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Autores premiados Itamar Vieira Junior e Jeferson Tenório lideram Clube de Leitura CCBB 2024 no mês da Consciência Negra

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Foto Itamar Vieira Jr.: Divulgação/CCBB | Foto Jeferson Tenório: Diego Lopes / Feira do Livro de Porto Alegre

Em novembro, mês da Consciência Negra, que celebra a memória de Zumbi dos Palmares e reforça a luta antirracista no Brasil, o Clube de Leitura CCBB 2024 traz uma edição especial com os autores Itamar Vieira Junior e Jeferson Tenório, ambos premiados e reconhecidos por suas obras que abordam as complexas realidades do racismo estrutural no país. Juntos, eles participam de uma conversa com leitores, no dia 13 de novembro, às 17h30, na Biblioteca Banco do Brasil, no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, com entrada gratuita.

A conversa também contará com a participação da poeta e escritora Elisabeth Manja, ampliando o espaço para discussões sobre o papel da literatura na reflexão sobre questões sociais, levantando um debate acerca de problemas basilares enfrentados pelos brasileiros relacionados à herança do patriarcado e à história de séculos de escravização.

Itamar Vieira Junior, autor do aclamado Torto Arado, comentou sobre sua satisfação em estar ao lado de Jeferson Tenório no evento: “Estou muito feliz de estar com Tenório neste evento e encontrar leitores para conversar um pouco sobre nossas escritas”. Sua presença vem em um momento significativo, já que Salvar o Fogo, seu mais recente romance, foi indicado ao 66º Prêmio Jabuti, consolidando-o como um dos maiores nomes da literatura contemporânea. Torto Arado, vencedor dos prêmios Leya, Jabuti e Oceanos, conta a história das irmãs Bibiana e Belonísia no sertão baiano e apresenta, com lirismo e força narrativa, a luta por sobrevivência e resistência em um país marcado por desigualdades históricas.

Ao lado dele, Jeferson Tenório, autor de O Avesso da Pele, um romance que já conquistou o Prêmio Jabuti na categoria “Romance Literário”, explora a questão racial e a violência de um Brasil marcado pela desigualdade. Com uma prosa sensível e poderosa, Tenório traz à tona a história de Pedro, um jovem que, após a morte do pai, busca entender suas raízes e os desafios enfrentados pela população negra. O Avesso da Pele é um testemunho contundente sobre a identidade negra e o fracasso do sistema educacional brasileiro, aspectos que o autor coloca com profundidade e empatia.

Para a curadora do Clube de Leitura CCBB, Suzana Vargas, Itamar e Tenório representam “vozes essenciais para entendermos as heranças de Zumbi no Brasil de hoje”. Ela destaca que as obras dos autores, situadas em contextos distintos, dialogam com as questões mais urgentes do país: “Eles nos mostram a face brutal de um Brasil onde a abolição da escravatura pouco significou em termos de justiça social.”

O evento será transmitido ao vivo no canal do YouTube do Banco do Brasil, e as edições anteriores estão disponíveis online, reafirmando o compromisso do Clube de Leitura CCBB 2024 em trazer ao público vozes que desafiam o status quo.

Tribunal do Júri absolve policial no caso Ágatha Félix, cinco anos após o disparo fatal

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Cinco anos após a morte da menina Ágatha Félix, o policial militar Rodrigo José de Matos Soares foi absolvido das acusações de homicídio pelo júri popular. Ágatha, de apenas 8 anos, foi atingida por um disparo de fuzil em 2019 enquanto estava com a mãe em uma Kombi na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.

O julgamento ocorreu no 1º Tribunal do Júri no Centro do Rio e durou mais de 12 horas, com a decisão sendo anunciada na madrugada deste sábado (9). A absolvição causou revolta nos familiares da menina, que acompanhavam o processo. A tia de Ágatha expressou sua indignação com a decisão, dizendo: “Eu tô com ódio, com ódio”, evidenciando o impacto emocional da decisão judicial na família.

Durante o julgamento, o júri reconheceu que Rodrigo Soares foi o autor do disparo que matou Ágatha, mas considerou que ele agiu sem intenção de matar, o que resultou em sua absolvição. No entanto, ao longo do processo, a mãe de Ágatha, Vanessa Sales, compartilhou o trauma ao relembrar o momento em que sua filha foi atingida: “Eu não estava entendendo. Aconteceu um barulho que parecia uma bomba e ela gritando ‘mãe, mãe, mãe’. Eu falando ‘filha, calma’. E até hoje quando eu chego em casa e tenho aquele sentimento assim de que tá faltando.”

A defesa de Rodrigo Soares alegou que ele atirou ao confundir uma esquadria de alumínio carregada por um homem em uma motocicleta com uma arma de fogo. A investigação da Polícia Civil, no entanto, contestou essa versão, afirmando que não houve confronto armado no local e que os policiais abriram fogo erroneamente. A perícia concluiu que o disparo ricocheteou em um poste antes de atingir a traseira da Kombi, onde a menina estava, resultando na perfuração que a levou a óbito.

O caso continua sendo um símbolo da violência policial em comunidades carentes e levanta questões sobre a transparência e a responsabilidade nos casos que envolvem civis inocentes. Organizações de direitos humanos e movimentos sociais manifestaram preocupação com o desfecho do julgamento, ressaltando a importância de medidas que assegurem a proteção de civis e a responsabilização dos agentes públicos.

Festival Afropunk Brasil 2024 apresenta Erykah Badu, Jorge Aragão e Planet Hemp neste final de semana

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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O Festival Afropunk Brasil 2024, em sua quarta edição, ocorrerá nos dias 9 e 10 de novembro no Parque de Exposições de Salvador, destacando-se por apresentações de Erykah Badu, Jorge Aragão e Planet Hemp. O evento celebra a cultura negra, reunindo artistas nacionais e internacionais que representam a diversidade e a riqueza da música afrodescendente.

No dia 9 de novembro, o Palco Gira receberá, às 18h, a celebração dos 50 anos do Ilê Aiyê com participação de Virgínia Rodrigues. Em seguida, às 20h10, Jorge Aragão sobe ao palco, seguido por Erykah Badu às 22h30. A noite se encerra com Duquesa à 1h. No Palco Agô, as atrações iniciam às 17h com DJ Leandro Vitrola, seguido por Melly às 19h10, Planet Hemp às 21h20, Léo Santana às 23h40 e Irmãs de Pau com participação de Evylin às 2h10. A Arena Paredão terá início às 3h10.

No dia 10 de novembro, o Palco Gira apresenta DJ Anais B às 17h, seguido por Ebony às 19h10, Lianne La Havas com participação de Liniker às 21h20 e Timbalada às 23h40. No Palco Agô, as apresentações começam às 18h com Mateus Fazeno Rock, seguido por Larissa Luz com participação de EDCITY às 20h10, Fat Family canta Tim Maia às 22h30 e Silvanno Salles às 0h50. A Arena Paredão terá início às 1h50.

O Afropunk é reconhecido mundialmente por promover a cultura negra, destacando a música, a moda e a arte afrodescendentes. No Brasil, o festival teve sua primeira edição presencial em 2021, também em Salvador, cidade com forte representatividade da cultura afro-brasileira. Desde então, o evento tem se consolidado como um espaço de celebração e valorização das raízes africanas, promovendo a diversidade e a inclusão.

Além das apresentações musicais, o Afropunk Brasil 2024 contará com espaços dedicados à moda, gastronomia e outras expressões culturais negras, proporcionando uma experiência imersiva aos participantes. O festival reforça seu compromisso com a representatividade e a valorização da cultura negra, oferecendo uma plataforma para artistas e empreendedores afrodescendentes.

Os ingressos estão disponíveis para compra online, com opções de meia-entrada e ingressos sociais mediante a doação de 1kg de alimento não perecível. A classificação etária do evento é de 14 anos.

Serviço:

  • Data: 9 e 10 de novembro de 2024
  • Local: Parque de Exposições de Salvador
  • Endereço: Av. Luís Viana Filho, 1590 – Itapuã, Salvador – BA
  • Horário: A partir das 16h
  • Classificação: 14 anos
  • Ingressos: Disponíveis no site da Sympla
  • Preços:
    • Arena: R$ 75 (meia-entrada), R$ 90 (ingresso social) e R$ 150 (inteira)
    • Lounge: R$ 180 (meia-entrada), R$ 216 (ingresso social) e R$ 360 (inteira)

Especial ‘Falas Negras’ 2024 aborda o uso do reconhecimento fotográfico em investigações

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Wesley da Silva (Diego Francisco) Foto: Globo/ Léo Rosario

Wesley Cosme da Silva, 21 anos, acusado e preso por homicídio qualificado, reconhecido pelo ‘catálogo de suspeitos’. No dia de seu julgamento, algumas perguntas vêm à tona: Como um veredito pode afetar o futuro de um jovem? Será que a cor da pele tem influência no processo jurídico? Misturando dramaturgia e experimento social, o julgamento de um caso fictício é o fio condutor do especial ‘Falas Negras’ deste ano, que se propõe a discutir o uso do reconhecimento fotográfico de suspeitos e o encarceramento de pessoas negras. Com apresentação de Clayton Nascimento e direção artística de Antonia Prado, o especial vai ao ar em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. 

O protagonista Wesley (Diego Francisco), um rapaz negro, é réu pela morte de Matheus, um adolescente de 16 anos, assassinado no estacionamento de uma loja de construção no Rio de Janeiro. A mãe da vítima o reconhecera em uma fotografia do ‘catálogo de suspeitos’, que lhe foi apresentado na delegacia, no momento do boletim de ocorrência. Esta se torna a principal prova para a acusação. No tribunal reproduzido pelo programa, no dia de seu julgamento, todos são atores, exceto os jurados. Formado por cidadãos comuns, o júri tem nas mãos a missão de dar um veredito que vai definir o futuro do réu. 

Em meio ao julgamento de Wesley, a narrativa do especial é conduzida pelo ator e dramaturgo Clayton Nascimento. O programa conta com depoimentos de especialistas nas áreas de História, Direito e Psicologia. O episódio pretende provocar o público a refletir sobre o perfil das pessoas presas por reconhecimento fotográfico no Brasil e a questionar o uso do método diante das limitações da mente humana em situações traumáticas. Além disso, busca respostas sobre o impasse por trás do mecanismo que tem impactado a vida de tantas pessoas inocentes e se mostrado mais uma ferramenta que expõe o racismo no país.

Clayton Nascimento. Foto: Globo/Léo Rosario

Um levantamento feito pelo Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege) e pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ), em 2021, apontou que 83% dos presos injustamente por reconhecimento fotográfico são negros. E o perfil dos acusados é, na maioria dos casos, constituído por jovens pardos ou pretos, conforme a definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

“Poderia ser eu mesmo, um primo, um vizinho. Achei a porcentagem tão alta! É a partir dessa informação que surge a necessidade de transformar o assunto em arte, criação. Nasceu assim o ‘Falas Negras’ de 2024”, observa Clayton Nascimento, ao se referir à pesquisa. Além de apresentador, ele é um dos criadores e roteiristas do especial. 

Co-criadora e diretora artística do projeto, Antonia Prado também fala sobre a escolha do tema: “Desde o princípio, quando decidimos realizar este formato híbrido dentro de um tribunal para abordar o encarceramento em massa da juventude preta brasileira, sabíamos que tínhamos que escolher um tema específico que fosse atual para retratar a história do nosso protagonista. Ao estudar e pesquisar o assunto, percebemos que existe um mecanismo comumente utilizado na acusação desses jovens, chamado ‘catálogo de suspeitos’, que nada mais é que um livro presente nas delegacias com fotos de pessoas, em sua maioria jovens negros”. 

Elizabeth (Dani Marques), mãe de Matheus, e Dona Rosa (Sirléa Aleixo), mãe de Wesley. Foto: Globo/Léo Rosario

E acrescenta: “O que nos causou espanto foi descobrir que vários deles não tinham motivo para estar nesse livro, pois não haviam cometido nenhum crime; que muitas destas fotos eram retiradas de batidas policiais ou, ainda, de redes sociais”. 

O episódio mostra como se desenrolam os trâmites processuais e ouve autoridades que discutem a validade do reconhecimento fotográfico de suspeitos.

“O que veremos é um estudo sobre o tema, então será compartilhado como acontecem, dentro das salas dos tribunais, os julgamentos que podem levar diariamente jovens negros para o sistema carcerário. Se pelos números – que já são chocantes por si só –, a nossa sociedade não promove um movimento que exponha esse cenário, sinto que pela emoção que a narrativa promove conseguiremos enviar nossa mensagem de quão delicado, urgente e importante é falarmos das práticas, do modus operandi dos ‘catálogos de suspeitos’”, explica Clayton. 

‘Falas Negras’ será exibido em 20 de novembro, em ocasião do Dia Nacional da Consciência Negra, após ‘Mania de Você’.

Manchete da Folha de S. Paulo sobre lavar ‘tranças africanas’ reforça estereótipos sobre penteados de pessoas negras

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Foto: Reprodução/Freepik

A manchete da Folha de S.Paulo, “Tranças africanas devem ser lavadas pelo menos uma vez por semana; veja outros cuidados”, causou críticas nas redes sociais. A forma como o título foi estruturado gerou desconforto entre leitores, que interpretaram o tom como uma generalização e reforço de estereótipos associados a penteados afro e à higiene de pessoas negras: “Que manchete é essa?”, questionou uma usuária no Instagram.

A matéria, que entrevista a empresária Luisa Vasconcelos, uma mulher negra trancista que atende na capital paulista, traz recomendações sobre cuidados com as tranças, com frases como: “Segundo ela, não é saudável ficar três meses ou mais com o cabelo trançado e é preciso lavar pelo menos uma vez por semana para evitar odores e caspas. Também deve-se dar preferência a shampoos sem cor, sulfato e sal”.

Ao focar no aspecto da higienização em sua manchete, a Folha colaborou para reforçar estereótipos que sempre pairaram o imaginário social racista acerca do cabelo crespo e cacheado de pessoas negras, o que também pode ser visto nos comentários feitos por outros seguidores do veículo, como ‘isso fede muito, deus me free’, escreveu uma pessoa cujo perfil é fechado, e ‘Tem.umas que são podres’, comentou outro usuário.

Grammy 2025 tem forte presença de artistas negros, com destaque para mulheres

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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (8), o Grammy Awards anunciou os indicados para sua 67ª edição, destacando a notável presença de mulheres negras entre os principais concorrentes. Beyoncé lidera com 11 indicações, incluindo Álbum do Ano, Canção do Ano e Melhor Álbum Country, elevando seu total histórico para 99 nomeações. Essa conquista reforça sua posição como uma das artistas mais influentes da indústria musical contemporânea.

Doechii, impulsionada por sua mixtape inovadora Alligator Bites Never Heal, recebeu indicações para Melhor Álbum de Rap e Artista Revelação. Sua abordagem única e letras impactantes conquistaram tanto a crítica quanto o público, consolidando-a como uma das promessas do rap atual. A presença de Doechii nas principais categorias evidencia a diversidade e a renovação no cenário musical.

No R&B, artistas como Muni Long, CoCo Jones, Lalah Hathaway e a dupla Brandy & Monica, com a remixagem de The Boy Is Mine, também foram reconhecidas. Essas indicações refletem a qualidade e a relevância das produções dessas artistas, que têm contribuído significativamente para a evolução do gênero. A inclusão de múltiplas mulheres negras nas categorias de R&B destaca a representatividade e a valorização de talentos diversos.

No cenário do rap, GloRilla se destaca com indicações por sua faixa motivacional Yeah Glo!. Sua música, que aborda temas de empoderamento e superação, ressoou amplamente, garantindo-lhe reconhecimento na premiação. Outras rappers indicadas incluem Cardi B, Latto e Rapsody, evidenciando a força e a influência das mulheres negras no rap contemporâneo.

Além dessas artistas, nomes como Kendrick Lamar, Andre 3000, Chris Brown, o elenco de The Wiz, Kaytranada, Durand Bernarr, Tank & The Bangas e D’Mile também figuram entre os indicados. A diversidade de estilos e a qualidade das produções desses artistas refletem a riqueza da música negra atual. A presença significativa de mulheres negras entre os indicados reforça a importância da representatividade e da valorização de diferentes vozes na indústria musical.

A cerimônia do Grammy Awards 2025 está marcada para 2 de fevereiro, em Los Angeles. A expectativa é que essa edição celebre a diversidade e reconheça o talento de artistas que têm moldado o panorama musical contemporâneo. A forte presença de mulheres negras entre os indicados sinaliza um avanço na busca por equidade e representatividade na premiação.

​​Esposa de Silvio Almeida critica falta de acolhimento feminista: “Tive que amamentar minha filha em meio a uma tristeza profunda”

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Foto: Reprodução/Instagram

Ednéia Carvalho, modista e esposa do ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania Silvio Almeida, que foi demitido após denúncias de assédio sexual, fez um desabafo nas redes sociais nesta quinta-feira, 7. Em uma longa publicação, Ednéia relatou as dificuldades enfrentadas nos últimos meses e criticou a falta de acolhimento, mencionando, inclusive, a ausência de apoio de setores que promovem pautas feministas.

“Fala-se tanto em pautas feministas, mas esse mesmo feminismo não me acolheu. Nunca vou esquecer das vezes que tive que amamentar minha filha em meio a uma tristeza profunda”, escreveu Ednéia, que é mãe de Anesu, fruto do relacionamento com Almeida. “Eu lamento muito que pautas sérias estejam sendo banalizadas por interesses pessoais, mas apesar de tudo estou bem, sigo cuidando da minha família, Anesu é a nossa vida, por ela faremos de tudo para garantir a sua felicidade e a sua segurança”, afirmou citando sua filha com o ex-ministro.

Ela também aproveitou para agradecer aos amigos e familiares que se mantiveram próximos, destacando a importância da rede de apoio recebida, que, segundo ela, teria superado em muito as decepções e abandonos sofridos. “Tivemos decepções, sim tivemos, teve quem pulou do barco, teve quem soltou a nossa mão, mas uma minoria que chega a ser irrelevante tamanha foi a rede de apoio que recebemos, inclusive aqui mesmo nessa mesma rede que massacrou minha família, que não pouparam nem a Anesu, eu recebi muito carinho e apoio também, meu muito obrigada!”, desabafou.

Silvio Almeida comentou na publicação agradecendo o apoio da esposa: “Meu amor, eu só posso agradecer por tudo o que vem fazendo por mim em todos estes anos. Só nós sabemos o tamanho dos desafios que enfrentamos e como nada para nós foi fácil. A dor da injustiça e da calúnia jamais irá superar o compromisso que temos um com o outro e também com nossa menina. Você observou bem: no meio deste lamaçal descobrimos os verdadeiros amigos e recebemos muitos apoios, de pessoas que eu nunca vou esquecer”, escreveu.

O que aconteceu

O advogado Silvio Almeida foi demitido do cargo de ministro dos Direitos Humanos no dia 6 de setembro depois que a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, confirmar que foi vítima de importunação sexual e assédio por parte de Almeida durante uma conversa com colegas ministros no Palácio do Planalto. A decisão foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois de uma reunião individual com os envolvidos.

No dia 5 de setembro, a ONG Me Too, que presta apoio a vítimas de violência sexual, confirmou ter recebido denúncias contra o ex-ministro e que ofereceu atendimento jurídico e psicológico às vítimas. A revelação das acusações desencadeou uma crise que culminou com a demissão oficial de Almeida, publicada em uma edição extra do Diário Oficial da União. Em nota, a Presidência da República declarou que a decisão de exonerar o ministro se deu pela “insustentabilidade” de sua permanência frente às acusações.

Na ocasião, Almeida respondeu às denúncias por meio de uma nota e um vídeo, nos quais se declarou alvo de acusações sem provas e acionou a Justiça para que a ONG responsável pelas denúncias prestasse esclarecimentos. A situação evoluiu com o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizando a abertura de um inquérito para investigar o ex-ministro.

Ednéia finalizou sua publicação com uma declaração ao marido, expressando seu apoio e fé na resolução do caso. “Meu amor, conte comigo sempre, amo você demais”, escreveu, ressaltando que o casal segue “ansioso pela justiça” diante das acusações.

FBI investiga mensagens de texto racistas enviadas a pessoas negras em diversos estados dos EUA um dia depois das eleições

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Foto: Reprodução/Freepik

O FBI anunciou estar ciente de uma série de mensagens de texto “ofensivas e racistas” enviadas a pessoas negros em diferentes estados dos Estados Unidos na quarta-feira, 6, um dia depois do resultado do processo eleitoral que escolheu Donald Trump como presidente do país. Nas mensagens, os destinatários eram instruídos a se “prepararem para ir a uma plantação e colher algodão”. O caso está sendo acompanhado pela agência federal em conjunto com o Departamento de Justiça e outras autoridades.

De acordo com a revista People, Sam Burwell, fotógrafo do canal de notícias local da Virgínia 13News Now, relatou ter recebido um texto que o mencionava pelo nome, dizendo que ele havia sido “selecionado para colher algodão na plantação mais próxima”. A mensagem incluía instruções para que ele estivesse preparado às 12h, sugerindo que uma “van marrom” o buscaria e que ele seria revistado ao chegar ao local. Burwell relatou ainda que seu primo, residente em Richmond, recebeu uma mensagem semelhante.

O FBI emitiu uma declaração oficial em seu site: “Estamos cientes das mensagens de texto ofensivas e racistas enviadas a indivíduos em todo o país e estamos em contato com o Departamento de Justiça e outras autoridades federais sobre o assunto”. A agência também encorajou a população a relatar ameaças de violência física às autoridades locais. Casos semelhantes foram relatados em estados como Indiana, Ohio, Michigan, Carolina do Norte e Carolina do Sul.

O gabinete do procurador-geral da Virgínia, Jason Miyares, condenou a mensagem de texto em declaração ao 13News Now, classificando-a como “inequivocamente condenável”. Miyares orientou os cidadãos a reportarem quaisquer ameaças à polícia local ou ao FBI, por meio do telefone 1-800-CALL-FBI ou pelo site FBI.gov/tips.

Estudantes da University of Alabama e da Samford University também utilizaram as redes sociais para denunciar o recebimento de mensagens semelhantes. Beck Taylor, presidente da Samford University, declarou ao portal AL.com que a instituição está “ciente do comportamento desprezível e repugnante” dos textos, que contêm “calúnias raciais, linguagem abusiva e outros conteúdos odiosos para ofender membros queridos da nossa comunidade”.

Os destinatários das mensagens são encorajados a comunicarem imediatamente o incidente às autoridades. O Gabinete do Procurador-Geral da Carolina do Norte afirmou ao WCNC que trabalha em parceria com agentes federais e da indústria de telecomunicações para identificar a fonte dos textos.

Editora Record suspende o lançamento de dois livros de Silvio Almeida

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Divulgação
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Divulgação

A Editora Record anunciou a suspensão de dois projetos literários do ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, em decorrência de denúncias de assédio sexual que vieram a público em setembro. As acusações, divulgadas pela ONG Me Too Brasil, envolvem também a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Almeida nega as alegações.

No início de 2024, a Record havia firmado contrato para a publicação de um livro inédito de Almeida e planejado uma edição revisada de sua obra mais conhecida, “Racismo Estrutural”, com lançamentos previstos para 2025. Contudo, diante das acusações, a editora optou por suspender os projetos até a conclusão das investigações.

Em comunicado, a empresa declarou: “Dadas as graves acusações contra o autor, o Grupo Editorial Record decidiu aguardar o processo e a defesa de Almeida para tomar uma decisão definitiva quanto aos livros.”

A suspensão ocorre em meio a investigações conduzidas pela Polícia Federal e pela Comissão de Ética da Presidência da República. Almeida, que nega as acusações, foi exonerado do cargo de ministro dos Direitos Humanos e Cidadania em setembro, após as denúncias se tornarem públicas.

Ana Telles, Nina Silva e Ismael Carvalho compartilham trajetórias na live do Inovahack

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Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

Na próxima terça-feira, 12 de novembro, o Inovahack MBM Salvador abre sua programação com uma live especial, às 20h, reunindo histórias poderosas de três profissionais que são referência em inovação e empreendedorismo no Brasil. 

Entre os convidados está Ana Telles, empresária multimilionária que, após viver em situação de rua, construiu um império no setor de cosméticos, consolidando-se como modelo de superação e criatividade no mercado. Também participará Nina Silva, executiva de tecnologia com reconhecimento internacional, que dedica sua carreira à democratização das ferramentas digitais e à ampliação da representatividade no setor, inspirando jovens e profissionais a enxergarem a tecnologia como aliada de transformação. Completando o trio está Ismael Carvalho, influenciador digital e produtor de conteúdo, que conecta o público soteropolitano ao cenário nacional e atrai a juventude ao universo da economia criativa por meio de suas experiências e engajamento local.

Cada um dos convidados trará insights sobre como vencer barreiras, investir em inovação e impulsionar projetos com foco em tecnologia e criatividade, fazendo da live um ponto de partida essencial para quem deseja explorar novas perspectivas e transformar seus próprios caminhos. “Nosso objetivo com essa live é trazer exemplos reais de transformação para inspirar o público a ver o potencial da economia criativa como motor de desenvolvimento”, afirma Alan Soares, CSO do MBM.

Após essa abertura online, o Inovahack MBM Salvador segue com uma programação intensa entre 15 e 17 de novembro, incluindo workshops práticos, mentorias e desafios focados em inteligência artificial aplicada à economia criativa. Além disso, o evento oferece momentos de networking para que empreendedores e estudantes possam trocar ideias e fortalecer parcerias no ecossistema regional. Com o apoio de patrocinadores como o BNDES e a Ambev, além de instituições locais como o Banco do Brasil, Rede Bahia e Sebrae Bahia, o Inovahack se consolida como uma plataforma importante para impulsionar a inovação no Nordeste.

As inscrições para a live e para as atividades presenciais seguem abertas no site oficial do Inovahack MBM Salvador, convidando interessados a se engajarem em uma experiência única de aprendizado e troca no cenário da inovação e tecnologia.

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