Os registros de abordagens policiais por meio de lives nas redes sociais têm sido usados como ferramenta de sobrevivência de homens negros que têm seus trajetos ou atividades interrompidas por supostas ações suspeitas.
Há algumas semanas, o influenciador Spartakus Santiago estava mexendo no celular quando dois Policiais Militares vieram em sua direção para revistá-lo. Ele na hora pegou seu celular e gravou tudo o que aconteceu.
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Nesta quarta-feira, 17, por volta das 14h, o creator Júlio de Sá, Fundador do perfil Carioquice Negra estava saindo de uma loja no centro do Rio de Janeiro quando foi abordado por um PM.
“Entrei na Renner depois de ter saído de um almoço e assim que saí da loja, um policial veio até mim no começo pedindo o meu CPF para uma ‘pesquisa’. Eu achei bem estranho”, detalha Júlio. “Depois, ele mudou o tom da conversa e começou a exigir meu documento e alegando coisas absurda como que eu teria entrado na loja quando os vi, sendo que que eu nem tinha visto eles. Também disseram que eu ‘’tinha algo de volume na minha cintura’, mas em momento nenhum ele quis me revistar. Depois disse que talvez o volume na minha cintura poderia ter sido o vento que ‘bateu’ e fez volume”.
Mesmo protestando após a chegada de mais um policial, ao todo chegaram cinco em frente à loja, Júlio acabou sendo detido durante a live que não foi interrompida. No vídeo, o creator chora pela situação no carro da polícia e teme pelo o que pode acontecer no momento que percebe que a bateria do celular está acabando.
Na delegacia, nem a família de Júlio é poupada. “Eles pegaram meu documento, falaram com a minha mãe os mesmos absurdos que falaram na live e ela de forma inteligente questionou todos eles que não souberam responder. O transtorno deixado foi horrível”, descreve Sá que foi liberado.
Nesta quinta-feira Júlio irá a delegacia com seu advogado para solicitar respostas dos responsáveis pela ação
“As acusações não tiveram fundamento, dizer que o vento deve ter batido na camisa é causado volume me enlouqueceu”, finaliza Sá.
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