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O FURACÃO QUE MOVE O CARNAVAL BRASILEIRO!
Se o samba tivesse um corpo, ele dançaria com a leveza e a potência de Ivi Mesquita. Se o Carnaval tivesse uma alma, ela brilharia em cada passo dessa mulher que não apenas desfila—ela atravessa o tempo, as cidades, as fronteiras, transformando a avenida em seu altar e o batuque da bateria em sua respiração.
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Ivi não é apenas um nome no Carnaval, ela é a tempestade que levanta o pó da passarela, é o vento quente que leva o ritmo do Brasil para além dos desfiles oficiais. São 25 anos de história, suor e entrega, começando ainda menina, na Leandro de Itaquera, onde aprendeu que o samba é mais que uma dança—é um chamado, uma missão. De lá para cá, foi Princesa, Rainha, Musa, Destaque. Mas nenhum título a define completamente. Porque Ivi não se acomoda em tronos, ela gira, salta, rodopia, mantendo-se sempre em movimento, sempre reinventando sua história.
De São Paulo ao Rio de Janeiro, do Anhembi à Sapucaí, seu reinado é vasto e vibrante. No Vai-Vai, seu coração bate mais forte. Na Vila Isabel, sua alma se expande. Mas seria injusto limitar sua presença a uma só avenida. O Carnaval é grande demais para conter Ivi Mesquita, e ela, por sua vez, é grande demais para pertencer a um só território. Seu destino é cruzar sambódromos, arrastar multidões, transformar cada canto do Brasil em uma extensão do seu palco.
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E que palco! Entre cambalhotas e piruetas, ela desafia a gravidade como se o mundo fosse feito de plumas e sonhos. Seu corpo se dobra, desliza, e quando seus pés tocam o chão, é como se a terra tremesse em resposta. Há quem diga que o samba nasceu nos terreiros, mas quem vê Ivi na avenida tem certeza de que ele também nasceu dentro dela.
Mas a grandeza de Ivi não está apenas na dança. Ela é empresária, gestora, comunicadora. Seu amor pelo Carnaval transcende o brilho das noites de fevereiro—ele se espalha pelos palcos, pelos eventos que produz, pelas marcas que representa, pelas mulheres que inspira. Como uma força da natureza, ela não se contenta em apenas passar. Ela deixa rastros, abre caminhos, constrói legados.
O que a move? O amor. Amor pelo samba, pela família, pelo ofício. O amor que aprendeu com sua mãe, Dona Rita, referência de força e vitalidade. O amor que compartilha com seu marido, parceiro de vida e sonhos. O amor pelo espetáculo, pelo movimento, pelo desafio de se reinventar a cada ciclo, a cada Carnaval.
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E se perguntarem a ela qual legado deseja deixar, sua resposta será simples e arrebatadora: mantenha-se em movimento, sorria, seja verdade.
Porque Ivi Mesquita não é apenas uma musa. Ela é o próprio Carnaval em estado puro: frenético, livre, arrebatador. E que venham mais 25, 50, 100 anos de samba. Porque enquanto houver Carnaval, haverá Ivi, dançando, brilhando, ensinando que a alegria também pode ser um ato de resistência.
Texto: Rodrigo França
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