartilhado
O programa adota um modelo inovador de impacto compartilhado, onde as alunas não arcam com custos de formação. São patrocinadas por empresas, organizações ou indivíduos que acreditam no impacto da educação. Esse modelo não só facilita o acesso à educação de qualidade, mas também estabelece uma rede de apoio e comprometimento comunitário.
Esta é uma oportunidade singular para empresas que valorizam a diversidade e o impacto social, alinhando-se com uma visão de futuro inclusivo e dinâmico no mundo da tecnologia e do design.
Inscrições e Informações Adicionais
As inscrições para o curso PretaON estão abertas emwww.pretaon.com.br. Para mais informações, visite as páginas da UX para Minas Pretas e participe dessa jornada de aprendizado e empoderamento no PretaOn.
Levantamento revela que bonecas negras representam 13,6% das fabricadas no país em 2023
O estudo bienal “Cadê Nossa Boneca?” está em sua 4ª edição e revela que a fabricação de bonecas negras no país representam 13,6%, um aumento de 217% de crescimento no número de modelos disponibilizados para compra no mercado em relação a 2020. Embora o número seja expressivo, ainda está muito aquém do número de crianças negras no Brasil.
“Cadê Nossa Boneca?” nasceu em 2016, quando a psicóloga e Consultora Associada da Avante, Ana Marcilio, entra em contato com a também psicóloga e estrategista, Mycra Alves, sobre seu incômodo em não encontrar bonecas pretas quando foi em busca de brinquedos para doação para um espaço no presídio. Todas as bonecas que ela havia comprado eram bonecas brancas e isso a despertou para uma sensação de questionamento “como seria a reação da comunidade que seria atendida por aqueles brinquedos?“, que era predominantemente negra.
Nesse momento, Ana entra em contato com Mycra para juntas fazerem algo a respeito, e por que não mobilizar as pessoas para produzir, vender, comprar e doar bonecas negras? Então, elas começaram a produzir conteúdos e mobilizar as redes sociais com a campanha “@CadêNossaBoneca?”, que infelizmente só conseguiu investimento para essa primeira edição. Naquele ano, apenas 6% do total de bonecas fabricadas no país eram negras. Mesmo sem investimento, a campanha se transformou em um estudo bienal, e nas duas edições seguintes, realizadas em 2018 e 2020, esse percentual se apresentou quase sem alterações. Hoje, o número de bonecas negras disponíveis para compra no mercado online continua muito aquém do número de crianças negras no Brasil, dos 1.542 modelos de bonecas identificados nos 26 fabricantes associados, 13,6% são modelos de bonecas negras, diante de 86,4% de bonecas brancas.
O aumento na oferta, alavancado tanto por uma maior procura da população por bonecas pretas, como pelo próprio mercado, ao oferecer mais diversidade, o crescimento ainda deve ser considerado muito pouco ao considerar a enorme desproporção ainda existente na quantidade de modelos de bonecas brancas e de bonecas pretas em um país que, segundo o IBGE, cerca de 56% da população se autodeclara negra ou parda.
“Comemorar, celebrar, significa dizer, também, perseverar e seguir nessa luta. 13% é uma conquista, mas é, ainda, muito pouco!“, disse Ana Marcilio sobre o primeiro impacto significativo nos dados, oito anos depois da primeira edição do levantamento feito pela Campanha, a cada dois anos. A persistência mencionada por Ana Marcilio vem ancorada em estudos que mostram que o processo de autoidentificação, que acontece durante o processo do brincar, é fundamental para o desenvolvimento da autoestima das crianças. “A partir daí, é pensar que ter bonecas pretas é necessário para alcançar as ideias de diversidade, de valorização do sujeito, de fortalecimento da autoestima, das inter-relações pessoais e sociais da criança”, disse.
Fica então a observação e o questionamento: “Será que, aliado ao aumento da oferta e consequentemente da compra, há uma mudança sutil e gradativa nos padrões de beleza sociais?“. Empiricamente podemos dizer que sim, mas ainda não suficiente. Em outubro deste ano (2023), o Datafolha realizou uma pesquisa junto a homens e mulheres sobre considerar-se, ou não, pessoas atraentes. O resultado, entre as mulheres, mostra que 63% das que se autodeclaram brancas, sim, se consideram atraentes. Entre as pardas esse número cai para 60%; enquanto entre mulheres pretas chega a 58%.
O resultado da pesquisa traz pontos de evolução, mas também maiores e mais profundas reflexões. Uma delas diz respeito à classificação das bonecas por faixa de desenvolvimento. Foram encontradas bonecas tipo bebê, criança e, também, bonecas adultas. A distribuição por cor entre esses segmentos é diferenciada para bonecas pretas e brancas. Os modelos de bonecas pretas identificadas com a primeira infância, período de maior desenvolvimento da criança, e muito utilizadas pelas crianças maiores nas brincadeiras, são bem menores do que das bonecas brancas.
No processo de pesquisa e desenvolvimento deste artigo, conheci o projeto “Minhas Bonecas Negras” da jornalista e colecionadora de bonecas Barbie negras, Rafaele Breves. No perfil @MinhasBonecasNegras, ela conta a história das diferentes edições da boneca Barbie assinadas por diferentes designers. Se refletirmos que a primeira Barbie negra foi criada em 1980, assinada pela designer Kitty Black Perkins, mas quando que essas bonecas apareceram nas prateleiras trazendo a representatividade de diversidade de tons de pele e cabelo?
“Quando o modelo de beleza é centrado na branquitude é muito mais difícil a construção de uma autoestima positiva. Então, quando falamos sobre a importância da disponibilidade de bonecas pretas, estamos pensando na criança de hoje e de olho na mulher de amanhã“. Sensibilizar a indústria de brinquedos brasileira para esta questão é um passo importante para mudar esse cenário e possibilitar que cada vez mais crianças negras possam ter contato com modelos que as representem e esse é um processo crucial para o desenvolvimento da autoestima, enfatiza Mycra Alves. Os 86% dos modelos brancos são uma evidência do quanto as representações sociais ainda refletem um ideal de branquitude, ao serem confrontados com os 13,06% de modelos de bonecas pretas.
Cadê Nossa Boneca? traz um olhar bem especial a essa etapa da vida escolar ao promover sensibilização e fortalecimento da representatividade por meio de uma campanha de conscientização sobre a importância das bonecas pretas.
O show de Rihanna no Super Bowl 2023 foi um dos eventos mais icônicos do ano. Foi o primeiro espetáculo da artista após mais de 7 anos afastada dos palcos. A cantora barbadiana pegou todo mundo de surpresa ao anunciar durante o evento esportivo que estava grávida de seu segundo filho, fruto do relacionamento com A$AP Rocky, mas a estrela confessa que não planejou a revelação, que tudo aconteceu de forma natural.
“Veja bem, eu fiz o que dava pra fazer, beleza?“, contou Rihanna. “Meu macacão não estava subindo o zíper. Ninguém sabia que eu estava grávida. Eu só disse ao meu estilista: Certifique-se que o macacão consiga esticar. Então a parte de cima tinha elástico e a parte de baixo era mais larga. Mas o zíper? Ele quis ficar parado ali. Então teve que ser do jeito que estava”, revelou a artista para o Access Hollywood.
Em maio, a gravadora Roc Nation confirmou que o show de Rihanna no Super Bowl 2023 se tornou o mais assistido do evento esportivo. Segundo dados, o espetáculo da artista barbadiana foi assistido por mais de 121 milhões de pessoas nos Estados Unidos. Anteriormente, o recorde pertencia à cantora Katy Perry, que em 2016 registrou 118 milhões em audiência. Os números foram apurados pela Nielson, empresa especializada em dados digitais. “Foi demais, foi uma experiência fora do corpo”, disse a cantora.
Não tem jeito, já virou tradição! Falta menos de 1 semana para o Natal, mas a música “All I Want For Christmas Is You”, de Mariah Carey, já está no topo das principais paradas musicais do mundo. Atualmente, é o sucesso mais reproduzido do planeta. Em números, apenas no Spotify, nas últimas 24 horas, a faixa recebeu mais de 6,6 milhões de reproduções. Espera-se que o número chegue ao dobro no dia 24 de dezembro.
Nos Estados Unidos, o sucesso também assumiu o topo da Billboard Hot 100, uma das paradas musicais mais concorridas do mundo. Apesar da enorme concorrência, com diversas canções natalinas, o sucesso lançado há quase 30 anos continua cativando o público. Mariah diz que na época, gostaria de fazer algo atemporal. “Eu estava trabalhando sozinha nessa música… num pequeno teclado Casio e escrevendo palavras e pensando: ‘O que eu penso no Natal? O que eu amo? O que eu quero? Com o que eu sonho? E foi assim que começou”, declarou ela para o Good Morning America.
‘All I Want For Christmas Is You‘ se tornou quase como um movimento. A canção começa a crescer em novembro e vai até dia 25 de dezembro com enormes quantidades de reproduções. “Meu objetivo era fazer algo atemporal, para que não parecesse os anos 90, que foi quando o escrevi”, disse ela.