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Novembro Negro | Seis podcasts e videocasts apresentados por mulheres negras para acompanhar

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Foto: Reprodução/Instagram

Novembro Negro é um mês de reflexão, celebração e conscientização sobre a história da população afro-brasileira. Para mergulhar nessas histórias, os podcasts comandados por mulheres negras tem sido uma excelente ferramenta para dar visibilidade a histórias inspiradoras da comunidade negra, por meio da cultura, dos negócios e da própria vivência, além de abordar discussões urgentes para a sociedade. 

Confira algumas recomendações selecionadas pelo Mundo Negro para começar a acompanhar:

Líderes Brasileiras – O Negócio Delas

Um grupo de mulheres negras decidiu abrir o seu o grupo de WhatsApp em formato de videocast para compartilhar suas trajetórias enquanto lideranças femininas negras no mercado corporativo e no empreendedorismo. Disponível no Spotify, o programa é comandado pelas executivas Samantha Almeida, Viviane Duarte, Raquel Virginia e Helena Bertho. 

Sem Glamour

O projeto idealizado por Roberta Rodrigues e Shirley Cruz, celebra 24 anos de amizade entre as atrizes que se conheceram no filme ‘Cidade de Deus’, e se reencontraram recentemente para gravar a série spin-off ‘Cidade de Deus: A Luta Não Para’. Juntas, elas recebem diversos famosos no videocast, para falar dos seus corres, que antecedem ao glamour. Disponível no YouTube e no Spotify. 

Não Inviabilize

Fundado pela psicóloga Déia Freitas, o podcast conta histórias reais relatadas por ouvintes, que muitas vezes estão relacionados a casos de racismo, violência doméstica, feminismo, capacitismo, eventos sobrenaturais, amor, entre outros temas. Disponível no YouTube, Spotify, Deezer e Amazon Music. 

O Corre Delas 

A jornalista Luanda Vieira apresenta o ‘Corre Delas’, o novo podcast da Obvious, para falar sobre trajetória profissional sem romantização. No programa, ela recebe diversas convidadas para dialogarem sobre a inclusão, interseccionalidade e a solidão da mulher negra, entre outras pautas. Disponível no Spotify.

Angu de Grilo 

Comandado por mãe e filha, as jornalistas Flávia Oliveira e Bela Reis, trazem pitacos sobre tudo no podcast, com leveza, bom humor, informalidade e intimidade. As duas dialogam sobre as notícias que estão impactando o mundo, incluindo sobre personalidades negras, política e saúde. Disponível no Spotify e Deezer. 

Um Pouco de Nerdice para Pensar 

O mesacast comandado por Andreza Delgado recebe diversos convidados negros para entrevistas sobre o universo geek, saúde, música, entre outraos temas abrangentes para pela perspectiva da comunidade negra. Novos episódios voltarão a ser lançados na próxima semana, da Consciência Negra. Disponível no YouTube.

De cosméticos a livros: produtos de empreendedores negros para você apoiar nesta Black Friday

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Foto: Reprodução

Todos anos a Black Friday, que acontece na última sexta-feira do mês novembro, dá início às compras de Natal e fim de ano movimentando a economia do mundo inteiro, com grandes redes de varejo e pequenos e médios empresários oferecendo seus produtos com descontos especiais.

Para esse período, nada mais importante do que fortalecer nossa comunidade aproveitando as ofertas, conhecendo novos empreendedores negros e a diversidade de produtos com que trabalham. O Mundo Negro reuniu uma lista de produtos desenvolvidos e comercializados por empreendedores negros para você aproveitar a Black Friday deste ano.

Cosméticos

Com produtos dedicados a cuidar da pele negra e dos cabelos crespos e cacheados, marcas criadas por empreendedores negros estão dedicadas a suprir as necessidades de cuidados estéticos da nossa comunidade, oferecendo produtos que abrangem toda nossa diversidade.

Creme Para Pentear Cabelos Crespos Negra Rosa 500ml – R$ 29,90 (COMPRE AQUI)
Hidratante Corporal Yabás – R$ 58,80 (COMPRE AQUI)
Refil – Shampoo Vegano P/ Dreads – Removedor De Resíduos (COMPRE AQUI)

Vestuário
A moda é um dos pontos altos da cultura negra. Tanto quando se trata de novas tendências ou quando a estratégia é incorporar a elas elementos que viajam diretamente de África, como as estampas e tecidos característicos de diferentes povos da terra mãe.

Country Is Black – Camiseta Oversized 100% Algodão 26.1 – R$ 199 (COMPRE AQUI)
Vestido Curto Afro Rainha Nzinga – R$ 49,90 (COMPRE AQUI)
Jardineira Akili – R$ 119 (COMPRE AQUI)

Acessórios de moda
Também selecionamos alguns acessórios de moda que podem compor seu look, deixando-o mais bonito e ainda fortalecer os empreendedores negros.

Shoulder Bag Transversal Tiracolo Bolsinha – Sorrisos Negros – R$ 169 (COMPRE AQUI)
Bolsa/necessaire – Zb01 – 25cm X 15cm E Alça Ajustável – R$ 169,99 (COMPRE AQUI)

Acessórios
E para quem é apaixonado por acessórios que carregam mensagens poderosas, trouxemos indicações de anel, brinco e colar que são ótimas opções para quem procura algo mais discreto ou para pessoas que querem causar impacto.

Colar De Buzios Natural – R$ 275,50 (COMPRE AQUI)
Maxi Brinco Afro Dandara – Punho Cerrado Em Acrílico – R$ 69 (COMPRE AQUI)
Anel Ajustável Latina Poetnico – R$ 79 (COMPRE AQUI)

Livros
Como conhecimento nunca é demais, indicamos livros que resgatam a história de matriarcas negras, mostram a luta de mulheres negras e enaltecem nossas crianças.

Faria tudo outra vez, de Mãe Marcia Marçal (Aruanda Livros) – R$ 49,90 (COMPRE AQUI)
Livro – Vozes que não se calam: cartas de um evangelho brasileiro, feminino e negro – R$ 49,20 (COMPRE AQUI)
Ôse – coleção de destinos: Volume 16 – R$ 115 (COMPRE AQUI)
Os cachinhos de Bia – R$ 25 (COMPRE AQUI)

Peça teatral de Torto Arado estreia em São Paulo no Dia da Consciência Negra

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Foto: Caio Lírio/Divulgação
Foto: Caio Lírio/Divulgação

Após o sucesso retumbante em Salvador, com sessões lotadas e mais de 14 mil espectadores, Torto Arado – O Musical chega à capital paulista no dia 20 de novembro. A adaptação do best-seller de Itamar Vieira Júnior ganha vida no palco do Teatro Raul Cortez do Sesc 14 Bis, trazendo consigo uma narrativa profunda e lírica sobre as relações humanas e sociais no sertão baiano.

Com direção de Elísio Lopes Júnior, o espetáculo conta com um elenco de 22 profissionais, incluindo seis músicos e 16 atores, entre eles Larissa Luz, Bárbara Sut e Lilian Valeska, que interpretam as marcantes Bibiana, Belonísia e Donana. A trilha sonora inédita, assinada por Jarbas Bittencourt, reverbera a musicalidade nordestina em composições que dialogam com a cultura e a espiritualidade do Jarê, religiosidade presente na trama.

O diretor Elísio Lopes Júnior destacou o impacto emocional que o espetáculo teve no público baiano e espera trazer o mesmo impacto para os paulistas. “A sensação de ter estreado Torto Arado em Salvador, na Bahia, perto do lugar onde essa história foi concebida e perto das pessoas que entendem esse universo, nos deu uma sensação de pertencimento. A entrada do público foi mais um elemento dentro dessa contação de história e a gente percebeu que Torto Arado tem humor, tem dor, tem poesia, e isso tudo extraído do livro a partir do convívio desses personagens em cena. Os personagens de Torto Arado nos ensinam e agora partimos para novos palcos, novas plateias, mantendo a nossa musicalidade, nosso sotaque e a nossa identidade, esperando que o olhar de quem é de fora também consiga captar a poesia dessa aridez, esse humor e essa dor que a narrativa de Itamar Vieira Júnior nos oferece e que conseguimos transpor para o palco com o desejo de mostrar um pouquinho mais para o Brasil quem é o Brasil”, destaca.

Além de sua potência dramática, Torto Arado – O Musical busca incluir a diversidade cultural e promover acessibilidade. Sessões com tradução em Libras e audiodescrição estão programadas para os dias 5 a 8 de dezembro. Segundo o diretor de movimento Zebrinha, a coreografia explora a essência dos rituais do Jarê, apresentando uma estética contemporânea e profundamente conectada às raízes do espetáculo. A peça é realizada pelo Ministério da Cultura, Sesc São Paulo e Nubank, com patrocínio via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Os ingressos estão disponíveis online e nas bilheterias do Sesc, com apresentações de quinta a domingo.

Filmes, séries e reality show com protagonismo negro para maratonar no feriado prolongado

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Foto: Gilles Mingasson/ABC via Getty Images

O feriado prolongado da Proclamação da República pode ser uma boa oportunidade para colocar em dia as séries, filmes, ou reality shows que acabaram de chegar no streaming ou que você ainda não conseguiu assistir. 

De comédia à dramas, estas produções garantem muitas risadas ou muitas reflexões sobre a comunidade negra. Prepare a pipoca e aproveite! 

Veja as dicas abaixo:

Harlem

Estrelada por Meagan Good, Jerrie Johnson, Grace Byers e Shoniqua Shandai, a comédia acompanha a vida de quatro melhores amigas do Harlem, um bairro de Nova Iorque. Elas batalham pela carreira, vida amorosa e outros grandes sonhos, mesmo que às vezes de forma bem atrapalhada. A série tem duas temporadas disponíveis no Prime Video e a terceira com previsão de estreia em janeiro de 2025.

Infiltrado na Klan 

Dirigido por Spike Lee, o filme acompanha Ron Stallworth (John David Washington), um policial negro do Colorado, que em 1978,  consegue se infiltrar na Ku Klux Klan local. Se comunicando com telefonemas e cartas, quando precisa estar fisicamente presente, ele envia um outro policial branco em seu lugar. Depois de meses de investigação, Ron fica próximo do líder da seita, sendo responsável por sabotar uma série de linchamentos e outros crimes de ódio orquestrados pelos racistas. Disponível na Telecine. 

Nova Cena 

Os quatro primeiros episódios da ‘NOVA CENA’, primeiro reality musical brasileiro de rap da Netflix, estreou em 12 de novembro. Djonga, Filipe Ret e Tasha & Tracie são os jurados da atração, que busca o novo nome do rap no Brasil. A segunda parte do programa chega ao catálogo no dia 19 de novembro. 

Toda Família Tem 

A série de comédia protagonizada por Pedro Ottoni, acompanha o Pê, um jovem de 19 anos, que vê sua vida mudar quando retorna com a família para a casa da avó Geni no Rio de Janeiro, deixando para trás seu estilo de vida confortável. Também estão no elenco, Solange Couto, Érico Brás, Maíra Azevedo, Gabriela Dias, Duda Pimenta, entre outros. A produção estreou a primeira temporada neste ano e contém sete episódios, disponíveis no Prime Video. 

Os Últimos Dias de Ptolemy Grey

Uma minissérie dramática baseada no romance homônimo de Mosley de 2010, é estrelada por Samuel L. Jackson, Dominique Fishback, entre outros. Ptolemy Grey é um senhor de 93 anos que aos poucos está perdendo a memória e confundindo fantasia e realidade. Um dia, ele é levado pela neta a um médico, que promete restaurar sua memória de forma temporária. Mas o tratamento é breve e a longo prazo irá acelerar o processo da doença de Alzheimer. Disponível na Apple TV+.

Cidade de Deus: A Luta Não Para

No spin-off do clássico nacional “Cidade de Deus”, o Buscapé, interpretado por Alexandre Rodrigues, volta a contar histórias a partir do seu ponto de vista, que se passa em 2004, 20 anos depois dos acontecimentos do filme. O elenco contém novos e antigos personagens, como o retorno de Edson Oliveira como Barbantinho, Roberta Rodrigues como Berenice e Sabrina Rosa como Cinthia. A série contém uma temporada com seis episódios, disponíveis na Max. 

Além da Realidade 

Numa trama com muito suspense, John (Morris Chestnut) e Laura (Regina Hall) desejam ter um bebê mais que qualquer coisa e, depois de várias tentativas em vão, eles contratam Anna (Jaz Sinclair) como barriga de aluguel. Conforme a gravidez avança, Anna vai ficando cada vez mais obcecada por John e coloca o rapaz e Laura em perigo. Disponível na Netflix.

Abbott Elementary 

A série retrata a realidade de uma escola pública da Filadélfia com apenas alunos negros, que sobrevive com poucos recursos financeiros e professores com baixos salários, porém empenhados em dar o seu melhor para educar as crianças. Com três temporadas disponíveis na Disney+, o elenco conta com Quinta Brunson, Tyler James Williams, Sheryl Lee Ralph,  Janelle James e Zack Fox. 

Arcanjo Renegado 

A terceira temporada da série ‘Arcanjo Renegado’, estrelada por Marcello Melo Jr., acaba de estrear no Globoplay com 10 episódios inéditos. Se a vida de Mikhael já tinha se transformado da primeira para a segunda temporada, depois de uma missão no continente africano e muitas reviravoltas surpreendentes em sua trajetória, desta vez ele se redescobre ainda mais durante uma imersão no norte do Brasil, na região amazônica. 

Mulher que cometeu racismo contra filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso é condenada a prisão em Portugal

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Acusada de racismo contra Titi e Bless, filhos mais velhos da atriz Giovanna Ewbank e do Bruno Gagliasso, Adélia Barros, de 59 anos, foi condenada pelo Tribunal de Almada, em Portugal, a oito meses de prisão e ao pagamento de uma indenização de 14 mil euros (cerca de R$ 85 mil) por danos morais.

De acordo com informações do jornal português, Público, a criminosa cumprirá a pena em liberdade condicional, desde que não cometa o mesmo crime durante quatro anos. Além da indenização aos ofendidos, Adélia foi sentenciada a pagar 2,5 mil euros (aproximadamente R$ 15 mil) à associação SOS Racismo e a se submeter a tratamento para alcoolismo.

Nas redes sociais, os pais de Titi e Bless comemoraram a decisão da justiça portuguesa. “Há quase três meses a gente celebrava uma vitória contra o racismo no Brasil. E, hoje, direto de Salvador, neste mês que nos pede consciência para que lembremos da herança escravocrata que herdamos, a gente volta para propagar mais uma vitória contra o racismo, desta vez em Portugal”, afirmava a publicação.

Relembre o caso

O crime ocorreu em julho de 2022, em um restaurante na região de Costa da Caparica, em Portugal. Na ocasião, Adélia proferiu ofensas racistas às crianças, que são negras e foram adotadas pelo casal brasileiro. Entre os insultos, ela teria dito: “Voltem para a África! Saiam daqui! Viva Portugal!”.

Na época, um vídeo mostrou Giovanna Ewbank confrontando a mulher. Segundo testemunhas, a atriz chegou a cuspir no rosto de Adélia. Bruno Gagliasso, presente no local, permaneceu ao lado da esposa durante a discussão, sem intervir. A sentença, que inclui medidas reparatórias e punitivas, foi interpretada como um avanço no enfrentamento ao racismo em Portugal, país que tem enfrentado críticas por episódios recorrentes de xenofobia e discriminação racial.

15 restaurantes e chefs para celebrar o Dia da Consciência Negra no Brasil

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Chef Sam do Mama Africa Labonne Bouffe (Foto: Reprodução/Instagram)

No Dia da Consciência Negra, celebramos a riqueza e a diversidade da cultura afro-brasileira em suas múltiplas expressões. A gastronomia é uma das formas mais poderosas de resgatar histórias, honrar tradições e saborear o legado cultural deixado pelos povos africanos no Brasil. Com isso em mente, o Mundo Negro apresenta uma seleção especial como parte do Guia Black Chefs, destacando 15 restaurantes e chefs que são referência na valorização da culinária afro-brasileira.

Essa curadoria ressalta o talento de empreendedores e chefs negros que utilizam a gastronomia como forma de resistência e afirmação cultural. De pratos tradicionais como o acarajé, abará e moquecas, até criações inovadoras que dialogam com a ancestralidade, esses estabelecimentos representam um convite para descobrir e apoiar iniciativas que celebram a negritude na culinária.

Conheça os destaques:

Restaurante Maria Mata Mouro (@mariamatamouro): Menu diversificado com influências mediterrânea, asiática, italiana e brasileira em Salvador

Sal Marinho Restaurant Bar Vilas (@salmarinhorestaurant): Frutos do mar e culinária brasileira em Lauro de Freitas

Griot Burger (@griotburger): Hamburgueria afro-brasileira em Salvador

Mama Africa Labonne Bouffe (@mamaafrica_labonnebouffe): Os sabores dos mais variados pratos típicos africanos na zona leste de São Paulo.

Nossas Raízes Bistrô (@nossasraizesbistro): Culinária afro-brasileira e pratos populares no Rio de Janeiro. 

Cozinheiro Gil (@cozinheirogil): Pratos veganos e vegetarianos em Salvador

Casa de Ieda (@casadeieda): Comida da Chapada Diamantina, em São Paulo.

Tapioca das Pretas (@tapiocadaspretas): Tapiocas e cuscuz com sabores autênticos em Goiânia

Confraria da Gula (@confrariadagula): Confeitaria criativa em Belo Horizonte, oferecendo doces especiais e receitas inovadoras. 

Acarajé da Juci D’Oyá (@acarajedajucidoya): Culinária afrodiaspórica com sabores autênticos em Belém

Café Quintal de Casa (@cafequintaldecasa): Uma experiência de aconchego e alimentação afetiva na periferia de São Paulo

Ki Mukeka (@kimukeka.sp): Restaurante com moqueca e outras especialidades da culinária baiana em São Paulo.

Daren Ferreira (@daren_ferreira_): Fundadora da primeira fábrica de bolachas inspirada na afrocentricidade, jogos de bolachas e bolacha com temas afros, que fica em Curitiba

Porto Carioca Bar (@portocariocabar): Especializado em petiscos, panquecas e drinks na Cidade Baixa (RS).

Kush Culinária Afro-Brasileira (@kushculinariaafrobrasileira): Culinária afro-brasileira e africana no Rio de Janeiro.

Léo Santana domina o Afropunk com show histórico e energia avassaladora

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Foto: Alef Fera

Texto: Rodrigo França

Léo Santana entregou um espetáculo inigualável em sua estreia no palco do Afropunk Salvador, provando mais uma vez porque é considerado um dos maiores cantores do Brasil. Com uma apresentação que uniu excelência vocal, energia contagiante e coreografias arrebatadoras, o cantor fez história no festival, exaltando as raízes do pagode baiano e a potência da cultura negra.

O público foi conquistado logo no início, com a escolha de “Negro Lindo”, um clássico da época do Parangolé, que reafirma o orgulho e a beleza da negritude. A energia cresceu ainda mais com “Zé do Caroço” – música da magistral Leci Brandão, uma homenagem à resistência cultural e social, emocionando a plateia ao trazer uma camada de consciência ao show. A força dessas canções, aliada à entrega de Léo no palco, elevou o espetáculo a um nível de excelência que poucos artistas conseguem alcançar.

Além da voz inconfundível, Léo Santana mostrou-se um mestre em performance. Suas coreografias, dirigidas pela brilhante Edilene Alves, foram um dos pontos altos da noite. Cada movimento dos bailarinos foi pensado para amplificar a energia do show, criando um espetáculo visual que complementou a sonoridade vibrante do pagodão. Edilene não apenas trouxe técnica e criatividade, mas também construiu um espetáculo com narrativa e emoção, transformando a dança em uma linguagem que conectou o público ao artista.

Os bailarinos – Edilene Alves, Gabriel Mascarenhas, Estevam Costa, Vitória Brisa, Michele Moura, Jessica Santana, Nicole Bastos e Suelen de Paula – brilharam em cada número. Com movimentos precisos e uma sintonia impecável, eles foram muito mais do que suporte: foram protagonistas ao lado de Léo, trazendo vida e energia às músicas. É revolucionário um homem negro rebolando. Movimentar a cintura é um gesto ancestral, profundamente africano, que carrega potência e resistência. É a expressão viva de um processo simultâneo de descolonização e decolonização e resgate das raízes culturais, desafiando os estigmas impostos pela colonização. E quando esse gesto vem de um homem da periferia de Boa Vista do Lobato, em Salvador, ele se torna ainda mais simbólico: é a afirmação de identidade e poder, quebrando paradigmas e inspirando uma nova narrativa.

A equipe de produção, liderada por Jean Guimarães, demonstrou um cuidado excepcional em cada detalhe. A direção musical de David Mattos equilibrou nostalgia e inovação, enquanto a produção técnica de Tony Oliveira garantiu um show impecável do início ao fim. O gigante não só entregou o prometido, mas superou todas as expectativas, consolidando-se como um dos maiores artistas do país.

Léo Santana não foi apenas um cantor ou dançarino no Afropunk. Ele foi um contador de histórias, um representante da cultura negra e um embaixador da alegria. Um show que ficará marcado na memória de todos e que reafirma a potência do pagodão baiano como símbolo de identidade e celebração.

O gigante mostrou que é mais que um artista: é um ícone. Um verdadeiro showman.

Feriado de 15 de novembro: dicas de programação cultural negra

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Foto: Agencia Brasil/ Divulgação
Foto: Agencia Brasil/ Divulgação

Em meio ao feriado de 15 de novembro, quando o Brasil relembra a Proclamação da República, surge a oportunidade de redescobrir e celebrar as raízes da cultura negra nas principais cidades do país. Com uma agenda que transborda música, dança e encontros afetuosos, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Recife e Brasília abrem suas ruas, praças e palcos para um mergulho profundo na riqueza da tradição afro-brasileira. É um feriado que vai além do descanso – uma chance de viver, ouvir e exaltar as histórias e vozes que constroem a resistência e renovam o orgulho negro.

Além do feriado, os dias 16 e 17 trazem programações especiais, com shows, peças, festas e eventos que destacam a diversidade e a vitalidade da cultura afro-brasileira. Esses encontros, mais que entretenimento, são espaços para celebrar a identidade e a contribuição do povo negro para o Brasil. Nos palcos, nas rodas de conversa e nas feiras, o público poderá se conectar com manifestações artísticas que refletem a força e a relevância da cultura negra.

Se você deseja aproveitar o feriado prolongado para explorar essa rica agenda cultural, reunimos algumas dicas de eventos imperdíveis que acontecem nos dias 15, 16 e 17 de novembro.

São Paulo

Ocupação Preta CCBB – Honrando o Passado e Fazendo o Futuro

Rio de Janeiro

  • Moda Afro
    • Data: 15 de novembro
    • Local: Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab)
    • Descrição: Desfile de moda que valoriza estéticas e identidades afro-brasileiras, acompanhado de apresentações musicais e experiências gastronômicas autênticas.

    • Salsa Day
    • Data: 16 de novembro
    • Local: Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab)
    • Descrição: Aulas de dança gratuitas de salsa, seguidas de encontro de dança e gastronomia típica.

Salvador

Foto: divulgação
Foto: divulgação

Lançamento das obras da bailarina negra de fama internacional, Ingrid Silva.
Data:
15 de novembro
Local: Arcadas do Museu de Arte Moderna da Bahia

“Nossos Ancestrais – a maldade em crise”
Data: 16 de novembro
Local: Museu de Arte da Bahia

Porto Alegre:

34ª Semana Municipal da Consciência Negra

  • Data: De 16 a 23 de novembro de 2024
  • Local: Diversos locais em Porto Alegre
  • Descrição: Programação gratuita com feiras de artesanato e gastronomia, além de eventos culturais em comemoração ao Dia da Consciência Negra.

Recife:

2ª Edição do Curso: Intelectuais Negras Ancestrais

  • Data: 14, 21 e 25 de novembro, e 5 de dezembro de 2024
  • Local: Recife
  • Descrição: Curso que aborda a contribuição de intelectuais negras ancestrais para a cultura e sociedade.




Exposição gratuita no Museu da História e Cultura Afro-Brasileira do RJ celebra Tereza de Benguela

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Imagem: Reprodução

Para marcar o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, o Museu da História e Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB), localizado na Região Portuária do Rio de Janeiro, inaugurou uma exposição dedicada a Tereza de Benguela, histórica líder quilombola conhecida por sua resistência contra a opressão colonial. As obras, que ficarão em exibição até o dia 8 de dezembro, reforçam o legado de Tereza como símbolo de coragem e força das mulheres negras no Brasil. A entrada é gratuita.

A mostra reúne criações de jovens vinculados ao Centro de Referência da Juventude (CRJ), em Novo Horizonte, Espírito Santo, que, em parceria com o Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (CIEDS), elaboraram peças que expressam a história de luta e resiliência. Cada obra revela uma perspectiva sobre a importância da resistência e da visibilidade das mulheres negras na sociedade, temas que ganham ainda mais força com a referência a Tereza de Benguela.

Além de promover a reflexão sobre a história e o papel de Tereza, a exposição também oferece uma oportunidade prática para os jovens envolvidos: as peças estarão à venda, e a renda arrecadada será revertida aos próprios artistas, incentivando a continuidade de projetos culturais e sociais.

Serviço
Exposição: Tereza de Benguela
Data: até 08/12/2024
Horário: 10h às 17h
Local: Museu da História e Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB) – Rua Pedro Ernesto, 80. Gamboa, Rio de Janeiro/RJ
Entrada: gratuita e aberta ao público

Grammy Latino 2024: homens negros brasileiros brilham na premiação

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Fotos: Getty Images

Um dia cheio de emoções! A cerimônia do 25º Grammy Latino ocorreu nesta quinta-feira (14), em Miami, nos Estados Unidos, e até o momento, seis premiações foram conquistadas por homens negros brasileiros.

Com três indicações, Jota.pê ganhou os três prêmios e se tornou um dos grandes destaques do evento. Com o projeto “Se Meu Peito Fosse Mundo”, ele venceu as categorias Melhor Álbum de Música Popular Brasileira/Música Afro-Brasileira; Melhor Álbum de Engenharia de Gravação, assinada por Thiago Bajjo, Will Bone, Leonardo Emocija, Rodrigo Lemos, Felipe Vassão e João Milliet, Felipe Tichauer. Além de também vencer a Melhor Canção em Língua Portuguesa com a faixa “Ouro Marrom”.

Xande de Pilares também marcou presença na premiação e levou a estatueta de Melhor Álbum de Samba/Pagode com o projeto “Xande Canta Caetano”. Os Garotin ganharam o primeiro Grammy da carreira com “Os Garotin de São Gonçalo” como Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa.

Xamã, Gabriel O Pensador e Lulu Santos, levaram o prêmio pela música “Cachimbo da Paz 2” na categoria Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa. Enquanto Mestrinho e Mariana Aydar levaram como Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa por “Mariana e Mestrinho”.

Já o cantor gospel Thalles Roberto venceu como Melhor Álbum de Música Cristã de Língua Portuguesa por “Deixa Vir – Vol II (Ao Vivo)”.

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