A Educafro, ONG que atua desde 1994 na inclusão da população negra no ensino superior, pediu nesta quinta-feira (23), ao Ministério dos Direitos Humanos e da Mulher que suspenda a peça publicitária do programa Pró-Brasil.
“A peça fere a Lei Federal 12.288 de 20 de julho de 2010, chamada de Estatuto da Igualmente Racial, especialmente nos artigos 44, 45 e 46”, escreveu ao governo, o diretor executivo da Educafro, Frei David.
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No documento, ele pede ainda que o governo federal assine um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) “comprometendo-se a rever todas as demais pecas publicitárias em elaboração, em todos os Ministérios do governo e demais órgãos públicos federais” e também “comprometendo-se a ter negros/as contratados na agência na mesma proporção de negros que há no Brasil (55,8% da população), segundo últimos dados do IBGE”.
No Twitter, a peça publicitaria foi comparada com a de outros países, que apresentam a mesma imagem com diferentes propagandas. “Essas crianças brancas do governo federal também andaram fazendo propaganda em outros países. Bom… É isso que acontece quando você pega foto grátis em site de stock images gringo”.
Essas crianças brancas do governo federal também andaram fazendo propaganda em outros países. Bom… É isso que acontece quando você pega foto grátis em site de stock images gringo. https://t.co/W4ERaTZzzd pic.twitter.com/iEhNKUIdBO
— Jean-Philip Struck (@jeanstruck) April 23, 2020
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