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Ronaldinho Gaúcho diz que não vai acompanhar a seleção brasileira na Copa América: “Tá faltando tudo, garra, alegria, faltando jogar bem”

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Foto: Reprodução / Instagram.

Fenômeno mundial do futebol, Ronaldinho Gaúcho declarou em entrevista para o youtuber Cartolouco que não vai acompanhar a seleção brasileira na Copa América. “Não vou assistir nenhum jogo. Tá faltando tudo, garra, alegria, faltando jogar bem, então não vou assistir nenhum jogo”, disparou o astro. “Vou abandonar o Brasil porque as coisas não estão andando bem. Tá faltando entrega, faltando tudo”.

Nas redes sociais, a fala do astro dividiu opiniões. O ponto alto da carreira de Ronaldinho na seleção brasileira veio na Copa do Mundo de 2002, realizada na Coreia do Sul e no Japão.

Sob a liderança do técnico Luiz Felipe Scolari, o Brasil apresentou um futebol brilhante, com Ronaldinho formando um trio de ataque devastador ao lado de Ronaldo e Rivaldo. Um dos momentos mais icônicos de Ronaldinho no torneio foi o gol contra a Inglaterra nas quartas de final, onde ele marcou de falta. O Brasil acabou vencendo a competição, e Ronaldinho foi uma peça-chave na conquista do pentacampeonato.

Atualmente, a Seleção está no Grupo D da Copa América e estreia no dia 24, contra a Costa Rica.

Matteus Amaral diz que inscrição na faculdade usando cota racial foi feita por um terceiro: “Cometeu um erro escolhendo a modalidade”

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Foto: João Cotta / BBB

O ex-BBB Matteus Amaral se pronunciou nesta sexta-feira (14) após ser acusado de fraudar cota racial no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFAR). Segundo ele, uma terceira pessoa realizou a sua inscrição e, por erro, escolheu a modalidade de cota racial para pessoas pretas.

“A inscrição foi realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu consentimento ou conhecimento prévio. Entendo a importância fundamental das políticas de cotas no Brasil. Por isso, lamento profundamente qualquer impressão de que eu teria buscado beneficiar-me indevidamente dessa política, o que nunca foi minha intenção“, publicou Matteus através de uma nota oficial em seu perfil no Instagram. “Reafirmo meu arrependimento por quaisquer transtornos causados e meu compromisso contínuo em ser um defensor ativo da igualdade racial e social. Agradeço a oportunidade de esclarecer este assunto e peço desculpas por qualquer mal-entendido que possa ter ocorrido”.

O Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFAR) confirmou oficialmente que o ex-BBB ingressou na instituição através do sistema de cotas raciais. Em comunicado divulgado pelo jornalista Gabriel Perline, nesta sexta-feira, 14, a instituição reconheceu que Amaral se autodeclarou como pessoa preta no processo seletivo de 2014 para o curso de Engenharia Agrícola.

De acordo com o IFFAR, na época da inscrição de Amaral, a Lei de Cotas de 2012 exigia apenas a autodeclaração do candidato, sem qualquer mecanismo de verificação adicional. A instituição ressaltou que, apesar das cláusulas nos editais que alertavam para possíveis penalidades em caso de fraude, não houve denúncia formal que pudesse desencadear uma investigação interna naquele período.

Em paralelo, o ativista Antonio Isuperio encaminhou uma denúncia ao Ministério Público Federal (MPF), solicitando que sejam tomadas medidas legais contra Matteus Amaral Vargas e uma avaliação sobre a responsabilidade do IFFAR na questão. Na denúncia, o ativista argumenta que a fraude compromete a integridade do sistema de cotas raciais e que é essencial que haja consequências legais para todos os envolvidos.

Ecofeminismo Negro: o papel das mulheres negras na economia circular

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Foto: Reprodução

A economia circular é um modelo econômico inquestionável e fundamental para a redução de impactos negativos para o meio ambiente, que visa a sustentabilidade, a redução de resíduos e a reutilização de recursos. Diferente do modelo linear tradicional de “extrair, produzir, descartar”, a economia circular busca fechar o ciclo de vida dos produtos. Nesse contexto, a participação de diversos grupos sociais, é indispensável para garantir que os benefícios sejam distribuídos de forma equitativa e que a diversidade contribua para a inovação e a eficiência do modelo. Se precisamos de uma estratégia de atuação para garantir a equidade e a diversidade, sabemos que essa desigualdade tem nome, gênero, endereço e cor bem definidos.

A participação das mulheres negras na economia circular ainda é limitada e muitas vezes invisibilizada. Estudos indicam que, globalmente, as mulheres representam apenas 11% dos profissionais na indústria de reciclagem. Dentro desse percentual, a representação das mulheres negras é ainda menor, refletindo as barreiras interseccionais de gênero e raça.

As barreiras que dificultam a participação das mulheres negras em decisões estratégicas na economia circular são múltiplas e interligadas: desigualdade educacional, discriminação no mercado de trabalho, falta de representatividade.

A complexidade da posição das mulheres negras na economia circular se manifesta em dois papéis críticos e aparentemente contraditórios: elas estão na base da pirâmide social, enfrentando os desafios mais imediatos da economia circular, enquanto também sofrem com a sub-representatividade nas esferas de decisão que moldam esse setor.

Base da pirâmide social: catadoras de materiais recicláveis

No Brasil, as catadoras de materiais recicláveis são um exemplo importante de participação das mulheres negras na economia circular. Em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, muitas cooperativas de reciclagem são formadas majoritariamente por mulheres negras. Essas cooperativas não apenas promovem a economia circular através da coleta e reciclagem de resíduos, mas também geram emprego e renda para comunidades marginalizadas. Estas cooperativas muitas vezes operam em condições precárias e sem o devido apoio governamental, refletindo a necessidade urgente de políticas que reconheçam e valorizem seu trabalho.

Segundo o Instituto Lixo Zero Brasil, aproximadamente 90% dos resíduos recicláveis são coletados por catadores informais, e muitos desses catadores são mulheres negras. Essa realidade destaca a importância das catadoras no sistema de gestão de resíduos e na economia circular, embora seu trabalho muitas vezes não receba o reconhecimento e a valorização adequados.

Sub-representatividade nas estruturas de decisão

Embora as mulheres negras desempenhem um papel fundamental na base da economia circular, sua presença em posições de liderança e formulação de políticas é extremamente limitada. Essa sub-representatividade impede que suas perspectivas e experiências sejam consideradas em decisões importantes que poderiam melhorar as condições de trabalho e promover maior inclusão no setor. 

Aliadas da causa: da base à liderança

A presença das mulheres negras na economia circular é uma questão de justiça social e eficiência econômica. Apesar das barreiras significativas, exemplos de sucesso mostram que, com o apoio adequado, as mulheres negras podem e devem desempenhar um papel significativo na promoção de práticas sustentáveis e na transformação econômica. É essencial que políticas públicas, iniciativas privadas e organizações da sociedade civil trabalhem juntas para remover as barreiras existentes e criar um ambiente inclusivo e equitativo na economia circular.

No Brasil, temos parlamentares comprometidas e que têm se destacado na luta contra a emergência climática e o racismo ambiental:

  • Marina Silva (REDE-SP): Ministra do Meio Ambiente, tem uma longa trajetória na defesa da Amazônia e do desenvolvimento sustentável. Atualmente senadora, continua atuando na promoção de políticas públicas que visem a proteção do meio ambiente.
  • Benedita da Silva (PT-RJ): Deputada Federal, dentre suas pautas prioritárias estão defender a democracia e o respeito à Constituição, lutar por políticas de combate ao racismo, pelas cotas e em apoio ao movimento negro e lutar por políticas públicas em defesa da mulher, em especial da mulher negra.
  • Carol Dartora (PT-PR): Deputada Federal, tem como foco o debate racial, educação e mulheres. Desde 2023 está junto à Frente Mista Ambientalista, criou o GT sobre Racismo Ambiental, levantando pautas, denúncias e soluções para  este tema. No Senado, assumiu a vice-presidência da Comissão Mista Permanente sobre Migrações Internacionais e Refugiados.
  • Talíria Petrone (PSOL-RJ): Deputada Federal, tem atuado na defesa dos direitos humanos e na luta contra as desigualdades sociais. É autora de projetos que visam combater a fome e promover a justiça social.

É importante ressaltar que a luta contra a emergência climática e o racismo ambiental é um esforço coletivo, que envolve não apenas o poder público, mas também movimentos sociais, organizações da sociedade civil e a população em geral. A atuação dessas mulheres na política institucional é fundamental para dar visibilidade a essas pautas e pressionar por ações concretas do governo:

  • Aline Souza: Coordenadora executiva da rede de ONGs Observatório do Clima, tem atuado na promoção de políticas públicas para o combate às mudanças climáticas e na defesa da justiça climática.
  • Amanda Costa: é ativista climática, jovem embaixadora da ONU Entusiasta pela Agenda 2030, tem o objetivo de mobilizar jovens para construírem um mundo inclusivo, colaborativo e sustentável, promovendo a justiça climática e enfrentando o racismo ambiental e já representou parte da juventude brasileira em quatro conferências de Mudanças Climáticas da ONU, a COP23 – Alemanha (2017), COP24 – Polônia (2018), COP26 – Reino Unido (2021) e COP27 – Egito (2022), ambientes onde desenvolveu habilidades como incidência política na agenda climática e educomunicação
  • Ana Toni: Ex- Diretora executiva do Instituto Clima e Sociedade (iCS) e atual Secretária de Mudança do Clima, Secretaria Nacional de Mudanças do Clima (MMA) tem atuado na promoção de soluções inovadoras para o enfrentamento da crise climática e na defesa da justiça social e ambiental.

Essas são apenas algumas das muitas mulheres que se dedicam à causa no Brasil. A atuação delas na sociedade civil e no poder público é imprescindível para pressionar por ações concretas do governo e do setor privado, e para construir um futuro mais justo e sustentável para todos.

Pesquisa liga produtos químicos para alisar cabelos a doenças reprodutivas e menstruação precoce em mulheres negras

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Foto: Reprodução

Em um novo capítulo sobre a proibição do uso de produtos químicos para alisar os cabelos pelo aumento do risco de desenvolvimento de doenças como o câncer de colo de útero pelo acordo com a Federal Drug Administration (FDA), departamento de saúde do governo dos Estados Unidos, novas informações que mostram que esses produtos também podem ser responsáveis por influenciar o início precoce da menstruação destacam o quão nocivos podem ser esses produtos.

A Dra. Tamarra James-Todd, professora associada de epidemiologia reprodutiva ambiental na Escola de Saúde Pública TH Chan de Harvard, é uma pioneira que conduziu ou co-assinou quase 70 estudos científicos ao longo das últimas duas décadas. Suas pesquisas estabeleceram a ligação entre os produtos químicos presentes em alisantes capilares usados por gerações de mulheres negras e as disparidades raciais na saúde reprodutiva, uma questão que intriga os cientistas há décadas.

Um conjunto substancial de evidências científicas revela que alisantes e outros produtos capilares direcionados para meninas e mulheres negras contêm substâncias que desregulam o sistema endócrino. Essas substâncias estão associadas ao início precoce da menstruação e a vários problemas de saúde reprodutiva, como miomas uterinos, parto prematuro, infertilidade, e cânceres de mama, ovário e útero. Esses problemas hormonais são mais frequentes em mulheres negras do que em outras mulheres, incluindo uma forma agressiva de câncer de mama, que contribui para uma taxa de mortalidade 28% maior do que a observada entre mulheres brancas.

Em outubro de 2022, o estudo conhecido como Sister Study, liderado pelo Instituto Nacional de Ciências da Saúde Ambiental dos EUA, revelou uma descoberta alarmante: mulheres que usavam regularmente produtos químicos para alisamento de cabelo tinham um risco duas vezes e meia maior de desenvolver câncer uterino em comparação com aquelas que não usavam tais produtos. Esse risco afeta principalmente mulheres negras, que são predominantemente usuárias desses produtos. O câncer uterino, sendo o mais comum no sistema reprodutor feminino, tem visto um aumento, especialmente entre mulheres negras, desde o ano 2000.

A pesquisa do Sister Study, seguida por estudos adicionais como os conduzidos pelo laboratório de James-Todd, representa um avanço significativo ao fornecer evidências científicas robustas para preocupações de saúde de longa data. Este avanço também desencadeou um número significativo de ações judiciais em todo o país, envolvendo milhares de demandantes, com potencial para mais ações federais.

A falta de regulamentação eficaz nos Estados Unidos é um problema central destacado pela pesquisa. Enquanto a União Europeia regula mais de 1.300 ingredientes para cosméticos, o FDA americano proíbe ou restringe apenas nove ingredientes conhecidos por serem prejudiciais à saúde humana. Além disso, muitos produtos capilares comercializados para mulheres negras nos EUA contêm substâncias proibidas na Europa, evidenciando disparidades significativas nas normas de segurança e regulamentação entre os dois continentes.

A negligência na supervisão governamental também se estende à falta de transparência nas embalagens dos produtos. Um estudo do Silent Spring Institute descobriu que a maioria dos produtos capilares usados por mulheres negras continha ingredientes tóxicos não listados nas embalagens, incluindo substâncias que podem interferir nos hormônios. Essa falta de regulação e informação precisa expõe os consumidores, especialmente mulheres negras, a riscos desnecessários à saúde, perpetuando uma crise de saúde pública evitável.

Mulheres negras estão em alerta

À medida que mais mulheres negras adotam estilos naturais, as vendas de relaxantes capilares diminuíram significativamente, de 71 milhões de dólares em 2011 para 30 milhões de dólares em 2021. Apesar dessa queda, o mercado ainda é substancial; uma análise de 2020 revelou que 10,5 milhões de americanos usaram produtos para alisamento permanente e relaxamento capilar em casa, enquanto muitos continuam a frequentar salões de beleza para o mesmo fim. Um estudo de 2020, co-autorado por James-Todd, estima que 89% das mulheres negras nos Estados Unidos usaram relaxantes capilares pelo menos uma vez, o que indica que a maioria esmagadora delas alisou seus cabelos com produtos químicos em algum momento de suas vidas, muitas vezes desde a infância.

Em abril, a FDA não conseguiu cumprir o prazo para avançar com a proposta de proibir o formaldeído nos relaxantes capilares. Em um e-mail enviado em maio, uma porta-voz da agência afirmou que “a regra proposta continua sendo uma prioridade elevada e ainda está em fase de elaboração”. Mesmo se a proibição for aprovada, poderá levar meses para ser implementada. Enquanto isso, os produtos continuam amplamente disponíveis nas prateleiras e salões. Nos últimos meses, eles até vivenciaram um ressurgimento nas redes sociais, com vídeos no TikTok usando a hashtag #relaxerisback acumulando mais de 24 milhões de visualizações.

Bridgerton: Atores celebram a evolução da família Mondrich na terceira temporada

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Foto: Liam Daniel/Netflix © 2024

A terceira temporada de Bridgerton, que teve sua segunda parte lançada ontem, 13 de junho. Sucesso de audiência na Netflix, a série está na liderança do serviço de streaming desde que teve o lançamento da primeira parte desta temporada, em 16 de maio.

Com protagonismo de atores negros, uma das principais histórias contadas nesta temporada é a ascensão inesperada da família Mondrich à alta sociedade. Em entrevista à Netflix, Emma Naomi (Alice Mondrich) e Martins Inhamgbe (Will Mondrich), celebraram o destaque e a evolução dos personagens nesta nova fase da série e os desafios enfrentados pelo casal.

“Deixamos o cabelo da personagem crescer, e isso abriu mais possibilidades. Testamos várias novidades, como alturas, cachos e acessórios diferentes. É divertido poder reescrever a nossa história, de certa forma, e acho que esse dinheiro todo e a ascensão social foram um presente para ela”, disse Emma Naomi.

Leia a entrevista completa abaixo, obtida com exclusividade pelo Mundo Negro:

Foto: Liam Daniel/Netflix © 2024

Como foi voltar para a temporada 3 e para o mundo de Bridgerton?

EMMA NAOMI: Foi ótimo. Estou feliz em estar aqui, trabalhar com Martins de novo e ver o que aguarda Will e Alice. Eles mudaram bastante desde a temporada 2.

MARTINS IMHANGBE: Concordo. É bem legal estar de volta. A família está crescendo e evoluindo. É um prazer trabalhar com Emma de novo. Esta temporada será especial.

Como Alice e Will Mondrich estavam no final da temporada 2 e como eles começam esta temporada?

IMHANGBE: Eles têm um clube que se torna um sucesso no final da temporada 2. Por isso, veremos mais a vida da família de Will e Alice.

NAOMI: A família Mondrich herda um título pelo lado da família de Alice, que é uma linhagem meio sombria, algo inesperado. É um choque, e Alice e Will precisam se adaptar a essa mudança de forma muito rápida.

Foto: Liam Daniel/Netflix © 2024

Como essa mudança afeta a dinâmica dos personagens de vocês?

IMHANGBE: É ótima, porque aprendemos coisas novas sobre o mundo e sobre nós mesmos. É um progresso natural. O público verá mais nossa família, nossa dinâmica como pai e mãe, e como casal. Também aprendemos mais sobre o significado do nosso status.

NAOMI: Também é um desafio nos mantermos fiéis a quem somos, entender o que essa mudança significa e saber quais são nossos novos valores. Só porque as coisas mudaram financeiramente precisamos mudar todo o resto? Devemos abraçar essa nova vida? O que deveríamos ensinar aos nossos filhos agora? A Alice fica nervosa com tudo isso no começo.

Foto: Liam Daniel/Netflix © 2024

Alice e Will reagem a essa grande mudança do mesmo jeito ou tem alguma diferença?

IMHANGBE: Tudo nesta temporada é muito novo. No começo, tanto Alice quanto Will ficam um pouco relutantes.

NAOMI: Acho que eles têm as mesmas sensações, mas não ao mesmo tempo. Então, é um desafio estar em sintonia, eles estão tentando se encontrar. 

Foto: Liam Daniel/Netflix © 2024

Com a mudança de status, o figurino também muda. Vocês podem falar um pouco sobre a evolução das roupas da Alice e do Will nesta temporada?

NAOMI: Alice e Will têm uma certa liberdade para experimentar, porque ainda não entendem completamente as regras da sociedade. Naquela época, havia muita influência de Paris e ainda não tínhamos definido as cores da família, então conseguimos experimentar bastante com a paleta, a maquiagem, o cabelo, tudo. Isso é muito legal para nós, como atores, e também para Will e Alice.

IMHANGBE: Sim, nesta temporada temos um figurino maravilhoso. Somos convidados para muitos bailes e somos bem conhecidos, então precisamos usar várias roupas para diferentes ocasiões. E agora podemos pagar, o que é muito bom.

NAOMI: Experimentar tecidos diferentes e ver os novos cortes e designs foi muito gostoso e também um pouco chocante. Foi legal poder opinar mais sobre o figurino. As roupas são impressionantes, muito bonitas mesmo, eu fico empolgada.

IMHANGBE: Para mim, é como uma grande evolução em relação à temporada 1, quando Will era boxeador e quase nunca usava ternos, a menos que fosse para uma ocasião especial. Depois, na temporada 2, ele ficou mais profissional porque era dono de um bar, então o visual era mais alinhado. Agora, parece que virou um bon-vivant. Ele tem mais espaço e tempo para explorar, curtir ser convidado para vários bailes e se vestir de acordo com o tema, o que é muito legal. Estamos vendo como ficamos à vontade nesse mundo, tentando nos ajustar e descobrir nosso lugar, e parte disso são as roupas que usamos, que são a forma como nos apresentamos à cidade.

Foto: Liam Daniel/Netflix © 2024

O cabelo e a maquiagem também fazem parte do visual de vocês. Você pode contar um pouco sobre a evolução dos personagens nesse aspecto?

NAOMI: Nesta temporada, trabalhei com a Alice Man, que é incrível. Ela é muito criativa e gosta de experimentar coisas novas. Deixamos o cabelo da personagem crescer, e isso abriu mais possibilidades. Testamos várias novidades, como alturas, cachos e acessórios diferentes. É divertido poder reescrever a nossa história, de certa forma, e acho que esse dinheiro todo e a ascensão social foram um presente para ela. No começo, ela prefere ficar como está, acho que tem um certo medo de aceitar a mudança. E o cabelo e a maquiagem refletem essa jornada.

Cacau Protásio se emociona ao encontrar Whoopi Goldberg no Vaticano: “Presente enorme de Deus”

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Foto: Reprodução / Instagram.

A atriz Cacau Protásio encontrou Whoopi Goldberg nesta sexta-feira (14), no Vaticano. A estrela brasielira marcou presença em um evento com o Papa Francisco que reuniu comediantes do mundo todo. Através das redes sociais, Cacau não escondeu a emoção. “Pensa em vários momentos emocionantes de uma vida? Pensaram? É esse momento, é único, é perfeito, pra mim é um presente enorme de Deus! Gratidão Jesus!“, publicou a artista.

No vídeo, Whoopi aparece agradecendo Cacau pelo carinho. As duas artistas se abraçaram. Protásio viajou com o marido, o fotógrafo Janderson Pires. Eles aproveitaram a ocasião para renovar os votos. “O Papa Francisco foi um querido, super simpático, bem-humorado, carinhoso. Ele abençoou as nossas alianças, liberou a minha entrada de vestido branco e me deu um terço de presente”, contou a atriz.

Também no Vaticano, a brasileira se encontrou com o comediante Chris Rock. “Nunca imaginei que pudesse receber um convite do Vaticano, do Papa Francisco, então eu não sabia se ria ou chorava. Comecei a me tremer, mas resolvi guardar isso a sete chaves, porque eu não queria contar para ninguém até que as coisas realmente acontecessem. Fiquei sem acreditar que estaria ao lado da figura católica mais importante do mundo”, declarou.

Faculdade confirma ingresso de ex-BBB, Matteus Amaral, pelo sistema de cotas raciais e denúncia de fraude é encaminhada ao MPF

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Foto: Reprodução

O Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFAR) confirmou oficialmente que o ex-BBB Matteus Amaral Vargas ingressou na instituição através do sistema de cotas raciais. Em comunicado divulgado pelo jornalista Gabriel Perline, nesta sexta-feira, 14, a instituição reconheceu que Amaral se autodeclarou como pessoa preta no processo seletivo de 2014 para o curso de Engenharia Agrícola.

De acordo com o IFFAR, na época da inscrição de Amaral, a Lei de Cotas de 2012 exigia apenas a autodeclaração do candidato, sem qualquer mecanismo de verificação adicional. A instituição ressaltou que, apesar das cláusulas nos editais que alertavam para possíveis penalidades em caso de fraude, não houve denúncia formal que pudesse desencadear uma investigação interna naquele período.

Em paralelo, o ativista Antonio Isuperio encaminhou uma denúncia ao Ministério Público Federal (MPF), solicitando que sejam tomadas medidas legais contra Matteus Amaral Vargas e uma avaliação sobre a responsabilidade do IFFAR na questão. Na denúncia, o ativista argumenta que a fraude compromete a integridade do sistema de cotas raciais e que é essencial que haja consequências legais para todos os envolvidos.

Matteus Amaral Vargas não se manifestou publicamente desde a divulgação da confirmação da fraude pelo IFFAR. Ainda na noite de quinta-feira, 13, quando a notícia sobre o uso das cotas raciais pelo ex-BBB foi divulgada, ele publicou um vídeo em seus stories, onde ao fundo é possível ouvir uma mulher dizendo ao fundo: “Já ouvi dizer que isso aí não dá nada, se eu me declarei negra, sou negra”. O público das redes sociais aponta que a mulher é a mãe de Matteus, que também está sendo acusada de ter se autodeclarado negra para ingressar na universidade.

Confira a nota completa:

“Em 2014 o estudante Matteus Amaral Vargas ingressou no curso de bacharelado em Engenharia Agrícola oferecido em conjunto com a Unipampa. A inscrição dele foi feita nas vagas destinadas a candidatos pretos/pardos. Essas informações constam no Edital no 046/2014, que é público e traz o resultado da seleção desse curso naquele ano. Esse curso, oferecido em conjunto com a Unipampa, não é mais ofertado pelo IFFar desde 2021. O Matteus Amaral Vargas também não é mais estudante do IFFar.

Em relação ao ingresso pelas cotas, é importantíssimo ficar claro que, naquela época, de acordo com a Lei de Cotas de 2012, o único documento exigido para a inscrição nas cotas era a autodeclaração do candidato. Assim como em outras instituições federais de ensino, não havia mecanismo de verificação ou comprovação da declaração do candidato. Os editais, contudo, continham a informação de que, ‘a constatação de qualquer tipo de fraude na realização do processo sujeita o candidato à perda da vaga e às penalidades da Lei, em qualquer época, mesmo após a matrícula’.

Não havendo nenhum mecanismo específico de verificação de autodeclaração implantado, possíveis fraudes eram apuradas apenas se houvesse denúncia. Ou seja, alguém deveria fazer uma denúncia formal na Ouvidoria da instituição. Nesse caso, a questão poderia ser investigada internamente, por meio de um processo administrativo normal, que assegurasse ampla defesa de todas as partes. Nenhuma denúncia desse tipo foi feita na época.

Também é fundamental esclarecer que a política nacional de cotas foi sendo aperfeiçoada com o tempo, principalmente em razão de denúncias de possíveis fraudes terem surgido em várias instituições, várias delas recebendo ampla cobertura midiática. Um dos mecanismos implantados é a heteroidentificação, adotada pelo IFFar desde as seleções realizadas em 2022 para ingresso em 2023. Atualmente, cada campus do IFFar possui uma comissão composta por três pessoas titulares e duas suplentes que atua em todos os processos de seleção dos estudantes.”

‘Diálogos com Ruth de Souza’, documentário dirigido por Juliana Vicente, estreia na Netflix

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Foto: Divulgação

O premiado “Diálogos com Ruth de Souza”, dirigido por Juliana Vicente (“Racionais: Das Ruas de São Paulo pro Mundo”), estreou recentemente na Netflix. O filme, que contém diversas conversas gravadas e abundantes materiais de arquivo, conta a história de uma das grandes damas da dramaturgia brasileira com imagens captadas nos últimos dez anos de vida da atriz. Em meio a reflexões e memórias, nasce o diálogo entre duas gerações de artistas negras, Ruth e Juliana.

O primeiro encontro entre as duas artistas aconteceu em 2009. “Tinha uma ideia pré-concebida dela como uma diva, mas quando cheguei, obviamente encontrei uma pessoa, e num momento bem específico da vida, já com algumas limitações impostas pela idade”, comenta a diretora. Foi uma jornada de dez anos até a morte da Ruth, em 2019, aos 98 anos.

Em meio a um vasto material de arquivo, o filme apresenta ainda um cruzamento com o universo mitológico africano através do encontro com as Yabás, orixás femininas, em uma interpretação ficcional e transcendental da vida de Ruth, interpretada pelas atrizes Dani Ornellas e Jhenyfer Lauren nas fases adulta e jovem, respectivamente.

No elenco, estão também a artista visual Rosana Paulino, a mãe de santo Iya Wanda De Omolu, a cantora, compositora e atriz Lívia Laso, a atriz Mirrice De Castro e a cantora Luísa Dionísio. Dani foi a responsável por apresentar Juliana a Ruth, em 2009.

Com uma vasta carreira de mais de 70 anos dedicada ao teatro, cinema e televisão, Ruth de Souza se destacou pelo seu pioneirismo e é considerada a primeira grande referência para artistas negros na dramaturgia. Foi a primeira brasileira a disputar um prêmio internacional de cinema – em 1954, ela concorreu ao prêmio de melhor atriz no Festival de Veneza por seu trabalho em “Sinhá Moça” -, e também foi primeira atriz negra a protagonizar uma telenovela na TV Globo, em “A Cabana do Pai Tomás” (1969).

Juliana Vicente conquistou por “Diálogos com Ruth de Souza” a Melhor Direção de Documentário no Festival do Rio 2022. O filme foi laureado, no mesmo ano, no Festival de Brasília com o Prêmio Marco Antônio Guimarães pela obra que melhor trabalhou com pesquisa, material de memória e arquivos do cinema nacional. No ano de 2023, o FEMINA|Festival Internacional de Cinema Feminino concedeu ao longa o Prêmio do Júri.

Além de ser ter sido selecionado para outros nove festivais brasileiros, o documentário também esteve em festivais internacionais: Harlem International Film Festival 2023 (Estados Unidos), BlackStar Film Festival 2023 (Estados Unidos), Trinidad + Tobago Film Festival 2023 (Trinidade e Tobago).

“Misógino, mas também tem cunho racista”, explica Fayda Belo sobre PL que equipara aborto a homicídio; crianças negras são as principais vítimas

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Foto: Globo/Manoella Mello

Enquanto as discussões sobre a votação do Projeto de Lei 1940/24, que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, crescem, o debate sobre o perfil das vítimas de estupro, que por lei têm direito ao aborto em casos de violência sexual, passa a ser um importante ponto crucial de observação sobre quem poderá sofrer as piores consequências diante de uma legislação que pode punir as vítimas, enquanto é aplicada de maneira branda aos agressores, os verdadeiros criminosos nesses casos.

Dados do Anuário de Segurança Pública, lançado em 2023, mostram que no ano de 2022 o Brasil registrou 74.930 casos de estupro. Mais da metade (56.820 mil) deles foi registrado como estupro de vunerável, quando o crime é praticado contra menores de 14 anos, o que significa que 61,4% das vítimas têm entre 0 e 13 anos de idade. Além disso, a maior parcela das vítimas é negra, somando 56,8% e quase 90% dos agressores são conhecidos das vítimas, sendo 64,4% deles familiares.

Em entrevista ao Mundo Negro, a advogada especialista em crimes de gênero, direito antidiscriminatório e feminicídios, Fayda Belo, explicou porque meninas negras podem ser as maiores vítimas caso o PL 1940/24 seja aprovado: “Mais da metade dessas meninas vítimas de estupro de vulnerável são meninas negras, o que demonstra que esse projeto de lei é claramente misógino, mas também tem cunho racista, já que visivelmente duplamente penalizará em sua maioria meninas negras violentadas sexualmente. É preciso lembrar que as violências mais graves, segundos os dados, são praticados contra mulheres e meninas negras, que é claramente o grupo mais vitimizado”.

Na noite da última quarta-feira, 12, a Câmara aprovou um requerimento de urgência do Projeto de Lei 1904/24. O projeto, de autoria do deputado federal, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), é visto como uma penalização das meninas e mulheres vítimas de estupro que optaram por interromper a gestação decorrente da violência. A elas seria imposta uma pena mais severa do que as aplicadas aos estupradores. 

O artigo 213 do Código Penal, estabelece que a pena para quem comete o crime de estupro é de 6 a 10 anos de prisão quando a vítima é adulta. Nos casos em que o estupro é praticado contra menor que tenha idades entre 14 e 18 anos, há aumento na pena do criminoso, que pode ir de 8 a 12 anos de reclusão. Se a vítima for menor de 14 anos de idade, a pena pode chegar a 15 anos. No caso de aborto após a 22ª de gestação, a pena prevista pelo PL é de até 20 anos.

Foto: UNICEF/BRZ/Ueslei Marcelino

Leia a entrevista completa abaixo:

Atualmente, quais são os principais desafios legais enfrentados por meninas vítimas de estupro no acesso à justiça quando a violência resulta em uma gravidez?

Na verdade os desafios são mais filosóficos religiosos do que realmente legais, já que além do Código Penal, que desde 1940 permite o aborto em caso de gravidez resultante de estupro (art. 128), temos diversas outras legislações como a Lei do Minuto seguinte (lei 12.845/13), que dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual, demonstrando que a principal barreira para que meninas violentadas sexualmente tenham seus direitos concedidos, é humano, ou seja, as pessoas que deveriam acolher essas vítimas e fazer cumprir a lei, não o fazem por convicções filosóficas religiosas, mesmo sabendo que direito não se confunde com religião, pois se o fizesse seria uma clara afronta à laicidade do Estado descrito em nossa Constituição Federal.

Para, além disso, fazendo um recorte de raça, segundo o Instituo Patrícia Galvão, os dados mostram que mulheres negras não acessam as políticas públicas e tem menos acesso à informação, e ainda necessário lembrar que, por serem as mulheres negras as mais revitimizadas no sistema de justiça, são as que mais têm medo de busca-lo para garantir seus direitos, quando esse acesso ao aborto legal lhes é negado.

  1. Como o PL 1904/24 impacta especificamente o direito à saúde reprodutiva das meninas vítimas de violência sexual, considerando o contexto legal atual?

Em um primeiro momento, precisamos reiterar que criança não é mãe. Criança tem que ser criança.

Além de violar os direitos fundamentais dessas meninas assegurados pela Constituição Federal, viola igualmente vários dispositivos legais do Estatuto da criança e do adolescente, o que se mostra é que esse Projeto de lei duplamente penaliza meninas que já tiveram parte de sua infância roubada pelo abuso sexual, e também coloca em risco a vida dessas crianças que não possuem ainda um sistema reprodutivo apto a receber uma gestação, já que os dados mostram que, quando o corpo está imaturo, a chance de morte é quatro ou cinco vezes maior do que em uma gravidez em mulheres de 20 a 24 anos.

Sem esquecer que estamos falando sobre crianças no sentido físico, legal e psicológico, o que torna ainda mais absurdo referido projeto.

  1. Podemos afirmar que meninas negras seriam a maiores vítimas caso essa PL seja aprovada e porque?

O ultimo Anuário Brasileiro de Segurança Publica, demonstrou que o Brasil teve o maior aumento de estupros da história do país, e que 60% desses estupros foram estupros de vulneráveis, ou seja, praticados contra crianças e adolescentes de até 13 anos de idade.
Quando esses dados são recortados, por gênero e raça, vemos que das 04 crianças estupradas por hora no Brasil, 07 a cada 10 delas são meninas, e mais da metade dessas meninas vítimas de estupro de vulnerável são meninas negras, cerca de 57%, o que demonstra que esse projeto de lei é claramente misógino,mas também tem cunho racista, já que visivelmente duplamente penalizará em sua maioria meninas negras violentadas sexualmente.

É preciso lembrar que as violências mais graves, segundos os dados são praticados contra mulheres e meninas negras, que é claramente o grupo mais vitimizado.

  1. Quais são os precedentes jurídicos relevantes que poderiam ser invocados para contestar a constitucionalidade do PL 1904/24, especialmente no que diz respeito à proteção dos direitos humanos das meninas?

Um dos fundamentos do nosso Estado Democrático de Direito, inserido no artigo 1º da Constituição Federal é a dignidade da pessoa Humana. Paralelo a isso, a mesma Constituição Federal traz como direito fundamental, ou seja, irremovível, irrenunciável e que não pode ser suprimido inclusive pelo legislador, a não submissão de nenhum brasileiro a tratamento desumano e degradante, bem como a igualdade de gênero e a proteção integral a criança e adolescente.

Ao julgar o Habeas Corpus 124306 do Rio de Janeiro, que pedia a soltura de uma mulher que realizou um aborto, o Ministro Roberto Barroso do STF, proferiu um voto extremamente claro sobre o quanto a criminalização é incompatível com nosso sistema constitucional, relembrando que a criminalização de uma mulher ao optar por um aborto viola direitos fundamentais elencados na nossa Constituição Federal de 1988 como os direitos sexuais e reprodutivos da mulher, que não pode ser obrigada pelo Estado a manter uma gestação indesejada; a autonomia da mulher, que deve manter o direito de fazer suas escolhas existenciais; a integridade física e psíquica da mulher, que é quem sofre, no seu corpo e no seu psiquismo, os efeitos da gravidez; e a igualdade da mulher, já que homens não engravidam e, portanto, a equiparação plena de gênero depende de se respeitar a vontade da mulher nessa matéria.

Transferindo isso para crianças e adolescentes que sequer tem legalmente capacidade para gerir sua vida, torna-se ainda mais inconstitucional, vez que viola o direito a proteção integral previsto na Constituição e no Ecriad, que assegura a toda criança e adolescente o direito a vida, a saúde, a dignidade e a integridade física, emocional e mental.

Deste modo, o citado projeto de lei, trata-se na verdade, de uma cristalina misoginia legislativa inconstitucional, que busca furtar das mulheres e meninas seu direito pleno à vida, à saúde, à liberdade e à dignidade, que devem por agasalho constitucional serem protegidos.

Fora todo esse bloqueio constitucional, temos os tratados internacionais sobre os direitos das mulheres que o Brasil faz parte, como por exemplo, a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher ( Convenção Belém do Pará), que salienta que além de proteção dos direitos humanos em âmbito internacional, o direito que a mulher que se respeite sua vida, e sua integridade física, mental e moral, bem como o direito da mulher a ser valorizada e educada livre de padrões estereotipados de comportamento de comportamento e costumes sociais e culturais baseados em conceitos de inferioridade ou subordinação, e também a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, que salienta que deverá ser combatido toda e qualquer a distinção, exclusão ou restrição baseada no sexo e que tenha por objeto ou resultado prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício pela mulher, independentemente de seu estado civil, com base na igualdade do homem e da mulher, dos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural e civil ou em qualquer outro campo, e deixa claro sobre a preservação dos direitos reprodutivos da mulher e ainda o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que em seu item 6º assegura o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva e os direitos reprodutivos, pactuado pelo Brasil como meta ate 2030.

Por fim, necessário acrescentar que caso esse projeto de lei avance e seja aprovado, o que teremos é uma evidente aberração jurídica, que premiará o estuprador e duplamente penalizará a vítima, vez que a pena para o crime de estupro presente no artigo 213 do Código Penal é de 06 a 10 anos de reclusão, enquanto a nova pena para o aborto decorrente de estupro poderá chegar até 20 anos de reclusão com esse novo projeto.

O que estamos assistindo é um retrocesso que chancela o quanto temos um legislativo misógino que tenta a todo custo inferiorizar e punir as mulheres, e principalmente mulheres negras.

Além de tal medida legislativa ser visivelmente desproporcional, o que teremos será mais um instrumento para penalizar e encarcerar mulheres pobres, em sua maioria negras que são aquelas que não detêm acesso a recursos financeiros.

É mais prudente que o poder publico tente uma maneira realmente eficaz de evitar abortos que não seja a criminalização, como educação sexual, planejamento familiar, amparo as mulheres gestantes e acessos a contraceptivos,

Precisamos de um legislativo que seja conservador no sentido de conservar a infância e a proteção de nossas crianças, e não que colaborem para que ciclos violentos se perpetuem.

Victoria Barros, a promessa do tênis brasileiro que está sendo treinada pelo ex-técnico de Serena Williams

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Foto> Neal Trousdale.

Com apenas 14 anos, Victória Barros já possui participação em diversos torneios internacionais de tênis. A brasileira é considerada como a nova aposta do esporte brasileiro.

Em 2022, com somente 12 anos, Victória conquistou quatro torneios na categoria 14 anos, com destaque para o Open Stade Français. Atualmente, ela é treinada por Patrick Mouratoglou, ex-técnico de Serena Williams.

Nascida em Natal, Victoria já competiu contra atletas mais experientes de até 18 anos, e vem acumulando vitórias. Atualmente, com patrocinadores, ela ocupa a 83ª posição no ranking juvenil e está pronta para disputar o qualifying de Roland Garros pela primeira vez.

Mouratoglou começou a treinar Victoria no início de 2023, após vê-la jogar durante uma visita ao Brasil. A jovem agora faz parte da academia do técnico francês, sediada em Nice, na França. “Em primeiro lugar, ela vive para o tênis e está muito motivada no projeto para se tornar uma grande jogadora. Ela tem um jogo muito completo e diferente do que vemos no tênis feminino. E por último, ela está feliz em quadra. Não é um trabalho, é uma paixão para ela. Uma de suas principais características é que ela está sorrindo quase o tempo todo quando está em quadra. Vocês ouvirão falar dela muito em breve”, diz Mouratoglou.

Em entrevista ao Globo Esporte, Victória contou como nasceu seu amor pelo tênis. “Tudo começou com a minha mãe, ela sempre foi do esporte, sempre jogou vôlei, beach tennis, e eu sempre tive muito contato com ela. Foi do beach tennis que eu me interesse mais pelo tênis, fui lá na quadra conhecer e gostei do esporte, comecei a jogar. Em 2018 eu saí de Natal e fui para São Paulo, para o Instituto Tênis e lá eu fiquei oito meses, e foram oito meses muito bons, de aprendizado. Sempre com a minha mãe. Depois recebi uma proposta de Curitiba para ir ao Instituto Ícaro, e lá foram dois anos e meio, consegui evoluir“, diz a jovem, que defende ainda seu desejo de se tornar a ‘número 1’ do mundo.

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