Mundo Negro

Famosos se manifestam contra PEC 206, que propõe cobrar mensalidade nas universidades públicas

Fotos: Reprodução Instagram e Thiago Maziero

Jessilane Alves, Ludmilla, Gil do Vigor, Lumena, entre outros famosos e a oposição repudiaram nesta terça-feira (24) a votação a favor da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 206/2019 apresentada na Câmara dos Deputados, com a proposta de cobrar mensalidades em universidades públicas brasileiras.

No Twitter, as celebridades levantaram a #PEC206NAO em defesa das universidades públicas e gratuitas. A ex-BBB e professora Jessilane ainda retweetou a UNE (União Nacional dos Estudantes) com a frase “universidade pública, gratuita, e de qualidade!”.

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A cantora Ludmilla ressaltou que a “educação pública e de qualidade é um direitos de TODOS” e ainda reforça o descontentamento com o governo federal “completando um total de 0 dias de paz nesse país”.

O economista e apresentador Gil do Vigor, que já defendeu a educação pública e os programas estudantis que garante bolsa de estudos aos estudantes negros e de baixa renda em outras ocasiões, também não deixou de criticar o projeto. “Basta de retrocesso!”.

A DJ e ex-BBB Lumena também usou o Twitter para dizer não autoriza a PEC 206. “Educação pública de qualidade é direito de todos os brasileiros”.

Entenda a PEC 206

A PEC propõe alterar o trecho do artigo 206 da Constituição, onde diz que as universidades públicas são gratuitas, sem recorte de raça, cor, gênero ou renda, para que essas unidades de ensino passem a cobrar mensalidades, garantindo o não pagamento a estudantes que não tiverem recursos suficientes.

De acordo com o texto-base, cada universidade teria sua própria comissão de análise para definir as gratuidades a partir de um corte de renda estabelecido pelo Poder Executivo. Mas o projeto não cita como isso seria feito.

O texto seria debatido hoje pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), no entanto, com a repercussão negativa na internet, a PEC será discutida em audiência pública.

Em 2018, pela primeira vez no Brasil, estudantes negros se tornaram a maioria nas universidades públicas, representando 50,3%, segundo a pesquisa Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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