Kathlen, que foi assassinada na última terça-feira (8) grávida de 14 semanas, trabalhava para a marca
A marca de roupas FARM anunciou nas redes sociais da loja uma ação de vendas utilizando o código de Kathlen Romeu. Segundo o anúncio feito pela loja, a comissão das vendas feitas com o código que Kathlen usava como vendedora da loja será destinada à família da jovem, que foi assassinada na última terça-feira (8) no Complexo do Lins, no Rio de Janeiro.
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No texto, a marca diz que “a partir de hoje, toda venda feita no código de Kathlen terá sua comissão revertida em apoio para a sua família”. Deixando explícito que mesmo depois de morta, Kathlen continuaria gerando vendas e lucro para a empresa. O grupo Soma, do qual a FARM faz parte, lucrou R$ 39 milhões no último trimestre de 2020.
Nos comentários, ativistas e pessoas solidárias à memória de Kathlen se indignaram com a ação da marca. “Ou seja, a Kathlen vai continuar gerando lucro pra vocês até depois de assassinada?”, questionou Winnie Bueno. “Por que vocês não pegam e fazem uma doação?”, sugeriu Andreza Delgado.
Na noite de terça-feira, dia em que Kathlen morreu, o fundador da marca, Marcello Bastos, usou as redes sociais para lamentar a morte da jovem, que já trabalhava para a FARM há seis anos. “Que você e seu filho encontre em Deus a paz que esse estado falido e criminoso lhe tirou tão estupidamente”, disse.
ATO — Organizações e movimentos sociais convocaram para esta quarta-feira (9), às 16h, o ato ‘Justiça por Kathlen – Complexo do Lins quer viver. A concentração será em frente à Light, no Lins.
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