Vendo a necessidade da centralidade de uma construção decolonial desde a educação infantil, eis que surge em Salvador, na Federação, a Escola Afro-Brasileira Maria Felipa, criada pela professora Bárbara Carine e seu companheiro, Ian Cavalcanti, que se uniram à pedagoga Naiara Santos.
Com o intuito de conseguir colocar 10 educandxs negrxs/ameríndixs em situação de vulnerabilidade social para estudarem na Escolinha Maria Felipa, foi criado um financiamento e você pode colaborar clicando aqui.
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A instituição de educação infantil, afro-brasileira, trabalha articulando o referencial teórico da Decolonialidade do Saber com a Pedagogia Histórico-Crítica, valorizando os clássicos hegemonicamente reconhecidos conjuntamente com os conhecimentos clássicos afro-brasileiros e indígenas.
Em nota, a escolinha afirma: “Tudo isso realizando atividades do grupo II (dois anos) ao grupo V (cinco anos). Tendo em vista o problema da exposição negativa ou da ausência completa de representação da população negra (e de outras parcelas populacionais excluídas) no livro didático, optamos pela não adoção deste e pela construção dos nossos livros pelas próprias crianças a partir das suas vivências e da apropriação da literatura indicada pela escola”
A proposta da escola é acolher as crianças e trazer a família a possibilidade de participar dos momentos pedagógicos nas primeiras semanas até a nossa percepção do desenvolvimento da autoconfiança do educando/da educanda em permanecer sem suas principais referências neste novo espaço.
A escola atua no turno matutino ou vespertino (bilíngue em inglês e português) e no grupo integral (trilíngue em inglês, português e espanhol) e visa garantir as crianças uma possibilidade futura de acesso aos espaços de poder.
“Contamos com atividades curriculares de contação de histórias, brincadeiras, banho de mangueira, saraus literários com autoras, aulas de dança afro, capoeira, judô; oficinas de origami, de circo e muito mais. Propiciamos um ambiente para a criança se divertir, desenvolver sua cognição e motricidade e ainda aprender muito sobre identidade, diversidade e respeito. Para nós respeito e afeto à diversidade se constrói no campo da prática e não do discurso“.
Conheça mais sobre o projeto escolar.
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