Em post nas redes sociais, Kely Nascimento destacou que Pelé teve que “baixar a cabeça” para fazer o que gostava
No último domingo (29), Kely Nascimento, filha mais velha de Pelé, publicou uma série de posts em homenagem ao pai, falecido há um mês, aos 82 anos, em decorrência do câncer de cólon. Nas mensagens, ela também relembrou como o jogador teve que enfrentar o racismo para se dedicar ao “amor da vida dele”.
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Em um dos posts, Kely Nascimento lamentou o assassinato brutal do americano Tyre Nichols, morto por policiais no dia 3 de janeiro nos Estados Unidos e destacou que Pelé também sofreu com o racismo: “Eu ia escrever aqui que não aguentei e precisei interromper o meu feed de ‘só pai e só saudades’ para dizer algo sobre o que aconteceu com Tyre Nichols. Mas na verdade eu não estou interrompendo porque racismo seja com @pele com Edson ou com Dico, só mudava na sua manifestação e foi uma parte inextricável da vida dele”, dizia a mensagem.
Kely continuou o texto explicando como o pai, que começou a carreira nos anos 50, teve que “aturar”o racismo para continuar jogando futebol. “A escolha que a vida ofereceu para ele foi: se impor sobre todo o racismo que sofria ou jogar futebol. Isso não era escolha, o amor da viva dele foi o futebol, então ele aturou muito, mas muito mesmo, e aprendeu a abaixar a cabeça e calar a boca e achar que isso fazia parte da vida. Que o racismo que ele sofria fazia parte do preço que ele tinha que pagar por fazer oque ele mais amava e usar o dom que Deus lhe deu.”, relembrou.
A filha mais velha do rei do futebol reconheceu as homenagens feitas para o pai e finalizou o texto dizendo: “Eu amo todas essas homenagens que todos estão fazendo para meu pai, mas eu também quero homenagear ele falando sobre o racismo que fez tanta parte da vida dele e de nos todos a continua determinando a vida de maior parte do mundo”.
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