A vereadora de São Paulo mais votada do Brasil é uma mulher negra e trans, em entrevista para a VOGUE na edição de dezembro Erika contou um pouco de sua trajetória e os desafios que enfrentou na infância até se tornar a primeira mulher negra e trans a ocupar a câmara dos vereadores de São Paulo.
Erika foi eleita com 50.508 votos e durante o seu mandato pretende dar protagonismo as minorias e colaborar para a redução da violência na cidade e reduzir as desigualdes
Notícias Relacionadas
“Vai na Fé”, novela da Globo estreia com protagonismo negro em narrativas diversas
Wolo TV anuncia lançamento de aplicativo de streaming
“Minha mãe trabalhou muito para que eu não passasse necessidades como ela passou e como eu passei quando muito bebê” contou a vereadora em entrevista a VOGUE
Vinda de família humilde de matriarcas, Erika contou que pôde ser muito livre na infância, até chegar o momento em que a família se converteu ao cristianismo e Erika foi demonizada e expulsa de casa
“Elas foram convencidas de que minha identidade era uma coisa demoníaca” Lembrou Erika
Após expulsa de casa e sem apoio dos familiares, Erika caiu na prostituição ainda na adolescência “Fui uma criança muito amada na infância. Perder tudo me colocou em um lugar de desumanização” contou .
Após 6 anos Erika foi resgatada pela sua mãe, com quem hoje tem uma boa relação, mas a vereadora lembra que ambas foram vítimas da transfobia que ainda é muito forte no país.
A ocupação de Erika na câmara dos vereadores, um lugar majoritariamente branco e masculino tem uma importância imensa, significa representatividade negra, feminina e LGBTQIA+, é importante que pessoas pertencentes a esse grupo se sintam representados e entendam que podem ocupar esses espaços. Erika quando ainda atuava como codeputada recebeu ameaças de mortes e hoje realiza trabalhos psicológicos para não se deixar abalar pelo preconceito e o racismo que sofre, Erika evita ver comentários das suas redes sociais e visualizar a caixa de mensagens “Também me protejo com uma escolta e muita coragem. Sei que estou na mira, mas não há muito o que fazer.” contou a vereadora.
A capa digital de dezembro estampar o rosto da primeira vereadora negra e trans de São Paulo é uma grande vitória e uma excelente forma de encerramos esse ano tão caótico para a comunidade negra e LGBTQIA+
Notícias Recentes
FOTO 3X4: HUD BURK - Cantora
‘O Auto da Compadecida 2’: Um presente de Natal para os fãs, com a essência do clássico nos cinemas