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Donald Glover reage às acusações sobre odiar mulheres negras: “Me machuca”

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Foto: Christian Cody/THR

Há alguns anos, o ator, cantor e roteirista, Donald Glover, vem sendo acusado de odiar as mulheres negras. Essa afirmação voltou a ganhar força após a modelo Giannina Antonette Oteto, que aparece na capa de seu álbum ‘Awaken, My Love!’, relatar no final do ano passado, que ainda não havia sido paga pelo seu trabalho junto com outras profissionais negras, apenas uma mulher branca envolvida no projeto.

Recentemente, com o lançamento da sua série Original Prime Video ‘Sr. e Sra. Smith’, o artista deu uma entrevista ao The Hollywood Reporter, que ao mencionar as acusações, relembrou o artigo para a Interview, em 2022, onde ele mesmo se entrevistou, questionou se temia as mulheres negras e não respondeu a questão.

“Eu senti que era algo que as pessoas sempre dizem, mas ninguém nunca perguntou porque eu senti que as pessoas realmente não queriam saber. É uma narrativa melhor. Mas quem realmente me conhece sabe o quanto isso me machuca”, disse ao THR.

Apesar de ficar magoado, Glover diz perceber que a verdade não importa para o público. “As pessoas não vão ler isso e pensar: ‘Uau, eu estava errado’”.

Mas segundo o artista, ele está mais apegado à opinião da sua família e outras pessoas próximas. “Ir brincar com meus filhos e ser feliz e estar presente. Porque meus filhos sabem disso e são os únicos que importam. Ou minha mãe sabe disso e ela é a única que importa. Ou Quinta [Brunson] sabe disso e é a única que importa. Pessoas que realmente me conhecem. E também, não é verdade. Quando ando pelas ruas de Atlanta [capital do estado da Geórgia, nos EUA], não é isso que acontece”. 

Sem saber quando começaram os rumores sobre ele na internet, o Glover apenas reconheceu: “Celebridade é isso”.

Burger King remove comercial com Kid Bengala das redes sociais, após repercussão negativa

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Foto: DIvulgação/Burger King

O Burger King retirou das redes sociais a propaganda com Kid Bengala, divulgada na terça-feira (13), após muitas críticas sobre a apelação sexual. Na gravação, o ex-ator pornográfico comparava o tamanho do lanche ao de seu órgão sexual. 

No comercial, ele divulgou uma promoção da empresa, na qual dois lanches são vendidos por R$ 25. “O Whopper é nada artificial. Gigante que nem eu”. E completava em outro trecho: “Quem disse que tamanho não é documento nunca viu esse exagero”. A campanha foi criada pela agência Jotacom.

No entanto, internautas criticaram a apelação sexual, especialmente pelo fato do público da empresa também ser infantil. “Será que não se ligaram que não tem mais espaço para um absurdo desse em pleno 2024? Que tem crianças e adolescentes que consomem a marca? ‘Ahh mas elas não sabe’ mas os pais sabem! Existe uma geração gigante que sabe! Mas é isso, da mesma onda das músicas de ’senta senta’ vem a versão agora pornografia nas campanhas. E imagina quanto não custou isso! Que vergonha”, escreveu uma internauta no Instagram do Meio e Mensagem. 

“Não consigo achar interessante vincular uma marca do ramo alimentício com ator pornô. Não tem a ver com moralismo, tem a ver com sensações que você deseja passar com a marca e o produto. Na hora de comer um BK a última coisa que eu quero pensar é na p*** do Kid Bengala”, criticou outro internauta.

Até o momento, nem o Burger King e nem o Kid Bengala se pronunciaram sobre o caso.

Considerado um ícone da moda contemporânea, conheça Law Roach, stylist responsável pelos looks icônicos de Zendaya

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A atriz Zendaya sempre surpreende em suas aparições públicas. Nesta quinta-feira (15), durante o evento de estreia do filme ‘Duna: Parte 2’, em Londres, a estrela surpreendeu a internet ao aparecer com a clássica armadura prateada da Mugler. O responsável por pensar nesse e outros looks é Law Roach, stylist de 45 anos que é considerado como um verdadeiro ícone da moda contemporânea.

Com um olhar afiado para a estética e uma abordagem inovadora para a moda, Roach se destaca como um dos mais influentes e procurados profissionais do ramo. A relação do profissional com Zendaya é quase que familiar. “Ele está envolvido em todos os contratos de moda, em tudo que faço. Se eu tiver uma oportunidade onde ele possa vir comigo, ele sempre estará lá“, disse a atriz para a revista Elle. “De certa forma, ele sempre foi meu diretor criativo e continua desempenhando esse papel, porque é mais do que apenas roupas no tapete vermelho.”

Nascido e criado em Chicago, Roach sempre demonstrou uma paixão pela moda. Sua jornada para se tornar um dos stylists mais renomados do mundo começou com humildade e determinação. Trabalhando incansavelmente para refinar suas habilidades, ele logo chamou a atenção da indústria com sua capacidade de transformar looks e contar histórias por meio da moda.

“Sendo da zona sul de Chicago e indo à igreja todos os domingos, sempre vejo isso como meu primeiro desfile de moda. E sempre considero minha avó minha maior inspiração de moda. Roupas e moda sempre foram coisas muito importantes para ela – o processo de vestir-se para aquele grande desfile que acontecia todos os domingos de manhã“, contou ele para a Business Insider. “Não achei que trabalhar com moda fosse uma carreira viável, então demorei um pouco para descobrir algumas coisas. Mas estou aqui agora.”

Law Roach e Zendaya. Foto: Karwai Tang/Getty Images.

Law Roach diz que seu principal diferencial é sua capacidade de entender a individualidade de cada cliente e traduzir isso em peças que não apenas complementam sua personalidade, mas também desafiam os padrões preestabelecidos. “O estilo é como uma droga para mim quando sei que acerto. Quem quer que eu esteja vestindo, quando eles têm aquela coisinha extra – uma pequena faísca ou um pequeno movimento no andar – eu simplesmente adoro essa sensação. Acho que o que você coloca no seu corpo é tão importante quanto o que você coloca nele. A sociedade está realmente interessada no amor próprio e no autocuidado agora, e acho que a moda é o fornecedor mais poderoso disso“.

Alicia Keys diz que período sem maquiagem foi um momento de ‘rebeldia’: “Estava obcecada pela validação dos outros”

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Foto: JAMIE MCCARTHY/GETTY ; Erick Carter / People.

Em 2016, Alicia Keys chamou atenção da mídia ao revelar que não iria mais utilizar maquiagem em suas aparições públicas. A artista se tornou o centro de diversos debates sobre a beleza em Hollywood. À época, a vencedora do Grammy declarou que sua posição de não utilizar mais maquiagem fazia ela se sentir mais forte, mais poderosa e mais livre, porém, ela não era contra quem utilizava os itens de pele.

Alicia Keys sem maquiagem no VMA 2016. Foto: Getty Images.

Em nova entrevista para a People, Keys classificou o momento como ‘rebelde’. A artista diz que estava buscando validação das pessoas, numa indústria sufocante. Ela se sentiu compelida a contrariar os padrões de beleza. “Estava obcecada pela validação dos outros. É difícil ser [você mesma]. Quem é você? Quem realmente é você, na maioria das vezes? É complicado, especialmente no início”, disse ela. “Você está tentando se encaixar. Você quer que as pessoas gostem do que você está fazendo, quer feedback positivo. E quando você não entende isso, é chocante e definitivamente desconfortável.”

Alicia Keys para a revista People. Foto: Erick Carter.

Keys, que voltou a incorporar a maquiagem em suas aparições, relata que aprendeu a lidar com todas as reações de suas atitudes. “Era a minha relação com a beleza de várias maneiras, falando sobre beleza e como eu achava que tinha que me representar de uma forma que deixasse outras pessoas felizes”, contou ela.

Ao relembrar o início da carreira, a cantora diz que sempre se sentiu pressionada a tentar se encaixar nos padrões. “Eu sempre me senti como se fosse uma jovem apenas entrando no mundo da música, explorando, aparecendo na televisão e se apresentando sob luzes quentes e suando e simplesmente [estar] em um universo totalmente novo – era como um universo alienígena,” relatou. “Eu não me sentia eu mesma. Eu senti que tinha que me conformar com as expectativas de todos sobre o que eles pensavam que eu era ou deveria ser. E realmente foi preciso muita disciplina e muito tempo antes de chegar ao ponto onde percebi que não precisava ser essa pessoa, que não precisava realizar os sonhos que outras pessoas tinham sobre mim. Na verdade, eu poderia ser apenas quem eu sou.

“Muito grata por estar viva”, diz a jornalista Nathalia Santos após ser baleada no RJ

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Foto: Reprodução/Instagram

Nathalia Santos, 31, ex-jornalista da Globo, que ficou famosa como comentarista do programa ‘Esquenta!‘, foi baleada no quadril, após o táxi em que estava com o marido ser alvejado com dois tiros, na madrugada da segunda-feira (12), ao deixar a Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro. Internada, ela participou virtualmente do programa ‘Encontro com Patrícia Poeta‘ e falou sobre o ocorrido e deu atualizações sobre o seu estado de saúde, nesta quinta-feira (15).

“Eu estou muito grata por estar viva, porque foi um susto. Não esperava. A gente não recebeu a anunciação do assalto. Foi do nada, e escuto duas balas, falei: ‘é tiro’. Fui atinginda e falei para o meu esposo me levar para o hospital. Eu só pensava nos meus filhos, tenho dois filhos, e a única coisa que vinha na minha cabeça era: ‘não quero deixar meus filhos agora. Não quero morrer, não quero morrer'”, recordou ela, que informou sobre seu estado de saúde.

“Estou no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) sendo monitorada. Passei por uma cirurgia no fêmur. Coloquei uma haste. A bala ainda tá alojada, eles optaram por não tirar a bala neste momento. Precisei fazer transfusão de sangue, porque estou um pouco anêmica. Mas os médicos estão esperançosos, daqui a pouco estou saindo daqui, se Deus quiser. Ainda estou sem o movimento dos pés, mas pelo o que os médicos falaram, está tudo dentro do esperado. Mas não é uma coisa que está me preocupando ainda”, relatou Nathalia.

Foto: Reprodução/TV Globo

Durante a entrevista, ela também contou que após ser baleada, foi socorrida pelo marido, Lucas, e atualizou sobre como ele está. “Fisicamente ele está muito bem, mas tá psicologicamente abalado, né? Na hora ele foi extremamente frio, no sentido de ele precisar me socorrer…Ele foi conversando comigo até chegar ao hospital pra que eu não perdesse os sentidos, falando que estava tudo bem, que a gente estava chegando, me tranquilizou. Que bom que eu tava com ele, acho que a sensação que eu tenho é essa, porque eu poderia estar sozinha”, disse , que citou a saudade dos filhos. “Ai, eu estou morrendo de saudades deles”.

Sobre o processo de recuperação, Nathalia afirma que será demorado. “Não estou muito preocupada com esse tempo. Está todo mundo perguntando: ‘ah, quando você vai sair do hospital?’, ‘Como vai ser esse tempo?’. O tempo é o tempo, né? A gente sabe que o tempo é o melhor remédio, então eu estou aqui respeitando esse tempo, estou no CTI ainda, sendo monitorada. Estou sendo bem cuidada, então não estou muito preocupada com esse tempo agora, porque eu acho que se eu colocar na minha cabeça de ficar preocupada com esse tempo, isso pode até atrasar e piorar um pouco a minha reabilitação”, declarou.

Após acidente em Salvador, ator de ‘Vai na Fé’ Orlando Caldeira é retirado do coma induzido pelos médicos

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Globo/João Miguel Júnior

O ator Orlando Caldeira, que trabalhou na novela ‘Vai na Fé’ da TV Globo, sofreu um grave acodente em Salvador, na Bahia, na madrugada do último domingo. Caldeira foi internado no Hospital Geral do Estado (HGE) e na última quarta-feira, 14, foi retirado do coma induzido, de acordo com informações compartilhadas por Bruno Guimarães, amigo próximo do artista.

De acordo com o comunicado compartilhado por Guimarães, Orlando Caldeira foi extubado na tarde de quarta-feira e havia acordado do coma. “Ainda está bastante sonolento, mas já apresenta um grau de consciência muito bom para este momento”, afirmou o amigo. “Vencemos uma etapa importante, mas ele ainda tem um caminho a ser percorrido até a sua plena recuperação. Por favor, continuemos nessa corrente de amor”, pediu ele.

De acordo com informações compartilhadas pelo jornal ‘O Globo’, Natalie Rodrigues, amiga do ator, afirmou que Orlando está acordado e consegue ‘reconhecer pessoas’. Natalie contou que o quadro de saúde de Orlando Caldeira é grave, mas estável.

Orlando Caldeira sofreu um acidente de mototáxi em Salvador, na Bahia, na madrugada de domingo. A notícia havia sido confirmada pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), que informou também que Orlando foi encaminhado para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde estava recebendo “todos os cuidados necessários”.

O ator interpretou o jornalista Anthony Verão na novela ‘Vai na Fé’, protagonizada pela atriz Sheron Menezzes.

Conheça a cientista Clarice Phelps, primeira mulher negra a ajudar a descobrir um novo elemento da tabela periódica

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Foto: Reprodução/ Laboratório Nacional de Oak Ridge - EUA

Clarice Phelps tornou-se uma figura notável na ciência ao contribuir para a descoberta de um novo elemento na tabela periódica, o Tennessine (Ts), número 117. Ela agora é a primeira mulher negra que se tem registro a ter ajudado a incluir um elemento químico na tabela periódica.

Ainda criança, Phelps desenvolveu sua paixão pela ciência e ao ganhar microscópio da mãe na infância, ela logo se viu imersa em experimentos na cozinha de sua casa. Seu interesse crescente por química só se aprofundou durante os anos escolares, especialmente nas aulas de química do ensino médio.

Sua jornada acadêmica começou na Tennessee State University, onde obteve seu diploma de bacharel em química em 2003. Ela prosseguiu para a Universidade do Texas em Austin, onde conquistou um mestrado em Engenharia Nuclear e de Radiação. Sua carreira na ciência avançou quando ela ingressou na Marinha dos Estados Unidos, aplicando seus conhecimentos em química no manuseio de materiais radioativos.

No Laboratório Nacional de Oak Ridge, Clarice Phelps desempenhou um papel crucial na purificação de produtos químicos, contribuindo para a criação do Tennessine. As substâncias purificadas que ela trabalhou foram enviadas para o exterior e usadas como materiais-alvo na produção do elemento 117.

Mas para realizar suas conquistas profissionais, a química também enfrentou o isolamento como uma das poucas mulheres e a única mulher negra em muitos ambientes profissionais. Em uma entrevista à CNN, ela relembra ter sido inicialmente confundida com a equipe de limpeza em seu laboratório: “Durante os primeiros 18 anos da minha carreira, fui a única mulher negra na minha área. Quando eu estava na Marinha, era a única negra da minha divisão. Depois, no meu laboratório, eu era a única mulher negra em toda a instalação – e inicialmente pensaram que eu era a zeladora”, disse ela ao lembrar que alguém lhe pediu para recolher o lixo.

A descoberta de Phelps foi oficialmente reconhecida em 2019 pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC), foi quando ela descobriu que era a primeira mulher negra a contribuir para a descoberta de um elemento. Esse reconhecimento trouxe uma nova perspectiva para a cientista, que agora se vê como uma inspiração para outras jovens que desejam seguir uma carreira na ciência.

A cientista falou sobre o assunto durante sua palestra no Ted Talks, em 2019, onde desafiou os mitos sobre o gênio solitário na ciência e destacou as histórias de mulheres negras pioneiras.

“Isso mudará a pequena mas crescente comunidade de cientistas afro-americanos e outros cientistas de comunidades marginalizadas”, contou. “Ser capaz de ver algo de si mesmo, de sentir as lutas comuns que compartilho nesta jornada, de conhecer a invisibilidade comum do nosso impacto na comunidade científica, será significativo.”


Oprah Winfrey virá ao Brasil em abril deste ano para participar de evento de negócios

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Monica Schipper/GA/The Hollywood Reporter via Getty Images.

A apresentadora Oprah Winfrey virá ao Brasil doze anos depois de sua última viagem ao país. A norte-americana vai participar da primeira edição do ‘Legends in Town’, evento que tem como objetivo reunir especialistas em diversos setores para compartilhar experiências, e que está programado para acontecer no dia 10 de abril, em São Paulo. Os ingressos chegam a custar quase 3 mil reais.

Em sua passagem pelo Brasil, a apresentadora, atriz e filantropa será uma das palestrantes do ‘Legends in Town’. Oprah deverá contar sua história de vida e compartilhar detalhes de sua trajetória profissional, como um dos maiores nomes da mídia norte-americana. Atualmente, ela é presidente e CEO da Oprah Winfrey Network, é a fundadora da O, The Oprah Magazine e do site digital OprahDaily.com, e supervisiona a Harpo Productions.

Oprah é mais um dos grandes nomes de celebridades negras dos Estados Unidos que vem ao Brasil nos últimos meses. No final do ano passado, Beyoncé desembarcou em Salvador e em meados de 2023, Viola Davis, Julius Tennon e Angela Basset também estiveram na capital baiana.

“Não aconselho nenhuma pessoa preta a ir para essa agência”: Publicitários denunciam casos de racismo na WMcCann

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Foto: Freepik / Reprodução.

“É mais fácil ver negros em anúncios na Alemanha do que no Brasil”. Durante muitos anos, essa frase representou como funcionavam as agências de publicidade no país, que negavam a identidade dos brasileiros, de maioria negra, até em campanhas de clientes com forte apelo popular.

Se hoje, nas campanhas e ações institucionais, a diversidade é mais presente, tendo pessoas negras protagonizando campanhas de grandes marcas, a negação do corpo e da cultura negra dentro do espaço de trabalho das agências de publicidade tem sido uma experiência simbolicamente violenta e psicologicamente traumática para publicitários negros.

O Mundo Negro recebeu depoimentos de profissionais que trabalharam na WMcCann, uma das maiores agências de publicidade do país, que preza pela diversidade no casting de suas campanhas, mas que não tem apresentado o mesmo empenho em acolher a diversidade em seu time de trabalho, mesmo contratando uma empresa de consultoria racial. A WMcCann é uma agência de publicidade de renome global, parte do McCann Worldgroup e da Holding Interpublic.

Antes de apresentar os relatos dos funcionários da agência de publicidade, é importante ressaltar que as fontes, pessoas negras e brancas, ex e atuais funcionários, foram mantidas no anonimato para garantir sua segurança e proteger sua identidade. O anonimato foi concedido devido à sensibilidade do assunto e ao temor de possíveis represálias dentro do ambiente de trabalho. As informações apresentadas foram verificadas por meio de múltiplas fontes e corroboradas para assegurar sua precisão.

“Não aconselho nenhuma pessoa preta ir para essa agência, eles pagam super bem, mas parte desse pagamento vai para remédio de todo estresse e humilhação que o ambiente proporciona”, disse um dos entrevistados ao relatar sua experiência dentro da WMcCann.

O ambiente publicitário já é conhecido como um espaço de grande pressão por resultados, o que resulta em adoecimento mental de forma regular. Mas no caso da WMcCann, para além da cobrança de performance, os entrevistados descrevem experiências onde sua cor é indiscutivelmente a motivação para falas e situações que podem ser caracterizadas como racismo.

Outro entrevistado revelou que testemunhou comentários racistas sendo proferidos em voz alta, mesmo na presença de profissionais negros. “Quando estive lá, presenciei um diretor de arte expressando seu receio em contratar pessoas negras, alegando que eles não desempenham bem suas funções, que não trabalham bem”

Um dos casos relatados por dois entrevistados cita uma situação com uma pessoa e religião de matriz africana. Um diretor disse que “ela não se vestia bem”, termo usado em outros casos ao se referirem a pessoas negras da equipe. “O que todas essas pessoas que sofriam essa crítica tinham em comum era a origem negra e periférica”, confirmou outro entrevistado sobre os comentários relacionados a maneira com que os publicitários negros se vestiam.

O advogado Hédio Silva detalha o que essas situações significam em termos jurídicos. “O assédio moral é genérico. Nesse caso, há uma legislação específica sobre aviltamento, constrangimento, ultragem, etc., insulto resultante de discriminação racial e religiosa. Há uma previsão normativa específica que é diferente do assédio moral”.

Para ele, demitir a pessoa que cometeu um ato racista também não resolve o problema. “Há tratados internacionais da OIT [Organização Internacional do Trabalho], dos quais o Brasil é signatário, que impõem uma série de obrigações, inclusive preventivas, para as empresas que não são adotadas no Brasil. Elas são preventivas e elas são promocionais, devem ser promocionais da igualdade, promocionais da diversidade”, ressalta.

DEPOIS DE UMA REUNIÃO DE 3 HORAS JUNTOS, ELE ME TRATOU COMO UMA COPEIRA

A perversidade do racismo muitas vezes está no que não é dito, mas ao mesmo tempo é nítido e óbvio. Uma das entrevistadas descreveu uma situação em que um diretor de mídia usou a tática de desmoralização, o clássico “vou te lembrar onde é o seu lugar”, para abalar a confiança de um dos nossos entrevistados.

“Eu trabalhava como assistente de atendimento na agência, em um dos meus dias de trabalho eu estava em uma reunião presencial onde só tinha eu e minha dupla de trabalho assistindo. O resto do time estava online. Um diretor de mídia apresentou essa reunião com a gente na sala e a reunião durou 3 horas. Após isso, fomos almoçar. Eu estava na copa e depois de um tempo esse diretor chegou lá e começou a me perguntar sobre as opções de lanche na copa (antigamente tínhamos funcionárias que trabalhavam lá). Eu avisei que não trabalhava ali e ele insistiu e me perguntou se eu não trabalhava na copa, mesmo eu avisando que não. Depois de passar 3 horas em reunião com ele olhando para minha cara, ele continuou sem acreditar que eu era funcionária da agência”.

Essa situação não se encerrou por aí. “Depois disso, ele passou os próximos dias me encarando demais. Chegou a um ponto de desconforto que eu tive que reportar, fui incentivada por outra profissional negra na época e pouco tempo depois descobri que essa situação tinha sido banalizada pelas pessoas que ocupavam o mesmo espaço que ele, como se eu estivesse exagerando pela forma como me senti”.

“VOCÊ ESTÁ CONTRATANDO MUITOS NEGROS”

“Quando eu fui mandado embora, disseram que eu tinha contratado muitos pretos para a minha equipe”, disse um dos entrevistados que acrescentou que “existe uma meta de contratação de pessoas pretas, mas essas pessoas não são contratadas”.

Procuramos a WMcCann, que por meio de sua assessoria de imprensa afirmou ser contra qualquer tipo de ato racista ou discriminatório. “Não toleramos racismo, preconceito ou quaisquer atitudes que firam nosso código de ética. Sabemos que ainda há muito a ser feito e seguimos nossa responsabilidade enquanto empresa, que faz parte da sociedade, trabalhando como aliados contra o racismo estrutural e todos os tipos de preconceito”.

Mais especificamente sobre metas, foram apresentados os seguintes dados. “Atualmente, a agência é formada por 34% de pessoas negras, sendo 21% em posições de liderança e 57% em portas de entrada. Nossa meta é chegar a 37% de pessoas negras em 2024 e 24% na liderança. Esses dados são divulgados periodicamente para toda a agência e mercado. Estamos comprometidos com nossas metas de Diversidade e Inclusão e com iniciativas para tornar nosso ambiente de trabalho mais acolhedor e inclusivo”, afirmou o comunicado enviado pela agência.

Sobre os espaços de denúncias de racismo, a empresa afirma ter “um canal de denúncias global, divulgado constantemente desde a integração, e espalhados por toda a agência, e canal de acolhimento interno confidencial com especialistas em diversidade. Ambos são prontamente atendidos, respondidos e tratados com seriedade”.

Mais de um entrevistado afirmou que, apesar da empresa investir em uma consultoria de diversidade racial, as ações não são postas em prática.

“A WMcCann fica mostrando internamente que tem mais de 30% de negros, mas a verdade é que no meu dia a dia vejo poucos. Em posições de liderança, é nítido que não tem quase ninguém. É uma desigualdade evidente e escancarada”.

Os entrevistados que afirmaram ter tentado denunciar situações que entenderam como racistas foram desencorajados, culpabilizados e desacreditados.

“Existe um processo com a Wmccann que fazemos um curso quando entramos, e o global fala sobre racismo e sobre como fazer as denúncias, mas quando isso acontece, as denúncias não chegam no global por algum motivo”, disse um entrevistado.

GRUPO PUBLICITÁRIOS NEGROS OFERECE ACOLHIMENTO A VÍTIMAS DE RACISMO

O caso da WMcCann não é isolado, afinal o Brasil continua sendo um dos países mais racistas do mundo. Jovens publicitários selecionados em programas de diversidade são as vítimas mais frágeis desse sistema perverso onde empresas faturam justamente por ostentar sua “diversidade”.

Se esses negócios falham ao acolher quem sofre dentro do seu escritório, há alternativas para as vítimas. O grupo Publicitários Negros é uma opção. Falamos com eles sobre as denúncias recebidas.

“Acompanhamos de perto o mercado publicitário e de comunicação, em especial nos aspectos de diversidade e inclusão racial. Nem todo o mercado está preparado ainda para a efetiva participação de pessoas negras em seus ambientes e trabalhos, então, ainda vemos denúncias e casos de saúde prejudicada por uma série de atravessamentos e situações desalinhadas com ambientes saudáveis de trabalho e que estimulam a participação e contribuição de grupos subrepresentados. Os casos que chegam a nós são acolhidos e procuramos dar apoio quanto à carreira da pessoa, de forma que o talento não se perca por conta das violências que o racismo gera para os profissionais negros. Estamos juntos com toda a comunidade de publicitários negros e abertos a dialogar com as agências aliadas da inclusão racial e antirracistas”.

Lucy Alves e Indira Nascimento confirmam relacionamento após curtirem o Carnaval juntas

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Fotos: Divulgação e Chico Cerchiaro/Canal Extra

O amor está no ar! Após rumores de que as atrizes Lucy Alves, 37, e Indira Nascimento, 33, estariam se relacionando, a assessoria de Lucy confirmou o namoro. Elas foram vistas juntas pela primeira vez na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, se abraçando carinhosamente, na noite da última segunda-feira (13).

Até o momento, ainda não se sabe quando começou. As duas atuaram juntas na novela ‘Travessia’ (2023), da TV Globo. Lucy protagonizou a personagem Brisa e Indira interpretou a advogada Laís. Segundo o jornal Extra, Lucy e Indira estão juntas há alguns meses, mas sem expor ao público.

Foto: Alexandre Virgílio /Camarote Quem O Globo

Em uma entrevista à Caras Brasil, Lucy chegou a comentar sobre ter se assumido bissexual. “Acho que estamos no caminho para naturalizar algo que deveria ser natural desde sempre: o amor entre as pessoas. Ninguém é obrigado a falar sobre seus relacionamentos. Mas é preciso ter liberdade e segurança para vivê-los do jeito que cada um quiser”, disse em 2022.

A atriz Indira Nascimento ganhou destaque com o papel de Janine na novela ‘Um Lugar Ao Sol‘ (2021), além de já ter atuado na série ‘3%‘ e no filme ‘Medida Provisória‘. Já Lucy Alves, começou a fama em 2013, quando se apresentou no programa ‘The Voice Brasil‘ e estreou como atriz na novela ‘Velho Chico‘, em 2016.

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