Após décadas de separação, um reencontro inesperado em uma padaria de bairro transformou a vida de Lenore Lindsey, 67, e de Vamarr Hunter, 50. Lindsey, dona da ‘Give Me Some Sugah’, descobriu em 2022 que um de seus clientes mais fiéis era o filho que ela havia dado para adoção aos 17 anos.
A conexão foi revelada após Hunter usar recursos de genealogia para encontrar sua mãe biológica. Surpreendentemente, mãe e filho já viviam a menos de dois quilômetros um do outro, e Hunter frequentava a padaria há anos, atraído pela atmosfera acolhedora e pelas panquecas. “Foi a energia, a decoração, tudo parecia natural”, relembra Hunter sobre sua primeira visita à padaria, há 14 anos, quando a frequentava ao lado da então noiva Meagan.
Notícias Relacionadas
Ludmilla retorna ao Rio com a turnê Numanice para dois shows no Riocentro
Ananda registra boletim de ocorrência contra Ana Paula Minerato após falas racistas
Antes do reencontro, Lindsey lutava contra o câncer de mama e enfrentava dificuldades para manter o negócio que abriu em 2008. Inspirada pelas receitas de sua mãe, avó de Hunter, e pelo desejo de criar um espaço acolhedor na comunidade, ela havia transformado a “Give Me Some Sugah” em um ponto de referência no bairro. Ao descobrir sua conexão de mãe e filho, Hunter decidiu ajudar Lindsey a preservar o legado da padaria: “Ele trouxe paz para minha vida, como se tudo tivesse fechado um ciclo”, afirmou a mãe, curada do câncer, em entrevista para o jornal Chicago Sun Times.
Hunter, que deixou seu emprego para liderar o negócio, vê o trabalho como uma oportunidade de manter viva a memória e o impacto comunitário da mãe. “Quero manter o máximo possível do que ela construiu. Este lugar é um pilar da comunidade”, afirmou. A padaria voltou a abrir cinco dias por semana e os negócios começaram a prosperar novamente. Ele já tem planos para o futuro, incluindo o retorno de itens clássicos do cardápio, como as panquecas que tanto apreciava em suas primeiras visitas.
Como o reencontro aconteceu
Vamarr Hunter, 50, cresceu sem saber que havia sido adotado, mas tinha uma desconfiança que foi confirmada quando, aos 35 anos, a mão que o adotou revelou a verdade. Mesmo com essa confirmação, Hunter ainda acreditava que havia mais por trás de sua adoção, e sua sensação foi reforçada após um acontecimento inesperado. No início de 2022, Hunter viu o número de telefone do National Center for Missing and Exploited Children na TV e decidiu ligar para a linha direta.
O coordenador de programas especiais da organização o conectou com Gabriella Vargas, uma genealogista genética da Califórnia, que estava trabalhando com o centro na época. Hunter já havia feito seu perfil genético por meio de um site de genealogia, mas precisava de ajuda para descobrir mais sobre suas origens. Não demorou muito para que Vargas localizasse sua mãe biológica.
Lindsey recebeu as informações de Hunter e entrou em contato logo depois. Quando Hunter atendeu o telefone e viu o nome de Give Me Some Sugah no identificador de chamadas, ele sabia que algo extraordinário estava acontecendo. “Senhorita Lenore? De Give Me Some Sugah? É Vamarr!” ele disse. Ao mencionar o nome de sua ex-noiva, Meagan, ficou claro para ambos que haviam vivido tão próximos o tempo todo, a apenas uma milha de distância um do outro. “Isso é loucura”, disse Vargas, que havia resolvido casos complexos e até arquivados, mas nada que se comparasse a essa situação. “Nunca tive um caso que terminasse assim.”
Notícias Recentes
Cresce número de franceses que migram para o Senegal em busca de pertencimento e progresso
Brasil protagonista: lições de uma jovem empreendedora no Quênia