O único artigo científico brasileiro de dermatologia para pele negra, publicado em 2008, foi atualizado e reescrito pela Dra. Katleen Conceição, junto a outros especialistas. O artigo ajudará na formação de futuros médicos e médicos dermatologistas, principalmente negros.
“Me convidaram para publicar com eles, devido ao meu trabalho e referência. Agora estou junto aos autores e com a atualização da minha experiência em pele negra no Brasil nesses 20 anos. É um marco na dermatologia brasileira”, celebra a Dra. Ketleen, em entrevista ao Mundo Negro, com a Editora-Chefe Silvia Nascimento.
Notícias Relacionadas
Dicas de desapego e decoração ancestral para o fim de ano com a personal organizer Cora Fernandes
Beyoncé supera recorde histórico e é a artista feminina mais premiada pela RIAA
Entre as atualizações do novo artigo, foi feita uma abordagem sobre a importância de estudar o câncer de pele melanoma, doença que ocasionou a morte do cantor Bob Marley. “Isso até é comentado no filme [Bob Marley: One Love]. Ele achava que estava machucado. Vivia com dor ao jogar futebol. Quando descobriu já estava em estágio avançado de metástase e morreu”, relata a médica.
Outra abordagem importante neste artigo é a patologia líquen plano pigmentoso, que causa lesões hiperpigmentadas na pele. Apesar de ser uma doença rara, acomete mais a pele negra. Em 2022, a atriz Isabel Fillardis, diagnosticada com a doença, revelou a cura após tratamento com a Dra. Ketleen. “É importante esse tipo de diagnóstico para que outras pessoas se atentem a essa patologia e tratem mais precocemente para evitar principalmente Alopecia, que é uma Alopecia Cicatricial, onde não volta mais o cabelo”, disse a médica na época ao Mundo Negro.
Outros destaques no artigo relacionados às pessoas negras é a patologia do cabelo, que os deixam frágeis e quebradiços, como a Alopecia de Tração, comum em quem usa muitos penteados como tranças ou laces. “Muitas vezes realizamos a trança na gorra para colocar a lace, e aí a alopecia de tração acaba ocorrendo”, explica.
A atualização do artigo após 16 anos da publicação é um marco, pois ele reconhece as diferenças, entre os aspectos estruturais, biológicos e funcionais das peles negra e clara, além das alterações fisiológicas que precisam ser reconhecidas para se evitar intervenções desnecessárias.
Para ter acesso ao artigo científico, clique aqui!
Notícias Recentes
‘O Auto da Compadecida 2’: Um presente de Natal para os fãs, com a essência do clássico nos cinemas
Leci Brandão celebra 80 anos e cinco décadas de samba em programa especial da TV Brasil