Globo se cala diante do racismo explícito de participante do BBB 19

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Globo se cala diante do racismo explícito de participante do BBB 19

A bacharel em direito Paula Sperling, participante do Big Brother Brasil 2019, parece não ter nenhum conhecimento sobre leis ou apenas esqueceu que racismo é crime.. Foi chamada atenção diversas vezes a “sister” por Gabriela Hebling e Rodrigo França, totalmente didáticos e pacientes quando sentam para explicar a Paula o motivo dos argumentos dela serem racistas. Ela, no entanto, não aceita nenhum dos argumentos.

Paula é uma pessoa adulta, debochada e ciente do que faz, a ponto de ter deixado claro que gosta de praticar bullying com as pessoas. A “loira”, que é contra cotas para negros e acredita em racismo reverso, faz comentários preconceituosos e racistas a todo momento, enquanto a Rede Globo se cala.

Se na Inglaterra o Ken humano foi expulso do BBB por hipersexualizar homens negros e chama-los de “nigger“, termo pejorativo ao chamar negros em inglês, aqui no Brasil, a emissora se mantém em silêncio. Os internautas e espectadores do BBB cobraram uma posição da Globo quanto aos atos de Paula, mas, até o momento, nada foi feito. Como se não bastasse, a irmã da participante tem reforçado a situação por meio das redes sociais.

Veja abaixo um compilado de vídeos que mostram diversos momentos onde a sister fez comentários preconceituosos e racistas.

Na última festa do BBB, no sábado (2), Paula relatou uma situação vivida durante sua adolescência: “Eu era apaixonadinha pelo meu primo. Aí, com 12 anos, entrou um menino na minha escola que era idêntico a ele. E como [o meu primo] me achava criança, não me dava muito moral… esse menino era igualzinho a ele, só que era de uma favela pesadona da minha cidade. E eu não sabia! Daí eu fui, beijei ele, porque eu precisava beijar, já que não tinha o meu primo. Aí beijei o menino da favela […] Só que o menino tinha uma namoradinha da favela, e descobriram, meu Deus! […] Um belo dia, em uma festa junina que teve na minha escola, baixou a favela inteira lá, as meninas da favela”.

Certamente, Paula se acha um ser supremo, como se ser morador de favela, no mundinho dela, fosse algo ruim. Em suas falas, essa não é a primeira vez que ela dá a interpretar que morador de favela não parece ser alguém digno.

A Globo tentou melhorar sua imagem colocando mais participantes pretos no BBB, bem diversificados , com o intuito de “nos agradar” de alguma forma e achar que nisso encontramos algum tipo de “representatividade”, já que, atualmente, representatividade e ’empoderamento’ vendem.

Por mais que Gabriela, Rodrigo, Rizia e até mesmo Darnley falem a cerca do racismo sofrido e de suas vivências para os brancos residentes na casa “mais vigiada do Brasil”, isso parece não significar muita coisa. Inclusive, na festa de sábado, Gabriela foi chamada de extremista por Maycon, o garçom que também fez comentários racistas, recentemente, e alegou ter maltratado animais.

Vamos ver até quando a emissora vai se omitir. No entanto, deixo aqui escurecido que não esperamos nenhum tipo de posicionamento da Globo. Situações como esta não são novidades e sabemos que para tudo existe uma desculpa. Infelizmente, até mesmo para o racismo.

Por mais que tenham negros no programa, não podemos chamar isso de representatividade. Eles estão lá, porém, sempre são ofendidos. Extremistas, exagerados, militudos, problemáticos, raivosos. Já foram chamados assim lá dentro. Então, o BBB está lhes trazendo visibilidade aqui fora, talvez. Mas imagino o psicológico de cada um dos pretos (as) como deve estar diante de certas situações. Eu já teria pedido para sair, não tenho paciência com racista.

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