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Anielle Franco critica PL que equipara aborto a homicídio e alerta para impacto sobre vítimas de violência sexual

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Foto: Reprodução

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, criticou, na manhã desta quinta-feira, 13, a aprovação do requerimento de urgência do Projeto de Lei 1904/24, que equipara o aborto acima de 22 semanas ao crime de homicídio. O projeto, de autoria do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), penaliza mulheres e meninas vítimas de violência sexual que interromperem a gestação, prevendo penas mais severas do que as aplicadas aos estupradores.

Em publicação no X/Twitter, a ministra destacou que a aprovação do requerimento retrocede os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres no Brasil. “A Câmara aprovou ontem o requerimento de urgência do PL 1904/24, que retrocede os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres e meninas no Brasil e concretamente agrava os casos de gravidez infantil, forçando crianças violentadas a serem mães”, afirmou a ministra.

A urgência na tramitação do projeto implica que ele não passará por comissões e será encaminhado diretamente ao plenário. Para Anielle Franco, isso representa uma falta de espaço para discussão com a sociedade e especialistas sobre a proposta. “As discussões sobre essa proposta desastrosa para a vida de meninas e mulheres no país tramitam com velocidade e pouco espaço para discussão com a sociedade e especialistas”, criticou.

Segundo o texto do PL 1904/24, mulheres adultas vítimas de estupro que realizarem o aborto após 22 semanas, bem como os profissionais que executarem o procedimento, podem ser condenadas por homicídio, com penas que chegam a até 20 anos de prisão. Franco sublinhou que essa pena é o dobro da aplicada aos agressores do estupro, cuja máxima é de 10 anos.

A ministra também ressaltou a gravidade da situação de violência sexual no país, citando dados de 2022 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. “Os dados são alarmantes: o Brasil registrou cerca de 75 mil casos de estupro – o maior da série histórica. Seis a cada dez vítimas eram crianças de até 13 anos, 57% eram negras e 68% dos estupros ocorreram na residência das vítimas. Outro dado revela a gravidade deste cenário: em 64% dos casos, os autores eram familiares das vítimas”, detalhou.

Ela concluiu a publicação alertando sobre os impactos do projeto. “Esse projeto representa retrocesso e desprezo pela vida das mulheres. Esse não é o Brasil que queremos”, escreveu.

A proposta de Cavalcante tem gerado controvérsia e reacendeu o debate sobre os direitos reprodutivos no país. Grupos de defesa dos direitos das mulheres e entidades de saúde se manifestaram contrários ao projeto, apontando para os riscos e impactos negativos sobre a saúde das mulheres, especialmente as que são vítimas de violência sexual.

Ed Motta diz que quem escuta hip-hop é burro e que pessoas inteligentes escutam jazz: “Eu represento o que a raça tem de mais sofisticada”

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Foto: Jorge Bispo / Divulgação.

O cantor e instrumentista Edd Motta causou polêmica nesta quarta-feira (12) após um vídeo viralizar nas redes sociais. No registro, o músico dispara que pessoas que escutam Hip-Hop são ‘burras’. “Qualquer um que ouve Hip-Hop é burro, qualquer um, sem exceção”, declarou. “O que alguém inteligente ouve? jazz, música clássica”.

Em outro trecho do vídeo, Motta declara que representa a sofisticação. “Eu sou preto. Represento o que a raça tem de mais sofisticada”, diz ele. Nas redes, o músico foi amplamente criticado. “Esses caras do MPB são tudo isso aí, acham que por fazerem esse tipo de música são melhores que os outros. A pura classe elitista da música no Brasil“, destacou um internauta.

O escritor Ale Santos também criticou a fala de Motta. “Se o Tim [Maia] tivesse vivo, tava descendo o cacete nas merdas que o sobrinho fala pra aparecer. Qual relevância tem o Ed Motta falando mal do Rap, atualmente?“, publicou, através de sua conta no X, antigo Twitter.

O jornalista Adailton Moura, também através do X, declarou que não é novidade a forma como Ed Motta menospreza o Hip-Hop. “Não é novidade que o ele não gosta de rap/hip hop, mas a forma que critica vem carregada de elitismo e muito, mas muito, preconceito. Dessa vez, e talvez em outras, chegou a dizer que todos que fazem e ouvem hip hop deveriam estar presos. Lamentável, mas zero surpresas”, publicou o comunicador.

Onde estão as lideranças negras no mercado de trabalho?

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Foto: Reprodução/Coletivo Pretas B

Texto: Juliane Sousa

Não é novidade para ninguém que vivemos em um país extremamente desigual. Isso se reflete em vários setores da nossa sociedade, como o mercado de trabalho. 

A população negra brasileira é maioria (55,8%), mas apenas 33,3% está inserida no mercado de trabalho formal, segundo a pesquisa “Lideranças em Construção – Por que a trajetória de profissionais negros é tão solitária?”, da Indique Uma Preta e da Cloo. 

É muito importante refletirmos por que as pessoas negras ainda precisam lutar tanto para ter acesso a direitos básicos como moradia, educação, alimentação, saúde e trabalho?

Esta desigualdade se acentua nos cargos de liderança nas empresas. O estudo aponta que faltam negros: menos de 5% nas 500 maiores companhias no país. Quando falamos de mulheres negras, somente 31% das posições gerenciais são ocupadas por mulheres negras e os demais 69,9% por mulheres brancas. Dos respondentes autodeclarados pretos e pardos, apenas 8% ocupam estas posições onde trabalham. 

O Brasil é tão diverso como desigual. Esta diversidade é vista na raça, no gênero, na origem, na cultura, na orientação sexual e em outros pilares sociais, porém não em todas as instâncias onde precisa. Há estruturas de exclusão de profissionais negros, que perpetuam e dificultam a ascensão e a retenção deles nas lideranças do trabalho.

Segundo o estudo, já começam na educação (decisiva na contratação) por falha estrutural. O analfabetismo de pessoas pretas ou pardas com mais de 15 anos é de 9,1% e de 3,9% da população branca.

Apesar de a Lei de Cotas aumentar em 205% os universitários negros, somente 21,1% dos respondentes pretos concluíram a graduação e 0,7% ingressaram na especialização. Quanto ao idioma inglês, habilidade essencial, dos 7% que responderam ter fluência, só 3% são pessoas pretas.

Nas respostas, as barreiras sociais que causam a exclusão na jornada profissional incluem discriminação, inércia das lideranças, falta de representatividade, acesso limitado a redes profissionais e para conciliar trabalho, estudos e vida pessoal.

Estas experiências negativas criam outras barreiras, as comportamentais, como sobrecarga cognitiva e bloqueios criativos por perfeccionismo, que os impedem de prosperar e os deixam sem perspectivas.

Sobre ações afirmativas de diversidade e inclusão na empresa, 44% não souberam responder.   Esta falta de oportunidades de crescimento aos profissionais negros traz sofrimento e insegurança psicológica. 

A ausência de políticas de governança e de lideranças engajadas para inclusão gera uma equipe desgastada, instável e com alta rotatividade, sobretudo, das lideranças negras.

Estratégias para incluir, desenvolver e transformar

A pauta D&I no mundo corporativo ganhou destaque nos últimos anos e processos seletivos exclusivamente para profissionais negros se tornou mais frequente, porém, para se chegar às soluções efetivas, é preciso ouvir as experiências e perspectivas desses profissionais.  

Alguns princípios são importantes para o desenvolvimento da carreira profissional de pessoas negras: intencionalidade na promoção, feedback humanizado, claro e constante, líderes engajados, treinamentos, acompanhamento dos acelerados, clareza nos planos de carreira e capacitação reversa.

A comunicação estratégica sobre as ações afirmativas também é uma ferramenta de mudança, inclusive, para inspirar o mercado de trabalho.

Integrar os profissionais negros os potencializa como líderes, inclusive, com função política. Neste sentido, o Sistema B Brasil tem uma agenda de ações institucionais antirracistas, como os letramentos, para auxiliar seu time e suas lideranças a serem mais ativos na promoção de novos talentos e criação de um ambiente diverso e inovador, beneficiando toda uma cadeia de vidas envolvidas.

Além disso, há o coletivo Pretas B, um espaço de encontros, trocas, conexão e acolhimento entre as mais de 100 mulheres negras do Movimento B no Brasil, entre lideranças, colaboradoras de Empresas B e Multiplicadoras B.

Este lugar seguro de aquilombamento propicia o desenvolvimento de carreira e importantes discussões para promoção de ações afirmativas no Sistema B Brasil focadas na equidade racial e de gênero.

É preciso gerar uma real mudança capaz de produzir políticas efetivas de inclusão para o progresso da carreira dos profissionais negros. Para tanto, é necessário conhecer profundamente o racismo e imergir na diversidade brasileira, que abrange diversos marcadores sociais e narrativas potentes que podem combater as desigualdades sociais no mercado de trabalho. São as ações e a procura por mudanças que transformarão esta realidade.   

 * Jornalista quilombola e Gerente  de Comunicação e Marketing do Sistema B Brasil

Obs.: A pesquisa ouviu mais de duas mil pessoas de diferentes raças e localidades do Brasil.  Indique Uma Preta é uma consultoria especializada em Diversidade & Inclusão. Cloo é uma empresa de investigação e consultoria comportamental.

Deputada estadual do RJ, Renata Souza, registra boletim de ocorrência contra ameaças de morte e ataques racistas

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Foto: Reprodução/g1

A deputada estadual do Rio de Janeiro, Renata Souza, registrou um boletim de ocorrência na última terça-feira, 11, denunciando ameaças de morte que ela e sua equipe receberam pelo e-mail de seu gabinete e nas redes sociais, na madrugada do dia 10 de junho. A parlamentar contou que a pessoa que enviou as ameaças afirma ter os dados pessoais de Souza, além de se identificar como um homem e dizer ser menor de idade.

“São ameaças gravíssimas e eu não posso naturalizar qualquer tipo de ameaça contra a minha vida ou contra a vida de qualquer pessoa, em especial, na sua atuação enquanto uma mulher negra na política. A nossa atuação incomoda porque ousamos lutar dentro de vários espaços em defesa da população vulnerável”, contou Renata em entrevista para o G1 após registrar ocorrência.

Em um comentário sobre o ocorrido no Jornal das 10, na Globo News, a jornalista Flávia Oliveira, destacou que o caso “É sobretudo uma mensagem de violência política, e digo isso não só porque ameaça uma parlamentar eleita, uma parlamentar no exercício do mandato, mas essa mensagem chegou pelo e-mail do gabinete, a ferramenta de trabalho do parlamentar, e ameaça violência física dentro do gabinete, dentro do parlamento, dentro da assembleia legislativa do Rio de Janeiro. Eu faço essa ênfase para gente conseguir qualificar todas as dimensões de violência contidas nessa mensagem dirigida a Renata Souza. E que não é um ineditismo, a gente já teve o assassinato de Marielle Franco, mas a gente já teve episódios recorrentes de racismo, de ataques, de ofensas a parlamentares mulheres, não se trata somente de uma agressão a uma mulher, a um indivíduo. Se trata de um ataque ao que ela representa e, em última instância, a democracia brasileira, porque isso produz intimidação”, destacou.

A jornalista ainda pontua que é necessário cobrar providências das autoridades: “Quantas mulheres podem desistir ou quantas mulheres efetivamente já desistiram em razão desse ambiente político absolutamente tóxico que acontece no Brasil, mas que no Rio de Janeiro já chegou a um feminicídio político. E a gente não pode ter dois. A gente tem que efetivamente, como sociedade, se levantar, se indignar e cobrar providências das autoridades constituídas”.

Jonathan Majors vai receber prêmio de perseverança por ‘inspirar pessoas mesmo nas adversidades’

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Foto: Fred Duval/Shutterstock.

O ator Jonathan Majors será homenageado na quarta edição do Hollywood Unlocked Impact Awards. O ator vai receber o Perseverance Award no dia 21 de junho. A honraria, segundo os organizadores é “concedida a um indivíduo que, independentemente das adversidades que enfrente, continua a aspirar a inspirar”.

Em dezembro do ano passado, Majors foi declarado culpado em um julgamento por agressão imprudente de terceiro grau e assédio. As acusações contra o ator surgiram em março de 2023, quando ele foi apontado por agredir sua ex-namorada, Grace Jabbari. Na ocasião, o ator alegou ter chamado a polícia ao encontrar Jabbari inconsciente em seu apartamento. Majors foi sentenciado a frequentar um programa de aconselhamento contra violência doméstica durante um ano.

Foto: TOLGA AKMEN/EPA-EFE/Shutterstock.

Em entrevista para a ABC News, no mês de janeiro, o Majors declarou que ‘ficou absolutamente chocado e com medo’ ao ouvir o veredito. “Como isso é possível? Com base nas evidências, com base nas evidências da promotoria, e ainda em nossas evidências”, disse Majors. Ele relatou que finalmente se sentiu pronto para falar com o público. “Senti que era hora de dar essa entrevista agora, já que muita coisa aconteceu, não apenas em minha vida pessoal, mas também em minha carreira na cultura. É uma questão de responsabilidade, de avançar, de ser corajoso e de dar a minha parte na história”, acrescentou.

O evento homenageará também o designer Christian Louboutin com o Prêmio de Inovação, Cardi B com o Prêmio de Inspiração, e o lendário rapper Fat Joe com o Prêmio de Cultura. Tiffany Haddish será a apresentadora do show.

“Não fomos ouvidas”, denuncia Samara Felippo sobre tratamento de justiça em caso de racismo contra filha

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Foto: Reprodução

A atriz Samara Felippo acaba de publicar uma nota de repúdio em seu Instagram, onde fala de sua indignação sobre  a condução, pela justiça, do processo que trata caso de racismo sofrido por sua filha mais velha no ambiente escolar. Na nota, Felippo afirma que a filha foi “proibida de se manifestar no processo que apura a conduta de suas ex colegas de escola, agressoras que inclusive confessaram a prática de racismo”, dizia o início da nota.

Segundo a atriz, sua filha, uma adolescente de 14 anos, poderá participar da audiência, mas deverá se manter calada. “Sem o direito de apresentar sua versão dos fatos. Uma vez que as agressoras já foram ouvidas e contaram suas versões”. Samara Felippo também questiona o fato de o ato infracional análogo ao crime de racismo, inclusive com a confissão das agressoras, estar sendo tratado como violação do direito autoral.

O caso aconteceu no dia 22 de abril, quando a filha de 14 anos de Samara Felippo foi vítima de um episódio racista na escola de alto padrão Vera Cruz, localizada na Zona Oeste de São Paulo. Quando duas alunas brancas do 9° ano pegaram o caderno da jovem, arrancaram algumas folhas e escreveram uma frase racista. N anota publicada por Felippo, ela também questiona porque a frase escrita no caderno não está sendo levada em consideração.

Ela ainda acrescentou que mesmo sendo uma mulher branca, não está sendo ouvida pela justiça, como as pessoas observaram anteriormente. “Estou aqui porque realmente estou assustada com o andar das coisas. Até o momento a justiça não me ouviu, não ouviu minha filha, não ouviu meus advogados”, denunciou.

A atriz destacou que não está lutando somente por sua filha, afirmando que milhares de crianças e adolescentes e até professores são vítimas de racismo no ambiente escolar e que muitos não retornam às escolas. Samara pontuou ainda que seus advogados, a Dra. Thais Cremasco e o advogado Dr. Hedio Silva, estão tomando as devidas providências.

Idris Elba e brasileira, Diene Petterle, lançam produtora com foco em documentários impactantes com viés social

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Foto: Getty Images

O ator britânico Idris Elba anunciou uma nova parceria com a cineasta brasileira, Diene Petterle, para a criação da 22 Summers, uma produtora de conteúdo factual premium com um viés social.

O selo, que já está operando, nasce com uma linha de projetos ambiciosos voltados para temas como música, esportes, moda, crimes reais e justiça social. O primeiro projeto da 22 Summers, a série documental de quatro partes “Apagados: Heróis de Cor da Segunda Guerra Mundial”, que aborda a participação de soldados negros na Segunda Guerra Mundial, estreou nesta segunda-feira, 10, na Disney+ após exibição na Nat Geo.

Elba, cuja antiga produtora Green Door foi absorvida pela 22 Summers, declarou estar empolgado com a nova empreitada ao lado de Petterle. “Enquanto no passado a maior parte do meu trabalho de não-ficção me colocava na tela, com o histórico de Diene em fazer documentários premium, podemos ir além disso. Ambos queremos contar histórias diferentes que emocionem o público com as reviravoltas que só a vida real oferece”, disse o ator, vencedor do Globo de Ouro e do SAG.

Nascida no Brasil, Diene Petterle, que possui prêmios Emmy e BAFTA, inclusive pelo documentário da Netflix sobre o cantor Lewis Capaldi, destacou o compromisso da 22 Summers com a diversidade de pensamento e a experiência de vida. “Idris tem uma agenda de contatos incrível – mas nunca é suficiente simplesmente ter uma pessoa famosa em um filme. Tem que haver uma ótima história e uma maneira inovadora de contá-la. Estamos em busca de projetos instigantes que possamos realizar, usando inteligência e humor”, afirmou.

A nova empresa está em negociação com grandes plataformas de streaming e já possui um projeto avançado com a BBC que tratará de uma questão contemporânea. A produtora também pretende anunciar em breve um plano robusto para entrar no mundo dos roteiros.

Jess Watts, ex-executiva de desenvolvimento da Dorothy Street Pictures, assume o cargo de chefe de desenvolvimento para projetos não-ficcionais na 22 Summers. Jamilla Dumbya, que integrou a Green Door, também se junta à nova equipe como executiva de desenvolvimento e produtora de Erased.

A 22 Summers planeja ainda futuras parcerias criativas, mas seu foco principal será a criação e desenvolvimento de histórias próprias. Elba e Petterle estarão presentes no Festival de Documentários de Sheffield em 14 de junho para discutir os próximos passos e detalhes de Apagados.

Dia dos Namorados: 8 casais negros que celebram o amor nas redes sociais

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Fotos; Reprodução/Instagram e Brazil News

O amor está no ar! Hoje, 12 de junho, é celebrado o Dia dos Namorados, mas diversos casais já celebram o romance cotidianamente nas redes sociais. Pensando nisso, o Mundo Negro selecionou oito casais negros e famosos que se destacam por inspirar a comunidade negra nas redes sociais pela afetividade, a parceria de negócios, a criação de conteúdos relevantes e divertidos, a arte ou ativismo político.

Confira a lista completa abaixo:

Silvio Almeida e Ednéia Carvalho

Juntos há mais de 17 anos, o ministro dos Direitos Humanos e de sua esposa modista, estão vivenciando o crescimento da primeira filha do casal, Anesu, que tem apenas 10 meses. Nas redes sociais, eles compartilham fotos encantadoras da família, e todos sempre com muito estilo, entre uma agenda política ou uma festividade familiar, trazendo eventualmente referências africanas nas vestimentas. Silvio e Ednéia já foram homenageados como casal ilustre no Jantar Black para Casais: Uma Celebração ao Dengo Ancestral, evento para casais realizado em São Paulo.

Foto: Reprodução/Instagram

Tais Araújo e Lázaro Ramos

Um dos casais mais famosos e admirados do Brasil, Tais e Lázaro estão casados há quase 20 anos e têm dois filhos, João Vicente e Maria Antônia. Juntos, estrelaram a série “Mister Brau”, uma comédia de sucesso que durou quatro temporadas na TV Globo, e em 2020, Lázaro estreou como diretor de um longa de ficção científica, contando com Tais como uma das protagonistas. Ambos promovem discussões importantes sobre representatividade e diversidade, em especial no cenário artístico brasileiro. Nas redes sociais, compartilham diversos momentos do casal, brincadeiras, viagens, e momentos em família. 

Foto: Reprodução/Instagram

Ludmilla e Brunna Gonçalves

“Me bate, Ludmilla”. Só os fãs deste casal e de Numanice, sabem a importância deste momento icônico de Brunna no palco, quando elas cantam “Maldivas”, composição de Ludmilla para a namorada. Elas se conheceram nos bastidores das apresentações, quando Brunna atuava como uma de suas dançarinas. Em 2019, a cantora pediu Brunna em casamento e desde então, elas já deram entrevistas comentando sobre o desejo de serem mães e o planejamento de gravidez através da fertilização in vitro. Nas redes sociais, não poupam fotos com muito clima romântico e íntimo. Pela fama e representatividade em nível nacional e internacional, o público considera o casal uma das maiores representatividades LGBTQIAPN+. 

Foto: Reprodução

Leandro Firmino e Leticia Da Hora

Casados desde 2015, o ator Leandro Firmino e a esposa publicitária Leticia Da Hora, eles se consideram um casal fora do padrão da mídia. Pais de Levi, uma criança atípica, eles já relataram as dificuldades na rotina familiar pelas demandas de trabalho e cuidado familiar, e também compartilham muitos registros curtindo em família, exalando amor e companheirismo. Como CEO da ONG Mulheres da Parada, Leticia promove ações para ajudar mulheres negras e periféricas a terem autonomia financeira e para isso, também conta com o apoio do marido.

Foto: Rafa Furtado

Tasha e Kyan

Dois dos grandes nomes do novo cenário do hip-hop no Brasil, Tasha e Kyan assumiram o relacionamento em 2022. Juntos, eles se destacam ainda mais por exaltarem a cultura negra e periférica, através das músicas e da moda, nas redes sociais. “Nós dois é tipo 2x mais fama, dinheiro, vivência, estilo e representatividade. Tipo uma dupla de 2 Rugal, 2 Ronaldo Fenômeno, 2 Marta. Isso sim é uma das maiores duplas do Rap Nacional”, escreveu o rapper quando publicou a primeira foto com a namorada.

Foto: Ju Rocha

Mariana Nunes e Tati Villela

As duas atrizes revelaram o romance em 2022 e juntas, também estrelam a peça ‘Amor e outras Revoluções’, com apresentações em diferentes teatros, inspirada em obra de bell hooks, que conta como é amar uma mulher negra sendo outra mulher negra nos dias de hoje. Nas redes sociais, elas já chegaram a refletir sobre o amor preto como um ato político. “Namorar uma mulher preta é se olhar no espelho”, escreveu Mariana no Instagram, no ano passado.

Foto: Brazil News

Xande de Pilares e Thay Pereira

Xande e Thay estão juntos desde 2020, mas desde que anunciaram a primeira filha do casal, a Estrela, as redes sociais dos dois estão cheio de registros encantadores da família, que vão desde o anúncio da gravidez que a nutricionista anunciou para o músico, aos ensaios fotográficos na maternidade, recém-nascido e de mêsversário, sendo o mais recente, com todos fantasiados como os personagens da série Chaves.

Foto: Reprodução/Instagram

Amor contra-colonial ou a solidão da mulher preta

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Foto: Reprodução/Freepik

Texto: Vanessa Rodrigues (Professora e Psicanalista)

O “Dia dos Namorados” chegou e mesmo sendo uma data estritamente comercial, pode engatilhar sensações atreladas ao despertencimento, insuficiência e desamparo. Falar de amor para o povo preto, sobretudo para as mulheres e pessoas sexo-gênero dissidentes, na maioria das vezes tem um viés desconcertante e doloroso. Estas raízes dolorosas estão vinculadas à nossa trajetória de colonização. A diferença, como marcador de inferioridade, transformou a nossa história em uma espécie de tecnologia perene de atualização de violências. Isso ocorre por uma série de fatores, mas gostaria de destacar aqui, a percepção do senso comum, que julga vulnerabilidade afetiva como uma fraqueza. Estar receptivo ao amor é, na maioria das vezes, perigoso pois nos deixa suscetível ao desejo de um outro opressor e manipulador. O problema nessa vulnerabilidade é diretamente proporcional à quantidade de marcadores sociais sobre este corpo que deseja ser amado. 

Junta-se a isso um conceito de amor que se relaciona diretamente à posse e à exclusividade do corpo e da alma do ser amado. Mas por que isso acontece? Vamos continuar pensando do ponto de vista histórico-social, pois é neste território que os tais marcadores são forjados. Se você nunca pensou em como os conceitos de monogamia, amor romântico, maternidade, invisibilidade do trabalho doméstico, cuidado e reprodução estão relacionados com as formas de amar, é possível que os seus relacionamentos estejam extremamente insatisfatórios. Se você se identifica como mulher  é certo que esteja. As definições destes conceitos são resultados da percepção hetero-cis-patriarcal colonizadora, e não faz bem para nenhum ser humano que deseje se relacionar, considerado uma dialética prazerosa para quem se envolve nela.

Quando Geni Nuñes nos apresenta a ideia de monogamia como opressão posta pelo ideário colonizador, ela dá nome a algo que já percebemos e conhecemos, mas que tentamos a qualquer custo manter: a colonização dos afetos. Do ponto de vista  psicanalítico freudiano, isso pode ser ilustrado na narrativa de que o outro é sempre objetificado, transformando-se em finalidade, onde o sentido da existência se direciona. De outro modo, o ser amado se  “instalou feito um posseiro” dentro do coração do outro, colonizando-o, povoando-o de mim, para mim e por mim, desconsiderando-o como autônomo e livre. Isso, na prática, significa que os marcadores sociais que nos atravessarem como existência, se transformarão em parâmetros para regular o quanto seremos mais ou menos “amáveis” pelo outro. Uma estrutura perversa, que desconsidera a diversidade única que mora em cada um, em detrimento de rótulos e de um sistema de trocas que se referem mais a “poder sobre” do que “troca com”. Tem saída?

Tem gente “fina, elegante e sincera” pensando sobre isso. Destaco, além da já citada Geni Nuñes, o trabalho incrível de Jaciana Melquiades, Renato Noguera e Claudio Thebas no Brasil, sem deixar de citar bell hooks. Orys que tem pensado o amor como encontro, confluência e construção de sentido. Frida Khalo em sua célebre frase “onde não puderes amar, não te demores”, faz uma síntese do que seria uma solução a curto, médio prazo desta questão, no âmbito do particular. É preciso ter coragem para se vulnerabilizar ao amor. Por outro lado, é preciso ter rede. Criar espaços de amor e cuidado, não pode ser tarefa específica de uma pessoa. Amar é ação, com já diria hooks, mas para além disso é confluência, parafraseando Noguera. Sobunfo Some, entende que o amor é a possibilidade de realizar-se como potência com outro na comunidade, e que é característica do espírito amar. Jaciana brada aos quatro cantos em seu podcast “Eu preciso falar de amor”, que está cansada de des-amor e que vai amar de qualquer jeito, mas só em lugares que a caibam. 

Tem saída? Talvez estejamos na entrada da saída. Precisamos nos aquilombar de uma forma profunda e amorosa. Nos olhar de maneira a criar espaços de potência afetiva. Caminhar na direção oposta às mazelas herdadas da colonização e nos assenhorear de nossos desejos, no sentido de criar territórios seguros de afeto amoroso, seja ele qual for. Inspirada por todos esses transpasses amorosos, nesse trabalho árduo de descobrir o amor, hoje busco confluência e liberdade. Cada promessa humana que conheço, um novo “eba!” que aprendi a buscar com meu amigo Thebas, que por sua vez aprendeu com seu Pequeno mestre: “quando a gente brinca junto, a gente vira amigo”. 

Não é um otimismo frívolo que estou anunciando. É um des-aceite aos olhares tortos, ao racismo nosso de cada dia, ao deboche e ao preconceito. Se não puder amar, não estarei presente. Se você pode amar comigo, vem ser potência de ação. Sobre este aspecto, vale lembrar que ser mulher e preta me rendeu muitos aprendizados sobre Ser/ Estar num ambiente hostil.  Estar sozinha e impossibilitada de amar, muitas vezes se refere a ser silenciada. Não vou falar mais forte que ninguém, vou falar. Não vou consertar seu racismo, vou desconsertar. Se raivosa, não estarei para o seu deleite. Devolverei o desconforto do racismo, sem me parecer com seu universal branco. Se amor é criação do espaço de amar, serei confluente, acolhedora, potente, contra-colonial e sankofa. A solidão pouco a pouco se dissipa, nos encontros que me fortalecem. Esse é só o início da mudança. Feliz dia do Amor! Dos encontros… e dos namorados também!

Anthony Mackie recebe críticas após dizer que Tyler James Williams era um ‘garoto de aparência estranha’

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Foto: Gage Skidmore ; Divulgação

Astro da Marvel, o ator Anthony Mackie recebeu críticas após dizer que Tyler James Williams, astro da série ‘Todo Mundo Odeia o Chris’, era um ‘garoto de aparência estranha’. Os dois artistas participaram do especial ‘Actors On Actors’, da revista Variety, e comentaram sobre a longevidade e os novos rumos de suas carreiras.

Num determinado momento da conversa, Tyler James destacou a maneira difícil como conseguiu desvincular sua imagem profissional do personagem Chris. Mackie rebateu comentado sobre a aparência do colega. “Você era um garoto de aparência estranha e cresceu para ser, tipo, um cara bonito”, disse ele em tom de brincadeira. Williams respondeu: “Acho que todos nós éramos todos crianças de aparência estranha. A minha infância foi documentada extensivamente“.

Tyler James em Todo Mundo Odeia o Chris | Foto: Reprodução

Apesar do aparente tom de humor, usuários nas redes sociais criticaram a fala de Mackie. Muitos classificaram o comentário do artista como desnecessário. Não é legal lembrar de uma carreira infantil dessa forma, ele já se olhou no espelho?”, declarou um internauta através de um comentário viral.

Mackie, que vai interpretar o Capitão América nos cinemas também elogiou o crescimento de James. “Você fez isso de uma maneira realmente interessante que muitos atores não conseguiram. Sinto que, ao olhar para a sua carreira, há uma certa forma de dignidade que acompanha ela. Isso [diz algo] quando você consegue um emprego e esse emprego se torna uma carreira, então parabéns para você”, disse ele.

James Williams, que agora brilha como ator principal da série ‘Abbott Elementary’, também comentou sobre a maneira que realizou a ‘transição’ de carreira aos olhos do público, saindo de uma criança bem humorada, para um profissional adulto. “Parte da transição para fazer a indústria ver você como um adulto é que você precisa se tornar sexy em algum momento [mas] o objetivo aqui não é ser sexy. O objetivo é mostrar o seu coração, e há algo de sexy nisso”, finalizou.

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