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Iniciativas online facilitam identificação de candidatos negros nas eleições municipais de 2024

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No próximo domingo, 6, acontece no Brasil as eleições municipais, onde será decidido que vai assumir a prefeitura e os cargos para vereadores. Ainda que em menor número, as candidaturas negras e engajadas com setores do Movimento Negro são fundamentais para que ações de políticas públicas voltadas para nossa população caminhem dentro do campo político. Para a ajudar a população a saber quem são os candidatos negros, plataformas e iniciativas reuniram informações que ajudam a identificar os nomes.

O coletivo Vote LGBT criou uma plataforma inovadora que permite filtrar candidaturas por estado, partido e identidade, incluindo opções como trans, indígenas, mulheres e negros. Além de facilitar o acesso a esses perfis, o site oferece um resumo com informações essenciais sobre os candidatos e candidatas, além de destacar as principais prioridades de seus mandatos. Com mais de 800 indicações, a ferramenta busca promover maior visibilidade e representatividade para grupos historicamente marginalizados nas eleições municipais de 2024.

O Guia do Voto Periférico, lançado pelo PerifaConnection, tem como objetivo reunir candidatas e candidatos do campo progressista comprometidos com a criação de políticas públicas voltadas para as periferias. A iniciativa lista 129 nomes que concorrem a prefeituras e câmaras municipais, destacando a importância de eleger representantes que defendam os interesses da população periférica. O guia reforça a necessidade de ocupação dos espaços de poder para que as decisões que afetam essas comunidades sejam tomadas com a devida participação de quem vive essa realidade, em consonância com o lema: “nada sobre nós, sem nós!”.

No mês de agosto, a jornalista Roberta Garcia lançou o programa Papo de Preta Progressista (3P), onde realizou lives semanais em seu Instagram dedicadas a dar visibilidade a projetos de mulheres negras que concorrem às prefeituras e vagas de vereança nas eleições municipais de 2024. As entrevistas com candidatas de diferentes cidades do país estão disponíveis no perfil da jornalistas.

O portal de jornalismo, Alma Preta, lançou uma ferramenta online chamada ‘Quero Votar em Preto’, que mostra quem são os candidatos autodeclarados pretos, pardos e indígenas em todos os municípios do país. A ferramenta permite disponibiliza filtros de busca com opções como cargo, estado, município, partido e gênero para que as pessoas possam ver os nomes dos candidatos.

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelam que, apesar de avanços no número de candidaturas negras, a sub-representação desses grupos entre os eleitos ainda é significativa. Em 2018, as candidaturas negras representaram 46,4% do total; em 2020, esse número chegou a 50%, e em 2022, atingiu 50,27%. No entanto, o reflexo nas casas legislativas foi insuficiente. Nas eleições municipais de 2020, 771 câmaras (13,86%) não elegeram nenhuma pessoa negra. Além disso, quase 54% dos vereadores eleitos se autodeclararam brancos. A desigualdade persiste também no cargo de prefeito: em 2020, 67% dos eleitos eram brancos, enquanto apenas 32% se declararam pretos ou pardos.

Chef Aline Chermoula lança livro infantil gratuito com receitas saudáveis e oferece aula de culinária para crianças

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Foto: Reprodução

A chef Aline Chermoula, conhecida por seu trabalho em torno da alimentação saudável e afrocentrada, acaba de lançar seu segundo livro voltado ao público infantil, Vai Ter Criança na Cozinha: Alimentação Saudável para Crianças. A obra é um convite para que famílias inteiras se envolvam na cozinha, criando momentos de diversão e aprendizado que reforçam os laços afetivos entre pais e filhos. Além de apresentar mais de 30 receitas práticas e nutritivas, o livro oferece orientações sobre a importância de uma alimentação de qualidade desde a infância, com dicas sobre nutrição infantil, planejamento de cardápios e até como envolver as crianças em todas as etapas do preparo dos alimentos. O livro está disponível para download gratuito no perfil da chef.

“Acredito que a cozinha é um espaço fundamental para fortalecer os vínculos familiares”, afirma Aline Chermoula, que já tem 13 anos de experiência ensinando culinária para crianças em escolas públicas e particulares. O novo livro é uma extensão desse trabalho, que vai além das receitas: ele incentiva as famílias a se reunirem em torno da mesa e a criarem memórias afetivas duradouras, enquanto promovem hábitos alimentares mais saudáveis.

Além do lançamento do livro, Aline está oferecendo uma aula especial de culinária para crianças, neste sábado, 5, às 14h, na Casa PretaHub, localizada na região central de São Paulo, em comemoração ao mês das crianças. Na aula, os pequenos terão a oportunidade de aprender a fazer brigadeiro, explorando a origem do chocolate e o processo de transformação do cacau até o doce. “É muito mais do que cozinhar; é ensinar as crianças sobre história, cultura e, claro, sobre a importância da higiene e organização na cozinha”, destaca a chef.

A aula promete ser uma experiência interativa e educativa, onde as crianças vão desenvolver coordenação motora, noções de matemática e ciências básicas, além de reforçar a importância do trabalho em equipe. “É uma oportunidade única para que pais e filhos vivenciem a cozinha como um lugar de aprendizado e prazer”, completa Aline.

Kerry Washington investe em plataforma de mídia social voltada para cultura e diversidade criada por pessoas negras

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Foto: Reprodução/Instagram

A atriz Kerry Washington foi anunciada como a mais nova investidora do Spill, um aplicativo de mídia social focado em conexões, cultura e comércio, com uma atenção especial à comunidade negra, conforme divulgado pelo portal TechCrunch. O apoio financeiro da estrela de UnPrisoned ocorre pouco antes do segundo aniversário da plataforma, que tem ganhado destaque por oferecer um ambiente acolhedor e inclusivo para grupos historicamente marginalizados.

Washington é uma usuária ativa do Spill, onde frequentemente organiza “chás da tarde” — transmissões de vídeo ao vivo — para debater temas diversos com seus seguidores. A atriz, conhecida também pelo engajamento em questões sociais, destacou a segurança e o senso de comunidade do aplicativo como fatores decisivos para seu investimento. “Quando entrei no Spill como usuária, fiquei surpresa e inspirada com o quão segura a comunidade se sentia. Eu imediatamente quis apoiar o crescimento da plataforma, porque a segurança é uma ferramenta poderosa para promover honestidade, criatividade, conexão e comunidade”, afirmou Kerry em nota.

O Spill se diferencia por criar um espaço seguro e inclusivo para grupos marginalizados, como pessoas negras, pardas e LGBTQIA+. “Em um mundo digital onde grupos marginalizados raramente se sentem priorizados, o Spill se destaca. Tenho orgulho de fazer parte desta comunidade como usuária e investidora”, completou a atriz.

O fundador do aplicativo, Alphonzo Terrell, ressaltou a importância da participação de Kerry Washington, destacando sua proximidade com os usuários. “Ela é incrivelmente acessível e bem informada, especialmente sobre esses temas, e não hesita em interagir diretamente com as pessoas”, afirmou. Segundo Terrell, essa postura da atriz reflete o ambiente que o Spill pretende cultivar: um espaço de conexão humana e autenticidade.

Recentemente, Washington organizou no Spill um “Chá para o Dia do Registro de Eleitores”, promovendo discussões sobre as próximas eleições e o papel dos cidadãos na promoção de mudanças sociais e políticas.

O Spill permite que seus usuários, chamados de “Spillionaires”, criem postagens curtas de até 90 caracteres, acompanhadas de imagens, GIFs ou vídeos. Além disso, a plataforma oferece ferramentas de interação como comentários, compartilhamentos e um ranking de tendências, chamado Spillboard, que facilita a descoberta de conteúdos em alta globalmente. A plataforma também oferece jogos e atividades ao vivo, como os populares Tea Parties e partidas de Spades.

‘Magazine Dreams’, filme de Jonathan Majors arquivado após julgamento, estreia em 2025

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Foto: Jordan Strauss/Invisão/AP

O drama esportivo Magazine Dreams, estrelado por Jonathan Majors, finalmente tem data para chegar aos cinemas em 2025, após ter sido adquirido pela Briarcliff Entertainment. A informação foi divulgada pela Variety. O longa, que estreou no Festival de Sundance em 2023, havia sido inicialmente adquirido pela Searchlight Pictures, mas foi retirado de sua lista de lançamentos após a condenação de Majors em dezembro de 2023.

Majors foi considerado culpado de duas acusações de contravenção — agressão em terceiro grau e assédio em segundo grau — relacionadas a um incidente com sua ex-namorada em março de 2023. Apesar da condenação, o ator foi absolvido das acusações de agressão intencional e assédio agravado, o que acabou abrindo caminho para a retomada de sua carreira em Hollywood.

Magazine Dreams, escrito e dirigido por Elijah Bynum, acompanha a história de um fisiculturista amador que luta para encontrar conexão humana em meio a uma busca obsessiva pelo sucesso, em uma narrativa que explora questões como violência e a busca pela celebridade. Além de Majors, o elenco conta com Taylour Paige, Mike O’Hearn, Harrison Page, Haley Bennett e Harriet Sansom Harris.

“O filme de Elijah causou um impacto merecido em Sundance e estamos ansiosos para levar essa história às telonas do país em 2025”, disse Tom Ortenberg, CEO da Briarcliff Entertainment. “A performance de Jonathan Majors como Killian Maddox será lembrada como uma das mais transformadoras da história recente do cinema”, afirmou.

De acordo com o Deadline, para interpretar Maddox, Majors passou por uma intensa preparação física, consumindo 6.100 calorias diárias e treinando seis vezes por semana durante quatro meses. O filme promete marcar um retorno de Majors à cena cinematográfica, após sua progressão em Hollywood ter sido afetada pela condenação.

Nos últimos meses, Majors já retomou projetos de grande destaque. Em junho, o ator foi escalado para o thriller de vingança e ficção científica Merciless, dirigido por Martin Villeneuve.

Saudade do tempo em que a TV era branca? Um chamado à diversidade e inclusão na teledramaturgia brasileira

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A história da TV brasileira foi construída por muitas pessoas e é reconhecida mundialmente pela riqueza dos conteúdos nacionalmente produzidos, mas com uma escassez significativa quando o assunto é a diversidade. Nos últimos anos, tivemos transformações de grande valia para os telespectadores que passaram não apenas a assistir, mas a terem o desejo de representação nos produtos televisivos. A arte tem como principal papel comunicar e provocar reflexão e, consequentemente, a partir disso, o movimento que tem acontecido há algum tempo é a promoção de diversidade nas produções brasileiras, tanto à frente, quanto por trás das câmeras. 

Em meados de 2020, a indústria viveu uma grande mudança e atraiu novos olhares para as pautas raciais após o triste assassinato de George Floyd. A população negra sentiu um ar de esperança, mesmo após o luto, com o rumo do mercado corporativo, principalmente audiovisual e publicitário, mudasse a partir desse marco. As denúncias começaram a surtir efeito e as empresas precisaram refletir a equidade em suas produções. Medidas foram tomadas com a tentativa de redução dos impactos do racismo estrutural na sociedade e, consequentemente, a inserção de pessoas negras em cargos escalonados e de maior prestígio. 

No entanto, essa caminhada ainda enfrenta resistências. Vivemos hoje uma era pós “Black Lives Matter” (Vidas Negras Importam), que é como chamamos o movimento. Socialmente, o povo negro está longe de poder viver seu protagonismo com tranquilidade. Recentemente, uma agência de talentos que se denomina uma das maiores do país, com cerca de 300 artistas em seu casting, fez um post nas redes sociais utilizando um print de uma matéria da coluna F5 da Folha de S. Paulo, como justificativa para o seu texto preconceituoso, validando críticas racistas direcionadas a protagonista GABZ e a responsabiliza pela baixa audiência de “Mania de Você”, atual novela das 21h do folhetim da TV Globo. 

Na seção “quem somos”, a agência se diz comprometida com o desenvolvimento ético e responsável de talentos, mas sua visão estreita e racista na publicação revela o oposto. Ao invés de fomentar a diversidade no audiovisual, eles reforçam um discurso que retrocede nas conquistas da população negra. 

“Fato anunciado! A mudança drástica no equilíbrio das escalações entre as gerações nos elencos das novelas brasileiras, vem provocando, há muito tempo, uma mudança de hábito no público. Sem os GIGANTES VETERANOS o público não se identifica com a obra. Simples assim! Foram eles que construíram a televisão brasileira e fizeram o país e o mundo se apaixonarem pelas novelas. Será que um dia algum executivo poderoso vai entender isso e mudar novamente a nossa história?” 

O texto em questão não só responsabiliza uma mulher negra pelo desempenho de uma produção inteira, como também evidencia a obsoleta maneira de pensar de quem compõe a indústria. Há questões mais contemporâneas como: novos hábitos de consumo do mercado audiovisual proporcionado pelas plataformas de streaming e redes sociais. O público mais jovem não consome os produtos como as gerações anteriores, que eram apenas através da televisão, e sim através de outras mídias digitais. 

A Globo está passando por uma grande transformação e sendo desafiada por essa nova realidade em que se propõe diversidade e representatividade. Percebe-se um resultado efetivo e prático da emissora, quando uma agência de valores conservadores de talentos questiona a falta dos “gigantes veteranos” predominantemente brancos. 

Em vez de nostalgia por uma época em que a televisão era predominantemente branca, é fundamental apoiar a diversidade de vozes e narrativas. A arte precisa ser acessível a todos, refletindo a riqueza das diversas idades, etnias e origens que compõem o Brasil. Que possamos celebrar uma televisão cada vez mais colorida e inclusiva, onde todos tenham a chance de brilhar. 

Ação contra pais e Colégio Bandeirantes exclui bullying e cita racismo em caso de suicídio de estudante

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Foto: Reprodução

A família do estudante negro, gay e bolsista do Colégio Bandeirantes, que cometeu suicídio em 12 de agosto, está movendo uma ação judicial contra os pais de quatro adolescentes envolvidos no caso, além da escola e da ONG Ismart, responsável por selecionar alunos de baixa renda para estudar em instituições privadas. A ação, que foca em racismo, homofobia e tortura racial, optou por não utilizar o termo “bullying”, com o entendimento de que ele não reflete a profundidade dos abusos sofridos pelo jovem de 14 anos.

Em entrevista ao Mundo Negro, o advogado Hédio Silva Júnior, que representa a família, explicou que esta ação é pioneira em seu formato. “A escola deve preparar os alunos para coexistirem e valorizarem a diversidade humana, conforme preceitos da Constituição, da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), do Estatuto da Criança e do Adolescente e de tratados internacionais ratificados pelo Brasil”, destacou Hédio. Além disso, ele explicou que a escola tem a responsabilidade de preservar a saúde física e mental dos alunos, algo que não foi cumprido no caso.

Por que os pais estão sendo processados?

Em resposta à pergunta sobre a responsabilização dos pais dos adolescentes envolvidos, Hédio Silva foi claro: “Os pais são responsáveis pelos ilícitos cometidos por seus filhos. O Código Civil determina que, no âmbito cível, são eles que devem responder pelas ações dos menores de idade.” Ele acrescentou que, no caso, os atos de discriminação e homofobia relatados no áudio do jovem indicam a prática de tortura racial, o que coloca os adolescentes sob julgamento na vara da infância e adolescência.

Medidas socioeducativas para os adolescentes

Sobre as possíveis consequências para os adolescentes envolvidos, Hédio explicou que, caso comprovada a prática de atos infracionais, eles estarão sujeitos a medidas socioeducativas, que podem incluir desde a prestação de serviços comunitários até a internação na Fundação Casa. “Medidas de prestação de serviços podem ser cumpridas, por exemplo, em ONGs voltadas para a comunidade negra ou LGBT”, comentou.

Por que o Ismart também é alvo da ação?

A ONG Ismart, que foi responsável pela inclusão do estudante no Colégio Bandeirantes, também está sendo processada. Segundo Hédio, o Ismart é visto como um intermediador que deve garantir a qualidade da educação oferecida pela escola e zelar pelo bem-estar dos alunos. “Eles têm que ser responsabilizados pelas omissões da escola no cuidado com o aluno”, afirmou o advogado.

A família busca, além da reparação financeira, uma mudança na forma como o colégio lida com a diversidade e a inclusão de alunos de diferentes origens. A ação está prevista para ser protocolada até o final de outubro e promete ser um marco no combate à discriminação racial e homofóbica em instituições de ensino no Brasil.

A família de um estudante negro, gay e bolsista do Colégio Bandeirantes, que cometeu suicídio em 12 de agosto, está movendo uma ação judicial contra os pais de quatro adolescentes envolvidos no caso, além da escola e da ONG Ismart, responsável por selecionar alunos de baixa renda para estudar em instituições privadas. A ação, que foca em racismo, homofobia e tortura racial, optou por não utilizar o termo “bullying”, com o entendimento de que ele não reflete a profundidade dos abusos sofridos pelo jovem de 14 anos.

Em entrevista ao Mundo Negro, o advogado Hédio Silva Júnior, que representa a família, explicou que esta ação é pioneira em seu formato. “A escola deve preparar os alunos para coexistirem e valorizarem a diversidade humana, conforme preceitos da Constituição, da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), do Estatuto da Criança e do Adolescente e de tratados internacionais ratificados pelo Brasil”, destacou Hédio. Além disso, ele explicou que a escola tem a responsabilidade de preservar a saúde física e mental dos alunos, algo que não foi cumprido no caso.

Por que os pais estão sendo processados?

Em resposta à pergunta sobre a responsabilização dos pais dos adolescentes envolvidos, Hédio Silva foi claro: “Os pais são responsáveis pelos ilícitos cometidos por seus filhos. O Código Civil determina que, no âmbito cível, são eles que devem responder pelas ações dos menores de idade.” Ele acrescentou que, no caso, os atos de discriminação e homofobia relatados no áudio do jovem indicam a prática de tortura racial, o que coloca os adolescentes sob julgamento na vara da infância e adolescência.

Medidas socioeducativas para os adolescentes

Sobre as possíveis consequências para os adolescentes envolvidos, Hédio explicou que, caso comprovada a prática de atos infracionais, eles estarão sujeitos a medidas socioeducativas, que podem incluir desde a prestação de serviços comunitários até a internação na Fundação Casa. “Medidas de prestação de serviços podem ser cumpridas, por exemplo, em ONGs voltadas para a comunidade negra ou LGBT”, comentou.

Por que o Ismart também é alvo da ação?

A ONG Ismart, que foi responsável pela inclusão do estudante no Colégio Bandeirantes, também está sendo processada. Segundo Hédio, o Ismart é visto como um intermediador que deve garantir a qualidade da educação oferecida pela escola e zelar pelo bem-estar dos alunos. “Eles têm que ser responsabilizados pelas omissões da escola no cuidado com o aluno”, afirmou o advogado.

A família busca, além da reparação financeira, uma mudança na forma como o colégio lida com a diversidade e a inclusão de alunos de diferentes origens. A ação está prevista para ser protocolada até o final de outubro e promete ser um marco no combate à discriminação racial e homofóbica em instituições de ensino no Brasil.

Eleitores têm até sábado para baixar o e-Título antes do 1º turno

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Eleitores que pretendem usar o e-Título, o aplicativo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que substitui o título de eleitor impresso nas eleições de 2024, têm até este sábado (5) para baixar ou atualizar o app. O prazo é válido para quem deseja utilizar o documento digital no primeiro turno, que acontece neste domingo (6), em todo o Brasil. Para o segundo turno, o aplicativo poderá ser atualizado até o dia 26 de outubro.

O e-Título pode ser usado no dia da votação como documento oficial, desde que o eleitor tenha realizado o cadastramento biométrico, que inclui a foto no perfil do aplicativo. Caso o eleitor não tenha a foto cadastrada ou não consiga baixar o app até o prazo, será possível votar apresentando um documento oficial com foto, como RG ou CNH.

O aplicativo, que não estará disponível para download ou atualização no dia da eleição, também oferece outras funções, como consulta do local de votação, justificativa de ausência e emissão de documentos eleitorais. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mais de 46 milhões de eleitores já estão cadastrados na plataforma.

O uso do e-Título facilita o processo eleitoral, mas o TSE alerta para a importância de se antecipar no download, evitando problemas de última hora

“Estão vigiando minha filha de 6 anos”, denuncia candidato que pode ser o primeiro prefeito negro de Sabará em 313 anos

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Hellison Lopes e Conceição Arruda durante campanha em Sabará. A chapa pode eleger o primeiro prefeito e vice-prefeita negros da cidade em 313 anos. Fonte: Divulgação

Hellison Lopes *(Professor Costela) , vereador e candidato à prefeitura de Sabará, e sua vice, Conceição Arruda, estão enfrentando uma série de ataques durante a campanha eleitoral. Hellison relatou, em um vídeo gravado na porta da delegacia da Polícia Federal, que sua filha de apenas 6 anos está sendo vigiada na saída da escola, em um claro ato de intimidação. Conceição, que também é a vereadora mais votada da história da cidade, se une a Hellison em uma chapa que pode fazer história em Sabará.

“Estão vigiando minha filha de 6 anos na saída da escola. Isso é desespero, isso é covardia”, afirmou Hellison, visivelmente abalado. Além das ameaças à sua família, mais de 60 materiais de campanha, como windbanners, foram destruídos. Apoiadores do candidato relataram estar sendo intimidados por pessoas armadas nas ruas de Sabará. Hellison também revelou que veículos de Ribeirão das Leves, uma cidade próxima, foram identificados circulando em Sabará, levantando suspeitas sobre interferências externas nas eleições.

O vereador ainda afirmou que sua campanha está sendo alvo de fake news, com o objetivo de prejudicar sua reputação e sua trajetória profissional como professor. “Estão tentando abalar minha honra e minha profissão de vida, que é professor. Mas não vão conseguir”, disse Hellison.

Sua irmã, a jornalista Edilene Lopes, também usou suas redes sociais para expor a gravidade das ameaças. “Minha sobrinha de 6 anos e minha cunhada tiveram que alterar completamente a rotina para garantir a própria segurança”, desabafou Edilene. A família está tomando todas as providências para proteger sua integridade física.

Sabará, cidade histórica de Minas Gerais, pode eleger, pela primeira vez em 313 anos, um prefeito e vice-prefeita negros. Hellison Lopes, professor, e Conceição Arruda, vereadora mais votada da história da cidade, representam uma candidatura que tem o potencial de mudar os rumos políticos da cidade mineira, apesar das intimidações e episódios de violência.

Apesar das ameaças, Hellison e Conceição permanecem firmes na campanha, confiando na justiça e no apoio dos eleitores. “Esses covardes serão investigados e presos pela Polícia Federal. Com fé em Deus e o apoio de cada um de vocês, nós vamos vencer essa eleição com dignidade e respeito”, afirmou o candidato.

Vereadora Tainá de Paula sofre ataque a tiros em Vila Isabel, no Rio de Janeiro

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Foto: Victor Vieira

A vereadora e ex-secretária de Meio Ambiente e Clima da Cidade do Rio de Janeiro, Tainá de Paula (PT), candidata à reeleição, relatou nas redes sociais ter sido alvo de disparos na noite desta quinta-feira em Vila Isabel, na Zona Norte da cidade. Em sua postagem, Tainá afirmou que dois homens armados “deram dois tiros de pistola” na direção de seu carro, que é blindado.

Segundo a assessoria da parlamentar, Tainá e sua equipe estavam retornando de um compromisso na Zona Oeste e pararam em Vila Isabel para uma última agenda. Foi nesse momento que os homens armados passaram em um veículo e efetuaram os disparos, a poucos metros de uma viatura da polícia.

A vereadora comentou em sua rede social: “Acabo de ser abordada por dois homens que deram dois tiros de pistola no meu carro, na direção da minha porta, em Vila Isabel. Ando com carro blindado e minhas proteções. Não irão nos parar! Axé!”, escreveu. A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que o caso foi registrado na 20ª DP (Vila Isabel) e que diligências estão em andamento para esclarecer os fatos.

Este episódio ocorre em um contexto de crescente violência contra parlamentares na cidade. Em maio, outra vereadora também relatou ter sido alvo de uma tentativa de assalto na Tijuca, onde dois homens armados tentaram abordar o veículo em que ela estava.

“Virei estatística. Vou realizar um boletim de ocorrência e verificar as imagens da minha rua. Não irei nos intimidar”, afirmou Tainá na ocasião. A situação levanta preocupações sobre a segurança de representantes públicos e a escalada da violência no Rio de Janeiro.

Cotistas têm desempenho superior a não cotistas, aponta Censo da Educação Superior

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Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

Estudantes que ingressaram em universidades e instituições federais por meio de cotas apresentaram um desempenho superior ao dos não cotistas, conforme revelado pelo Censo da Educação Superior 2023, divulgado na última quinta-feira, 3. De acordo com os dados, 51% dos cotistas concluíram seus cursos no último ano, enquanto o índice de conclusão entre os não cotistas foi de 41%.

O levantamento também analisou o cenário em faculdades da rede privada, onde os estudantes que entraram por programas de inclusão federais, como o Prouni e o Fies, também superaram os demais em termos de conclusão de cursos. Entre os beneficiários do Prouni, 58% finalizaram a graduação, ante 36% dos que não receberam o auxílio. Já entre os alunos que utilizaram o Fies, 49% concluíram seus cursos, contra 34% dos que não contaram com o financiamento estudantil.

O Censo da Educação Superior também revelou que o número de universitários matriculados no país alcançou 9,9 milhões em 2023, registrando um crescimento de 5,6% em relação ao ano anterior. Este aumento representa o maior crescimento nos últimos nove anos, segundo o Ministério da Educação.

Atualmente, o Brasil conta com 2.580 instituições que oferecem cursos de graduação, das quais 2.264 são privadas e 316 públicas. A maior parte dos alunos está concentrada em faculdades privadas, que somam 79,3% dos matriculados, o equivalente a 7,9 milhões de estudantes.

O censo também destacou o crescimento dos cursos de ensino a distância (EaD). Em 2023, as matrículas em EaD chegaram a 4,9 milhões, representando 49% do total de alunos matriculados em cursos de graduação, uma diferença de apenas 150 mil matrículas em relação aos cursos presenciais.

Apesar do aumento no número de matriculados no ensino superior, o Brasil ainda está abaixo da média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No Brasil, apenas 22% dos jovens entre 25 e 34 anos possuem diploma de ensino superior, enquanto a média global dessa faixa etária é de 47,4%.

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