“Histórias (Im)possíveis” traz protagonismo indígena e ficção especulativa em “Falas da Terra”

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“Histórias (Im)possíveis” traz protagonismo indígena e ficção especulativa em “Falas da Terra”
Foto: Globo

Após o Big Brother Brasil 23 desta segunda-feira (17) , estreia o segundo episódio de “Histórias Impossíveis”, projeto criado por três roteiristas negras que dá continuidade ao especial “Falas”. Neste episódio, a Globo apresenta “Falas da Terra”, em comemoração ao Dia dos Povos Indígenas, com protagonismo indígena e com o objetivo de reaproximar o público da ficção especulativa.

Chamado de “Pintadas”, o episódio conta a história de Luara (Ellie Makuxi), Josy (Dandara Queiroz) e Michele (Isabela Santana) que vão para uma floresta no Mato Grosso do Sul para gravar um videoclipe de rap quando se deparam com uma natureza destruída pelo desmatamento. Dentro da floresta, elas acabam se deparando com problemas desconhecidos que vão levá-las a um encontro com a ancestralidade. 

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As atrizes, Ellie Makuxi, Dandara Queiroz e Isabela Santana são indígenas e estão estreando na televisão.

Criado por Renata Martins, Grace Passô e Jaqueline Souza, o Histórias (Im)possíveis é um uma antalogia ao projeto “Falas”, com ficção e temáticas sociais contadas através da perspectiva feminina.

Em seu Instagram, Renata disse estar ansiosa pela estreia do episódio, que marca sua estreia como a chefia da sala do projeto. “Esse episódio, em específico, marca a segunda fase de desenvolvimento da série e, além de criadora e roteirista, assumo também a chefia da sala do projeto até o final. Essa experiência foi muito desafiadora e sem dúvidas marca um ponto de virada na minha trajetória profissional. Mas esse é, sem dúvidas, um capítulo à parte que compartilharei ao longo do ano”, disse a cineasta.

A criadora e cineasta disse que Falas da Terra não tem um final fechado e que a ideia é que o público se imagine nas personages. “O público está se reaproximando da narrativa especulativa e do gênero fantasia. O episódio “Pintadas” não é uma narrativa fechada e nem propõe trazer respostas prontas. O “e se” permeia todo o conceito da série, gerando dúvidas se algo realmente aconteceu ou não. Nós queremos que o público assuma o ponto de vista das protagonistas e que as histórias vividas por elas provoquem ondas de sentimentos, ora de identificação, ora antagônicos e que destes sentimentos, questionamentos e conversas, entre seus pares, surja um novo ponto de vista capaz de gerar mudança e pequenas transformações individuais e sociais”, defende a chefe de sala Renata Martins.

Recentemente, a cineasta Renata Martins concedeu uma entrevista para o Mundo Negro e falou da importância do História (Im)possíveis. “Eu acho que a maior mensagem é que o tecido que separa o real do irreal é muito fino e que muitas de nós, mulheres, em especial mulheres negras, vivemos situações reais, mas que parecem impossíveis aos olhos da sociedade e mesmo assim encontramos formas de ressignificar a nossa própria existência.”

Além do “Falas Femininas” e “Falas da Terra”, História (Im)possíveis terá mais três episódios: “Falas do Orgulho”, “Falas da Vida” e “Falas Negras”.

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