O ator e diretor Lázaro Ramos foi o convidado da última segunda-feira do programa Roda Viva, da TV Cultura. Questionado sobre como foi dirigir a própria esposa, a atriz Taís Araújo, em cenas românticas com o ator Alfred Enoch, ele confessou: “Fiquei morto de ciúmes. Eu geralmente não fico, não sei o que aconteceu, eu tava muito envolvido no filme”, explicou o diretor de Medida Provisória.
“Dava um desespero quando errava a cena”, continuou Lázaro, reiterando que foi uma sensação estranha pedir para que as cenas de beijo fossem refeitas, ou feitas com mais intensidade. “Mas tive que aprender, fazer o quê?”, disse Lazinho.
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PREMONIÇÃO? — Durante a entrevista, Lázaro Ramos foi perguntado sobre a percepção que ele tinha sobre algumas questões como negacionismo científico, pandemia, confinamento, e polarização política, que aparecem no filme – que foi gravado em 2019 – e a normalização de absurdos que temos vivenciado em nossa sociedade, e que também aparece em Medida Provisória.
“A gente está perigando reeleger o Messias! Depois da maneira com que ele levou o governo, depois da maneira que ele levou a campanha, tudo que ele diz e incita em nós, há algo mais absurdo do que isso, hoje? Para mim não”, afirmou.
Questões políticas envolvendo o presidente e o atual governo também apareceram em outros momentos da entrevista. Isso porque na última segunda-feira, o secretário de Cultura Mário Frias e o ex-presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, começaram uma cruzada nas redes sociais atacando Taís Araújo e o filme Medida Provisória. Atitude que Lázaro classificou como “cortina de fumaça”.
“Isso é uma cortina de fumaça, isso não tem nada a ver com a gente. É para as pessoas não debaterem sobre o preço da gasolina, o preço dos alimentos. É pras pessoas não debaterem a crueldade e a falta de valor à vida com que a pandemia foi tratada. Cada um luta com as armas que tem e eu acredito muito nas armas que a gente tá lutando, que é ser ético, que é ser correto, que é ser respeitoso”, disse.
Medida Provisória fala de um futuro distópico onde pessoas negras são obrigadadas a ir para o continente africano. Essa medida cria protestos e tensões sociais, além de um movimento de resistência que inspira outras pessoas. O filme estreia no próximo dia 14/4, em todo o Brasil.
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