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Luedji Luna anuncia a festa “Manto da Noite”, evento voltado para música negra em São Paulo

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Foto: Mariana Smania.

A festa “Manto da Noite” é a nova aposta de Luedji Luna. Além de cantora e compositora, ela agora assume o papel de empreendedora no mercado musical, anunciando um evento dedicado à música negra. Gêneros como neo soul, R&B, jazz e rap terão destaque. Com formato de festival, o evento acontecerá no dia 30 de agosto deste ano na Audio, em São Paulo, e contará com até quatro atrações ainda a serem confirmadas. A proposta inclui sempre trazer um artista internacional, além de artistas do midstream e novas apostas nacionais.

“É uma festa/festival que eu gostaria de tocar e, principalmente, de ir. De gêneros que consumo no dia a dia, mas que não são contemplados pelos eventos que tenho a oportunidade de frequentar. É preciso ampliar também os eventos nichados no Brasil”, diz Luedji.

As vendas para o “Manto da Noite” já estão abertas pelo site da Ticket 360 (CLIQUE AQUI) e os ingressos variam entre R$100 e R$220. O line-up completo, a data oficial e informações sobre próximas edições – que já estão programadas – serão divulgados nos próximos dias.

“Manto da Noite” é um evento organizado por uma equipe predominantemente formada por mulheres negras, fruto do desejo de Luedji Luna de promover e ampliar a diversidade nos shows e festivais do Brasil. Luedji acredita que a festa pode ter um papel educativo para o mercado musical, proporcionando autonomia aos artistas e evitando que fiquem dependentes de outras curadorias.

‘Casamento às Cegas Brasil 4’: Ingrid rebate críticas por envolver Leandro nos planos de reforma da casa

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A Netflix liberou mais quatro episódios de ‘Casamento às Cegas Brasil 4’ nesta quarta-feira, 26 de junho, com muitas polêmicas que já estão dando o que falar nas redes sociais. Entra elas, sobre a relação entre a Ingrid Santa Rita, 33, e o Leandro Marçal, 32, o único casal negro da temporada. 

Desde o início se mostrando uma mulher madura e decidida, a arquiteta demonstrou a sua preocupação com as finanças do casal, além da importância de terminar a reforma da casa dela e -possivelmente- , a futura do casal, onde eles devem morar juntos depois do casamento. Mas o que deveria ser uma preocupação comum para levar em consideração a construção de um relacionamento estável, dividiu a web que se mostrou contra ou a favor da iniciativa dela.

Na tarde desta quinta-feira, 27, Ingrid rebateu uma crítica na caixa de perguntas do story no Instagram, que dizia: “Obra é caro e não era um planejamento dele. Mas sigo torcendo [pelo casal]”.

Para iniciar, ela explicou do que se tratava a reforma da casa. “Não era uma obra. Eu já vinha reformando a minha casa há muito tempo, já tinha trocado revestimento, já tinha feito todas as infraestruturas básicas da casa que precisava, hidráulica. E o que precisava fazer? Pintar. Já tinha trocado todas as janelas, as portas. Eu já tinha todos os móveis, eu já tinha todos os eletrodomésticos, toda a decoração da casa”. 

“Realmente era sim muita pressão, eu concordo. Mas estávamos num reality, né? Um reality que casa pessoas em dois meses e meio, 70 dias. Então as opções seriam: ou a gente morar de aluguel ou arrumar a casa. E as outras opções seriam: eu arrumar sozinha ou ele se mexer. Então ou eu poupava ele ou eu me sobrecarregava. Não foi isso que eu fui procurar lá. Por isso pedi ali, foi um pouco mais incisiva”, destaca a arquiteta. “Ficaram com dó?”, brinca no final.

Letitia Wright diz que deseja atuar outra vez como Shuri e comenta planos para ‘Pantera Negra 3’: “Muita coisa por vir”

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Foto: Marvel Studios.

O filme ‘Pantera Negra 3’ ainda não foi confirmado pela Marvel Studios, mas a expectativa é que a obra granhe novos desdobramentos no cinema. Em entrevista para o programa The View, Letitia Wright revelou que deseja atuar como Shuri outra vez. A atriz também deu indícios de que novidades sobre o universo de Wakanda estão em andamento.

“Eu adoraria continuar interpretando Shuri. Honestamente, ela é uma das minhas personagens favoritas, uma verdadeira bênção. Sério, sou muito grata por ela. Tem muita coisa por vir”, disse Wright. Em ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’, lançado em novembro de 2022, Shuri assume o posto de Pantera Negra e se torna a personagem principal da franquia.

‘Wakanda Para Sempre’ se aprofunda nas ricas tradições culturais e no avançado desenvolvimento tecnológico de Wakanda, uma nação africana fictícia que permanece isolada do resto do mundo para proteger suas riquezas, especialmente o precioso metal vibranium. Após a morte do Rei T’Challa, o povo de Wakanda enfrenta novos desafios e ameaças. A rainha Ramonda (Angela Bassett), Shuri (Letitia Wright), M’Baku (Winston Duke), Okoye (Danai Gurira) e as Dora Milaje lutam para proteger sua nação e encontrar seu novo caminho sem seu líder icônico. A perda de T’Challa abala profundamente a nação, e sua ausência deixa um vazio não apenas no trono, mas também nos corações dos wakandanos.

‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’ está disponível no Disney+.

Shark Tank Brasil terá versão para criadores de conteúdo com Patrícia Ramos como apresentadora

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Foto: Reprodução/Instagram

O Shark Tank Brasil: Versão Creators, novo programa, que amplia a famosa franquia de empreendedorismo, será apresentado pela influenciadora digital e empresária Patrícia Ramos. O reality, realizado pelo YouTube em colaboração com a Sony Pictures Television iniciou as gravações na noite da última quarta-feira, 26, e deve ser lançado no segundo semestre deste ano, antes do lançamento da 9ª temporada do programa tradicional.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Patrícia Ramos celebrou a novidade: “Vou apresentar um projeto super especial e exclusivo com creators para o YouTube inspirado num programa. O Shark Tank Brasil versão Creators. Une o melhor do empreendedorismo e da criação de conteúdo”, disse ela.

Em vez de empreendedores buscando investimento para seus negócios, nesta versão, criadores de conteúdo irão apresentar projetos voltados para impacto social. A cadeira dos tradicionais Sharks será ocupada por convidados influentes na Creator Economy, incluindo Top Creators empreendedores, especialistas em impacto social, profissionais de marketing de influência e Sharks do programa original. Cada episódio terá também a presença de um representante da marca patrocinadora, sentado na cadeira principal.

Os episódios serão temáticos, baseados em conceitos sociais dentro do ESG (Environmental, Social, and Governance), com tópicos adaptáveis aos pilares mais relevantes para cada marca.

Carta aberta a toda pessoa do setor público e privado que diz não achar no Brasil pessoas negras aptas para cargos de liderança

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Foto: Reprodução

Texto: Patricia Carneiro

No dia de ontem o presidente Lula fez a seguinte declaração ao UOL: “Quero mais mulheres e negros no governo, mas é difícil achar.” E segue: “não é que não tenha (mulheres e negros) . É que a oferta é menor que na medida da população (mulheres e negros) não tiveram uma participação politica histórica mais contundente. Eu quero mais mulheres no governo. Eu preciso de mais negros no governo. Eu preciso de um governo que tenha a cara do Brasil.

Um dia depois ao tomar meu café e estar preparando a entrega de meus trabalhos discentes para a pós-graduação de Inteligência, Estratégia e Inovação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, um colega colunista me manda a matéria do The Guardian, do dia 27.06: “We cannot Deny history again: Brazil floods show how German migration silenced Black and indigentes stories” (Em tradução para o português: “Não podemos negar a história novamente: as enchentes no Brasil mostram como a migração alemã silenciou as histórias de negros e indígenas.”).

Então resolvi parar e escrever esta carta aberta a toda pessoa pública ou da iniciativa privada deste país que sai a público tendo este discurso para dizer: ‘isto é o racismo estrutural na prática e em ação’. Não preciso nem rememorar a fala da presidente do banco roxinho há exatos três anos atrás. Os dados estão aí: retração de programas de inclusão racial, retrocesso, demissão de pessoas qualificadas e ao mesmo tempo este sistema é perverso porque dá palco para alguns continuarem se iludindo e iludindo publicamente sobre o show da diversidade.

Eu não acredito em programas de diversidade e inclusão há muito tempo. Mas fico quieta, não para me eximir, e sim para observar pois sou uma pesquisadora de futuros e narrativas emergentes, e para criar estratégia é preciso muitas vezes colocar a toalha na cabeça e pensar.

Este momento que estamos vivendo de transição nos pede que sejamos mais prudentes nas análises, considerando menos otimismo ou pessimismo, e focando no realismo. O apagamento é sistêmico para produzir a invisibilidade como aponta o artigo do The Guardian. E é verdade sobre sermos minorias em participação politica ou empresarial, temos carregado um legado da escravidão até hoje e uma segregação social silenciosa e contundente.

Mas temos já há muitas gerações profissionais altamente qualificados, mas o sistema escolhe alguns e relega os outros que são bons o suficiente de acordo com a dinâmica deste sistema estrutural brasileiro. E há quem não queira, isto mesmo, não queira participar desta roda viva institucional. Pretos e pretas extremamente qualificados que não querem cargos políticos ou pagar o preço de ser uma liderança em grandes negócios. Não querem por quê? Por que são “burros”? Não são capacitados? Não… porque resolvem que não querem continuar a reforçar esta lógica que não atende a quem deseja um mundo diferente, que deseja mudanças profundas e sistêmicas nestas relações de poder.

Em entrevista à GloboNews, a filósofa, professora e uma das maiores estudiosas sobre direitos das mulheres negras, Angela Davi, diz: “Acho que a política é muito complicada e nem sempre são os líderes políticos que conseguem trazer clareza para a situação ou conseguem imaginar o futuro. Se eu olhar para os EUA, eu não posso apontar para um único presidente que fez algo significativo em termos de transformação do mundo.”

Então acredite, se você liderança pública ou privada não vê o potencial de pessoas negras, ou não consegue acessar as pessoas, é porque está num ponto cego do racismo estrutural. Melhore…

Ps.: Eu fui jovem participante de política estudantil desde os 15 anos assumindo independência quanto a partidos. Observei a forma de tratamento de pessoas pretas na politica institucional e partidária. Escolhi trilhar minha jornada de cidadania ligada a movimentos sociais. E assim como eu muitas pessoas, mulheres negras, em especial se dedicam as suas comunidades gerando impacto e transformação social. Sabe aquela liderança que todo politico quer na sua campanha eleitoral? Pois é… ela tem os skills de liderança que você precisa presidente.

Museu Afro Brasil Emanoel Araújo e BATEKOO oferecem oficina gratuita em celebração ao Orgulho LGBTQIAPN+

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Foto: Greve geral do ABC, em 1980 | Foto: Fernando Uchoa

A Escola MAB do Museu Afro Brasil Emanoel Araújo em parceria com a Escola B, o braço pedagógico da BATEKOO, uma plataforma de ações artísticas, culturais e educativas para a comunidade negra e LGBTQIAPN+, promovem a oficina gratuita OCUPAÇÃO ADÉ DUDU nos dias 28 e 29 de junho. O evento deve abordar a produção cultural e artística afro-brasileira, destacando a resistência e a luta da comunidade negra LGBTQIAPN+ contra o racismo, a homofobia e a transfobia.

A programação inclui mesas de diálogo, exibição de filmes e uma oficina de discotecagem exclusiva para o público trans/travesti. As inscrições para certificação na oficina estarão abertas até esta quinta-feira, 27, no site do Museu. Aqueles que participarem sem inscrição prévia poderão assistir, mas não receberão certificado.

Segundo Hélio Menezes, Diretor Artístico do Museu, “há uma sintonia forte entre o MAB e a Batekoo. Esta parceria atrai um público jovem, preto e dissidente para uma programação que se alinha ao momento em que o Museu Afro Brasil expande suas formas de comunicação e interação com as comunidades negras, impactando a sociedade brasileira de forma mais ampla”, destaca.

A Ocupação Adé Dudu homenageia o grupo criado em 14 de março de 1981 por Adé Dudu, em Salvador. Este grupo lutou por uma década contra o duplo preconceito enfrentado por homens negros homossexuais e contou com nomes como Tosta Passarinho, Ermeval da Hora, Wilson Mandela, e Hamilton Vieira.

Leonardo Moraes Batista, Diretor de Ações Educativas da BATEKOO, afirma: “A Ocupação visa valorizar e ativar o patrimônio de saberes desse grupo. Através da Escola B, em diálogo com o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, a proposta amplifica sua missão formativa, integrando arte, educação e cultura, e dinamizando a produção de conhecimento e formação para atuação nos diversos setores da cultura.”

Confira a programação:

28 de junho

Abertura na Oficina Cultural Oswald de Andrade, das 19h às 21h, com um diálogo sobre produção artística afro-brasileira e dissidente sexual, conduzido por Maré de Matos e Thiago Costa, com mediação de Naymare Azevedo.
29 de junho

No Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, das 10h às 18h:
10h às 11h: Roda de conversa sobre memórias e pesquisas negras e LGBTQIAPN+ na produção artística brasileira, com Entidade Maré e TRANsarau, mediada por Naymare Azevedo.
11h às 12h30: O Coletivo Bajubá, representado por Alexandre dos Anjos e Yuri Fraccaroli, e a Escola MAB, com Raphaellie Lazaro e Uila Garcia, discutirão a presença LGBTQIAPN+ em espaços de fé afro-brasileiros.
15h: Exibição dos curtas ‘Noite das Estrelas’ (2021) e ‘Negrum3’ (2018), que exploram memórias culturais e celebrações das existências de jovens negros.
16h às 18h: Oficina de Discotecagem com a DJ Kiara Felippe, seguida de DJ Set BATEKOO e Ballroom, exclusiva para pessoas trans/travestis.
SERVIÇO – OCUPAÇÃO ADÉ DUDU

Sexta-feira, 28 de junho, das 19h às 21h

Diálogos sobre produção artística afro-brasileira e dissidente sexual com Maré de Matos e Thiago Costa, mediado por Naymare Azevedo.
Local: Oficina Cultural Oswald de Andrade – Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro, São Paulo – SP, 01123-001
Entrada: Gratuita
Inscrições: Até 27/6 pelo link
Sábado, 29 de junho, das 10h às 18h

Diálogos sobre memórias e pesquisas negras e LGBTQIAPN+ na produção artística brasileira, exibição de filmes e Oficina de Discotecagem.
Local: Museu Afro Brasil Emanoel Araujo – Parque Ibirapuera, Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, portão 10, São Paulo – SP (acesso via transporte público ou veículo de aplicativo)
Entrada: Gratuita
Inscrições: Até 27/6 pelo link
Funcionamento do Museu:

Terça a domingo, das 10h às 17h (permanência até às 18h)
Estacionamento (Parque Ibirapuera): Das 5h à 0h
Acesso para automóveis: Portões 3 e 7

Lula diz que é difícil encontrar mulheres e negros para cargos no Governo: “Não tiveram participação política histórica mais contundente”

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Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (26) em entrevista ao UOL que enfrenta dificuldades para encontrar mais mulheres e negros para ocupar cargos em seu governo, entre as justificativas oferecidas pelo Presidente, ele afirmou que esses grupos “não tiveram uma participação política histórica mais contundente”, ignorando o histórico de luta política do Movimento Negro e dos movimentos de mulheres.

“Esse é um problema meu crônico, que eu discuto todo dia com a Janja [a primeira-dama]. Como a mulher não teve uma participação ativa durante muito tempo, fica mais difícil você encontrar mulher para determinados cargos, e também fica mais difícil você encontrar negros para determinados cargos”, declarou Lula. “Não é que não tenha [mulheres e negros]. É que a oferta é menor na medida em que, embora sejam a maioria da população, [mulheres e negros] não tiveram uma participação política histórica mais contundente. Eu quero mais mulheres no governo. Eu preciso de mais negros no governo. Eu preciso que o governo tenha a cara do Brasil”, afirmou.

Lula tem sido criticado pela falta de representatividade em seu governo e por não ter indicado mulheres para o Supremo Tribunal Federal (STF), mesmo com uma campanha organizada pela ONG Nossas, Coalizão Negra por Direitos, Instituto de Defesa da População Negra (IDPN), Instituto Marielle Franco, movimento Mulheres Negras Decidem e outros movimentos que se uniram para pedir a indicação de uma mulher negra para a vaga deixada por Rosa Weber na corte em 2023.

O presidente falou sobre sua vontade de aumentar a presença desses grupos em posições de liderança, mas até o momento, em suas duas indicações para a Suprema Corte, o presidente escolheu homens: o ex-advogado Cristiano Zanin e Flávio Dino, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública.

Atualmente, a composição ministerial de Lula conta com nove mulheres: Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Margareth Menezes (Cultura), Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos), Anielle Franco (Igualdade Racial), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudanças Climáticas), Cida Gonçalves (Mulheres), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Nísia Trindade (Saúde). Em contrapartida, as pastas, secretarias e órgãos com status de Ministério chefiados por homens somam 30.

Quanto à proporção racial, dez ministros se declararam pretos ou pardos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), incluindo Margareth Menezes, Anielle Franco, Marina Silva, Luciana Santos, Silvio Almeida (Direitos Humanos), Rui Costa (Casa Civil), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Carlos Lupi (Previdência Social), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Juscelino Filho (Comunicações). Sônia Guajajara é a única ministra indígena.

GloboNews exibirá uma entrevista exclusiva de Angela Davis com Aline Midlej

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Foto: Divulgação/GloboNews

Uma entevista exclusiva da professora, filósofa e uma das maiores estudiosas dos direitos das mulheres negras, Angela Davis, à apresentadora Aline Midlej, do ‘J10’, será exibida na GloboNews no próximo domingo, dia 30, às 17h. Entre os temas abordados, Angela falou sobre as investigações do caso da morte da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, assassinados em 2018.

“Não tenho tanta certeza de que simplesmente levar à Justiça os indivíduos envolvidos em seu assassinato trará justiça para Marielle porque acho que a justiça é um fenômeno muito maior. Não se trata apenas de punir os responsáveis. Justiça significaria atingir os objetivos que ela tinha para esta cidade, para as favelas, a desmilitarização da polícia, o fim do encarceramento racista injusto de tantas pessoas”, afirma.

“Eu acho que muita coisa será necessária para alcançar justiça para Marielle, mas acho que é bom que as pessoas saibam que aqueles envolvidos estavam no topo da hierarquia da polícia. Acho que é importante que eles saibam que ela representava um perigo tão grande para o ‘establishment’ que eles desenvolveram essa conspiração que levou ao seu assassinato”, acrescenta.

Aline Midlej e Angela Davis (Foto: Divulgação/GloboNews)

Angela falou ainda sobre a importância dos movimentos sociais na transformação da sociedade. “Acho que a política é muito complicada e nem sempre são os líderes políticos que conseguem trazer clareza para a situação, que conseguem imaginar um futuro melhor. Eu sempre gosto de apontar que é muito importante participar da arena eleitoral, sair e votar, mas temos que reconhecer que não são geralmente os políticos que mudam o mundo. Se eu olhar para os Estados Unidos, eu não posso apontar para um único presidente que fez algo significativo em termos de transformação do mundo”, aponta a filósofa.

“Mas eu posso apontar para movimentos, eu posso apontar para massas de pessoas que tiveram uma visão coletiva e que se manifestaram e lutaram até que venceram. Portanto, acho que é sempre importante ter isso em mente. Acho que muitas vezes investimos muito do nosso poder na arena eleitoral. E, é claro, considerando o que enfrentamos nos EUA hoje, eu realmente preciso enfatizar que o voto não será tanto sobre o candidato que nos conduzirá na direção da liberdade, mas sim sobre o candidato que ajudará a criar um terreno para que massas de pessoas se tornem coletivamente ativas para pressionar na direção da liberdade”, defende.

A filósofa disse também o que pensa sobre o avanço da extrema direita no mundo, além de outros temas, como violência policial, desigualdade social, feminismo, mudanças climáticas e educação. Angela esteve no Rio de Janeiro na última semana para participar do painel de abertura do Festival LED – Luz na Educação, realizado pela Globo e Fundação Roberto Marinho, em parceria com a Editora Globo.

Com Renato Noguera, podcast gratuito apresenta histórias e ensinamentos de três diferentes tradições africanas: Kemet, Yorubá e Banto

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Foto: Divulgação/Casa do Saber

O podcast original da Casa do Saber+, chamado Memórias Ancestrais: Histórias do Começo do Mundo está disponível de forma gratuita no Spotify (CLIQUE AQUI). Conteúdo especial e inédito, traz ao longo de cinco episódios, apresentados por Renato Noguera, ideias e significados de algumas histórias e ensinamentos de três diferentes tradições africanas: Kemet, Yorubá e Banto.

O podcast explora a maneira como as tradições africanas, que estão há séculos ou mesmo milênios de distância, ainda falam com o coração e as ideias do povo negro. A produção apresenta convidados como Iyá Paula, jornalista, dirigente do Ile Axe Ixegun odé e presidente do Afoxe Omo Ifa RJ; Mãe Flávia, Matriarca da Casa do Perdão; Ana Sou, strutora Sebat de Kemetic Yoga ; Rodrigo de Almeida, artista e pesquisador; e Glauce Pimenta, multiartista, mãe, arte-educadora e ativista antirracista.

O apresentador Renato Noguera é professor do departamento de Educação e Sociedade do Programa de Pós-Graduação em Filosofia e do Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Em cinco episódios, a partir de histórias contadas por convidados especiais, o professor Renato guia o ouvinte, estabelecendo diálogos entre os dilemas contemporâneos que afligem a sociedade e os saberes ancestrais contidos nas tradições Kemet, Yorubá e Banto.

EPISÓDIO 1 | Monogamia e a responsabilidade ao amar: Orunmilá e Odu, com Iyá Paula de Odé

EPISÓDIO 2 | Perder o controle e a razão: a fúria de Sekhmet, com Ana Sou

EPISÓDIO 3 | A língua como bênção e maldição: O banquete de Obatalá, com Mãe Flávia Pinto

EPISÓDIO 4 | Amar é se reconciliar com a vida: Ausar, Auset e Set, com Glauce Pimenta Rosa

EPISÓDIO 5 | Os monstros que não enfrentamos sós: Miseke e o trovão, com Rodrigo dos Santos

Bill Cobbs, ator de ‘O Guarda-Costas’ e ‘Uma Noite no Museu’, morre aos 90 anos

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Foto: Jon Kopaloff/ Filmmagic

Bill Cobbs, ator com mais de 50 anos de carreira em Hollywood, morreu nesta terça-feira, 25 de junho, aos 90 anos, em sua casa na Califórnia. A informação foi revelada pelo assessor Chuck I. Jones ao TMZ, hoje, 26. A causa da morte não foi divulgada.

Bill Cobbs em “O Guarda-Costas”, 1992 (Foto: Everett)

O veterano ganhou o Daytime Emmy Award aos 86 anos pelo Melhor Desempenho Limitado na série canadense infantil ‘Dino Dana’. Integrou o elenco de grandes filmes como ‘O Guarda-Costas’ e ‘Uma Noite no Museu’. Ao longo da carreira, atuou em mais de 120 filmes e participou em mais de 60 séries de televisão ao longo de sua carreira, além de participações especiais em ‘Eu, a Patroa e as Crianças’ e ‘Star Trek: Enterprise’.

Bill Cobbs em “Uma Noite no Museu”, 2016 (Foto: Divulgação)

“Estamos tristes em compartilhar o falecimento de Bill Cobbs. Na terça-feira, 25 de junho, Bill faleceu pacificamente em sua casa na Califórnia. Um parceiro querido, irmão mais velho, tio, pai substituto, padrinho e amigo, Bill celebrou recentemente e com alegria seu 90º aniversário cercado por entes queridos. Como família, estamos confortados sabendo que Bill encontrou paz e descanso eterno com seu Pai Celestial. Pedimos suas orações e encorajamento durante este período”, escreveu o seu irmão Thomas no Facebook, nesta terça-feira.

Nascido e criado em Cleveland, Ohio, Bill serviu na Força Aérea por oito anos e trabalhou na IBM e como vendedor de carros, antes de seguir carreira no show business e se mudou para Nova York, e começou a atuar com cerca de 30 anos. Estreou no cinema em 1974 com um papel em ‘The Taking of Pelham One Two Three’.

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