Na última quinta-feira (30), o comentarista Fábio Benedetti, da rádio Energia 97, cometeu injúria racial ao mandar o atacante Marinho, do Santos, “voltar para a senzala” depois que o jogador foi expulso na derrota por 3 a 1 para a Ponte Preta, pelo Campeonato Paulista.
Em seu Instagram, o jogador postou diversos stories em tom de desabafo, chorando muito e dizendo que irá sempre lutar pela causa negra. Depois, publicou foto ao lado de sua filha “Alicia negra como eu”, exigiu desculpas de Benedetti e ressaltou que tem “orgulho de ser preto”.
Leia o desabafo completo:
“O momento não é dos melhores! Essa foto mostra e minha filha alicia negra como EU, cabelo black ou trança, nada esconde quem somos, ser humano igual a qualquer outro, e ontem um rapaz aí após minha expulsão, acabou falando pra eu voltar pra senzala! Mandar amigos me chamar não prova pra mim que você é diferente, eu te perdoo e perdoei por mensagem no insta , porém o tom de deboche ao falar que eu tinha que ir pra senzala não pegou bem, tenho orgulho daminha cor, orgulho de onde vim, você é pai e ensine teus filhos a ser diferente de você em pensamento!
Quero que você se retrate e que isso não se repita nunca mais, nem comigo nem com ninguém! Eu luto pela causa! Contra preconceito e qualquer outro tipo de descriminação seja ela racial ou não! Quer me julgar por atitude em campo?ok! Errei e estou aqui pra assumir, esse é apenas um desabafo de alguém que passou a noite toda chorando por um erro! Mais não significa que até minha Cor venha ser colocada em assunto! Sou preto e orgulhoso de quem sou! Ensinando minha filha como se deve andar e mostrar que é orgulho e não vergonha ser PRETO”.
https://www.instagram.com/p/CDT_jVdnfw7/
Blackout Tuesday:
A Blackout Tuesday é uma ação coletiva iniciada originalmente por personalidades da indústria da música para protestar contra o racismo e a brutalidade policial. A ação, organizada em resposta ao assassinato de George Floyd, Ahmaud Arbery e Breonna Taylor ocorreu na terça-feira dia 2 de junho de 2020 e tomou as redes sociais.
Em apoio à causa, o comentarista Fábio Benedetti publicou um vídeo seguido de texto pedindo para que as pessoas reflitam sobre a fala de Jane Elliot, uma ex-professora estadunidense, ativista anti-racista e educadora; Confira:
“Pra refletir… assistam o vídeo, desarmados e reflitam…apenas isso… #blackouttuesday . Jane Elliot é uma ex-professora estadunidense, ativista anti-racista e educadora. . Ela é conhecida por sua experiência chamada “Olhos Azuis – Olhos Castanhos”. . Ela conduziu essa famosa atividade para sua turma pela primeira vez em 5 de abril de 1968, um dia depois que Martin Luther King Jr. foi assassinado… . A cada 23 minutos um jovem negro é assassinado no Brasil… .”.
Após o jogador Marinho publicar seu pedido de retratação e desabafo, o Fábio Benedetti publicou um vídeo de 1 minuto pedindo “desculpas sinceras pelo comentário infeliz que fiz ontem referente ao jogador Marinho, na transmissão do jogo do Santos contra a Ponte”.
A jornalista e assessora de imprensa, Laísa Gabriela, com o objetivo de ampliar a visão de quem está na cena independente para as formas de divulgação do próprio trabalho, desenvolveu o Workshop “Aprenda a divulgar sua música”. A oficina está com preço popular de R$ 50,00, com quatro horas de duração, divididas entre os dias 10 e 11 de agosto, das 18h às 20h, via Google Meet. Além do encontro online, os participantes recebem um e-book e material complementar para estudos.
A assessora disponibilizou seis bolsas para quem não puder arcar com o valor do workshop. “A partir de doações, está sendo possível ampliar a quantidade de bolsas para a oficina. Se a pessoa quiser doar uma inscrição, basta entrar em contato através do e-mail laisagabrielaassessoria@gmail.com”, conta.
Em meio à pandemia, todos precisaram se adequar à novas rotinas. Por trabalhar em home office há mais de quatro anos e estar acostumada a esse ritmo, Laísa pensou na dificuldade de alguns amigos, que fazem o trabalho musical de forma totalmente independente e não conseguem realizar uma divulgação positiva dos próprios projetos. Após incentivo de uma amiga, a designer e produtora cultural Francini Ramos, ela colocou em prática a ideia do workshop.
“A maioria dos artistas não têm noção de como organizar um lançamento musical, não possuem mídia kit ou apenas não tem condições financeiras de arcar com uma assessoria de imprensa. Querem gravar a música hoje, lançar nas plataformas amanhã e pensam que tudo vai fluir de modo orgânico. Com isso, se decepcionam, porque, na maioria das vezes, não conseguem o alcance necessário para criar um público fixo”, explica a jornalista.
Laísa destaca que o intuito do workshop é capacitar os participantes. “Eles vão entender o papel da assessoria de imprensa, ter noções de planejamento estratégico, o que é um release, como montar um mídia kit, entre outros tópicos, serão capazes de organizar o próprio trabalho e desafiados a pensar duas vezes antes de lançar um material sem organização”, finaliza.
Após lançar a versão deluxe do “Lion King: The Gift” e o clipe de “Already” no Youtube, o projeto visual “Black Is King”, chegou na plataforma de streaming Disney+.
Com roteiro, direção e produção executiva de Beyoncé, “Black Is King” é baseado nas canções que compõem a trilha sonora de “O Rei Leão”, que receberam curadoria da própria cantora. Em um comunicado enviado à imprensa, o projeto foi definido como “um livro de memórias celebrativo sobre a experiência negra no mundo”.
“Este filme é a história de gerações que informa e reconstrói o presente. A reunião de culturas e de compartilhamentos de crenças geracionais. Uma história de como as pessoas mais violadas tem um extraordinário e importante futuro”. Infelizmente a produção ainda não está disponivel em solo brasileiro, mas alguns sites estrangeiros já começaram a publicar os reviews falando muito bem da produção. O Deadline, por exemplo, nomeou Beyoncé como a “rainha cultural do nosso tempo” e contou que o filme é um “sinômino de glória”. “Tematicamente, o empoderamento feminino, os significantes da moda, o poder da voz e o marido Jay-Z e os dois filhos do casal também fazem aparições impressionantes neste último lançamento da mulher mais indicada na história do Grammy”, disse.
Na quinta-feira (30), em entrevista ao “Good Morning America”, a artista explicou o significado do projeto e de onde tudo começou:
“Eu trabalhei com diversos e muito talentosos diretores, atores, criadores do mundo inteiro para re-imaginar a história do ‘Rei Leão’. A narrativa desdobre através de clipes musicais, moda, dança, belos cenários naturais e novos talentos. Mas tudo começou no meu quintal. Foi realmente uma jornada para trazer o filme à vida. E minha esperança é que ele mude a perspectiva global da palavra ‘negro’, que sempre significou inspiração, amor, força e beleza para mim. Black Is King significa que negro é realeza, rico em história, propósito e linhagem. Espero que todos vocês gostem”, termina a artista.
A cantora de R&B, dona de hits como ”The Boy Is Mine”, não lançava um disco de inéditas desde 2012 com o álbum Two Eleven. Entretanto, o jejum de 8 anos acaba de ser quebrado com o lançamento de B7, seu sétimo álbum de estúdio lançado essa madrugada. Algumas faixas já são singles conhecidos nossos, como Baby Mama e Love Again, lançadas algumas semanas atrás.
Brandy, co-escreveu e co-produziu, quatorze das quinze faixas do novo álbum. Mas ela também contou com a ajuda de nomes como Dj Camper, Hit-Boy, e La-Shawn Daniels, que são famosos por terem produzido para Ne-Yo, Destiny’s Child, Mariah Carey, entre outros grandes músicos. A artista declarou, que esse é um projeto muito particular para ela, e que queria ter a certeza de que tudo estava certo para que ela pudesse se expressar da maneira mais honesta possível com o seu som.
A cantora reconhece o tempo que levou, mas assume estar feliz com o resultado final do trabalho, pois o fez com o coração. Tudo no álbum foi trabalhado de maneira muito minuciosa, desde as composições até a capa por exemplo, que foi inspirada na Whitney Houston no filme ‘O Guarda Costas’
O B7 já esta disponível em todas as plataformas digitais e você pode ouvir agora mesmo.
Nessa quarentena a internet foi o grande destaque. Em meio a vídeos, memes, challenges e lives promovidos por blogueiras e artistas, uma influenciadora digital se destacou: Camilla de Lucas. A influencer viu seu instagram decolar nas últimas semanas: ela dobrou seu número de seguidores, de 1 milhão saltou para 2 milhões.
Talento não falta! Desde os vídeos sobre cabelo, passando pelas dicas de vestuário e maquiagem, a influenciadora ganhou destaque com seus vídeos cômicos. Ela retrata fatos cotidianos em vídeos curtos, como “expectativa X realidade” ou “em todo lugar tem”, demonstrando sua veia artística.
Camilla chamou atenção das atrizes Regina Casé e Taís Araújo, que manifestaram apoio e compartilharam seu vídeo “todo pagode tem” em suas respectivas redes. “Você é uma gênia! Você não é youtuber, você é uma p*uta atriz”, disse Regina Casé em seu instagram.
https://www.instagram.com/p/CCMbljfDuwa/
Essa semana a youtuber estará no programa “Conversa Com Bial” da Rede Globo, ao lado da atriz Roberta Rodrigues.
A literatura tem o importante papel de construir pensamentos e valores, principalmente na infância. Vinicius Campos, que está lançando o livro Rita e o Manual Para Ser Astronauta, pela Melhoramentos, aborda temas que merecem ser debatidos: diversidade, empatia, amizade e gênero.
A live “Ler, Ouvir, Viajar” terá como base os assuntos trazidos pela obra e será realizada em parceria com o Instituto Mpumalanga, ONG que contribui para a educação e o desenvolvimento de crianças e jovens por meio da arte educacional. A ideia é conversar com pais, professores e educadores sobre o uso da literatura na formação do pensamento na infância. A live será realizada na página do Facebook do Instituto Mpumalanga no sábado (1), às 17 horas.
O bate-papo terá mediação da apresentadora da TV Cultura, Mariana Kotscho. Participam da live Tais Bento (SOS Educação), Janaina Figueiredo (do Instituto Mpumalanga), Elisama Santos (educadora parental), Lila Cruz (ilustradora e quadrinista) e com a pequena Morena Nunes (filha dos atores Michele Machado e Robson Nunes).
Segundo um estudo divulgado pelo Center for American Women and Politics (CAWP, na sigla em inglês), as eleições de novembro serão marcadas por uma alta recorde no número de candidatas negras para os cargos no Congresso.
Além da presença em alta nas listas eleitorais, a estratégia política dessas candidatas vem mudando. Historicamente, as mulheres negras concorriam apenas em regiões de maioria negra. Mas este ano, muitas delas tentam se eleger em zonas eleitorais de maioria branca e mista, inclusive em bastiões dos Republicanos.
Entre todos os grupos de votantes, as afro-americanas são as mais ativas, já que 68,1% foram às urnas na corrida presidencial de 2008 e 70,1% cumpriram seu dever cívico em 2012, dois pleitos vencidos pelo democrata Barack Obama. Mas em 2016, quando Donald Trump foi eleito, a participação das mulheres negras registrou um recuo (63,7%).
Das oito candidatas negras ao Congresso com as quais a Reuters conversou disseram que se identificam melhor com os eleitores do que seus oponentes frequentemente mais ricos porque elas também passaram por adversidades fiscais.
Com programação virtual e integrada, às bibliotecas das Fábricas de Cultura Brasilândia, Capão Redondo, Diadema, Jaçanã, Jardim São Luís e Vila Nova Cachoeirinha realizam diversas atividades literárias, de contação de histórias e sobre a arte africana contemporânea no mês de agosto. As exibições ocorrem pelo canal de YouTube de Fábricas de Cultura, programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, com gerenciamento da Poiesis. Para participar não é necessária inscrição; Confira a programação:
Na primeira terça-feira de agosto (4) a partir das 11h, a Cia. Oya Ó apresentará Contos Populares por uma contação de história inspirada no Auto do Boi, brincadeira popular em diversos estados do país e conhecida por diferentes nomes, entre eles, Bumba-meu-boi no Maranhão, Boi de Mamão em Santa Catarina e Boi Bumbá no Amazonas. As diferenças e semelhanças entre elas também serão abordadas.
Aretha Sadick, performer, drag queen e atriz, apresentará As grandes mães africanas no Brasil em 6 de agosto, quinta-feira, das 15h às 16h. A atividade tem o objetivo de compartilhar Itans (lendas) das três orixás femininas mais conhecidas no Brasil: Yemanjá, a grande mãe; Oxum, sua filha e protetora das crianças; e Nanã, a mais velha de todas e relacionada com a origem humana na Terra.
A multiartista realizará uma construção poética e imagética sobre três pilares de uma cultura matriarcal presente nas religiões de matriz africana, com uma perspectiva atemporal de presente, passado e futuro para demonstrar que os povos negros têm um passado e vivem o presente propondo novas perspectivas de futuro, além de novas construções familiares por meio dessas orixás.
No dia 7 de agosto, sexta-feira, das 15h às 16h, é a vez do Encontro com o autor Israel Neto, também conhecido como Mano Réu, que traz como temática a escrita negra e afrofuturista com dicas do processo de escrita, pesquisa e caminhos para a autopublicação. Além de músico e produtor musical, Mano Réu tem livros autorais como “O Amor Banto em Terras Brasileiras” e “Os Planos Secretos do Regime”, o qual que se concentra em uma distopia futurista sobre o período da ditadura militar brasileira com uma trama que narra quando os militares tomaram o poder e tiveram acesso à tecnologia de ponta.
Importante figura da cultura brasileira será o foco de uma atividade com curiosidades e fatos sobre a trajetória como poeta, compositor e cantor cearense. Trata-se de A poesia política em Patativa do Assaré, no dia 13 de agosto, quinta-feira, às 11h. Poemas do autor serão lidos e comentados como forma de destacar sua a obra que ampliou a divulgação da cultura nordestina pelo país, como as improvisações pelo repente.
No campo das artes visuais, percebe-se que a arte europeia é popularizada. Mas e a arte do continente Africano? A fim de descolonizar o conhecimento cultural, o bate-papo Arte África funcionará como alternativa ao público que deseja conhecer artistas africanos contemporâneos, entre eles, o fotógrafo nigeriano J.D. Okhai que se dedicou a fotografar os penteados originais do seu país, Emo de Medeiros, artista de Benin que explora linguagens híbridas, e Peju Alatise, artista interdisciplinar e arquiteto nigeriano. O encontro será no dia 14 de agosto, sexta-feira, das 11h às 12h.
No dia 18 de agosto, terça-feira, das 11h às 12h, ocorrerá uma mediação sobre a importância de escritores negros em Mãos pretas na literatura. Diversas áreas do conhecimento contam com forte contribuição da população negra. Na literatura, nomes como Lima Barreto, Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo e Cuti trazem reflexões sobre a importância das próprias trajetórias para a literatura brasileira, para os debates identitários, além de estimular a leitura da população.
Em Nossas Crianças, o público poderá recuperar recordações da infância como caminho para viver de forma mais equilibrada durante o distanciamento social causado pela pandemia do coronavírus. A atividade está programada também para o dia 18/08, às 15h. Com o corte repentino das relações, o objetivo é buscar na memória a forma que as crianças veem o mundo e como isso muda o nosso olhar.
O livro “Casa das Estrelas”, de Javier Naranjo, servirá de base, já que a obra reúne perspectivas de vida dos pequenos alunos definindo o que são algumas palavras para eles. Outra abordagem será sobre as percepções e situações já vividas na biblioteca da Fábrica de Cultura Jaçanã, destacando a importância da fala das crianças e a escuta ativa dos adultos.
No formato de podcast pelo canal das Fábricas de Cultura no SoundCloud (http://soundcloud.com/fabricasdecultura), as Histórias das bibliotecas no Brasil será uma atividade no dia 20 de agosto, quinta-feira, às 11h. Será apresentado um panorama desde o surgimento das primeiras bibliotecas, durante o período conhecido como Brasil Colônia, até a realidade do século XXI que causa adaptações nesses espaços frente à era digital.
Com a mediação do livro “Minhas contas”, do autor Luiz Antonio e com grafismos e ilustrações de Daniel Kondo, o encontro Legado ancestral: Minhas contas conta a história de Pedro e Nei, dois amigos inseparáveis que veem a amizade abalada pelo fato de Nei andar com fios de contas no pescoço. No dia 27 de agosto, quinta-feira, às 15h, o público encontrará a forma poética pela qual Luiz Antonio debate o preconceito existente contra as religiões de matriz africana, apropriação cultural e o legado da ancestralidade. A obra direcionada às crianças ficou entre as finalistas de Melhor Livro Infantil do Prêmio Jabuti 2009.
Fechando o mês, Heroínas negras brasileiras traz um apanhado de informações sobre o livro “Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis”, da escritora e cordelista Jarid Arraes, no dia 28 de agosto, sexta-feira, entre as 15h e 16h. Por meio da literatura de cordel, Arraes resgata a história de diversas mulheres negras que marcaram a história do Brasil, por exemplo, Maria Felipa, reconhecida por ter comandado grupo de mulheres que lutaram pela independência da Bahia; Tia Ciata, conhecida como a mãe do samba; e Esperança Garcia, considera a primeira advogada no país.
Na madrugada desta quinta-feira (30), horário de Brasília, Beyoncé liberou mais uma prévia do seu novo álbum visual “Black Is King”. Já nesta manhã, a artista deu uma entrevista ao “Good Morning America”. Beyoncé foi breve e deu alguns detalhes do filme, que foi feito durante o tempo de um ano. “Eu trabalhei com diversos e muito talentosos diretores, atores, criadores do mundo inteiro para reimaginar a história do ‘Rei Leão’. A narrativa desdobra através de clipes musicais, moda, dança, belos cenários naturais e novos talentos. Mas tudo começou no meu quintal.”
Beyoncé espera que o filme mude a “perspectiva global da palavra negro”: “Foi realmente uma jornada para trazer o filme à vida. E minha esperança é que ele mude a perspectiva global da palavra ‘negro’, que sempre significou inspiração, amor, força e beleza para mim. Black Is King significa que negro é realeza, rico em história, propósito e linhagem. Espero que todos vocês gostem”, termina a artista.
Good Morning America é um programa de televisão matinal estadunidense transmitido diariamente pela rede televisiva ABC. O programa teve sua estreia em 3 de novembro de 1975, estando em exibição contínua desde então. Em 1993, ganhou sua versão alternativa, exibida aos fins de semana; Assista a entrevista completa de Beyoncé para o programa:
CORRE BEYHIVE: Beyoncé acaba de dar uma entrevista para o programa “Good Morning America” pic.twitter.com/ONvZhfiAJg
No novo trailer, vemos Blue Ivy, Naomi Campbell e diversos cenários e figurinos incríveis exaltando a cultura da população negra e as origens africanas ao som da faixa recém-lançada “Black Parade”; Confira:
https://www.instagram.com/p/CDPw-5qHiCb/
Em um comunicado enviado à imprensa, o projeto foi definido como “um livro de memórias celebrativo sobre a experiência negra no mundo”. “Este filme é a história de gerações que informa e reconstrói o presente. A reunião de culturas e de compartilhamentos de crenças geracionais. Uma história de como as pessoas mais violadas tem um extraordinário e importante futuro”.
De acordo com a Variety, o álbum visual de Beyoncé reimagina lições de “O Rei Leão” para “jovens reis e rainhas de hoje em busca de suas próprias coroas”.
O filme estará disponível no Disney+. Apesar da plataforma estar disponível em lugares como EUA, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Europa, o projeto da cantora será transmitido em países da África. Visto que a obra “é uma afirmação da resiliência e da cultura negra, com visuais exuberantes”, a intenção da artista, de acordo com o Just Jared, é fazer com que o filme esteja disponível ao público de localidades que de alguma forma serviram de inspiração.
Para isso, foi firmado um acordo de distribuição entre a plataforma americana e empresas como o Canal+ Afrique e outros canais do grupo M-Net. Assim espectadores da África do Sul, Nigéria, Gana, Etiópia, Senegal, Namíbia, Camarões, Libéria, Burundi, Togo, Somália, Benin, Congo, Quênia, Costa do Marfim, Zimbábue, Malawi, Gabão e Cabo Verde terão acesso ao longa logo na data de estreia, no dia 31 de julho.
Michelle Obama estreou no mundo dos podcasts nesse última quarta-feira (29) e seu primeiro convidado, foi o marido, o ex-Presidente americano, Barack Obama. O The Michelle Obama Podcast está disponível no Spotify.
É muito divertido ouvir como ela o apresenta e ele já inicia fazendo piadas sobre a quarentena, zombando pelo tom de voz que ela usa ao falar dos dias isoladas ao lado dele. “Você não parece muito feliz dizendo isso”, brinca Barack em tom de provocação.
Barack e Michelle durante a gravação do primeiro “Michelle Obama Podcast”
O primeiro programa foi uma reflexão sobre como nós somos moldados pela nossa comunidade. “Vamos começar olhando como nós dois crescemos sendo moldados pela nossa comunidade, com diferentes realidades, com pais em casa no meu caso”, disse Michelle. Obama comentou como o lado da família dele era “um pouco maluco”. “Eu fui criado pela minha mãe e meus avós. Não era o clássico núcleo familiar, mas minha mãe e meus avós eram como seus pais, eles priorizavam as crianças, fizeram sacrifícios e nós [ ele e a irmã], nos sentíamos amados e apoiados”. Ele complementou dizendo que a comunidade onde cresceu, no Havaí , participou da sua formação como uma “família estendida” que dava suporte a outras famílias para que ninguém se sentisse isolado.
Michelle falou sobre sua infância pobre, onde ela o irmão e os pais, moravam no segundo andar da casa de um parente, para economizar. “Minha mãe que podia ficar em casa. (…) Ela olhava todas as crianças do bairro que iam a escola, no ensino fundamental. O trabalho do meu pai cobria todos nossos gastos. Hoje isso não seria possível”, conta Michelle que também falou da resistência do seu pai em morar no subúrbio por conta do racismo. Ela nesse instante comenta um fato que mencionou em seu livro, onde uma vez quando ela foi ao subúrbio com os pais, o carro da família foi riscado.
Ambos concordam que eu suas gerações, a comunidade se envolvia mais na criação das crianças do bairro.
“Uma das razões pelas quais me apaixonei por você, é que você é guiado pelo princípio de que nós somos os guardiões dos nossos irmãos e irmãs e foi assim que eu fui criada. Minha obrigação pessoal é de que não basta eu ser bem sucedida sozinha, eu tenho que me importar com o que está acontecendo ao meu redor”, comentou Michelle que atribui essa perspectiva de vida, à criação que teve e sua vivência em comunidade.
“Eu aprendi na escola que se eu correr atrás só do meu próprio sucesso, de alguma forma eu vou terminar sozinho e infeliz e por isso que sempre me envolvi em trabalhos comunitários”, acrescenta Obama.
Os dois conversaram sobre como se sentiram contemplados em trabalhos com comunitários, levando-se em conta que por suas formações universitárias, era esperado que ambos seguissem outro caminho, de riqueza e ostentação. Para ambos, sempre que suas carreiras caminhavam para a direção do dinheiro e poder, eles se sentiam solitários. Precisa, Michelle diz: “As escolas não te mostram o mundo, elas te mostram um monte de opções de carreira”.
Na metade do programa o casal Obama conversa sobre posses e os dois concordam quando lembram que não se sentiam pobres quando eram mais jovens. “Hoje quando volto para casa onde eu morava eu vejo o quanto era pequena e como eu realmente era pobre, mas na época não sentia isso”, diz o ex-presidente que acredita que a cultura de hoje está muito valorizada no ter coisas e menos focada em relacionamentos e família.
“Hoje quando converso com mães jovens, elas sempre me perguntam o que fazer para ter tudo. Porque o modelo se tornou algo como, você não tem que se sacrificar, mas tem que ter tudo e se você não tem, há algo de errado. Eu sempre brinco que esse é estilo oposto do qual fomos criados , nós não tínhamos que ter tudo, na verdade se você tivesse tudo, a gente estaria sendo ganancioso. Ter tudo significaria que alguém não teria alguma coisa”, detalha Michelle.
Barack destaca a ansiedade do planeta, fruto de um mundo cada vez mais competitivo, onde os políticos governam mais para si mesmos do que para comunidade. “É como se houvesse um concurso. De um lado as pessoas que reclamam que o problema são os outros, então tudo o que você tem que fazer é com que os outros não peguem suas coisas. A outra história é: vamos abraçar os valores de um jeito que todos se sintam incluídos”, explica Barack. Para ele esses eram os valores dos anos 40,50 e 60, mas hoje teriam que ser feitos de uma forma que fossem removidos os valores racistas, homofóbicos e sexistas.
Michelle falou sobre sua preocupação com a nova geração do ponto de vista político. “Às vezes eu fico preocupada pensando se esses jovens realmente valorizam o voto e a política”, comenta a ex-primeira dama. “As mensagens passadas para eles , diariamente, dizem, que o governo não funciona”, responde Barack. Para o ex-presidente, a nova geração olha o governo de forma cínica e não entendem que eles, enquanto comunidade, também fazem parte do processo.
Os dois comentam sobre criação das novas gerações. Michelle acha que há progressos. “Hoje os pais dizem para suas filhas, que elas podem ser o que quiserem. Mas essa conversa se restringe à sala de jantar. Os ambientes de trabalho, não mudaram muito”, argumenta
Ao final do podcast Michelle agradece a presença de Obama que ri quando ela comenta. “…como se você tivesse escolha”. O casal fala sobre gostar de conversar em um nível que as vezes a mesa de jantar fica com pouco tensa. “Espero que as pessoas que acompanharam essa conversa entendam que nós não temos todas as respostas”, disse a escritora, que complementou. “Eu encorajo a nova geração a viver uma vida menos egoísta, não só porque é a coisa certa, mas porque é a melhor maneira de viver e mais divertida”.
Barack finaliza falando sobre as filhas, Sasha e Malia. “Elas estão vivendo em um país que respeita todo mundo e cuida de todo mundo, celebra e vê todo mundo. E nós sabemos que quando não estivermos por aqui, em uma sociedade como essa, elas estarão bem”.