O Google suspendeu temporariamente a criação de imagens de pessoas pela inteligência artificial (IA) do Gemini, após relatos de erros em representações raciais e históricas nos conteúdos. A informação foi confirmada na última sexta-feira (23).

Em atividade desde o início de fevereiro, quando a tecnologia ainda se chamava Bard, a ferramenta do Google cria imagens a partir das descrições de textos, feitas por usuários. No entanto, foram relatadas diversas imprecisões nos materiais gerados. 

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Um dos mais polêmicos, por exemplo, foi uma solicitação de imagens de soldados alemães nazistas em 1943. Um usuário mostrou que a resposta do Gemini foi com representações de homens negros e uma mulher asiática. Em outra situação, a ferramenta gerou imagens de pessoas negras e indígenas como “Pais Fundadores” (Founding Fathers) dos Estados Unidos, sendo que são todos homens brancos. 

“Reconhecemos o erro e pausamos temporariamente a geração de imagens de pessoas no Gemini enquanto trabalhamos em uma versão melhorada”, afirmou o Google no X (antigo Twitter).

Segundo a gigante da tecnologia, a sua IA generativa sofre com “alucinações”, fenômeno comum que pode afetar ferramentas. Deste modo, o robô acaba gerando respostas sem sentido, tendenciosas ou imprecisas. 

A companhia também contou que os ajustes falharam, não levando em consideração as situações nas quais não deveriam mostrar aquela terminada gama e o gerador teria se tornado “mais cauteloso”, recusando-se a responder certas solicitações.

No entanto, a equipe afirma que o Gemini é capaz de fazer as melhores avaliações de segurança de uma IA já criada por eles, e que o objetivo é evitar conteúdo violento ou estereotipado. Logo, o Google garantiu melhorias no sistema e anunciou que haverá novos testes extensivos antes de estar disponível novamente. 

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