Médica negra. Essa expressão tem um grande impacto em uma sociedade onde mulheres e ainda mais as mulheres negras, encontram mais barreiras para desenvolver sua carreiras.
Mesmo sendo filha de militar e amar arduamente a disciplina e estudos, Katleen emana alegria e simpatia. Dentro clínica onde trabalha, ela passa mais de 10 horas do seu dia e atende desde celebridades à pessoas anônimas que viajam de outras cidades do Brasil e do exterior para vê-la, já que ela se tornou uma das mais autoridades quando o assunto é pele negr
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Mesmo sendo filha de militar e amar arduamente a disciplina e estudos, ela é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Katleen emana alegria e simpatia. Dentro clínica Paula Belloti onde trabalha há 7 anos, ela passa mais de 10 horas do seu dia e atende desde celebridades à pessoas anônimas que viajam de outras cidades do Brasil e do exterior para vê-la, já que ela se tornou uma das mais autoridades quando o assunto é pele negra. Inclusive ela, junto com a Dra Paula Belloti, criou dentro da clínica um setor de dermatologia para pele negra com a melhor tecnologia do mundo.
Nessa entrevista ela fala do trabalho, sua paixão pelas redes sociais, educação da filha, e claro, beleza negra.
Dra Katleen : A preocupação no consultório normalmente se refere à pele do rosto, que na pele negra costuma ser mais oleosa com tendência à acne e manchas escuras. . Os problemas mais recorrentes são manchas escuras, foliculite, oleosidade da pele e corpo ressecado.
O cabelo é mais quebradiço e ressecado normalmente é a segunda queixa das pacientes.
MN: Fale um pouco da sua infância. Eu sei que seu pai é médico, sua família é de classe média?
Sou a filha mais velha dos meus pais!!Tenho mais três irmãos e nasci em Porto Alegre e aos três anos , vim morar no Rio de Janeiro com meus pais.
Meu pai é médico coronel dermatologista e minha mãe do lar. Eu fui criada na zona sul do Rio de Janeiro e estudei no colégio alemão.
MN – Como a educação é vista na sua família?
Para os meus pais é muito importante a formação acadêmica e sempre foi colocado os estudos em primeiro lugar.
MN – Em relação a sua filha, quais são seus cuidados e investimentos nesse sentido?
Maria Eduarda é uma menina muito inteligente e que ama estudar, lembra muito a mim. Estuda em um colégio bilíngue e deseja ser médica também.
MN – Como é a sua rotina? Você é uma avida usuária de redes sociais. Por que você não terceiriza esse trabalho?
Minha rotina é lotada de afazeres. Acordo às 6:30h para colocar Maria Eduarda no colégio, junto com meu esposo. Depois vou treinar e na volta vou ao consultório, onde saio após o último paciente, normalmente às21:00 h, mas pode se entender até as 22h
No começo da minha carreira, não gostava de Internet e nem de computador, mas meu marido insistiu para eu ter um Facebook e um blog. Criei o Primeiro Blog de Dermatologia destinado à pele negra. Depois iniciei no Instagram e aí não parei mais. Adoro as redes sociais e não terceirizo pois gosto de responder às pessoas!!!
Cada post é pensado com carinho por mim. Sou evangélica e adoro falar de Deus, apesar de já ter sofrido muitas críticas e também gosto de posts motivacionais. Sou muito positiva, cheia de fé e esperança em dias melhores, adoro passa isso para as pessoas.
MN – O racismo foi um grande empecilho em algum momento da sua carreira? Você tem algum caso que te marcou nesse sentido, pode ser na vida pessoal também, como mulher negra de alto poder aquisitivo.
O racismo, sempre foi na minha vida, mas o marco para mim, foi quando optei em ser dermatologista. Sofri “ofensas “ como “uma negra queria ser dermatologista, não é para ela”, ”não tem estereótipo de dermatologista” Quando terminei dermatologia e fui fazer uma especialização em estética ouvia que “negro não se tratava” que “negro não tinha dinheiro” ”que Negro não tinha doenças de pele”.
Fiquei à frente de um ambulatório de popular, onde médicos começaram a encaminhar pacientes dermatológicos pois diziam que eu tratava pele negra por se negra. Depois fui para os EUA e iniciei os meus estudos direcionados para dermatologia para pele negra, inclusive nas aplicações de lasers em patologias na pele negra.
MN – Como é sua relação com seus pacientes famosos? Você é amiga pessoal deles, como foi começar a atender gente famosa?
Então, sou sim amiga pessoal de todos! Eu iniciei atendendo principalmente porque eles me procuravam para patologias específicas de pele negra, onde não obtiveram resultado e gostariam de fazer laser.
Mas como sempre falo, sou dermatologista clínica, que atende todas as patologias ,com foco em patologias na pele negra. Mas hoje preciso enfatizar que atendo pele branca pois nas redes sociais e e-mail, as pessoas me perguntam o tempo todo.
MN – E sua relação com suas fãs online? Tem alguma história interessante para contar? De consulta online, pergunta sem noção?
Meus seguidores são carinhosos e atentos sempre; Me enviam perfis fakes e pessoas que copiam meus posts. Interagimos o tempo todo!!
Existem histórias desde a representatividade,passado pelas mensagens de fé e muitos falam que estão se organizando para virem até a clínica!!Pessoas de todo mundo, até pessoas americanas ,onde para mim, os EUA é uma referência.
A consulta online não é permitida pelo código federal de medicina, porém as pessoas insistem o tempo todo.
MN – E qual a sua rotina de beleza e cuidados pessoais?
Minha rotina é lavar o rosto com sabonetes anti oleosidade,aplico sempre um anti-idade (tenho 47 anos) e depois filtro com cor ,que reaplico durante o dia de 3/3 h e à noite, utilizo produtos anti-oleosidade alternado com anti-idade. Utilizo também produtos para os olhos.
No consultório, realizo bioestilumadores, ultrassom microfocado e lasers fracionados no meu rosto. Sou super vaidosa!!!
No cabelo, realizo hidratações capilares com a minha terapeuta capilar há anos, Michele do salão Gente Bonita e na clínica, realizo laser fracionado capilar para estimular a densidade do fio.
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