Uma ex-funcionária branca do Starbucks, localizado na Filadélfia, nos Estados Unidos, obteve uma vitória em um processo no qual acusava a empresa de demiti-la por motivos raciais. A decisão judicial, proferida em 12 de junho, concedeu a ela uma indenização no valor de US$ 25,6 milhões (cerca de R$ 123,3 milhões).
No entanto, o Starbucks negou veementemente as acusações e alegou que a mulher, que ocupava o cargo de gerente regional na época, não soube lidar de forma adequada com um caso de racismo ocorrido em uma das lojas da rede, envolvendo dois clientes negros. O caso foi divulgado pelo jornal The New York Times.
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Em abril de 2018, dois homens negros foram presos após um funcionário da loja chamar a polícia quando eles solicitaram o uso do banheiro sem terem feito uma compra anteriormente. Embora tenham sido posteriormente liberados, o episódio ganhou grande repercussão devido à conotação racial envolvida. Mais tarde, os dois homens chegaram a um acordo compensatório com a empresa. O caso também gerou uma onda de protestos.
A ex-gerente regional, Shannon Phillips, foi uma das funcionárias demitidas após o incidente. Ela alega que, diante da controvérsia, recusou-se a acatar as ordens de sua superior, uma mulher negra, para demitir outro gerente branco acusado de conduta discriminatória, sustentando que as acusações eram falsas.
Phillips afirma ter sido injustamente transformada em “bode expiatório” pela empresa, que teria poupado o gerente negro responsável pela loja em questão. No processo, ela ainda alega que outros funcionários brancos também foram “punidos”.
A defesa do Starbucks argumentou em tribunal que Phillips não desempenhou adequadamente sua função durante o período de crise, o que resultou em sua demissão. Segundo um advogado da empresa, “a regional da Filadélfia precisava de um líder, e a sra. Phillips falhou em todos os aspectos desse papel”. Ela era responsável por cerca de 100 lojas.
O tribunal decidiu que o Starbucks violou os direitos civis e as leis contra discriminação racial. A condenação incluiu o pagamento de US$ 600 mil em compensação e uma indenização de US$ 25 milhões por danos morais a Phillips.
Após a divulgação da decisão judicial, o Starbucks não emitiu nenhum posicionamento oficial sobre o caso. Porém, a ex-gerente demonstrou satisfação com o resultado. De acordo com o The New York Times, sua defesa alegou que ela apresentou provas “contundentes” de que foi punida por ser branca.
O incidente envolvendo os clientes Rashon Nelson e Donte Robinson, que aguardavam um amigo no estabelecimento, ocorreu quando eles solicitaram o uso do banheiro e foram negados pelo funcionário. O gerente, diante da recusa dos clientes em deixarem a loja, chamou a polícia. Os dois homens foram algemados e levados para a delegacia, onde ficaram detidos por oito horas.
Rashon Nelson e Donte Robinson também chegaram a um acordo compensatório com o Starbucks, além de um acordo com a prefeitura, que se comprometeu a destinar US$ 200 mil para um projeto educacional contra o racismo.
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