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Eles não precisam mais de nós: diversidade perde investimento e relevância nas empresas

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Foto: Reprodução

A única renascença negra plena nos últimos meses foi a da Beyoncé. O pessimismo e o medo voltaram a rondar a comunidade negra de forma global em um último semestre com demissões de pessoas negras e com o desmantelamento de áreas de Diversidade e Inclusão (D&I). 

A esperança de um reconhecimento sincero e significativo do impacto do racismo estrutural e implementação de ações em em prol de um mundo menos desigual em termos raciais durou menos de dois anos. Se um caso similar ao de George Floyd acontecesse hoje, dificilmente o mundo pararia como aconteceu em maio de 2020.

Um artigo do Financial Times, assinado por Rana Foroohar, editora de Nova York, faz críticas severas a forma como a D&I foi implementada em algumas empresas e traz exemplos de como os cortes em diversidade em empresas americanas estão chegando até em grandes organizações, como a PwC, que anunciou que os critérios baseados na raça não serão mais usados na concessão de bolsas de estudo ou vagas em programas de estágio. 

O texto ainda ressalta o impacto da reversão das ações afirmativas, mais especificamente as cotas raciais, fruto de uma decisão da Suprema Corte americana, o que estaria, de acordo com o artigo, fazendo as empresas reverem suas estratégias de diversidade racial. 

E o fantasma da “todas as vidas importam” também chegou a Hollywood. A atriz e produtora Issa Rae declarou que está preocupada com o futuro das produções negras em Hollywood. Em entrevista para a revista Net-A-Porter, a estrela contou que está observando um cenário bem diferente de anos atrás, com a indústria mudando de forma drástica. “Menos histórias negras estão sendo aprovadas e isso já está acontecendo”, disse ela.

“Estamos vendo tantos programas negros serem cancelados, tantos executivos – especialmente do lado de diversidade, equidade e inclusão serem demitidos. Estamos vendo muito claramente agora que nossas histórias são menos prioritárias”, pontuou Issa.

O pessimismo de Issa vem de notícias, como a demissão de Latondra Newton, veterana de seis anos da Disney e diretora de diversidade, que saiu da Disney em junho de 2023. No mesmo mês, a Discovery demitiu sua vice-presidente sênior de diversidade, equidade e inclusão, Karen Horne.

Vernā Myers, primeira chefe de estratégia de inclusão da Netflix, ocupou o cargo por cinco anos até sua saída, em setembro de 2023.

E NO BRASIL, DE MAIORIA NEGRA…

Em 2020, três meses após o assassinato de George Floyd, ofertas de emprego D&I subiram 123%, de acordo com dados do site de empregos Indeed . Esses foram alguns dados trazidos pela colunista do Mundo Negro, Kelly Baptista, atualmente Diretora Executiva da Fundação 1Bi e Top Voices no Linkedin. 

Para ela, dois fatores principais levaram aos layoffs no Brasil: “a situação econômica e uma transformação estrutural nas companhias que enxergaram os departamentos de D&I, artigo de luxo”. 

“Não é segredo que a soma de D&I faz com que o ambiente e ganhos das corporações se ampliem e performem acima da média, porém nos últimos anos percebemos que estas ações foram deixadas de lado e o número de demissões são aparentes”. A executiva, disse ver de forma “nítida a inclinação para pautas ambientais tanto do poder público quanto do poder privado”.

Uma outra justificativa para cortes na área de D&I foi a falta de retorno financeiro das ações, como se o lucro esperado por esse investimento voltasse ao caixa de forma quase instantânea (isso em um mundo pós-Covid, com duas guerras e indecisões sobre os rumos da IA). 

A Diretora Executiva do (Movimento pela Equidade Racial) Mover, Natália Paiva destaca que o resultado importa sim, mas que diversidade não pode ser vista como algo performático. “É importante cada vez mais a gente deixar claro que diversidade, equidade e inclusão não devem ser uma estratégia de marca. Não deve ser uma atitude performática de nenhuma empresa, pelo contrário, ela tem que partir de um entendimento de quão benéfico isso é para a empresa”. 

“O Mover acredita que toda a iniciativa, tática, programa de diversidade, equidade e inclusão têm que ter foco em resultados, sim, e ter um impacto positivo na performance da empresa. E a gente acredita que sim, times diversos, empresas que têm uma cultura organizacional inclusiva são mais bem-sucedidas, isso no médio prazo, mas também no longo prazo. Não tem como a gente continuar com uma ideia de prosperidade e de futuro que continue restringindo os talentos que têm a possibilidade de causar impacto”, complementa. 

Manter a relevância da pauta de diversidade também passa pela comunicação e treinamentos internos para que se tragam dados, mas principalmente conscientização e conhecimento. “No âmbito do nosso programa de treinamento, sublinhamos que uma visão superficial da diversidade pode precipitar crises internas, impactando os colaboradores, o mercado e os stakeholders estratégicos. Enfatizamos que a diversidade não é uma mera tendência, mas uma estratégia de negócios crucial, demandando investimento contínuo”, destaca Juliana Oliveira, sócia-fundadora da Oliver Press, que defende que “a mensuração de resultados vista a médio e longo prazo é essencial, evitando crises de imagem e, simultaneamente, atraindo investidores autênticos”. 

Se é uma ameaça ou algo definitivo, vale a reflexão do aproveitamento de talentos negros para outras áreas da empresa para além da área de D&I e um olhar inclusivo mesmo quando as vagas não tenham recorte racial. O racismo é um problema estrutural longe de acabar e em um país negro como o Brasil, deixamos de avançar mantendo sempre os mesmos rostos e corpos em espaços de decisão.

Mês da História Afro-Americana: filmes e séries sobre personalidades que marcaram a comunidade negra

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Foto: Lizzie Himmel/ Brooklyn Museum

O Mês da História Afro-Americana começa a ser comemorado hoje, neste dia primeiro. Em 2024, a Associação para o Estudo da Vida e História Afro-Americana definiu o tema: “Afro-americanos e as artes“, para celebrar as contribuições da comunidade negra nas artes visuais, música, movimentos culturais, e muito mais.

“A arte afro-americana está repleta de experiências vividas por africanos, caribenhos e negros americanos”, escreve a associação. “Nos campos das artes visuais e performáticas, literatura, moda, folclore, língua, cinema, música, arquitetura, culinária e outras formas de expressão cultural, a influência afro-americana tem sido fundamental.”

Para entrar no clima do tema das comemorações, o Mundo Negro selecionou filmes e séries que retratem a história de grandes personalidades que são importantes na história comunidade afro-americana através da sua expressão da música, da arte, do cinema ou da moda.

Veja a lista abaixo:

Abstract: The Art of Design

A série documental fala sobre designers de diferentes áreas e como eles impactam a indústria. O terceiro episódio da segunda temporada foca na Ruth E. Carter, designer de figurinos afrofuturistas que venceu um Oscar por seu trabalho em Pantera Negra e foi uma grande colaboradora de Spike Lee. Ela explica como conta histórias através das roupas e dá uma perspectiva muito interessante da moda dentro do cinema.

Estados Unidos Vs Billie Holiday

A famosa cantora de jazz Billie Holiday se torna alvo do Departamento Federal de Narcóticos com uma operação secreta liderada pelo Agente Federal Jimmy Fletcher, com quem ela teve um caso tumultuado no passado. No entanto, a peseguição contra a artista é movida pelo desejo de impedir que ela cante músicas de protestos pelos direitos dos afro-americanos. Disponível no Prime Video.

I Wanna Dance With Somebody – Whitney Houston

Descoberta pelo executivo da gravadora Clive Davis, Whitney Houston alcançou a fama na década de 1980 e se tornou uma das maiores cantoras de sua geração. A cinebiografia acompanha a trajetória da grande artistas e as dores de ser uma mulher negra nos Estados Unidos. Disponível na HBO Max.

Jean Michel Basquiat: A Criança Radiante

O documentário aborda a vida do artista Jean-Michel Basquiat, considerado um dos mais importantes pintores afrodescendentes do século 20. Após sua morte inesperada aos 27 anos e o talento alcançando no mundo inteiro, o transformaram em um ícone cultural. Disponível no Prime Video.

ReMastered: As Duas Mortes de Sam Cooke

A voz de Sam Cooke o tornou uma estrela do soul, mas seu posicionamento público sobre os direitos civis podem ter contribuído para sua morte aos 33 anos. Disponível na Netflix.

Ferrari está prestes a fechar contrato com Hamilton para a temporada de 2025 da Fórmula 1, afirma fonte

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Foto: AFP/ALFREDO ESTRELLA

O universo da Fórmula 1 pode sofrer uma reviravolta se rumores de que Lewis Hamilton está prestes a deixar a equipe Mercedes e se juntar à Ferrari para a temporada de 2025 se confirmarem. Segundo informações do site “Motorsport”, as negociações entre Hamilton e a Ferrari estão avançadas, e espera-se que o acordo seja finalizado até o final desta semana.

A notícia surpreende, considerando que Hamilton renovou seu contrato por mais duas temporadas com a Mercedes em agosto do ano passado, o que teoricamente o manteria na equipe até o fim de 2025. Na época da renovação, já circulavam rumores sobre o interesse da Ferrari no piloto.

Se assinar com a Ferrari, Hamilton abrirá mão da opção de permanecer na Mercedes, onde construiu sua carreira desde 2013. A Sky Sports relata que os funcionários da equipe da Mercedes em Brackley devem ser informados da mudança nesta quinta-feira, 1, antecipando um anúncio oficial da transferência.

Na Ferrari, Hamilton deve ocupar o lugar do espanhol Carlos Sainz, que estava em negociações para renovar seu contrato desde o final de 2023, mas as conversas foram recentemente interrompidas. Enquanto isso, Charles Leclerc renovou com a escuderia italiana.

A próxima temporada de Fórmula 1 está marcada para começar em 2 de março de 2024, com o GP do Bahrein, no oriente Médio, que será a primeira de 24 etapas, tornando-se a maior temporada da história da categoria.

Advogada Sheila de Carvalho é nomeada como secretária de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça

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Foto: Reprodução/Instagram

Recém nomeado Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski vai promover a advogada Sheila de Carvalho para o cargo de secretária de Acesso à Justiça da pasta comandada por ele, substituindo Marivaldo Pereira, integrante do PSOL. Lewandowski assume o cargo  oficialmente nesta quinta-feira, 1, e deve anunciar outros novos nomes para sua equipe nos próximos dias.

Atualmente, a Sheila de Carvalho é integrante do Comitê Nacional dos Refugiados, além de ter ligada ao Grupo de Prerrogativas, um conjunto de advogados progressistas e antilavajatista, além de ser uma das lideranças pertencentes à Coalizão Negra por Direitos.

A advogada já trabalha para o Ministério da Justiça como assessora especial, a advogada foi selecionada para ocupar o cargo por Flávio Dino, que assumirá uma vaga como ministro do Supremo Tribunal Federal.

Além de Carvalho, outras duas mulheres estarão no primeiro escalão do Ministério da Justiça. Estela Aranha continua a ser chefe da Secretaria de Direitos Digitais e Marta Machado permanecerá à frente da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos.

No mês de dezembro, ao anunciar que escolheria Lewandowski para ocupar a chefia do Ministério da Justiça, o presidente Lula afirmou que ele e a primeira-dama, Janja, tinham expectativas de que o ministro escolhesse mais mulheres para a pasta.

Doodle do Google homenageia escritor e ativista James Baldwin em comemoração ao Mês da História Negra dos EUA

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Foto: Reprodução

Durante todo o mês de fevereiro, os Estados Unidos celebram o Mês da História Negra, período que rememora a contribuição da população negra para a política e cultura do país. Em celebração à data, o Google está homenageando o escritor e ativista pelos direitos civis, James Baldwin, que também contribuiu para a luta LGBTQ+, em um Doodle comemorativo.

A ilustração feita pelo artista e designer norte-americano Jon Key relembra Baldwin da maneira como ele ficou mais conhecido, pela escrita. James Baldwin nasceu no dia 2 de agosto de 1924, em Nova York, nos EUA. Ele cresceu no Harlem, ajudou a criar seus oito irmãos e desde a infância e adolescência já publicava poemas e contos na revista do colégio, além de escrever peças de teatro.

Após enfrentar desafios financeiros na adolescência, recebeu uma bolsa de estudos em 1944 devido ao seu potencial como escritor. Seu primeiro romance, “Go Tell It on the Mountain”, uma história semiautobiográfica, foi concluído em 12 anos e é considerado um dos melhores do século XX. Aos 24 anos, Baldwin mudou-se para Paris, onde escreveu ensaios notáveis, como “Notas de um Filho Nativo”, “Ninguém Sabe Meu Nome” e “O Fogo da Próxima Vez”. Seu segundo romance, “Giovanni’s Room” (1956), abordou a homossexualidade de maneira inovadora.

Baldwin continuou a abordar tensões raciais nos EUA em ensaios e romances, incluindo “If Beale Street Could Talk” ou “Se a Rua Beale Falasse” (1974), adaptado para um filme vencedor do Oscar em 2018. Em 1986, ele recebeu a mais alta ordem de mérito francesa. Sua influência vai além dos prêmios, pois suas obras deram voz a histórias negligenciadas e inspiraram líderes dos direitos civis, impactando gerações.

Polícia prende homem flagrado atacando a vizinha com ofensas racistas em MG; ele estava foragido há 3 dias

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Fotos: Reprodução/Redes Sociais

O homem flagrado em vídeo xingando uma vizinha com ofensas racistas, em Boa Esperança (MG), foi preso nesta quarta-feira (31), após três dias foragido. Ele se entregou na Delegacia da Polícia Civil na companhia de um advogado.

O mandado de prisão contra Célio Donizete Custódio, 53, foi emitido pela Justiça no domingo (28), e segundo a polícia, hoje foi realizada a prisão preventiva e ele foi encaminhado ao sistema prisional. 

“Após levantamento de todos os fatos, transcrição de áudios e das gravações de vídeos, foi pleiteada a prisão preventiva do autor que se encontrava foragido, mas foi preso, na tarde de hoje”, afirmou o delegado Alexandre Boaventura, à frente do caso.

No vídeo que viralizou nas redes sociais, gravado na última sexta-feira (26), a vítima registrou o momento em que foi ofendida pelo vizinho, sendo xingada de “preta, macaca e fedida” no portão de casa. Ele chegou a ser detido no mesmo dia, porém liberado após prestar depoimento.

Segundo o delegado, isso ocorreu porque o homem alegou que os vídeos e áudios apresentados pela vítima eram o recorte de uma briga maior, e que havia sofrido homofobia, sendo então necessário a instauração do inquérito policial para apuração de todos os fatos, antes da eventual prisão.

Ainda de acordo com o delegado, ao ser comprovado o crime de injúria racial, foi pedido a prisão do Célio Donizete Custódio, mas ele havia deixado a cidade.

“Vale destacar que, durante a investigação policial, foi possível comprovar que o autor não praticou apenas um crime de injúria racial contra uma única vítima. Foi comprovado que ele praticou cinco crimes de injúria racial contra três vítimas diferentes, em dois dias diferentes. Cada um desses crimes tem pena prevista de dois a cinco anos de prisão. Então, se ele for condenado por todos esses crimes, ele pode pegar uma pena mínima de 10 anos e uma pena máxima de 25 anos”, explicou o delegado.

“Esse fato teve repercussão nacional e, em virtude disso, esse homem que praticou o crime horrendo e sem dúvidas seria responsabilizado, e vai ser responsabilizado, ele tinha sido ameaçado. Se vendo na eminência de ser agredido ou preso, ele evadiu da cidade de Boa Esperança. Porém, a Polícia Civil passou a monitorar, rastrear e conseguimos efetuar a prisão dele”, completou.

Erika Januza veste looks autênticos em homenagem as mulheres negras, quilombolas e indígenas: “Levar essas histórias para o Carnaval”

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Foto: Lua Dof

Erika Januza, uma das maiores estrelas do Carnaval e Rainha de Bateria da Unidos do Viradouro, escola de samba de Niterói (RJ), tem feito um lindo projeto chamado “#HomenagensdaJanuza”, com o objetivo de valorizar mulheres negras, quilombolas e indígenas. “Como o enredo da Viradouro esse ano fala também de mulheres guerreiras, que são as guerreiras mino [do reino Daomé], fizemos um paralelo a isso. As guerreiras atuais da nossa sociedade, que lutam contra o desemprego, diferenças raciais, salariais, e que são arrimo de família”, diz a Rainha de Bateria em entrevista ao Mundo Negro.

Recentemente, ela publicou fotos de beleza exuberante, vestindo looks de peças feitas por Ilana e Dona Doutora, duas mulheres do Quilombo do Mumbuca, em Jalapão, Tocantins, com Capim Dourado. Erika conheceu as jalapoeiras na época em que gravava a novela da Globo, “O Outro Lado do Paraíso” (2017). 

“A ideia era encontrar mulheres que, através da sua arte, sustentem suas famílias. Arte que pudesse virar looks, para que eu pudesse levar essas histórias de alguma forma para o Carnaval”, conta. “A cada mulher, a cada peça, vem a ideia de onde e como fazer. O mais importante era a oportunidade de deixá-las contarem suas próprias histórias. Estou amando”, completa.

O primeiro look divulgado pela Erika Januza, ela usa peças com Palma Barroca feitas pela Hercilia Herculano, artesã de Sabará, Minas Gerais. E o último look divulgado no domingo (28), ela usa miçangas, feito pela Marina e Elisa Guajajara, da Aldeia Lagoa Quieta, na Terra Indígena Araribóia, no Maranhão.

Look feito com Capim Dourado por Ilana e Dona Doutora (Foto: Lua Dof)

Leia a entrevista completa abaixo:

Nos últimos dias, você revelou fantasias feitas de Capim Dourado e Palma Barroca extremamente lindas. Como foi o processo de criação das peças?

A ideia era encontrar mulheres que, através da sua arte, sustentem suas famílias. Arte que pudesse virar looks, para que eu pudesse levar essas histórias de alguma forma para o Carnaval. 

As Jalapoeiras do Quilombo do Mumbuca enviaram a coroa e as peças feitas por elas, e meu Stylist, Vitor Carpe, que é parceiro na concepção do projeto, monta as peças aqui. 

A cada mulher, a cada peça, vem a ideia de onde e como fazer. O mais importante era a oportunidade de deixá-las contarem suas próprias histórias. Estou amando. Fiquei muito emocionada a cada vídeo recebido. 

Look feito com Palma Barroca pela Hercilia Batista (Foto: Lua Dof)

Você diria que os preparativos para a novela “O Outro Lado do Paraíso” – como conhecer o Quilombo do Mumbuca, também te trouxeram aprendizados para além do profissional?

Com certeza! Não me esqueço daquele lugar e daquelas pessoas. Lembro de chegar lá extremamente acelerada, como costumamos ser. E lá, o tempo era outro. A natureza era outra. Voltei de lá bem mais relaxada e valorizando outras coisas. 

Foi a partir desse encontro com as mulheres guerreiras que você conheceu, que surgiu a ideia de criar o #HomenagensdaJanuza no Instagram? Como foi a elaboração e a reação das mulheres ao serem convidadas para o projeto? 

Na verdade, não. A ideia surgiu através de uma conversa com Vitor, pois estamos já há algum tempo tentando entender qual homenagem faria sentido esse ano. Porque agora é como se não fizesse mais sentido não as fazer. 

Como o enredo da Viradouro esse ano fala também de mulheres guerreiras, que são as guerreiras mino, fizemos um paralelo a isso. As guerreiras atuais da nossa sociedade, que lutam contra o desemprego, diferenças raciais, salariais, e que são arrimo de família. 

Todas aceitaram prontamente e se mostraram muito felizes. Mas a maior felizarda dessa história fui eu, que fui agraciada com a arte de cada uma delas. 

Look feito com miçangas por Marina e Elisa Guajajara (Foto: Lua Dof)

Como você cuida do corpo e da saúde no período de Carnaval? Você costuma mudar algo na rotina de exercícios ou alimentação que já está habituada? 

Eu me dedico mais à academia. No geral, sou cheia de desculpas para ir, meu foco maior é mais a saúde do que qualquer outra coisa. Manter o corpo em movimento. Mas também entendo a importância estética por causa do meu trabalho. Estou focada para o Carnaval, tentando não faltar e me alimentando bem melhor. Até mesmo para ter mais fôlego para a maratona de ensaios. 

Taraji P. Henson e Terrence Howard vão atuar juntos em nova série de drama sobre Muhammad Ali

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Fotos: Getty Images.

Estrelas da série ‘Empire’, Taraji P. Henson e Terrence Howard vão atuar juntos mais uma vez. Os dois artistas foram confirmados no elenco de ‘Fight Night: The Million Dollar Heist‘, nova minissérie de drama sobre a icônica luta do pugilista Muhammad Ali que marcou sua volta aos ringues de boxe em 1970.

Taraji P. Henson em ‘Empire’. Foto: Reprodução.

A descrição oficial afirma que a série contará “a infame história de como um assalto à mão armada durante a noite da histórica luta de retorno de Muhammad Ali – em 1970 – mudou não apenas a vida de um homem, mas o destino de uma cidade inteira”. Kevin Hart e Samuel L. Jackson também foram confirmados no projeto, que ainda não tem data de estreia.

Os detalhes sobre os personagens ainda não foram revelados, mas especula-se que Taraji faça parte do elenco principal. Ela e Terrence Howard ganham destaque na TV norte-americana como protagonistas da série ‘Empire’. Criado por Lee Daniels e Danny Strong, a produção foi classificado como a série de drama número #1 no principal grupo demográfico de 18 a 49 anos, e com média de mais de US$ 100 milhões por ano em receita publicitária por temporada ao longo de suas seis temporadas. No Brasil, a obra já foi transmitida pela TV Globo.

Ara Ketu entra em acordo com a prefeitura de Salvador e confirma desfile no Carnaval 2024: “Reencontro na avenida”

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Foto: Fred Pontes.

A banda Ara Ketu anunciou nesta tarde de quarta-feira (31) que entrou em acordo com a prefeitura de Salvador. Anteriormente, o grupo relatou que não estava recebendo um cachê adequado e que, por isso, iria desistir de desfilar no Carnaval 2024. “As conversas com o governo e a prefeitura foram retomadas e houve o entendimento da importância cultural do Ara Ketu como bloco afro, com os devidos ajustes financeiros“, relatou o grupo em nota.

O grupo Ara Ketu agradeceu a enorme mobilização do público. “Vamos começar esse texto agradecendo a cada um que apoiou o Ara Ketu para que a banda não deixasse de desfilar no Carnaval de Salvador 2024. Fãs, amigos, imprensa e admiradores da cultura da Bahia. Após a mobilização do povo, o desfile do Ara Ketu foi confirmado para a quinta-feira de Carnaval, no circuito Barra-Ondina“, relatou.

O desfile de Ara Ketu vai homenagear o bairro de Periperi, local onde nasceram os músicos do grupo. “Os abadás do bloco não serão vendidos. Parte será distribuída para a comunidade de Periperi e parte será trocada por alimentos não perecíveis, que serão doados no Instituto Ara Ketu após o Carnaval”, revelou o grupo, que terá como tema ‘Somos Ara Ketu, somos filhos de Odé‘.

Com miopia e astigmatismo, Rebeca Andrade revela que treina e compete sem enxergar direito: “Respiro fundo e vou”

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Foto: Ricardo Bufolin.

A ginasta Rebeca Andrade revelou em entrevista para a revista Marie Claire que ela realiza treinos e competições sem enxergar direito. A atleta possui pelo menos 2,5 graus de miopia em um olho e 2 graus de astigmatismo no outro. Rebeca contou que já se habitou a realizar as séries com a visão turva. “Dá para errar, mas não seria por não enxergar. Mesma coisa com a trave, não enxergo a ponta, mas já sei, sinto no aparelho, então tranquilo”, diz ela, ao relatar detalhes sobre seus saltos no trampolim.

Rebeca disse ainda que dispensa o uso de lentes de contato. Para o SportTV, ela contou que tem medo que pó de magnésio, utilizado para aumentar a aderência aos aparelhos, caia nos seus olhos. “Não gosto de usar as lentes, porque fico com medo de cair magnésio nos olhos e me atrapalhar. Não enxergo (a trave, um dos aparelhos em que se destaca), vou no feeling“, disse ela.

Em ano de Olímpiada, a rotina de treinos da atleta é intensa. A primeira vez que ela reparou no problema de vista foi na Olimpíada de Tóquio, ao não conseguir ler o que estava no telão. “Na hora da competição, estou tão concentrada que não sinto nada. O medo é mais durante o treinamento, de cometer um erro, cair da trave, da paralela e se machucar. Faz tempo que isso não acontece, mas, quando sentia que me incomodava a ponto de me atrapalhar nos treinos, conversava com minha psicóloga e tentava me acalmar. Fazia exercícios de respiração, passava a série na cabeça antes. Hoje em dia tenho muito mais facilidade, respiro fundo e vou.”

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